Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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quinta-feira, 25 de abril de 2013

PM AGRIDE GM e tenta lhe tirar o CELULAR!


 Enviado em 17/06/2009
 PM AGRIDE GM e tenta lhe tirar o CELULAR!

Mulher se revolta com demora nas investigações


Do assassinato do marido...

Esposa do representante comercial Jorge Mariano Marcondez Ferraz, morto durante tentativa de roubo em Curitiba, divulgou nas redes sociais uma carta aberta ao secretário de Segurança

25/04/2013 | 00:01 | MARCUS AYRES, DA GAZETA MARINGÁ E PATRÍCIA PEREIRA
Há quase um mês, o representante comercial Jorge Mariano Marcondez Ferraz, de Maringá, foi morto a tiros durante uma tentativa de assalto em Curitiba. No entanto, até o momento, nenhum acusado de ter cometido o crime foi detido. A revolta pela demora na solução do caso fez com que a família publicasse uma carta aberta ao secretário de Estado de Segurança Pública, Cid Vasques, em uma rede social.
O texto, escrito pela esposa da vítima, Ângela Ferraz, foi postado filho do casal no Facebook. Na carta, a viúva, que presenciou a morte do marido, questiona o trabalho de investigação da polícia da capital. “Por que até agora, quase um mês após o fato, ainda não recebi qualquer tipo de contato sobre as investigações? O que está sendo feito? Quem está sendo procurado?”
O crime ocorreu no dia 27 de março, uma quarta-feira, por volta das 21 horas. Jorge Ferraz, de 54 anos, foi atingido por três tiros na Rua Inácio Lustosa, no bairro São Francisco, próximo ao Shopping Mueller. De acordo com a Polícia Civil, o crime aconteceu durante tentativa de roubo do veículo em que o casal estava.
A vítima chegou a ser socorrida por uma equipe Siate, mas não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do Hospital Evangélico. O crime ocorreu no dia em que Ângela comemorava aniversário. O casal havia acabado de chegar à Curitiba para passar o feriado da Páscoa com os filhos, que residem na capital paranaense.
Na carta, Ângela relata que o autor dos disparos aparentava estar completamente drogado. “O que realmente me incomoda é que, no bairro São Francisco, uma das regiões mais movimentadas de Curitiba, conhecida pela grande frequência de usuários de drogas e por alguns crimes menos violentos, como furtos e roubos, não havia sequer uma viatura de patrulha. (...) A falta de patrulhamento permitiu que o criminoso fugisse andando”, declarou Ângela, que também criticou o tratamento dado por alguns órgãos de imprensa ao caso. “Chegaram como urubus revoando a carniça.”
Por telefone, a assessoria da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou que a pasta se solidariza com a dor da família e resaltou que as investigações sobre crime estão em andamento.
Investigações avançaram pouco, afirma polícia
A Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba afirmou que tomou todas as providências para tentar solucionar o crime, mas as investigações avançaram pouco. Segundo o delegado Daniel Fagundes Prestes, não há imagens do suspeito e as testemunhas ouvidas não foram capazes de fornecer características que pudessem ajudar na elaboração de um retrato falado. “Ouvimos a mulher e o filho da vítima, mas eles não conseguiram ver o rosto do atirador”, disse.
Um jovem que presenciou o crime foi espontaneamente à delegacia e disse ter ouvido quando o suspeito anunciou o assalto. Ele, no entanto, também não forneceu detalhes da aparência do criminoso. “Todos falaram que ele era moreno, usava capuz e parecia muito sujo. São características bem comuns a usuários de drogas, mas não temos como identificar um suspeito”, disse o delegado.
O rapaz também informou que o atirador desceu a Rua Inácio Lustosa e virou na Rua Barão do Serro Azul, em direção à Praça Tiradentes. A polícia disse que procurou os estabelecimentos comerciais da região, mas eles só tinham imagens do circuito interno, e a câmera da rua, controlada pela Guarda Municipal, estava desligada.
A Guarda Municipal confirmou que o equipamento está com defeito desde dezembro do ano passado e que não foi consertado ainda porque a manutenção não foi inserida no orçamento de Curitiba para 2013.
Como se tratava se uma tentativa de roubo de carro, o caso deve ser encaminhado para a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos nos próximos dias, afirmou Prestes.


PMs do PR são suspeitos de integrar quadrilha


De contrabandistas...

