Comerciante levou socos e foi ameaçado com arma em loja nos Jardins.
Vídeo registrou agressão e foi divulgado pelo Fantástico.
O comerciante iraniano que foi agredido por um investigador foi à Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo, na tarde desta quinta-feira (18), prestar depoimento sobre o caso. Dono de uma loja de tapetes nos Jardins, área nobre da capital paulista, Navid Saysan levou socos e chegou a ser ameaçado com uma arma após discutir com o policial José Camilo Leonel. Ele deixou a Corregedoria no início da noite sem falar com a imprensa.
O motivo da briga seria a devolução de um dos tapetes da loja: Leonel foi chamado até o local pela estudante universitária Iolanda Delce dos Santos, que pretendia devolver um tapete comprado em dezembro. Ela pagou R$ 5 mil pelo produto e queria o dinheiro de volta. Câmeras de segurança registraram a agressão e as imagens foram divulgadas no domingo (14) pelo Fantástico (assista ao vídeo acima).
O investigador trabalha na Corregedoria e pode responder por abuso de autoridade. O G1 não localizou a defesa dele até a publicação desta reportagem. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que ele foi afastado e teve de entregar distintivo e arma até o final da apuração dos fatos.
A Corregedoria da Polícia Civil informou que estão em andamento um inquérito policial e um procedimento administrativo disciplinar que está apurando além das agressões e do abuso de autoridade, a utilização de viatura, mesmo com o investigador estando em férias. O policial foi afastado preventivamente por 180 dias.
A advogada do comerciante, Maria José Costa Ferreira, disse que seu cliente iria dizer a verdade e confirmaria o que já havia dito quando fez o registro do boletim de ocorrência. "Vamos repetir as mesmas coisas que aconteceram", afirmou. O depoimento, segundo a advogada, foi dado ao delegado Fernando David de Mello Gonçalves, da divisão de crimes funcionais da Corregedoria.
O comerciante prestou esclarecimentos para o inquérito policial sobre a agressão e depois outro depoimento para a apuração inicial sobre a conduta do investigador, que também está sendo feita pela Corregedoria, explicou a advogada Maria José. Outras quatro testemunhas seriam ouvidas na noite desta quinta-feira.
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