Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Esquadrão da Morte foi uma organização paramilitar surgida no final dos anos 1960 cujo objetivo era perseguir e matar supostos criminosos tidos como perigosos para a sociedade.1
Começou na cidade de São Paulo comandado pelo policial Astorige Correa,aclamado pela população e pela mídia da época
No Rio, a mais famosa organização foi a "Scuderie Le Cocq", cujo nome homenageava o detetive Milton le Cocq, que foi perdendo importância ao longo da década de 1990 no estado do Rio de Janeiro devido a ação de membros que agiam sem controle, bem como faziam a segurança de contraventores.
Há indícios de que atue, ainda, no estado do Espírito Santo, mais precisamente na região da Grande Vitória.
Ver também
- Grupo de extermínio
- Eu Matei Lúcio Flávio
- Ditadura Militar
- Justiçamento
- Linchamento
- Astorige Correa
- Hélio Bicudo
- Dirceu de Mello
Scuderie Detetive Le Cocq
Scuderie Detetive Le Cocq1 2 ou Esquadrão Le Cocq foi uma organização extra-oficial criada por policiais no Rio de Janeiro, por volta de 1965, e que atuou nas décadas de 60, 70, 80 e começo de 90. O grupo teria dado origem aoEsquadrão da Morte.
História
A Scuderie Le Cocq foi criada para vingar a morte em serviço de Milton Le Cocq, famoso detetive de polícia do estado doRio de Janeiro, (antigo Distrito Federal), e integrante da guarda pessoal de Getúlio Vargas. Ele foi morto por Manoel Moreira, conhecido como "Cara de Cavalo", marginal que atuava na Favela do Esqueleto, onde se encontra atualmente aUERJ, na década de 1960.3
A escuderia transformou-se em associação e chegou a reunir sete mil associados e admiradores. Seu objetivo era a repressão ao crime. O grupo era liderado pelos chamados "Doze Homens de Ouro", entre os policiais escolhidos na força de elite da polícia pelo Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Luis França, para "limpar" a cidade.
Um dos primeiros integrantes selecionados foi Guilherme Godinho Ferreira, o Sivuca, que mais tarde se elegeu deputado estadual com o bordão "bandido bom é bandido morto". Segundo o próprio Sivuca, "o grupo foi criado para dar satisfação à sociedade". Eram agentes especiais, bem treinados, corajosos e aplaudidos por terem eliminado alguns dos piores bandidos da época, a começar pelo "Cara de Cavalo", depois "Mineirinho", Lúcio Flávio e muitos bandidos famosos dosanos 50 e 60, que foram mortos em suas próprias comunidades. Zé Pretinho, por exemplo, foi assassinado na porta de seu barraco, no Morro dos Macacos, em Vila Isabel. Bidá morreu no Morro do Querosene, no Catumbi, e Passo Errado, noMorro do Tuiuti, em São Cristóvão.
Seu presidente de honra foi o ex-delegado de polícia e deputado estadual Sivuca, do PSC. Segundo ele, as iniciais "E.M." no brasão da Scuderie Le Cocq significam "Esquadrão dos Motociclistas", divisão à qual pertencia o detetive Milton Le Cocq, e que protegia o presidente Getúlio Vargas, e não Esquadrão da Morte.
O ex-delegado explica que os integrantes da Scuderie prendiam criminosos, mas a orientação era agir dentro da lei. "Mas tínhamos uma regra. Se o criminoso reagisse à prisão, era morto, sem dúvida." E revelou que a fama de matadores surgiu porque muitos associados cometiam excessos. Um deles foi o policial Mariel Maryscotte de Matos, que, por descumprir regras, acabou expulso do grupo na década de década de 1970 e foi assassinado em 1981. "Tinha muito Le Cocquiano que matava e, depois, ligava para a imprensa".
Atualmente a Scuderie Le Cocq mantém um prédio nas proximidades da favela Paula Ramos, no Rio Comprido (zona norte), e conta com menos de cinquenta associados que dão uma pequena taxa apenas para manter o grupo, pagar impostos e realizar obras sociais na favela. O presidente do grupo é Antônio Augusto de Abreu, que comanda também aAssociação Atlética Portuguesa, clube da Ilha do Governador.
À frente da Scuderie há seis anos, desde a morte do delegado Luís Mariano, Abreu declarou que o grupo vive um período de dificuldades financeiras e sua principal atuação é realizar projetos sociais na Paula Ramos e dar pequenas contribuições a asilos e orfanatos.
