Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

PM - Policiais militares de Aracaju espancam ...

E traumatizam família

Policiais que agrediram descaradamente uma família inteira, quando vão inocentementes ao supermercado G-Barbosa.
Essa é a polícia de Aracaju -SE!!!
Polícia que é paga para ao invés de colocar a ordem, faz a desordem.

Francamente, somos protegidos por pessoas ordinárias sem vínculo nenhum de ordem e integridade.

Providências sejam tomadas e proteção as vitimas sejam atribuídas, pois só basta fazer uma pequena pesquisa sobre as notícias locais para perceber que esses tipos de acontecimentos são correntes em Aracaju/Sergipe e que muitas mortes acontecem.

Estaremos de olho nesse episódio!!!

Video: TV Sergipe



Enviado por em 31/05/2010
Policiais que agrediram descaradamente uma família inteira, quando vão inocentementes ao supermercado G-Barbosa.
Essa é a polícia de Aracaju -SE!!!
Polícia que é paga para ao invés de colocar a ordem, faz a desordem.

Francamente, somos protegidos por pessoas ordinárias sem vínculo nenhum de ordem e integridade.

Providências sejam tomadas e proteção as vitimas sejam atribuídas, pois só basta fazer uma pequena pesquisa sobre as notícias locais para perceber que esses tipos de acontecimentos são correntes em Aracaju/Sergipe e que muitas mortes acontecem.

Estaremos de olho nesse episódio!!!


Policias militares são presos acusados de espancar jovem em boate

   Para acessar a matéria original clique aqui 
           
iG Rio de Janeiro
Capitão e cabo da PM teriam agredido, junto com outros 5 homens, estudante de 28 anos em boate na zona norteDois policiais militares estão presos suspeitos de terem se envolvido em uma briga dentro da boate "Provisório Club", na Ilha do Governador, zona norte do Rio, na madrugada da última sexta-feira (9). O capitão PM Alexandre Gualberto da Silva, lotado no 16°BPM (Olaria) e o cabo Alessandro Gomes Souza, do batalhão de Irajá, teriam espancado o empresário Rorion Moraes, de 28 anos, junto com outros 5 homens.
Rorion foi agredido pelo grupo mesmo desacordado. Como consequência das agressões, teve que receber 16 pontos de sutura na cabeça, além de ter perdido seis dentes. O empresário também não recuperou totalmente a visão do olho esquerdo.
Leia também: Presos dois PMs acusados de homicídio na Baixada Fluminense
Os agressores foram identificados pelas câmeras do circuito interno da casa noturna no momento em que chegavam ao local e foram presos administrativamente pela corregedoria da PM por 72 horas.
Policiais da 37ª(Ilha do Governador), que investiga o caso, afirmaram que serão indiciados por prevaricação os policiais do batalhão da área que foram chamados para a ocorrência. Há a suspeita de que eles não teriam prendido em flagrante os agressores por corporativismo.
Nesta segunda-feira (12), outro envolvido na briga prestará depoimento.
Rorion, que é filho ex-vereador e comodoro do Iate Clube Jardim Guanabara, José de Moraes, já havia se envolvido em uma briga em junho do ano passado. Ele foi agredido pelo faixa preta de jiu-jitsu Diogo Vieira, que foi indiciado, na época, por lesão corporal e coação - pois teria tentado inibir Rorion a registrar a queixa.

http://www.cafedasquatro.com.br/materia/?cM=232530

Policias Espancam Adolescente

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Um adolescente guiava uma moto quando foi abordado por dois policiais, em Feira de Santana. Ele foi brutalmente agredido pelos oficiais.

Essa e cara da nossa policia de Iapoque a Chuí

Isso e umas vergonhas policiais pagos, para proteger e fazer o terror.

 


 

Onze PMs e 2 policiais civis são presos por desvio de armas no RJ

Ao todo, 18 pessoas foram presas na Operação Herdeiros. Segundo a polícia, quadrilha tinha informantes em favelas.

Onze PMs e 2 policiais civis são presos por desvio de armas no RJ

  • Secretaria de Fazenda do RJ divulga datas de pagamento do IPVA 2012


  • Prefeitura encontra mais três bueiros com risco de explodir no Centro


  • Corpo do ator Rodolfo Bottino é enterrado no Rio


  • Ação contra circulação de trens com portas abertas tem 10 detidos


  • PF busca quadrilha suspeita de fraudar a Previdência Social no RJ

  • Dezoito pessoas foram presas suspeitas de desviar material apreendido em operações policiais oficiais e clandestinas no Rio. Entre os presos, há onze policiais militares e dois civis. De acordo com o subsecretario de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Rio, Fábio Galvão, informantes serviam de intermediários para o grupo, avisando sobre os locais onde haviam armas e drogas. Assim, os policiais montavam operações falsas para apreender o material e revendê-lo a traficantes.
    “A polícia começou a investigar há sete meses. Eles apreendiam o material e vendiam para outros pontos, como Vila Vintém e Pavuna”, afirmou Galvão. Segundo o subsecretário, os traficantes de diversas facções criminosas também entravam em contato com esses policiais para que eles revendessem drogas e armas para diferentes comunidades.
    De acordo com Galvão, os policiais deixavam os batalhões da PM em carros oficiais e encontravam-se com agentes que estavam de folga para participar das operações. Outros, segundo ele, pagavam R$ 50 para usar as armas da polícia fora do horário de trabalho.