Segundo a Polícia Federal, a quadrilha atuava no PR, SC e RS. PMs e o assessor de um deputado estadual seriam os líderes do grupo



25/04/2013 | 07:22 | GAZETA DO POVO, COM INFORMAÇÕES DE DIEGO RIBEIROatualizado em 25/04/2013 às 08:54

A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação contra uma quadrilha de contrabandistas de cigarro que atua no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul na manhã desta quinta-feira (25). Policiais militares paranaenses – lotados na região Noroeste – são suspeitos de integrar a quadrilha, de acordo com a PF. Os líderes do grupo seriam o assessor de um deputado estadual do Paraná e oficiais da PM.
Segundo a PF, os policiais facilitavam a passagem de mercadorias da organização criminosa e também extorquiam contrabandistas de grupos concorrentes. Parte dos produtos apreendidos era desviado para o esquema. Oficiais da PM, de acordo com a investigação, também aliciavam outros policiais de equipes móveis para colaborar com o grupo. A quadrilha também atuava no ramo dos jogos de azar.
Segundo a corporação, 250 policiais estão cumprindo 40 mandados de busca, 23 de prisão preventiva e seis de prisão temporária. Os policiais federais também conduzem 29 pessoas, de forma coercitiva, às sedes da corporação para prestar mais esclarecimentos.
No Paraná, os mandados são cumpridos em Curitiba, Maringá, Medianeira, Foz do Iguaçu, Faxinal e Matinhos. As cidades de Porto Alegre e Canoas, no Rio Grande do Sul, Laguna e Joinville, em Santa Catarina, também são alvo da Operação Fractal.
As investigações começaram em 2010, após uma representação do Ministério Público Federal de Umuarama (PR) sobre o esquema.
Há indícios que o grupo tentava também influenciar servidores públicos de órgãos estaduais e federais. Detalhes sobre a operação serão divulgados em uma coletiva de imprensa, em Curitiba, na sede da Superintendência Regional da Polícia Federal no Paraná, na manhã desta quinta-feira. 


Defensoria denuncia agressão policial


Contra operários de Belo Monte...


Publicado em 12/04/2013
A Defensoria Pública em Altamira (PA) pediu ontem investigações dos ministérios públicos Federal e Estadual sobre suposta repressão praticada pela Força Nacional de Segurança e pela Polícia Militar contra operários em greve na obra da usina hidrelétrica de Belo Monte. Em vistoria realizada para intermediar negociações trabalhistas entre os operários e o Consórcio Construtor Belo Monte, responsável pelas obras, a Defensoria Pública diz ter constatado restrição de direitos e o desaparecimento do operário Antônio Lisboa.
Lisboa havia coordenado um protesto por melhorias salariais num dos canteiros de obras da usina. Apoiado pela Conlutas, ele teria reaparecido anteontem em Santarém, mas as circunstâncias em que deixou a obra são desconhecidas. Cerca de 5 mil pessoas trabalham no canteiro Belo Monte, e ao menos 20% haviam aderido à paralisação. Ontem, segundo o consórcio, as atividades voltaram ao normal. Segundo a defensora pública Andréia Barreto, o órgão foi acionado pela Conlutas para apurar as denúncias de violação de direitos dos trabalhadores.

Carla Cepollina é absolvida pela morte


Do coronel Ubiratan..

Única acusada pelo crime, ela respondia por homicídio qualificado e poderia pegar até 30 anos de reclusão