"Distribuímos brinquedos e presentes no Natal, em dia de São Cosme e São Damião. A comunidade nos respeita", disse.
A Le Cocq também cede seu espaço, um terreno de quase 5.000 metros quadrados, para os moradores realizarem atividades esportivas, festas e até campanhas de vacinação.
Segundo Abreu, além de policiais, integram a atual Scuderie comerciantes, jornalistas, cantores e professores.
Apesar de os integrantes terem respaldo dos moradores da Paula Ramos, Sivuca disse que uma das razões que levaram a Le Cocq a parar de combater o crime é a proximidade de sua sede com uma área dominada por traficantes de drogas.
Ver também
- Esquadrão da Morte
- Grupo de extermínio
- Eu Matei Lúcio Flávio
- Justiçamento
- Mariel Mariscot
- Astorige Correa
- Hélio Bicudo
- Dirceu de Mello
Referências
- ↑ Justiça confirma extinção da Scuderie Detetive Le Cocq
- ↑ Camiseta de esquadrão da morte é vendida nos Jardins, em SP, acessado em 1 de agosto de 2011
- ↑ Zuenir Ventura. Cidade Partida. Editora Companhia das Letras. ISBN 9788571644038 (1994)
Ligações externas
28/11/2007
Esquadrão da Morte Le Cocq (Parte II)
José Alves Cavalcante Filho *
Nos últimos anos, o crime organizado no Espírito Santo tem ganhado proporções grandiosas. O caso mais notório e recente relacionado com atuações dessas organizações foi à morte do juiz da vara das execuções penais de vitória (ES) Alexandre Martins de Castro Filho, 32, executado a tiros quando saia de uma academia de ginástica em Vitória. O crime foi atribuído à organização Scuderie Detetive Milton Le Cocq, em represália à transferência do coronel da PM Valter Ferreira, membro da organização, para um presídio no Acre.
Um relatório da Polícia Federal à época, dizia que a “scuderie se transformou num poder paralelo ao Governo no Espírito Santo. Seus integrantes estão envolvidos nos extermínios de crianças que vivem nas ruas, nos homicídios de mando, no furto e roubo de carros e no narcotráfico”. Em 1991 o governo do Espírito Santo criou a comissão de processo administrativo especial (CPAE), presidida por um Promotor de Justiça e integrada pelo delegado da polícia civil Francisco Benedes para investigar a participação de agentes públicos nessas organizações. Ao final, a comissão chegou à conclusão de que os executores da maior parte dos crimes de mando em Vitória seriam policiais civis e militares associados a scuderie le cocq. Segundo o ex-procurador regional da República no Estado, Onofre de Faria Martins, “Há informações de que grandes empresários sonegadores seriam mandantes de crimes de homicídios para manutenção de seus esquemas de corrupção”. Dados da rede Infoseg revelam que quase 1500 homicídios anuais transformaram
o Espírito Santo no segundo estado mais violento do Brasil. O relatório final da CPI do narcotráfico da câmara federal, apresentado em dezembro de 2000, citou inclusive, o nome do ex-presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, José Carlos Gratz, ex-banqueiro do bicho, como partícipe do crime organizado no Estado.
“É necessário que o Estado e seus órgãos de segurança mudem seus conceitos de crime e criminoso” e passem a adotar com maior rigidez, postura profissional mais técnicas e especializadas no combate ás novas formas de organizações criminosas, principalmente, porque esses novos agentes criminosos escondem-se sob o manto da insuspeição, protegidos por agentes públicos associados a representantes muitas vezes na classe política nacional.
*Policial civil do Estado de Roraima, formado em História/UFRR e aluno do curso de especialização em segurança pública e cidadania/Senasp/UFRR
Folha de Boa Vista Esquadrão da Morte Le Cocq (Parte II)
CLUBE DOS "ENTAS" DE CATANDUVA: Esquadrão da Morte
MEMÓRIA CARIOCA
(TUNEL DO TEMPO)
A ‘Scuderie Le Cocq’ ou ‘Esquadrão Le Cocq’ começou com um grupo de policiais que queriam vingar a morte em serviço do delegado Milton Le Cocq. Para isso juntou-se com jornalistas do Rio de Janeiro, por volta de 1965.