    Segundo o corregedor da PM, Waldir Soares, a conduta dos suspeitos será investigada.

    As prisões aconteceram no Rio, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e em São Gonçalo, na Região Metropolitana. A operação contou com a participação de 193 agentes.
    Material apreendido
    Entre o material apreendido durante a "Operação Herdeiros", há uma metralhadora, pistolas e munições. Além das armas, carteiras falsas de policiais civis também foram encontradas pela polícia. Na casa de um dos policiais militares presos os agentes encontraram R$ 18 mil.

    De acordo com Fernando Veloso, subchefe de Polícia Civil, 19 mandados de prisão foram expedidos, e um traficante da Favela do Jacarezinho continua foragido.
    Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Seseg), o destino principal da material desviado era a Favela do Jacarezinho, no subúrbio, onde a quadrilha agia por intermédio de um ex-militar do Exército.

    Ainda segundo a Seseg, durante as investigações, dez pessoas foram presas em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, munição e tráfico de drogas. Entre os presos está um ex-funcionário da Câmara de Vereadores de Niterói, que já foi exonerado do cargo.
     
     
     
    Fonte: G1




    Via: www.guiame.com.br

    domingo, 9 de outubro de 2011

    Corrupção Policial Observatório da Imprensa (12/04/2011)

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    Corrupção Policial 2/3 - Observatório da Imprensa (12/04/2011)

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    RJ: Comandante-geral da PM é afastado do cargo - 29/01/2008 18h14

    RJ: Comandante-geral da PM é afastado do cargo - 29/01/2008 18h14

    Comandante da PM é afastado após sumiço de adolescente em SP

    PDF Imprimir E-mail
    Ter, 29 de Março de 2011 18:14
    G1
    Rapaz suspeito de participar de roubo foi detido em Suzano.
    Após ser levado a matagal por policiais, ele não foi mais encontrado.

    O comandante da Policia Militar de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, foi afastado do cargo devido a irregularidades nos procedimentos adotados com um adolescente. Alan Patrick, de 17 anos, está desaparecido há 15 dias, desde que foi abordado por policiais. Outros quatro PMs estão presos porque são suspeitos de terem atirado no adolescente.
    Por telefone, o coronel Paulo Roberto Madureira Sales foi informado que ao retornar das férias não deveria voltar ao 17º batalhão da PM de Mogi das Cruzes. Ele estava há seis anos no cargo.
    O garoto foi perseguido após a suspeita de ter participado do roubo de uma moto em Suzano, também na região metropolitana. Após ser detido pela PM, ele foi levado para um matagal. Tiros foram ouvidos e o rapaz não foi mais encontrado.
    “Em razão destas ocorrências, destas não conformidades, já é um padrão dentro da polícia a determinação de retirar o comandante imediato do batalhão e da companhia onde temos o problema”, afirmou o comandante da PM Antônio Carlos Imperatriz.
    Eduardo Rangel, que era capitão da Força Tática da PM, também foi afastado. O nome do novo comandante deve ser anunciado ainda nesta terça-feira (29).
    Sales e Rangel não foram localizados para falar sobre o afastamento.


    COMANDANTE DA PM SERÁ AFASTADO DO CARGO

    Coronel Alfredo Castro está cotado para assumir o cargo.
    A Secretaria da Segurança Pública (SSP) resolveu fazer mais uma mudança no comando policial. Desta vez, quem sai é o comandante geral da Polícia Militar, coronel Nilton Mascarenhas. A exoneração será publicada no Diário Oficial nos próximos dias, e o mais cotado para assumir o cargo é o coronel Alfredo Castro. Nesta quinta-feira (28), ninguém da cúpula da SSP quis comentar o assunto.  A mudança se soma a uma série de modificações na segurança do estado promovida pelo governo desde  a troca do titular da SSP, em janeiro, quando César Nunes foi substituído do cargo de secretário para a  chegada de Maurício Barbosa. No começo de fevereiro, Joselito Bispo entregou o cargo de delegado chefe da Polícia Civil para Hélio Jorge; em março, foi promovido um troca-troca dos titulares das delegacias de Salvador e Região Metropolitana e, no começo deste mês, houve mudanças nos comandos de companhias e batalhões da PM em todo o estado. Informações do Correio.