Do Portal Terra
CARLA-Cepollina-4.jpg
A advogada Carla Cepollina, 47 anos, foi absolvida, na noite desta quarta-feira (7), da acusação de que teria matado a tiro o coronel Ubiratan Guimarães, com quem namorou, assassinado em setembro de 2006. Após três dias de julgamento, realizado na Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, o júri - formado por seis homens e uma mulher - declarou a ré inocente, rejeitando a tese da acusação de que ela o matou após ter uma crise de ciúmes, ao saber que ele mantinha um relacionamento com outra mulher. O júri foi comandado pelo juiz Bruno Ronchetti de Castro. A absolvição foi anunciada às 19h15. Cabe recurso da decisão.
Única acusada pelo crime, ela respondia por homicídio qualificado por motivo torpe e por ter cometido o crime com a impossibilidade de defesa da vítima. Em caso de condenação, a pena poderia variar entre 12 e 30 anos de reclusão.
Conhecido por ter comandado a operação policial que resultou no massacre do Carandiru, em 1992, o coronel Ubiratan foi encontrado morto com um tiro no abdome, nu e enrolado em uma toalha de banho, em seu apartamento. Carla Cepollina sempre negou as acusações e, durante o julgamento, alegou ter sido escolhida como "bode expiatório" pela Polícia Civil que, segundo ela, não conseguiu encontrar o verdadeiro autor do crime.
Durante o júri, o promotor de Justiça João Carlos Calsavara e o advogado Vicente Cascione, que representa a família da vítima, apresentaram os seguintes argumentos para tentar comprovar que ela era culpada: o fato de ter sido a última pessoa vista deixando o apartamento; os indícios de que era a única pessoa no local do crime no momento em que teria sido disparado o tiro; de a vítima não ter dado "sinal de vida" após o contato com a ré; e a discussão ao telefone, motivada por uma crise de ciúmes, com Renata Madi, delegada da Polícia Federal, que mantinha um relacionamento com o coronel na época.
A sustentação da defesa da advogada Carla Cepollina foi feita em cima da tese de que não há provas suficientes para que ela seja condenada pela morte de seu ex-namorado, o coronel Ubiratan Guimarães, em setembro de 2006. Os advogados desqualificaram a investigação da polícia, traçaram um perfil psicológico e familiar baseado em valores morais e se sustentaram no laudo necroscópico, pelo qual seria possível concluir que a morte do coronel aconteceu no período em que Carla esteve no apartamento, em 9 de setembro.

Carla Copolina absorvida da morte de Coronel Ubiratan.  
 Publicado em 08/11/2012
 São Paulo 07/11/12 - A advogada Carla Cepollina, de 47 anos, foi absolvida nesta quarta-feira, 7, pela morte do coronel Ubiratan Guimarães, de 63.

 O júri realizado no Fórum da Barra Funda, na zona oeste da capital, durou três dias e inocentou a acusada por maioria dos votos. A vítima foi assassinada com um tiro no abdome em setembro de 2006, na capital paulista.

 Na segunda-feira, 5, primeiro dia do julgamento, Carla foi expulsa do plenário após interromper o depoimento do delegado da Polícia Civil Marco Antonio Olivato, uma das testemunhas do caso.

 No segundo dia de júri, Carla negou a autoria do crime e chegou a apontar um assessor de Ubiratan, que também já morreu, como o autor do assassinato. Segundo ela, o coronel foi morto depois que ela deixou o apartamento dele há seis anos, no dia 9 de setembro.

 Carla afirmou ter deixado o apartamento de Ubiratan no dia do crime porque ele havia bebido e estava deitada na cama, dormindo. Nos últimos seis anos, a advogada tem afirmado que é inocente e que a morte de Ubiratan foi crime político. Carla disse durante as cinco horas de interrogatório que o coronel foi morto por envolvimento em um esquema que envolveria arrecadação de dinheiro de campanha.

 Ubiratan ficou conhecido por ter comandado a invasão do Carandiru em 1992, provocando 111 mortes no Pavilhão 9. Em 2001, ele foi condenado a 632 anos de prisão por comandar o massacre. Em 2006, mesmo ano de sua morte, ele foi absolvido pela Justiça.

 Ubiratan é o único condenado pelo massacre do Carandiru.(Estadão) www.transitoaovivo.com Oslaim Brito/Maiane Brito

 Carla Cepollina termina absolvida...

     
 Publicado em 07/11/2012 
Termina o julgamento de Carla Cepollina, acusada de matar o Coronel Ubiratan Guimarães. Voltamos a falar com a repórter Sabrina Pires, que está no fórum criminal da Barra Funda, e tem outras informações. Carla Cepollina é absolvida e diz querer recomeçar a vida após a Justiça ser feita  
 Publicado em 07/11/2012

 Urgente: Carla Cepolina é absovida - 07/11/2012  

 Publicado em 07/11/2012

 Blog do Beckerral: http://www.beckerral.blogspot.com Fantastico Globo - caso Cepollina, assassinato Ubiratan,

 Entrevista Cascione - 11/11/2012 .. 
 Publicado em 12/11/2012

 Fantastico / Rede Globo - julgamento Cepollina, assassinato Coronel Ubiratan, entrevista Vicente Cascione - 11/11/2012



Carla Cepollina é absolvida


Pela morte do coronel Ubiratan..

