O ex-policial militar Luis Paulo Motta Brentano foi condenado a 22 anos de prisão pelo assassinato do surfista Ricardo dos Santos, conhecido como Ricardinho, após uma discussão, em janeiro do ano passado, na frente da casa do rapaz, na praia Guarda do Embaú, em Palhoça, na Grande Florianópolis.
A sentença foi dada pela juíza Carolina Ranzolin Nerbass Fretta, na noite desta sexta (16), após dois dias de julgamento. Em até cinco dias, Bretano será levado da prisão do Batalhão da PM, em Joinville, onde está há quase dois anos, para uma penitenciária comum.
Além da morte de Ricardinho, o ex-PM foi condenado também a oito meses de detenção por embriaguez ao volante e a quatro meses sem carteira de habilitação.
O crime aconteceu depois de uma discussão entre Bretano e Ricardinho, em 19 de janeiro de 2015. De acordo com a Polícia Civil, o ex-policial estacionou o carro sobre canos de água na frente da casa do surfista e atirou ao ser repreendido pelo jovem.
O texto do inquérito descrevia que, “quando solicitado que retirasse seu carro do local” por Ricardinho, Brentano “se negou a fazê-lo, chegando a afrontá-los (o surfista e o avô do surfista)” e, “do interior de seu veículo”, disparou os tiros que mataram o atleta.O laudo do IGP (Instituto Geral de Perícias) mostrou que Brentano estava alcoolizado. Ele estava de folga e passava férias na praia com o irmão de 17 anos.
Após o crime, a Polícia Militar expulsou Bretano, que era policial desde 2008, da corporação alegando que sua conduta não foi “compatível com o valor, a ética e a disciplina” de um policial militar.
A morte de Ricardinho foi lamentada na ocasião pelos principais surfistas do mundo, como Gabriel Medina, campeão mundial em 2014, e Kelly Slater, dono de 11 títulos mundiais. Entre a elite do surfe mundial ele era conhecido como especialista em ondas gigantes e tubulares.
Por Folhapress
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