    Comandante da PM acusado de mandar matar juíza é afastado do 22° BPM

    (Maré)

    Plantão | Publicada em 27/09/2011 às 09h49m
    Ana Claudia Costa (accosta@oglobo.com.br)RIO - Segundo o comandante interino da Polícia Militar, coronel Álvaro Garcia, a corporação vai aguardar o andamento das investigações para resolver possíveis punições ao tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, comandante do 22° BPM (Maré) acusado de ser o mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli no início de agosto. Na época, ele liderava o 7°BPM (São Gonçalo). A princípio, Cláudio Oliveira está afastado do comando do batalhão da Maré. Quem vai assumir a liderança da unidade interinamente é o subcomandante do local.
    O tenente-coronel está detido desde a noite de ontem no Batalhão de Choque da PM. Ele se apresentou após receber a notícia de que a Justiça decretou sua prisão preventiva. Ele foi acusado por um cabo, que o denunciou em troca do benefício de delação premiada. O cabo e a família foram ameaçados de morte e estão sob proteção da Justiça



    Comandante-geral da PM ficará afastado por 30 dias.......

    Após cirurgia,

    Coronel Mário Sérgio Duarte se recupera de uma operação para a retirada de nódulo

    iG Rio de Janeiro | 27/09/2011 11:17

    Foto: Fabrizia Granatieri Ampliar
    O comandante-geral da Polícia Militar do Rio, coronel Mário Sérgio Brito Duarte
    O comandante-geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Mário Sérgio Brito Duarte, vai ficar afastado de suas funções por um período de 30 dias. Ele se recupera de uma cirurgia para a retirada de um nódulo na próstata.
    O procedimento foi realizado nesta segunda-feira (26). De acordo com o comunicado enviado pela PM, a cirurgia foi bem sucedida e o comandante permanece internado com evolução médica satisfatória.
    O início do período de afastamento de Mário Sérgio coincide com a exoneração do tenente-coronel Cláudio Luiz Oliveira do comando do 22º BPM (Maré). Ele é apontado como o mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli e 
    está preso no Batalhão de Choque da PM.


    segunda-feira, 12 de setembro de 2011

    PMs mataram juíza para tentar evitar prisão, diz delegado

    12/09/2011 - 13h31
    Publicidade
    ITALO NOGUEIRA
    DO RIO

    Os três PMs apontados como responsáveis pela morte da juíza Patrícia Acioli, morta há um mês, planejaram o crime em uma tentativa de evitar que a vítima decretasse a prisão do trio --que era acusado de matar um jovem--, de acordo com o delegado Felipe Ettore, da Divisão de Homicídios do Rio.
    A prisão dos três PMs, no entanto, foi decretada por Acioli horas antes de sua morte.
    Ontem (11), a Justiça decretou a prisão do trio devido à suspeita de envolvimento na morte da juíza. Porém, o tenente Daniel dos Santos Benites e os cabos Sergio da Costa Junior e Jefferson de Araújo Miranda, todos lotados no 7º Batalhão (São Gonçalo), já estavam presos no BEP ( Batalhão Especial Prisional), em Benfica, zona norte, devido à decisão de Acioli.
    Segundo o delegado, os PMs receberam no dia 11 a informação de que teriam a prisão decretada por participar da morte de Diego da Conceição Beliene, 18, em junho, no morro do Salgueiro, em São Gonçalo.
    O crime tinha sido registrado na 72ª DP (São Gonçalo) como auto de resistência (morte em confronto com a polícia). No entanto, testemunhas afirmam que tratou-se de um assassinato.
    O assassinato da juíza era uma tentativa de evitar a decisão, que eles não sabiam já estar oficializada.
    Segundo Ettore, os policiais Junior e Benites aguardaram a magistrada sair do fórum de São Gonçalo e, a bordo de uma moto, seguiram Acioli até sua casa. Miranda se juntou ao grupo em momento não divulgado e participou da emboscada, segundo a polícia.
    INVESTIGAÇÃO
    O inquérito aponta que o crime foi planejado um mês antes, quando Acioli expandiu o número de investigados pela morte de Diego Beliene, em junho. Eles preparam o crime a ser deflagrado quando tivessem a indicação de que teriam prisão declarada.
    As investigações apontam que os três usaram um veículo do 12º Batalhão (Niterói) para analisar o bairro onde a juíza morava. Eles escolheram um carro sem GPS.
    A polícia ainda não concluiu as investigações. Eles receberam a informação da advogada que os representava no processo. Ettore afirmou que não poderia ainda dizer se ela pode estar envolvida no crime.