  • Júri acolheu a tese da defesa, de que ela não estava no apartamento na hora do crime
LEONARDO GUANDELINE (EMAIL)
Publicado:
Atualizado:

 Carla Cepollina chega a delegacia em São Paulo (2006) Foto: Agência O Globo / Eliária de Andrade

Carla Cepollina chega a delegacia em São Paulo (2006) Agência O Globo / Eliária de Andrade
SÃO PAULO – A advogada Carla Cepollina foi absolvida na noite desta quarta-feira pelo assassinato do coronel reformado da Polícia Militar (PM) e ex-deputado estadual Ubiratan Guimarães, em setembro de 2006. Conhecido pela atuação no massacre do Carandiru, que deixou 111 mortos em 1992, Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, dentro do apartamento dele, nos Jardins, em São Paulo.
Por unanimidade, os jurados - seis homens e uma mulher - acolheram a tese da defesa, de que Carla não estava no apartamento da vítima no dia do crime. A mãe dela, Liliana Prinzivalli, uma das defensoras, salientou que Ubiratan morreu no domingo, 10 de setembro, e não na noite do dia 9, entre 19h e 19h30m, como sustentou a acusação. Ela usou como provauma mensagem enviada por Carla ao coronel no domingo de manhã, e recebida posteriormente, após o celular dele ter sido ligado.
- São seis anos que estou sofrendo e lutando para compensar uma injustiça. Lamento que o assassino do Ubiratan esteja livre e impune – disse Carla, na saída do Fórum Criminal da Barra Funda.
Ela, no entanto, não respondeu aos jornalistas quem teria motivo para matar o coronel.
- Confio na Justiça, sempre confiei na Justiça. Vou recomeçar minha vida, finalmente, do zero – acrescentou.
Os advogados de Carla comemoraram a decisão:
- No interrogatório, ela mostrou muita firmeza. Quem fala a verdade transmite lealdade. O argumento principal da defesa foi o horário da morte – ressaltou o outro advogado Eugenio Malavasi.
Para o Ministério Público (MP), Carla matou o namorado por ciúmes, após um desentendimento do casal por conta de um caso amoroso de Ubiratan com a delegada da Polícia Federal (PF) Renata Madi. O promotor de Justiça João Carlos Calsavara acrescentou que não irá recorrer da decisão.
- Ele (Ubiratan) foi julgado de novo. O coronel Ubiratan ficou estigmatizado pelo massacre do Carandiru e assumiu todo o caso. Hoje, foi condenado de novo – disse.
O júri popular que absolveu Carla Cepollina teve início na segunda-feira com atraso de três horas. O motivo foi o pedido de adiamento feito pela acusação pelo não comparecimento da delegada Renata Madi, testemunha arrolada pela Promotoria. Em seu depoimento à Justiça, lido na terça-feira, a delegada afirmou ter conhecido Ubiratan de um clube de tiro e admitiu que era apaixonada pelo coronel. Disse, ainda, que dois tiveram um relacionamento amoroso superficial. No mesmo dia, Carla foiretirada do plenário, a pedido do juiz Bruno Rocnhetti de Castro, após se manifestar durante o depoimento de uma testemunha.
Nesta terça-feira, a sessão teve início com mais de duas horas de atraso por conta de um problema nas instalações elétricas do fórum, que deixou o plenário sem energia. No mesmo dia, durante interrogatório, Carla Cepollina negou a autoria do crime, considerou “absurda” a acusação contra ela e disse que quando saiu do apartamento, na noite do sábado, o coronel Ubiratan estava dormindo. A advogada disse, ainda, que o namorado estava “estranho” perto da época do crime, falando de insegurança e cogitando a possibilidade de ser assassinado.
Durante os debates entre acusação e defesa, nesta quarta-feira, o assistente de acusação Vicente Cascione criticou o fato de a advogada nunca ter sido presa. Falou também de uma suposta proteção que a ré teve, na época do crime, do então delegado geral de Polícia Civil Marco Antônio Desgualdo, amigo da família, e do desembargador Alberto Marinho Junior, companheiro de sua mãe, a advogada Liliani Prinzivalli, uma das defensoras dela no plenário.
Já a defesa tentou argumentar que Carla não estava com o coronel quando ele foi morto.
- No domingo, o coronel estava vivo e a prova cabal disso é que a Carla mandou uma mensagem de texto para ele às 8h21m de domingo e a mensagem chegou às 11h27m. Ou seja, o celular foi ligado - salientou Liliana Prinzivalli.
O coronel Ubiratan Guimarães chegou a ser condenado a mais de 630 anos pelo massacre, mas acabou absolvido pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Carla foi indiciada em inquérito do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas o processo foi arquivado, em 2008, pelo juiz Alberto Anderson Filho, que entendeu que não havia provas suficientes para incriminá-la. Em junho de 2010, no entanto, a Câmara Criminal do TJ-SP decidiu que a advogada fosse submetida a júri popular