O DETETIVE Le Cocq, de descendência francesa, ficou famoso por suas ações contra a bandidagem na baixada fluminense e acabou sendo assassinado por um tal de Manuel Moreira, que tinha o apelido de ‘Cara de Cavalo’, marginal da Favela do Esqueleto. Muitos afirmam que o bandido fora contratado pelo então deputado Tenório Cavalcante (o homem da capa preta que portava por baixo da dita roupa uma submetralhadora portátil a que chamava ‘carinhosamente’ de Lurdinha), mas tal acusação nunca pode ser provada.
A morte do DETETIVE Le Cocq, que servia em Duque de Caxias, RJ, causou grande impacto e a imprensa publicou uma reportagem mostrando como a polícia no estado do Rio de Janeiro estava desaparelhada e impotente para combater o crime.
Nessa época estava acabando o governo de Carlos Lacerda no Estado da Guanabara e um dos seus últimos atos foi o de dotar um grupo de ‘fuscas’ novos para a delegacia de Duque de Caxias.
Os policiais os pintaram de azul e branco (cores oficiais do estado), mas, na tampa do motor pintaram em fundo amarelo um ‘galo’ (Cocq), em fundo amarelo, e as letras E. M., que significavam então “ESQUADRÃO MOTORIZADO”. Por cima do ‘galo’ constava os dizeres ‘SCUDERIE LE COCQ’, em francês, e em homenagem ao DETETIVE assassinado.
O grupo acabou se transformando em milícia paramilitar com inteiro aval e apoio popular, ao longo das décadas de 60, 70, 80 e começo de 90. Os bandidos começaram a morrer e o grupo (que passou a ser de extermínio) tinha a característica de efetuar dezenas de disparos de arma de fogo dos mais variados calibres, justamente para tornar impossível determinar o executante. Em meados da década de 70 o povo já chamava a escuderia de Esquadrão da Mortedando um novo significado às letras E.M. O número de ‘justiceiros’ aumentou com a entrada de alguns militares, principalmente paraquedistas. Mudou também a insígnia, que perdeu o ‘galo’ e ganhou a caveira de pirata (crânio e duas tíbias) em fundo preto.
O grupo encontrou sua ruína quando alguns de seus membros entraram para a política e começaram a achacar comerciantes e políticos para encobrir suas atividades. Também outro fator intensificou as ações da justiça para acabar com a milícia: a pressão dos estados de Minas Gerais, de São Paulo e do Espírito Santo, para onde o grosso da bandidagem tinha fugido para salvar a própria pele.
Quando os casos de corrupção começaram a aparecer envolvendo membros do grupo e começaram a haver mortes do tipo ‘queima de arquivo’, um juiz do Espírito Santo determinou o fim da escuderia que se dissolveu e parou de operar.
A escuderia tinha se transformado em associação e chegou a reunir sete mil associados e admiradores. Seu objetivo ostensivo era a repressão ao crime e o seu objetivo oculto era o de exterminar bandidos e facínoras que, como hoje, eram presos, mas logo a seguir eram soltos pela justiça.
Os líderes da milícia eram escolhidos a dedo pelo Secretário de Segurança Pública, Luís França, a quem confiava a missão de “limpar a cidade” e formavam uma elite chamada de os "Doze Homens de Ouro".
Lembro que costumava namorar passeando pela Avenida Paulo de Frontin no Rio Comprido (na época ainda não existia o elevado nem o túnel Rebouças) à noite e nunca ter sido molestado por quem quer que fosse... O Rio na época do E.M. - independente de ser algo errado ou não - era uma cidade SEGURA e fazia jus ao nome de 'cidade maravilhosa'.
Saudações,
FRANCISCO VIANNA
Graça no país das maravilhas: ESQUADRÃO DA MORTE- MEMÓRIA CARIOCA
Nos últimos anos, o crime organizado no Espírito Santo tem ganhado proporções grandiosas. O caso mais notório e recente relacionado com atuações dessas organizações foi à morte do juiz da vara das execuções penais de vitória (ES) Alexandre Martins de Castro Filho, 32, executado a tiros quando saia de uma academia de ginástica em Vitória. O crime foi atribuído à organização Scuderie Detetive Milton Le Cocq, em represália à transferência do coronel da PM Valter Ferreira, membro da organização, para um presídio no Acre.