    Editoria de arte/Folhapress

    domingo, 11 de setembro de 2011

    Revista inglesa diz que Alagoas é capital do crime com

    "sua polícia corrupta"

    Revista inglesa diz que Alagoas é capital do crime com "sua polícia corrupta"
    A respeitada revista inglesa The Economist, publicou uma devastadora matéria que classifica Alagoas como a capital brasileira do crime, chama seus políticos de fracos e a polícia local de corrupta e de só querer saber “estar em greve”.
    As palavras são duríssimas, e além das críticas, a revista aponta a desigualdade, a corrupção e as dívidas do Estado como causas para este quadro.
    A revista vê ainda uma melhora na situação, e cita o fato do governador Teotônio Vilela ter tirado o comando da polícia das mãos de indicação política.
    Veja abaixo a matéria na íntegra em inglês e português.
    Murder in Brazil: Danger in Alagoas
    THE road from Maceió, the capital of Alagoas state, to its airport passes luxury-car showrooms and shops selling outsize Jacuzzis. In the central reservation, indigent families live under plastic sheeting. Even by the standards of Brazil’s north-east, Alagoas is scarred by poverty and extreme inequality. With 107 murders per 100,000 people, Maceió is also the most violent state capital in Brazil, just as, with 60 murders per 100,000, Alagoas is the country’s most violent state (see chart). It is a place of sugar and cattle, where the sugarcane cutters settle scores with fists and knives and the well-connected escape punishment by using contract killers instead.
    Year-round sunshine, beautiful beaches and coral reefs mean tourism offers Alagoas’s best chance of development. But its status as Brazil’s crime capital puts that at risk. State officials are desperate to point out that Alagoans kill each other, not outsiders, and in slums, not beauty spots. Victims and murderers are often indistinguishable: unemployed, illiterate, drug-addicted young men, says Jardel Aderico, the state secretary for peace, whose job title represents an aspiration.
    Brazil’s murder rate barely budged during the past decade, at around 26 per 100,000. But the geography of murder changed, notes Julio Jacobo Waiselfisz of the Instituto Sangari, a think-tank in São Paulo. In 1998 São Paulo and Rio de Janeiro were more violent than average; Alagoas was not. Better policing and economic growth have seen the murder rate fall by nearly two-thirds in São Paulo and two-fifths in Rio over the decade. Criminals squeezed out of long-held strongholds followed the money to areas of new industrial development and tourist destinations. Illegal logging and land grabs, together with new cross-border routes for guns and drugs, stoked crime in the Amazon. And Alagoas, its state government debt-ridden and police force weak, corrupt and often on strike, was at times close to lawless.
    Related topics

    Things are starting to improve in Alagoas. The World Bank, which in 2009 lent the state $195m to stabilise its finances and improve its management, says the loan targets have been met. It is now working with the state on a plan to eradicate extreme poverty. Alagoas’s governor, Teotônio Vilela Filho, recently re-elected for a second term, has bought the police new cars and guns, and ended the practice of appointing police chiefs according to their political connections. Mr Aderico hopes that “peace lessons” in schools will create a less violent generation of Alagoans.
    But in the short term the state’s best hope of moving down the murder rankings is for others to move up. Local politicians want to split Pará, a large Amazonian state, into three. If they succeed, Brazil’s map of violence will change once more. Marabá, which would become capital of south Pará, would inherit the title of murder capital and spare Maceió its shame.
    Veja aqui o link para o site da revista que publicou a matéria na íntegra durante o dia de ontem
    Assasinatos no Brasil: Perigo em Alagoas

    No caminho de Maceió, capital do Estado de Alagoas, para o seu aeroporto passa carro de luxo, showrooms e lojas que vendem Piscina sob media, no acostamento, famílias indigentes vivem sob lonas de plástico.
    Mesmo para os padrões do Nordeste do Brasil, Alagoas é marcada pela pobreza e extrema desigualdade. Com 107 assassinatos por 100.000 pessoas, Maceió é também a capital do Estado mais violento do Brasil, com índices que chegam a 60 homicídios por 100 mil, Alagoas também é o estado mais violento do país
    É um lugar de açúcar e gado, onde os donos das usinas acertam contas com os punhos, facas e escapam da punição, usando assassinos contratados em seu lugar.
    Sol o ano inteiro, belas praias e recifes de coral significam que o turismo oferece melhores chances de desenvolvimento de Alagoas. Mas o seu estatuto de capital brasileira do crine coloca em risco este potencial.
    Funcionários do Estado estão desesperados, e os alagoanos se matam uns aos outros nas favelas que mancham a beleza da cidade.
    Neste cenário de violência, vítimas e assassinos são muitas vezes indistinguíveis: “desempregados, analfabetos, viciada em drogas, homens jovens”, diz Jardel Aderico, o secretário estadual de paz, cujo cargo representa uma aspiração.
    A taxa de assassinatos do Brasil praticamente não se moveu durante a última década, em cerca de 26 por 100.000. Mas a geografia do crime mudou, observa Julio Jacobo Waiselfisz do Instituto Sangari, uma ONG em São Paulo.
    Em 1998, São Paulo e Rio de Janeiro foram mais violentos do que a média; Alagoas não foi. Um melhor policiamento seguido do crescimento econômico, fez com que houvesse uma queda da taxa de homicídio por quase dois terços em São Paulo e dois quintos no Rio durante a década.
    Os criminosos, expulsos das fortalezas de longa data seguiram junto com o dinheiro para as áreas de desenvolvimento industrial e novos destinos turísticos.
    A exploração madeireira ilegal e grilagem de terras, juntamente com novas rotas transfronteiriças de armas e drogas, levaram uma parte destes criminosos para a Amazônia. E Alagoas foi escolhido, pela fraqueza de um governo endividado e sem forças, além de ter uma polícia fraca, corrupta , muitas vezes em greve, e às vezes comandando o crime organizado.
    A boa notícia é que as coisas estão começando a melhorar em Alagoas. O Banco Mundial, que em 2009 emprestou o estado de $ 195m para estabilizar suas finanças e melhorar a sua gestão, diz que as metas de empréstimo estão sido cumpridas.
    Agora ela está trabalhando com o estado em um plano para erradicar a pobreza extrema.
    O governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, recentemente reeleito para um segundo mandato, comprou os carros de polícia e armas novas, e terminou a prática de nomear chefes de polícia que não tenham conexões políticas. O secretário Aderico espera que as "lições de paz" nas escolas criem uma geração menos violenta de alagoanos.
    Mas, no curto prazo, a melhor esperança do Estado de sair de baixo no ranking assassinato é com a piora dos outros.
    Os políticos locais querem dividir Pará, um grande estado amazônico, em três. Se forem bem sucedidos, mapa do Brasil de violência vai mudar mais uma vez. Marabá, que se tornaria capital do Pará, sul, herdaria o título de capital de assassinatos e pouparia Maceió desta vergonha.