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/carla-cepollina-absolvida-pela-morte-do-coronel-ubiratan-6664707#ixzz2RTjm6it7 


http://oglobo.globo.com/pais/carla-cepollina-absolvida-pela-morte-do-coronel-ubiratan-6664707

Carla Cepollina é absolvida da morte de coronel Ubiratan


07/11/2012 19h16 - Atualizado em 07/11/2012 21h00

Carla Cepollina é absolvida da morte de coronel Ubiratan

Julgamento começou na segunda (5) e teve duas testemunhas presentes.
Carla foi acusada de matar por ciúmes; PM chefiou invasão do Carandiru.

Márcio Pinho, Marcelo Mora e Nathália DuarteDo G1 São Paulo

Os jurados definiram na noite desta quarta-feira (7) que a advogada Carla Cepollina é inocente da morte do Coronel Ubiratan Guimarães. Carla foi absolvida por maioria dos votos. Os jurados consideraram as provas insuficientes.
Ubiratan foi achado morto em 10 de setembro de 2006 em seu apartamento, nos Jardins, em São Paulo. Com base na investigação policial, o Ministério Público (MP) acusa Carla de ter atirado no namorado motivada por ciúmes.
Segundo o MP, a advogada atendeu a um telefonema de uma delegada da Polícia Federal que era um "affair" de Ubiratan, segundo a acusação. O tiro atingiu o abdômen do coronel. A arma usada seria da própria vítima, um revólver calibre 38, e jamais foi encontrada.
O coronel foi o comandante da invasão do presídio do Carandiru, na Zona Norte de São Paulo, em 1992, quando 111 presos foram mortos pela Polícia Militar. O coronel chegou a ser condenado pela Justiça a 632 anos de prisão, mas foi absolvido pelo órgão especial do TJ-SP. À época de sua morte, Ubiratan era deputado estadual.
O julgamento de Carla ocorreu no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo, e começou na segunda-feira (5). O promotor do caso, João Carlos Calsavara, disse que não vai recorrer.
Para definir se Carla deveria ser penalizada pelo crime ocorrido em 2006, os sete jurados (seis homens e uma mulher) responderam seis perguntas que definiram se houve crime, se a ré poderia ser considerada culpada e quais as qualificadoras consideradas válidas - motivo torpe, recurso que impossibilitou defesa da vitima e agravante de a vitima ter mais de 60 anos.
O julgamentoO terceiro dia de júri começou com o debate entre defesa e acusação. Os primeiros a falar foram o promotor do caso, João Carlos Calsavara, e o assistente de acusação, Vicente Cascione, que sustentam que ela matou Ubiratan motivada por ciúme.

