Espionagem
11/06/2013 - 10:39
Ex-agente da CIA desaparece de hotel em Hong Kong
Assange aconselha delator do governo dos EUA: 'Vá para a América Latina'
Edward Snowden, um analista de defesa dos EUA, revelou um dos principais programas de vigilância secretos norte-americanos, visto nesta imagem tirada de um vídeo durante uma entrevista, em seu quarto de hotel em Hong Kong(REUTERS/Ewen MacAskill/The Guardian)
O ex-assistente técnico da CIA que vazou informações confidenciais sobre os programas de vigilância do governo dos Estados Unidos desapareceu de seu hotel em Hong Kong, informou nesta terça-feira a rede BBC. Edward Snowden, de 29 anos, deixou o hotel na segunda-feira, sem deixar pistas de onde possa estar. Ewen MacAskill, repórter do jornal britânico The Guardian que publicou as informações de Snowden, disse, contudo, que o ex-agente ainda está em Hong Kong.
Na semana passada, os jornais The Guardian e The Washington Post divulgaram documentos que revelam que a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos tem acesso a gravações telefônicas e da internet dentro e fora dos Estados Unidos. Além de emails e telefonemas, o programa Prisma permite rastrear o tráfego em redes sociais, como o Facebook, de milhões de americanos. Segundo Snowden, os EUA estavam criando uma "imensurável rede secreta de espionagem que vigia cada cidadão americano".
Leia também:
Governo vasculha dados de fontes como Google e Facebook
Vazamento de programas de vigilância é um 'grande dano', diz Clapper
Jornalistas foram intimidados pelos aliados de Obama
Enquanto preparava as revelações, Snowden viajou do Havaí, onde trabalhava, para Hong Kong, em 20 de maio. Seu objetivo era estar em um lugar onde conseguisse resistir a tentativas dos EUA de puni-lo judicialmente. No entanto, a decisão de fugir para Hong Kong pode não poupá-lo de um processo judicial, devido a um tratado de extradição em vigor desde 1998.
EUA e Hong Kong assinaram um tratado de extradição em 1996, um ano antes de a então colônia britânica ser devolvida à China. Esse tratado permite a troca de suspeitos de cometerem crimes, em um processo formal que pode envolver também o governo chinês. De acordo com o tratado, as autoridades locais podem manter Snowden detido durante até 60 dias depois que os EUA apresentarem uma solicitação, citando o possível crime cometido, enquanto Washington prepara um pedido formal de extradição.
Governo vasculha dados de fontes como Google e Facebook
Vazamento de programas de vigilância é um 'grande dano', diz Clapper
Jornalistas foram intimidados pelos aliados de Obama
Enquanto preparava as revelações, Snowden viajou do Havaí, onde trabalhava, para Hong Kong, em 20 de maio. Seu objetivo era estar em um lugar onde conseguisse resistir a tentativas dos EUA de puni-lo judicialmente. No entanto, a decisão de fugir para Hong Kong pode não poupá-lo de um processo judicial, devido a um tratado de extradição em vigor desde 1998.
EUA e Hong Kong assinaram um tratado de extradição em 1996, um ano antes de a então colônia britânica ser devolvida à China. Esse tratado permite a troca de suspeitos de cometerem crimes, em um processo formal que pode envolver também o governo chinês. De acordo com o tratado, as autoridades locais podem manter Snowden detido durante até 60 dias depois que os EUA apresentarem uma solicitação, citando o possível crime cometido, enquanto Washington prepara um pedido formal de extradição.
Diplomacia - O porta-voz do governo russo, Dmitri Preskov, afirmou nesta terça que seu país está disposto a examinar uma eventual solicitação de asilo a Snowden. "Se recebermos tal pedido, será examinado", disse. No entanto, o presidente da Comissão das Relações Exteriores da Duma (câmara baixa do Parlamento russo), Alexei Pushkov, disse que tal decisão provocaria "histeria" nos Estados Unidos. "Ao prometer asilo a Snowden, Moscou se compromete a defender as pessoas perseguidas por motivos políticos. Isto provocará histeria nos Estados Unidos. Eles acreditam que são os únicos que têm este direito", escreveu no Twitter.