Um relatório da Polícia Federal à época, dizia que a “scuderie se transformou num poder paralelo ao Governo no Espírito Santo. Seus integrantes estão envolvidos nos extermínios de crianças que vivem nas ruas, nos homicídios de mando, no furto e roubo de carros e no narcotráfico”. Em 1991 o governo do Espírito Santo criou a comissão de processo administrativo especial (CPAE), presidida por um Promotor de Justiça e integrada pelo delegado da polícia civil Francisco Benedes para investigar a participação de agentes públicos nessas organizações. Ao final, a comissão chegou à conclusão de que os executores da maior parte dos crimes de mando em Vitória seriam policiais civis e militares associados a scuderie le cocq. Segundo o ex-procurador regional da República no Estado, Onofre de Faria Martins, “Há informações de que grandes empresários sonegadores seriam mandantes de crimes de homicídios para manutenção de seus esquemas de corrupção”. Dados da rede Infoseg revelam que quase 1500 homicídios anuais transformaram
o Espírito Santo no segundo estado mais violento do Brasil. O relatório final da CPI do narcotráfico da câmara federal, apresentado em dezembro de 2000, citou inclusive, o nome do ex-presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, José Carlos Gratz, ex-banqueiro do bicho, como partícipe do crime organizado no Estado.
“É necessário que o Estado e seus órgãos de segurança mudem seus conceitos de crime e criminoso” e passem a adotar com maior rigidez, postura profissional mais técnicas e especializadas no combate ás novas formas de organizações criminosas, principalmente, porque esses novos agentes criminosos escondem-se sob o manto da insuspeição, protegidos por agentes públicos associados a representantes muitas vezes na classe política nacional.
*Policial civil do Estado de Roraima, formado em História/UFRR e aluno do curso de especialização em segurança pública e cidadania/Senasp/UFRR
Folha de Boa Vista Esquadrão da Morte Le Cocq (Parte II)
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Esquadrão da Morte
O Esquadrão da Morte foi uma organização paramilitar surgida no final dos anos 1960 cujo objetivo era perseguir e matar supostos criminosos tidos como perigosos para a sociedade.
Começou no antigo estado da Guanabara comandado pelo DETETIVE Mariel Mariscot, um dos chamados "12 Homens de Ouro da Polícia Carioca", e se disseminou por todo o Brasil. Em geral, os seus integrantes eram políticos, membros do Poder Judiciário, policiais civis e militares e era mantida, via de regra, pelo empresariado.
A mais famosa organização foi a "Scuderie Le Cocq", cujo nome homenageava o DETETIVE Milton le Cocq, que foi perdendo importância ao longo da década de 1990 no estado do Rio de Janeiro devido a ação de membros que agiam sem controle, bem como faziam a segurança de contraventores.
Há indícios de que atue, ainda, no estado do Espírito Santo, mais precisamente na região da Grande Vitória.
Eu matei Lúcio Flávio é um filme de 1979 que relata os crimes cometidos pelo Esquadrão da Morte no Rio de Janeiro na década de 70 comandado pelo policial Mariel Maryscötte de Mattos.
Nessa produção, o personagem Lúcio Flávio é apenas um coadjuvante.
Lúcio Flávio Vilar Lírio entrou para a lista de bandidos famosos do Brasil. Nasceu em 1944. Foi morto em 1975. Pouco antes, contou sua vida para o repórter Jorge Oliveira. A partir desse relato, José Louzeiro escreveu o livro Lúcio Flávio, O Passageiro da Agonia, publicado em 1976, do qual nasceu o filme homônimo de Hector Babenco, de 1977.
“Polícia é polícia, bandido é bandido. Não devem se misturar, igual água e azeite.” A frase é de um dos criminosos mais famosos do Brasil, Lúcio Flávio, que apavorou o Rio de Janeiro durante os anos 1970.
De família de classe média alta, começou a “carreira” ainda adolescente. Tornou-se líder de uma quadrilha de roubo a banco, CARROS e lotéricas. Mas ficou famoso pelas 18 fugas espetaculares, inclusive de presídios de segurança máxima.
Pouco antes de morrer, em 1975, aos 31 anos, denunciou policiais que participavam de grupos de extermínio, ajudando a desmantelá-los.
Com QI acima da média (131), Lúcio Flávio Vilar Lírio virou bandido em 1968, depois de ver interrompida sua candidatura a vereador em Vitória (ES-BRASIL) pelo golpe militar. Aos 30 anos, colecionava 32 fugas, 73 processos e 530 inquéritos por roubo, assaltos e estelionato.