    • Mais fotos

    PM investiga corrupção entre policiais de UPP no Rio

    11/09/2011 - 18h05

    Atualizado às 18h45.

    O comandante-geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Mário Sérgio Duarte (à dir.), admitiu neste domingo que a PM investiga denúncias de um esquema de corrupção de policiais na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) dos morros da Coroa, Fallet e Fogueteiro, no Centro do Rio. Duarte afirmou que vai afastar o comandante da UPP, Elton Costa, e o subcomandante, Rafael Medeiros Mais Fabio Rossi/Agência O Globo

    A Polícia Militar do Rio confirmou neste domingo (11) que policiais de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) no centro do Rio são investigados sob a suspeita de receberem propinas de traficantes de drogas.
    A informação de que o comandante e o subcomandante da unidade tinham sido afastados não foi confirmada em nota oficial divulgada pela PM.
    A UPP dos morros da Coroa, Fallet e Fogueteiro, em Santa Teresa, foi instalada em fevereiro deste ano, com 206 PMs, e vinha tendo problemas desde junho. Na semana passada, um sargento e dois soldados da unidade foram presos com R$ 13 mil cuja origem não conseguiram explicar.
    Hoje, o jornal carioca "O Dia" publicou que as prisões são parte de uma investigação maior, com 30 PMs da UPP suspeitos de receberem caixinha mensal do tráfico. Três soldados atacados por traficantes com uma granada há três meses, na Coroa, teriam se recusado a participar do esquema. Um deles teve a perna amputada.
    O comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, e o chefe do Comando de Polícia Pacificadora, coronel Robson Rodrigues, confirmaram a investigação, sem dar detalhes.
    Eles anunciaram que policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e do Batalhão de Choque ficarão "por tempo indeterminado" nos três morros de Santa Teresa, com cerca de 15 mil moradores.
    O Bope o Choque foram enviados para "reforçar o policiamento" no local depois de um tiroteio entre PMs da UPP e traficantes, no início da noite de sábado. O confronto teria começado quando os policiais abordaram um grupo de dez pessoas, no Fallet. Um PM foi ferido no pescoço.
    A investigação de corrupção na UPP de Santa Teresa, feita pela corregedoria interna do Comando de Polícia Pacificadora, é a maior do tipo a se tornar pública desde o início do programa de policiamento comunitário, em dezembro de 2008.
    Especialistas ouvidos recentemente pela Folha já apontavam o problema e sugeriram medidas para evitar que ele se dissemine, entre elas rodízio de policiais nas UPPs e a realização de concursos específicos para UPP. Hoje, o curso básico de formação dos recrutas que vão para essas unidades é igual à de todos os PMs e só dura seis meses.
    Os policiais de UPP ganham salário igual aos dos demais PMs, com piso de R$ 1,625,25. Recebem, além disso, uma gratificação mensal de R$ 500 para os soldados e R$ 1.500 para os comandantes, paga pela Prefeitura do Rio.
    TRAFICANTES
    A ação dos traficantes nas 17 favelas do Rio que têm UPPs também se tornou mais agressiva desde o início deste ano.
    Na tarde de ontem, houve uma troca de tiros entre policiais e traficantes do morro da Providência, no centro. Na semana passada, um grupo de pessoas que saía de um baile funk cercou um dos postos da UPP da Cidade de Deus (zona oeste) e arremessou várias pedras. Um policial se feriu.
    Nos últimos meses, houve ainda um capitão que se feriu em troca de tiros na Providência e dois PMs feridos na UPP do Borel, na Tijuca (zona norte).
    De acordo com um policial lotado em uma dessas unidades que sofreu ataque e pediu para não ser identicado, o problema acontece por falta de efetivo para as rondas. Segundo o policial, há períodos em que ficam somente seis policiais no posto da UPP.
    Em pelo menos duas UPPs visitadas recentemente pela Folha, Cantagalo (zona sul) e São Carlos (centro), os comandantes das UPPs estavam pedindo mais efetivos.

