Desligamento foi publicado no Diário Oficial desta segunda-feira (28). José Adelmo Alves dos Santos permanece preso no quartel do Bope.
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O subtenente da Polícia Militar José Adelmo Alves dos Santos, de 49 anos, perdeu, nesta segunda-feira (28), o contrato de reconvocação com a corporação, que estava em vigor há quatro meses. O desligamento do subtenente foi publicado no Diário Oficial desta segunda. Santos matou o sargento Paulo Andrade, de 44 anos, com um tiro de pistola ponto 40 dentro do Comando Geral da PM no último dia 24, em Rio Branco.
Ao G1, o coronel Júlio César, comandante da PM, disse que o subtenente quebrou o contrato a partir do momento em que agiu contra a vida de Andrade.
A publicação do Diário diz que Santos foi “flagranteado por crime doloso” e considera ainda que o militar “cometeu ato contra o decoro de classe e o pundonor” da PM.
A exclusão de Santos do efetivo passou a contar do dia 25 deste mês. Segundo César, o subtenente permanece preso no quartel do Batalhão de Operações Especiais (Bope). “É nossa obrigação excluir o contrato quando ele agiu dessa maneira. O que fiz foi suspender o contrato de retorno. Nesse momento, ele não deixou de ser militar”, explica.
César alega que o militar reunia todas as condições para retornar ao serviço ativo através de um contrato de trabalho. Ele lembrou que há alguns anos Silva teve problemas quando estava na ativa, mas havia se recuperado. Além disso, afirmou que a conduta do PM era acompanhada de perto.
“Era acompanhado para verificar se ele realmente ia cometer algum ato errado. Ele havia se comprometido e demonstrou que tinha passado por tratamento de saúde. Outra coisa importante de dizer é que o ele não estava atuando nas ruas, não atendia ocorrências na radiopatrulha como os ativos, mas permanecia no policiamento interno. Então, dificilmente teríamos problema com ele nesse sentido, pois estava num serviço de guarda”, relata.
Santos deve responder por processo penal e administrativo e pode ser excluído da corporação. Após ser julgado pela auditoria militar, caso a pena seja maior que dois anos, automaticamente ele perde a função de subtenente por uma decisão em um fórum criminal, segundo o comandante. Se for condenado, o subtenente deve ser encaminhado para a Unidade Prisional 4 (UP4), “Papudinha”, e permanecer na ala para ex-militares.
“A PM também deve abrir um processo administrativo disciplinar, onde o conselho de disciplina deve julgar o ato que ele cometeu que fere a honra, o pundonor militar e a ética. Ele vai ter que se defender no âmbito criminal e administrativo. Ambos podem resultar na expulsão dele da corporação, nesse caso ele vai perder a patente e vai ser um ex-militar”, ressalta.
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