Eles alegaram que Carla e Ubiratan eram os únicos no local e horário do crime. A afirmação foi feita com base nos horários de trocas de mensagens de texto e telefonemas entre o coronel, Carla e a delegada de Polícia Federal Renata Madi, com quem o coronel manteria um relacionamento amoroso.
Carla Cepollina deixa fórum após primeiro dia de julgamento, nesta segunda (Foto: JB Neto/Estadão Conteúdo)Carla Cepollina deixa fórum após primeiro dia
de julgamento (Foto: JB Neto/Estadão Conteúdo)
Entre 18h58 e 19h01, houve a troca de três mensagens entre os celulares de Ubiratan e Renata, mas as mensagens teriam sido enviadas por Carla, enquanto o coronel dormia. Carla nega. Às 19h01, ainda segundo o advogado, Renata liga para Ubiratan. Quem atende é Carla, que passa a ligação para o coronel ainda sonolento. Ele teria dito à delegada que iria ver o que tinha ocorrido, já que não era o autor das mensagens, e uma briga teria começado entre Carla e Ubiratan. Um barulho foi ouvido por vizinhos entre 19h e 19h30, período em que o coronel teria sido morto.
Antes do advogado, o promotor João Carlos Calsavara também pediu a condenação de Carla e ressaltou seu perfil “impulsivo”. “Ela é reativa, não aceita ser contrariada. Está no plenário como se estivesse em um shopping”, disse. Carla chegou a ser expulsa do tribunal por se manifestar durante a fala de uma testemunha de defesa. Também mostrou irritação ao pedir que o promotor a chamasse de doutora.
A defesa tentou provar o contrário. "No domingo, o coronel estava vivo e a prova cabal disso é que a Carla mandou uma mensagem de texto para ele às 8h21 de domingo e a mensagem chegou às 11h27. Ou seja, o celular foi ligado", disse Liliana Prinzivalli, mãe e defensora de Carla.
A advogada também usou o resultado do laudo do Instituto Médico-Legal (IML), que apontou que o coronel foi morto 18 horas ou mais horas antes da perícia, para afirmar que o assassinato ocorreu no domingo pela manha, e não no sábado. O corpo do coronel foi encontrado na noite do dia 10 de setembro, um domingo, e a necropsia foi feita na manhã de segunda-feira.
Liliana defendeu a inocência da filha e criticou a acusação em sua fala que durou cerca de uma hora. "Quem acusa Carla? Quem mente", disse, depois de afirmar acreditar que o advogado Vicente Cascione conhece o suposto assassino de Ubiratan. "Mas acusar a Carla é mais fácil, dá mais cartaz", disse a advogada.
Carla e coronel Ubiratan (Foto: Reprodução/TV Globo)Carla e coronel Ubiratan
(Foto: Arquivo/Reprodução/TV Globo)
DepoimentoEm seu depoimento, Carla falou que não há “prova científica” contra ela. “Não tive direito a uma luta justa.” Ela afirmou ainda que as acusações são absurdas e que “precisavam de um bode expiatório” para o crime. Durante seu interrogatório, ela chegou a pedir ao promotor que a tratasse por doutora. Mais tarde, desculpou-se. Carla falou ainda que gostava de Ubiratan e que é mentira a tese de que o relacionamento entre eles havia acabado.
TestemunhasCarla Cepollina começou a ser julgada na segunda-feira à tarde. O Ministério Público pediu o adiamento do julgamento insistindo que gostaria da presença da delegada Renata Madi, uma das testemunhas de acusação convocadas, mas que não compareceu. O juiz decidiu que o júri aconteceria mesmo assim. Os advogados de Carla também votaram pela ocorrência do julgamento, apesar de as testemunhas de defesa não terem comparecido.
Os jurados foram sorteados – seis homens e uma mulher – e começaram os depoimentos. A primeira a falar foi a pianista Odete Campos, de 85 anos, que vive no mesmo andar onde morava o coronel. Ela contou aos jurados que na noite do sábado 9 de setembro de 2006 ouviu um barulho "estridente", semelhante ao de uma pilha de pratos caindo ou de uma pedra na janela. Dias após o assassinato, a polícia reproduziu o barulho de um tiro com um teste de ruído no edifício. Odete, porém, disse não saber se o barulho seria semelhante ao de um tiro porque não conhecia esse tipo de ruído.
O segundo a depor foi o delegado Marco Antonio Olivato, que conduziu a investigação do crime e indiciou Carla. Ele explicou a investigação e deu detalhes das provas. O delegado alega que há inconsistência nos depoimentos de Carla e imagens de câmeras que mostram que ela entregou roupas erradas para a perícia. Falou também sobre registros de ligações telefônicas que mostram o deslocamento de Carla e ainda sobre depoimentos, como o de Renata Madi, que ligou para o coronel e foi atendida por Carla.
Na terça-feira, após um atraso de cerca de duas horas em razão da falta de energia no entorno do fórum, o segundo dia do julgamento começou com a leitura de depoimentos de testemunhas feitos anteriormente à polícia ou à Justiça. Entre os relatos lidos está o de Fabrício Rejtman Guimarães, um dos filhos do coronel, que afirmou que seu pai “tinha pena” de Cepollina, com quem não queria ter um relacionamento sério. Segundo Fabrício, Cepollina queria que a relação fosse oficializada, mas Ubiratan já se relacionava com Renata.
O depoimento da delegada também foi lido. Ela disse que era apaixonada por Ubiratan, mas que quase não tinha contato com o coronel por residir no Pará. Também foram lidos os depoimentos da empregada de Ubiratan à época e de uma amiga de Carla Cepollina, que disse que já visitou o prédio de Ubiratan e falou que ele não oferece segurança.
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