    sexta-feira, 9 de setembro de 2011

    RJ: ONG faz protesto contra morte de juíza em praia de Niterói

    20 de agosto de 2011 13h26 atualizado às 13h31

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    Manifestantes protestam na Praia de Icaraí, Niterói (RJ), contra a morte da juíza Patrícia Acioli. Foto: Thony Serdoura/Futura Press Manifestantes protestam na Praia de Icaraí, Niterói (RJ), contra a morte da juíza Patrícia Acioli
    Foto: Thony Serdoura/Futura Press

    A ONG Rio de Paz realizou, na manhã desta sábado, uma passeata chamada "Luto pela democracia - quem silenciou a voz da Justiça", em protesto contra a morte da juíza Patrícia Acioli. A manifestação reuniu cerca de 100 pessoas na praia de Icaraí, em Niterói (RJ).
    Os manifestantes começaram o ato fixando um cartaz com a palavra ¿democracia¿ em uma cruz preta de cinco metros de altura. Eles ficaram sentados em uma faixa de areia, em frente à rua Miguel de Frias, por 20 minutos, com uma faixa preta na boca.
    O ex-marido da juíza, Wilson Maciel, afirmou que ele e seus familiares e amigos, a partir deste sábado, andarão com uma fita preta no carro, para demonstrar luto. Maciel convidou os participantes e aos interessados realizar a mesma ação.
    Juíza estava em "lista negra" de criminosos
    A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados pelo menos 15 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.

    Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.
    Com informações de O Dia

    Morte de juíza foi comemorada com churrasco por PMs, diz primo

    15 de agosto de 2011 13h25 atualizado às 15h29

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    Movimento Rio de Paz protesta contra a morte da juíza Patrícia Acioli, em frente ao fórum de São Gonçalo. Foto: Tasso Marcelo/Agência Estado Movimento Rio de Paz protesta contra a morte da juíza Patrícia Acioli, em frente ao fórum de São Gonçalo
    Foto: Tasso Marcelo/Agência Estado
    O assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, 47 anos, morta na última quinta-feira em Piratininga, região oceânica de Niterói (RJ), teria sido comemorado por policiais com um churrasco em São Gonçalo. A afirmação foi feita por Humberto Nascimento, primo da magistrada, durante protesto realizado no início da tarde desta segunda-feira por amigos e parentes da vítima em frente à 4ª Vara Criminal de São Gonçalo.
    Humberto ainda criticou a postura do governo do Rio, que descartou a colaboração do Polícia Federal (PF) no caso. "Isso é uma decisão do governador, não podemos fazer nada a respeito. Queríamos a presença da PF pelo menos como observadora. Qualquer ajuda é bem-vinda. Se o governador decidiu assim, ele terá que dar uma resposta rápida", afirmou. Cerca de 50 pessoas se amordaçaram em frente à 4ª Vara Criminal com panos pretos e jogaram rosas com uma faixa com os dizeres: "Quem silenciou a voz da Justiça?"
    Uma cruz que foi retirada neste domingo da Praia de Icaraí, zona sul de Niterói, vai ser recolocada no mesmo lugar, a pedido da população do município, que cobra uma solução para o caso. O Disque-Denúncia recebeu 72 ligações sobre o asassinato da juíza até a manhã de hoje. Segundo nota divulgada pelo serviço, todas as informações estão sendo encaminhadas diretamente para a Delegacia de Homicídios da capital, que investiga o crime. Quem tiver alguma informação a respeito dos autores do assassinato, pode ligar para o telefone (21) 2253-1177. O anonimato é garantido.
    Juíza linha dura
    Segundo o primo da juíza, ela tinha o perfil "linha dura". "Ela era considerada 'martelo pesado', sempre com condenações em pena máxima. Ela condenou gente ligada à máfia do óleo, máfia das vans, milícia de São Gonçalo e policiais envolvidos com desvio, corrupção e tráfico de drogas. Há cerca de quatro anos, ela teve a segurança retirada por ordem do presidente do Tribunal de Justiça do Rio da época", afirmou Nascimento.

    Juíza estava em "lista negra" de criminosos
    A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados mais de 20 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.

    Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.
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    Casos de abuso policial se espalham pelo país

    Quatro militares foram afastados depois do confronto com moradores do Complexo do Alemão no início da semana. O comando do Exército admitiu excessos no uso de spray de pimenta e balas de borracha. Denúncias de abusos em ações policiais são cada vez mais comuns em todo o país. Visite o UOL Notícias






    sexta-feira, 8 de julho de 2011

    Policiais mataram e ocultaram o corpo do Juan...