Já Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, que vazou milhões de documentos secretos dos EUA, deu uma dica a Snowden: “Vá para a América Latina”. "A América Latina tem mostrado, nos últimos 10 anos, que está evoluindo na questão dos direitos humanos. Há uma longa tradição de asilo”, disse Assange à CNN. A entrevista foi concedida a partir da embaixada do Equador em Londres, onde ele está há um ano.
Assange se refugiou na embaixada equatoriana em Londres em junho de 2012 para evitar uma extradição à Suécia, onde enfrenta acusações de estupro. Ele diz temer que a Suécia o extradite para os EUA, onde ele pode ser condenado à pena de morte pelos vazamentos do WikiLeaks. O Equador concedeu asilo a Assange em agosto, mas as autoridades britânicas prometeram prendê-lo caso ele deixe a embaixada.
Leia também
Ásia
Espionagem Internacional
Estados Unidos
Mais sobre "Espionagem Internacional":
publicado em 13/06/2013 às 00h13:
Ex-agente da CIA revela detalhes do programa de espionagem dos EUA
Edward Snowden contou que o programa de monitoramento acompanha até computadores na China. Veja outros destaques pelo mundo. Edward Snowden contou que o programa de monitoramento acompanha até computadores na China. Veja outros destaques pelo mundo.
As informações são do jornal The Washington Post. O relatório mostra que muitas informações que poderiam evitar ataques terroristas não chegam às autoridades por conta da burocracia.
Espionagem
Em Hong Kong, ex-agente da CIA pode ser extraditado
Edward Snowden fugiu antes de vazar informações sobre espionagem nos EUA
Edward Snowden, de 29 anos, identificou-se como responsável pelo vazamento de informações secretas do governo(Ewen MacAskill/Reuters)
A decisão tomada por Edward Snowden de fugir para Hong Kong antes de revelar osprogramas secretos de vigilância do governo americano pode não poupá-lo de um processo judicial, devido a um tratado de extradição em vigor desde 1998. Snowden, de 29 anos, ex-agente da CIA, identificou-se como responsável pelo vazamento de informações que revelaram o escândalo dos grampos em telefones e emails de milhões de americanos. O programa Prisma também permite a vigilância e a interceptação do tráfego em redes sociais, como o Facebook.
Leia também:
Governo vasculha dados de fontes como Google e Facebook
Vazamento de programas de vigilância é um 'grande dano', diz Clapper
Jornalistas foram intimidados pelos aliados de Obama
Vazamento de programas de vigilância é um 'grande dano', diz Clapper
Jornalistas foram intimidados pelos aliados de Obama
Snowden, que entregou aos jornais The Guardian e The Washington Post documentos sigilosos mostrando como a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA obtinha dados sobre clientes de empresas americanas, disse que, enquanto preparava as revelações, viajou do Havaí para Hong Kong, em 20 de maio, para poder estar em um lugar onde conseguisse resistir a tentativas dos EUA de puni-lo judicialmente.
"A China continental tem de fato restrições significativas à liberdade de expressão, mas as pessoas em Hong Kong têm um longo histórico de protestar nas ruas, tornando suas opiniões conhecidas", disse Snowden em vídeo divulgado no site do jornal The Guardian. A NSA solicitou um inquérito criminal sobre os vazamentos e, no domingo, o Departamento de Justiça afirmou estar na etapa inicial da investigação.
EUA e Hong Kong assinaram um tratado de extradição em 1996, um ano antes de a então colônia britânica ser devolvida à China. Esse tratado permite a troca de suspeitos de cometerem crimes, em um processo formal que pode envolver também o governo chinês. De acordo com o tratado, as autoridades locais podem manter Snowden detido durante até 60 dias depois que os EUA apresentarem uma solicitação, citando o possível crime cometido, enquanto Washington prepara um pedido formal de extradição.
Especialistas dizem que Snowden terá dificuldades para driblar o tratado caso o governo dos EUA decida processá-lo. "Eles (Hong Kong) não vão colocar em risco sua relação com os EUA por causa de Snowden, e pouquíssima gente já descobriu ter influência para persuadir outro país a mudar de rumo por sua causa", disse Robert Anello, advogado de Nova York que já lidou com vários processos de extradição.
Diplomacia - No entanto, uma lei de Hong Kong prevê que Pequim pode emitir uma "instrução" ao governo do território determinando que ele acate ou não um pedido de extradição, caso os interesses chineses "em questões de defesa ou assuntos internacionais estejam significativamente afetados".
