há 8 anos
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O juiz trabalhista Marcelo Alexandrino da Costa Santos, 39, baleado com a família no último sábado (2), quando se deparou com uma blitz policial em Jacarepaguá (RJ) e supôs que fosse falsa, divulgou nota em que acusa a polícia de ter disparado os tiros que atingiram ele, o filho, de 11 anos, e a enteada, de 8.
"Nada há de mais aterrador do que a imagem de um agente público, que de nós deveria cuidar, disparando arma de fogo, com a intenção de matar, contra um casal de bem e suas crianças inocentes apenas para satisfazer seu desejo de exibir um poder que, fora dos limites legais, simplesmente não existe", afirma o juiz.
A manifestação do magistrado vai contra a versão apresentada pelos policiais que promoviam a blitz. Eles disseram à Corregedoria da Polícia que ocupantes de um Honda Civic atiraram contra os policiais e atingiram o carro onde estava o juiz.
A Corregedoria pretende ouvir o juiz ainda esta semana --ontem o corregedor foi ao hospital onde Santos está, mas não colheu o depoimento dele.
Informada sobre o teor da declaração do juiz, a assessoria de imprensa da Polícia Civil afirmou que o caso está sendo investigado como tentativa de homicídio pela Corregedoria e que, se ficar comprovado que os tiros disparados contra o carro do juiz partiram dos policiais, eles serão demitidos.
Santos permanece internado em hospital, sem previsão de alta. Ele está lúcido, respira sem aparelhos e, além do atendimento da equipe médica, recebe acompanhamento fisioterápico e psicológico.
Seu filho e a enteada estão internados em outro hospital e também estão em recuperação. Segundo a unidade de saúde, eles não correm mais risco de morte. (Com informações da Folha de São Paulo)
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