    08/07/2011 - 14h49

    Órgãos públicos foram ineficientes e erraram no caso Juan, dizem especialistas

    Fabíola Ortiz
    Especial para o UOL Notícias
    No Rio de Janeiro
    • Polícia do Rio confirmou morte de Juan Polícia do Rio confirmou morte de Juan
    O enterro do corpo do menino Juan Moraes, desaparecido em 20 de junho e dado como morto na última quarta-feira (06), encerra um capítulo mas não conclui o caso, afirmou o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), ao criticar os órgãos públicos por terem sido “muito ineficientes” na condução do caso.
    “Foi uma sucessão de erros e posturas equivocadas. Tudo indica que o Juan foi atingido pela polícia, e a solução que o policial encontrou foi desaparecer com o corpo. A Polícia Civil não investigou, não procurou o corpo, só com a pressão da imprensa. E a polícia ainda fez um laudo errado. Foi um conjunto de desastres”, disse Freixo ao UOL Notícias.

    Reconstituição é feita nesta sexta-feira

    Foto 9 de 12 - Policiais isolam as ruas que dão acesso ao local da reconstituição da morte do menino Juan de Moraes, 11, na comunidade Danon, em Nova Iguaçu (Rio de Janeiro). Juan desapareceu no dia 20 de junho, após incursão de policiais militares do 20º Batalhão à comunidade. Depois de um erro de perícia, a Polícia Civil do Rio anunciou quarta-feira que o corpo do menino havia sido encontrado na semana passada, em Belford Roxo Mais Zulmair Rocha/UOL
    Segundo o deputado, muitas informações ainda precisam ser investigadas e explicadas. “Ficam muitas perguntas ainda. Como a perita não conseguiu identificar o corpo? E quantos outros casos a polícia agiu equivocadamente e que não se sabe?”
    Para tentar descobrir o paradeiro de Juan, a Ong Rio de Paz lançou no começo da semana a campanha “Todo o Rio quer saber onde está Juan” e, depois das informações do corpo do menino que havia sido encontrado, a entidade de direitos humanos se pergunta agora “Quem matou Juan?”.
    O presidente da Rio de Paz, Antônio Carlos, disse concordar que houve uma série de equívocos que geraram muito desgaste para as autoridades. “O que não pode ser esquecido é o lado crônico, histórico e endêmico desse problema. Não são só os equívocos que a polícia cometeu, mas também o problema de desaparecimento de pessoas que foram executadas e que têm o corpo lançado em cemitérios clandestinos ou em rios.”
    Em relação aos erros da perita que emitiu parecer sobre o reconhecimento dos restos mortais informando que se tratava de uma menina, Antônio Carlos afirmou que a perita foi precipitada ao afirmar inicialmente que o corpo não seria de Juan.
    “No Rio de Janeiro, a gente não tem registro de erros crassos assim. Não houve perícia, o que houve foi um laudo pericial preliminar nada conclusivo que emitiu uma posição sobre a identidade, a perita se precipitou.”
    O presidente da Ong Rio de Paz informou que a entidade vai continuar acompanhando o caso e que vai manter a campanha virtual na internet com uma fotogaleria de protestos da população.
    “O que mais me preocupa nessa história é a impunidade, o fato de a polícia trocar tiros com traficantes. A polícia tem que entrar com mais cuidado e mais preocupada em preservar a vida dos inocentes. A pressão nesse momento é importante para obtermos a elucidação do caso”, afirmou.
    O sociólogo José Augusto Rodrigues, do Laboratório de Análise da Violência da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), destaca os altos índices de letalidade nas ações policiais, que, segundo ele, “não são compatíveis com a existência de uma sociedade democrática de um Estado de direito”.
    “É tradição o uso excessivo da força e pura e simplesmente a execução extrajudicial. Virou rotina, uma prática como essa se viabiliza na medida em que existe uma atitude corporativista por parte dos órgãos de segurança em relação ao que acontece no cotidiano dos mais pobres”, disse.
    Rodrigues concorda com Marcelo Freixo ao afirmar que “tudo leva a crer que mataram o menino sem nenhum motivo e tentaram se livrar do corpo”. Contudo, pelo fato de Juan ser um menino de 11 anos, a justificativa do auto de resistência (morte de suspeito em confronto) não iria colar”, informou.
    O sociólogo comentou ainda que, para uma política de segurança que se sustente, é preciso que “se reforme parte do aparelho policial que atua através de meios ilegais, seja do ponto de vista da corrupção, seja da execução extrajudicial”.
    O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, admitiu ontem (7) que a polícia errou na condução do caso Juan, mas destacou que os responsáveis serão punidos. Para Rodrigues, a rotina não deve ser o descaso com jovens pobres da periferia, e sim a “investigação sistemática de toda violação da lei”.
     