Dizia que seus vários crimes foram originados pela raiva à polícia e à ditadura militar, depois que policiais do DOPS invadiram uma festa de casamento de sua família na época de sua adolescência, espancando e humilhando seus pais. Cometeu vários roubos à banco e assaltos, foi preso e passou a maior parte de sua mocidade no presídio de Dois Rios, na Ilha Grande, hoje desativado. Foi assassinado por um companheiro de cela em 1975.
Lúcio Flávio |
Lúcio Flávio, o bandido, foi bem mais que um marginal de sucesso. Filho de uma família da classe média (o pai Oswaldo, funcionário público, trabalhou como cabo eleitoral de Juscelino Kubitschek), teve opções na vida. "Ele podia pintar quadros e lia Fernando Pessoa na prisão", conta o escritor José Louzeiro, autor do livro no qual o filme se baseia, "O Passageiro da Agonia", lançado em 1975. Segundo Louzeiro, não foi apenas por uma questão de carisma que Lúcio Flávio chegou a liderar uma quadrilha de cinqüenta elementos, dos quais 49 foram mortos. "Ele era um assassino frio e extremamente violento", acrescenta, com o conhecimento de quem entrevistou Lúcio Flávio várias vezes nos presídios do Rio.
HISTÓRIA:
Em 1969, é desbaratada uma nova quadrilha de ladrões de CARRO, no Rio de Janeiro, e Lúcio Flávio é identificado como membro. Não apenas como simples integrante, mas como figura principal, posição que ocupou após o assassinato do líder da quadrilha Marcos Aquino Vilar, crime do qual Lúcio era o principal suspeito.
Mariel Mariscot |
Foi nesse homicídio que pela primeira vez apareceu ao lado do corpo o desenho da caveira, que mais tarde foi identificado como o símbolo do Esquadrão da Morte. É dessa época que vêm as ligações de Lúcio Flávio com um dos policiais acusados de pertencer ao Esquadrão da Morte, Mariel Mariscot de Matos.
Mariscot foi expulso da "Scuderie Le Cocq" na década de 1970. Esteve detido no Presídio da Ilha Grande. Namorou ainda a atriz Darlene Glória.
Mariel foi morto em 1981, no centro do Rio de Janeiro, quando estacionava o CARRO para uma reunião com bicheiros.
Esquadrão Le Cocq
Scuderie DETETIVE Le Cocq ou Esquadrão Le Cocq foi uma organização extra-oficial criada por policiais no Rio de Janeiro, por volta de 1965, e que atuou nas décadas de 60, 70, 80 e começo de 90. O grupo teria dado origem ao Esquadrão da Morte.
A Scuderie Le Cocq foi criada para vingar a morte em serviço de Milton Le Cocq, de origem francesa, famoso DETETIVE de polícia do estado do Rio de Janeiro, (antigo Distrito Federal), e integrante da guarda pessoal de Getúlio Vargas. Ele foi morto por Manoel Moreira, conhecido como "Cara de Cavalo", marginal que atuava na Favela do Esqueleto, onde se encontra atualmente a UERJ, na década de 1960
Esquadrão Le Cocq
Scuderie DETETIVE Le Cocq ou Esquadrão Le Cocq foi uma organização extra-oficial criada por policiais no Rio de Janeiro, por volta de 1965, e que atuou nas décadas de 60, 70, 80 e começo de 90. O grupo teria dado origem ao Esquadrão da Morte.
A Scuderie Le Cocq foi criada para vingar a morte em serviço de Milton Le Cocq, de origem francesa, famoso DETETIVE de polícia do estado do Rio de Janeiro, (antigo Distrito Federal), e integrante da guarda pessoal de Getúlio Vargas. Ele foi morto por Manoel Moreira, conhecido como "Cara de Cavalo", marginal que atuava na Favela do Esqueleto, onde se encontra atualmente a UERJ, na década de 1960
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esquadr%C3%A3o_da_Morte
http://andrigomania.blogspot.com/2010/12/lucio-flavio-o-passageiro-da-agonia
QUARTA-FEIRA, 3 DE AGOSTO DE 2011
ESQUADRÃO DA MORTE- MEMÓRIA CARIOCA
MEMÓRIA CARIOCA
(TUNEL DO TEMPO)
A ‘Scuderie Le Cocq’ ou ‘Esquadrão Le Cocq’ começou com um grupo de policiais que queriam vingar a morte em serviço do delegado Milton Le Cocq. Para isso juntou-se com jornalistas do Rio de Janeiro, por volta de 1965.