Hong Kong goza de significativa autonomia em relação ao resto da China, mas Pequim tem a responsabilidade sobre questões de defesa e política externa do território, além de exercer nos bastidores considerável influência política, financeira, judicial e acadêmica.
Vazamento - Snowden disse ter vazado as informações para "proteger direitos básicos das pessoas em todo o mundo". Enclausurado em um quarto de hotel em Hong Kong, Edward Snowden afirmou que pensou muito antes de publicar os detalhes do programa da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), denominado Prisma. Segundo ele, o país estava criando uma imensurável rede secreta de espionagem que vigia cada cidadão americano.
"Eu não quero viver em uma sociedade que faz esse tipo de coisas... Eu não quero viver em um mundo onde tudo o que eu faço é gravado", disse ao jornal The Guardian. "A NSA construiu uma infraestrutura que permite interceptar tudo. Com a capacidade que ela tem, a maior parte da comunicação estabelecida entre os seres humanos na rede seria automaticamente registrada, sem que houvesse um alvo, um objetivo para tal. Se eu quisesse ver seus emails ou o telefone da sua mulher, tudo o que eu precisaria era usar esses mecanismos de interceptação do Prisma. Poderia ter acesso a emails, senhas, gravações de telefone, cartões de crédito", disse Snowden.
Na semana passada, os jornais The Guardian e The Washington Post divulgaram documentos que indicam que a NSA tinha acesso a gravações telefônicas e da internet dentro e fora dos Estados Unidos. O programa massivo de espionagem eletrônica dos EUA envolveria, ainda, Londres.
(Com agência Reuters)
Ex-agente da CIA é preso por vazar informações secretas
06 de janeiro de 2011 | 19h 02in
AE - Agência Estado
Um ex-agente da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos foi detido hoje sob acusação de vazar informações classificadas do governo norte-americano sobre o programa nuclear secreto de um país para um repórter, informou o Departamento de Justiça. Jeffrey Alexander Sterling, de 43 anos, foi detido em Saint Louis, no Estado de Missouri, sob dez acusações, que incluem fraude em correio eletrônico e revelar informações da defesa nacional.
A acusação afirma que Sterling roubou documentos classificados e passou as informações a um jornalista no começo de 2003 envolvido com "uma possível matéria de jornal", e mais tarde com um livro, em janeiro de 2006, disse o Departamento de Justiça.
Embora o órgão não tenha nomeado o país em questão ou o "jornal de circulação nacional", as datas e detalhes do caso sugerem que a história pode estar relacionada a James Risen, um repórter do New York Times.
Risen foi intimado em abril de 2010 a comparecer ante um tribunal para revelar suas fontes de um capítulo do livro que escreveu, "State of War: The Secret History of the CIA and the Bush Administration" (O Estado da Guerra: A História Secreta da CIA e da Administração Bush, em tradução livre). Ele recusou-se a revelar as fontes.
Sterling poderá enfrentar dez anos de prisão se for condenado, além de 20 anos por fraude em correio eletrônico. As informações são da Dow Jones.
WIKILEAKS
10/06/2013 - 19h06 | Redação | São Paulo
Para Assange, agente que vazou informações sobre espionagem dos EUA é um herói
Fundador do Wikileaks teme que Edward Snowden esteja em situação complicada, e considerada gratificante que informação tão completa venha a público
O jornalista australiano Julian Assange, fundador do Wikileaks, qualificou como "herói" Edward Snowden, ex-funcionário da CIA e antigo consultor da ANS (Agência Nacional de Inteligência dos EUA) que levou a público a rede de monitoramento de ligações telefônicas e comunicações por internet organizada pelo governo dos Estados Unidos.
Assange, que neste mês completará um ano asilado na embaixada do Equador em Londres para evitar sua extradição à Suécia, afirmou em entrevista à emissora britânica Sky News, que Snowden, de 29 anos, revelou "um dos eventos mais sérios da década".
Segundo as informações vazadas pelo ex-funcionário da CIA, um programa chamado PRISM permite que as agências de inteligência possam acessar, sem autorização judicial, informações confidenciais de usuários de operadores telefônicas ou gigantes te internet como Google, Microsoft, Facebook e Skype.