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    Por falta de estrutura, IML destrói provas de assassinato em Alagoas

    07/07/2011 - 14h00

    Aliny Gama e Carlos Madeiro
    Especial para o UOL Notícias
    Em Maceió
    Por falta de uma sala especial para armazenar material orgânico, o IML (Instituto Médico Legal) de Maceió destruiu, há duas semanas, provas consideradas importantes de um crime que chocou o Estado --a morte por enforcamento da estudante universitária Giovanna Tenório.
    O lençol onde o corpo da universitária estava enrolado e a roupa que ela usava quando foi morta foram incinerados, e exames de comparação com material apreendido com os acusados do crime não poderão ser realizados. O fato só veio à tona nesta quarta-feira (6), após a apreensão de material na casa das acusadas do crime.Instituto Médico Legal
    O diretor do IML de Maceió, Gerson Odilon Pereira, alegou que o instituto não possui estrutura para armazenar material orgânico. Ainda segundo ele, o material do caso Giovanna poderia ter sido armazenado provisoriamente, mas nem a polícia, nem o Instituto de Criminalística pediram para que eles fossem preservados -- por isso houve a destruição.
    “Não foi o IML quem descartou, mas sim os próprios peritos que fizeram a necropsia do corpo de Giovanna. O material ficou nas bombonas usadas para transportar o material orgânico, que é descartado pelo IML dois ou três dias depois, quando é incinerado. Então, se algum delegado achasse que o material deveria ser guardado, estava lá por esse período. Era só ir lá e recolher”, explicou, citando que o material foi descartado por estar com larvas e fedendo.
    Falta estrutura, reconhece IML
    O diretor do IML reconheceu ao UOL Notícias que o prédio onde funciona o órgão não tem estrutura para guardar material orgânico. Pereira reconheceu que o local apresenta problemas graves de funcionamento, já que não foi construído especificamente para os trabalhos do instituto.
    “Realmente não temos essa sala para guardar material orgânico, como o material descartado no caso Giovanna. O prédio do IML não é adequado para realizamos o nosso trabalho. Aqui funcionava uma antiga faculdade de medicina, mas o governo do Estado já está trabalhando para construção de um novo prédio. O projeto já está pronto, com terreno adquirido também, aguardando os trâmites finais para abrir o processo licitatório de construção”, disse o diretor do IML, ressaltando que no novo prédio haverá uma sala específica para acomodar os materiais que podem ser utilizados como prova em investigações. A previsão é de que o novo prédio seja entregue no segundo semestre de 2012.
    Pereira ainda ressaltou que o IML tem como norma guardar apenas material de crimes que envolvem casos de estupros, morte por envenenamento e ferimentos por arma de fogo. “Já estamos com uma parceria com o Lacen [Laboratório Central de Alagoas] para que ele analise os materiais que são usados em provas criminais”, apontou.
    Advogados criticam incineração; MP espera inquérito
    O descarte das peças de investigação causou protesto tanto da família da vítima, quanto na defesa dos acusados. O Ministério Público também informou que vai aguardar o fim do inquérito para saber se o delegado do caso vai apontar se a destruição das provas causou prejuízo às investigações. Caso isso ocorra, os responsáveis pela incineração podem ser responsabilizados judicialmente.
    O delegado do caso, Francisco Amorim Terceiro, informou, logo após a sua indicação para comandar o inquérito, que só iria se pronunciar sobre o caso ao fim das investigações.
    Contratado pela família de Giovanna Tenório, o advogado Welton Roberto não poupou críticas ao descarte do material. “Achei de um amadorismo imperdoável e mostra também uma falta de comprometimento com a investigação. Eles sabiam que era um crime, por que não guardaram? Todos nós tememos porque qualquer indício ajuda”, disse ao UOL Notícias.
    O advogado de defesa do casal, Rodrigo Ferro, também condenou a falta do material. “Há muita coisa que poderia ser colhida daquele material. Se precisarmos de uma contraprova, por exemplo, não poderemos ter mais”, disse ele, em entrevista nesta quarta-feira à TV Gazeta.
    O assassinato da estudante
    A estudante do curso de fisioterapia Giovanna Tenório, 28, foi encontrada morta no dia 6 de junho, quatro dias após ser vista pela última vez saindo do Centro de Ensino Superior de Maceió. Ela iria almoçar com um amigo, mas não foi mais localizada.
    O corpo da jovem estava em um terreno baldio do município de Rio Largo, na região metropolitana de Maceió. O casal Antônio Bandeira, com que Giovanna teve um caso, e Mirela Granconato é acusado do crime. Os dois foram presos na casa onde moram, também em Rio Largo, no último dia 28 de junho, alegaram inocência e prometem comprovar, por meio de álibis, que não participaram do assassinato.
    Um caminhoneiro também foi detido, no dia 30, por estar com o celular da estudante e também negou envolvimento no crime, afirmando que comprou o aparelho em um posto de combustíveis.

    http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/07/07/por-falta-de-estrutura-iml-destroi-provas-de-assassinato-em-alagoas.jhtm