O DETETIVE Le Cocq, de descendência francesa, ficou famoso por suas ações contra a bandidagem na baixada fluminense e acabou sendo assassinado por um tal de Manuel Moreira, que tinha o apelido de ‘Cara de Cavalo’, marginal da Favela do Esqueleto. Muitos afirmam que o bandido fora contratado pelo então deputado Tenório Cavalcante (o homem da capa preta que portava por baixo da dita roupa uma submetralhadora portátil a que chamava ‘carinhosamente’ de Lurdinha), mas tal acusação nunca pode ser provada.
A morte do DETETIVE Le Cocq, que servia em Duque de Caxias, RJ, causou grande impacto e a imprensa publicou uma reportagem mostrando como a polícia no estado do Rio de Janeiro estava desaparelhada e impotente para combater o crime.
Nessa época estava acabando o governo de Carlos Lacerda no Estado da Guanabara e um dos seus últimos atos foi o de dotar um grupo de ‘fuscas’ novos para a delegacia de Duque de Caxias.
Os policiais os pintaram de azul e branco (cores oficiais do estado), mas, na tampa do motor pintaram em fundo amarelo um ‘galo’ (Cocq), em fundo amarelo, e as letras E. M., que significavam então “ESQUADRÃO MOTORIZADO”. Por cima do ‘galo’ constava os dizeres ‘SCUDERIE LE COCQ’, em francês, e em homenagem ao DETETIVE assassinado.
O grupo acabou se transformando em milícia paramilitar com inteiro aval e apoio popular, ao longo das décadas de 60, 70, 80 e começo de 90. Os bandidos começaram a morrer e o grupo (que passou a ser de extermínio) tinha a característica de efetuar dezenas de disparos de arma de fogo dos mais variados calibres, justamente para tornar impossível determinar o executante. Em meados da década de 70 o povo já chamava a escuderia de Esquadrão da Mortedando um novo significado às letras E.M. O número de ‘justiceiros’ aumentou com a entrada de alguns militares, principalmente paraquedistas. Mudou também a insígnia, que perdeu o ‘galo’ e ganhou a caveira de pirata (crânio e duas tíbias) em fundo preto.
O grupo encontrou sua ruína quando alguns de seus membros entraram para a política e começaram a achacar comerciantes e políticos para encobrir suas atividades. Também outro fator intensificou as ações da justiça para acabar com a milícia: a pressão dos estados de Minas Gerais, de São Paulo e do Espírito Santo, para onde o grosso da bandidagem tinha fugido para salvar a própria pele.
Quando os casos de corrupção começaram a aparecer envolvendo membros do grupo e começaram a haver mortes do tipo ‘queima de arquivo’, um juiz do Espírito Santo determinou o fim da escuderia que se dissolveu e parou de operar.
A escuderia tinha se transformado em associação e chegou a reunir sete mil associados e admiradores. Seu objetivo ostensivo era a repressão ao crime e o seu objetivo oculto era o de exterminar bandidos e facínoras que, como hoje, eram presos, mas logo a seguir eram soltos pela justiça.
Os líderes da milícia eram escolhidos a dedo pelo Secretário de Segurança Pública, Luís França, a quem confiava a missão de “limpar a cidade” e formavam uma elite chamada de os "Doze Homens de Ouro".
Lembro que costumava namorar passeando pela Avenida Paulo de Frontin no Rio Comprido (na época ainda não existia o elevado nem o túnel Rebouças) à noite e nunca ter sido molestado por quem quer que fosse... O Rio na época do E.M. - independente de ser algo errado ou não - era uma cidade SEGURA e fazia jus ao nome de 'cidade maravilhosa'.
Saudações,
FRANCISCO VIANNA
Sem Fronteiras
A volta do Esquadrão da Morte, como ao tempo da ditadura militar.
foto:delegado Sérgio Paranhos Fleury.
.Para quem não lembra, a primeira associação criminosa de policiais para promover a execução sumária de pessoas presumidas como sendo marginais nasceu no Rio de Janeiro. Ficou conhecida como “Scuderie Detetive Le Coq”.