Leia mais
Para Assange, Snowden está agora "em uma posição muito problemática", pois foi usado contra ele "o mesmo tipo de retórica que foi utilizado contra Bradley Manning" - soldado acusado de divulgar mais de 700.000 documentos e telegramas diplomáticos ao Wikileaks e que está enfrentando julgamento nos Estados Unidos.
Segundo o jornalista australiano, a questão sobre a vigilância das comunicações é algo sobre o qual ele mesmo "e outros jornalistas e ativistas fizeram campanha há muito tempo". "É muito gratificante ver ser apresentada ao público uma prova tão clara e concreta", disse o jornalista australiano.
Assange disse que está em contato com o "pessoal de Snowden", mas se recusou a dar detalhes. Disse apenas que Manning e Snowden são homens "sérios, que acreditam em algo e demonstraram grande coragem".
Nos Estados Unidos, mais de 19 mil pessoas apoiaram nas últimas 24 horas um pedido ao presidente Barack Obama para que Snowden fosse perdoado.
Em entrevista ao jornal The Washington Post, Snowden declarou que tem a intenção de "pedir asilo a qualquer país que cultiva a liberdade de expressão e que defenda a privacidade global".
• •atualizado em 23 de Setembro de 2013 às 21h45
Ex-agente do FBI assume vazamento de informação à agência AP
O ex-agente do FBI Donald Sachtleben se declarou culpado de ter vazado informação sigilosa sobre um frustrado atentado terrorista, informou o departamento de Justiça dos EUA nesta segunda-feira.
O caso provocou polêmica, depois da descoberta de que as autoridades tiveram acesso clandestino aos registros telefônicos dos repórteres da agência de notícias Associated Press (AP).
Sachtleben "revelou voluntariamente (...) informação de segurança nacional a uma pessoa não autorizada a recebê-la: um repórter de uma organização nacional de notícias", anunciou o departamento, acrescentando que o réu também deverá se declarar culpado em um caso separado de pornografia infantil.
O governo Barack Obama recebeu fortes críticas de congressistas e de grupos de defesa dos direitos civis por suas investigações dos vazamentos, depois de grampear várias linhas de telefone da AP.
"Após esforços investigativos sem precedentes por parte dos promotores, agentes do FBI e de analistas, Donald Sachtleben foi acusado hoje de traição revoltante à nossa segurança nacional", afirmou o procurador federal Ronald Machen.
"Esse processo mostra nossa profunda determinação de responsabilizar qualquer um que viole a solene obrigação de proteger nossos segredos nacionais e prevenir, no futuro, potenciais vazamentos devastadores por parte daqueles que gratuitamente ignoram suas obrigações de salvaguardar a informação sigilosa", afirmou.
O vazamento se refere a uma operação da CIA que conseguiu impedir um ataque do braço da rede Al-Qaeda em 2012. O plano era detonar uma bomba em um avião com destino aos EUA.
Sachtleben trabalhou para o FBI de 1983 até 2008 como técnico de explosivos e, após sua aposentadoria, foi empregado como funcionário terceirizado de segurança.
O acordo de declaração firmado por Sachtleben determina que ele seja sentenciado a 43 meses pelas acusações de vazamento e 97 meses pelas de pornografia infantil.
Ex-agente da CIA condenado a 30 meses de prisão por vazar informações........
Publicado por Folha Online (extraído pelo JusBrasil) - 1 ano atrás
0
DA AFP
Um ex-agente da CIA foi condenado nesta sexta-feira (25) a 30 meses de prisão por vazar o nome de um agente secreto envolvido no programa de interrogatórios utilizados nas prisões da agência americana de inteligência.
John Kiriakou, 47, funcionário da CIA entre 1990 e 2004, já havia se declarado culpado em outubro do ano passado diante do tribunal federal de Alexandria (Virgínia), para evitar um julgamento.
A juíza federal Leonie Brinkema, ao pronunciar o veredi...
Ver notícia em Folha Online
Ex-agente da CIA condenado a 30 meses de prisão por vazar informações | Notícias JusBrasil
Ex-agente da CIA é condenado à prisão por vazar informação
Atualizado em 25 de janeiro, 2013 - 18:00 (Brasília) 20:00 GMT