O nome dado a esse grupo de extermínio representou uma homenagem a um detetive de sobrenome francês. O policial Le Coq havia sido baleado e morto pelo temido bandido Manuel Moreira, apelidado de Cara de Cavalo.
No final dos anos 60, um grupo de policiais de São Paulo esteve no Rio para conhecer a experiência dos congêneres que faziam Justiça privada.
Com a conivência do então governador paulista Roberto de Abreu Sodré e o apoio incondicional do secretário de segurança pública Hely Lopes Mereilles, –um jurista de nome no campo do direito Administrativo–, formou-se em São Paulo o denominado Esquadrão da Morte.
O Esquadrão da Morte, de triste memória, atendia aos interesses da ditadura militar instalada no Brasil com o golpe de 1964. O governador Sodré ajudava a sustentar a ditadura. Ao secretário Meirelles incumbia propalar que a polícia estava a proteger os homens de bem contra os bandidos, enfrentados com as mesmas armas.
O líder desse famigerado Esquadrão da Morte foi o delegado Sérgio Paranhos Fleury. Ele acabou aproveitado pela ditadura militar para, como delegado da Ordem Política e Social (Dops), torturar e matar os que enfrentaram com armas aquele regime de exceção. O delegado Fleury, por exemplo, foi o responsável pelo fuzilamento e morte, em rua da capital de São Paulo, de Carlos Marighella.
Não demorou para o Esquadrão da Morte se aliar a um grupo de narcotraficantes e se encarregar da eliminação do grupo rival, para controle da distribuição de drogas ilícitas.
Em 22 de julho de 1970, diante do descalabro, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Cantidiano Garcia de Almeida, reunião a corte paulista e, em resumo, protestou e avisou da inadmissibilidade de grupo de policiais a promover execuções sumárias. Para as apurações, designou-se o competente, corajoso e honrado juiz Nelson Fonseca.
O regime de exceção, com relação ao delegado Fleury, levado a Júri Popular, preparou-lhe uma lei para aguardar em liberdade o julgamento. Naquele tempo, o contemplado com sentença de pronuncia, ou seja, de envio a julgamento pelo Júri popular, era imediatamente preso.
O Esquadrão da Morte matou uma centena de pessoas.
No ano passado, 2008, o supracitado Esquadrão da Morte parece ter inspirado um grupo de 15 policiais militares que, associados a um comerciante financiador, matou 12 pessoas, sendo que cinco delas foram decapitadas.
Por enquanto, os 15 policiais militares e o comerciante estão presos.
O inquérito instaurado pela polícia civil já foi encaminhado ao promotor de Itapecerica da Serra, pois, a exemplo do que ocorria com o Esquadrão da Morte do delegado Fleury, os corpos das vítimas eram jogados naquela região serrana.
Segundo relatos de testemunhas, seis das vítimas eliminadas foram vistas, pouco antes do crime, em viaturas policiais.
Dos policiais sob suspeitas, 14 estavam lotados no 37º.Batalhão da zona sul da capital de São Paulo. Um deles era da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (ROTA).
PANO RÁPIDO. Num estado democrático de Direito, não se pode admitir grupos de “justiceiros” e “esquadrões da morte”. Vamos aguardar que o ministério Público consiga, por investigações complementares, verificar se o novo “esquadrão da morte de São Paulo” contava com a cobertura de oficiais da polícia militar.
Mais ainda, se nas execuções sumárias eram empregadas armas, munições, viaturas da corporação.
Espera-se, também, que a prisão preventiva dos suspeitos tenha sido decretada com motivação sólida, para não ser derrubada nos tribunais, em especial no Supremo Tribunal Federal (STF).
Wálter Fanganiello Maierovitch.
……………………………………
PANO RÁPIDO, pelo comentarista Jeová Barros, diretamente de Recife.
Juro que, ao ver a epígrafe da postagem de hoje, pensei que se referia a outro esquadrão da morte cujo objetivo tem sido o assassinato de reputações de servidores públicos probos e corajosos, tal como o magistrado De Sanctis e o ínclito delegado Protógenes Queiroz.
Com a mesma estima de sempre.
Jeová Barros.
Correinha
o Caçador de Bandidos
Líder do Verdadeiro Esquadrão da Morte
o Caçador de Bandidos
Líder do Verdadeiro Esquadrão da Morte
Nenhum comentário:
Postar um comentário