Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

Em SP, PM troca nome por código em tarja que identifica policiais

Publicado por Folha Política
há 4 anos
23 visualizações
Policiais militares que atuaram nos protestos em São Paulo nesta quinta (15) não usaram tarja de identificação com seus respectivos nomes.
Após determinação da Tropa de Choque, os policiais passaram a carregar no peito uma tarjeta em que está gravada uma sequência de letras e números que representam o código funcional dos PMs.
A mudança irritou manifestantes que participaram do ato contra a realização da Copa do Mundo no país -que acabou em confronto.
Até então, a tarjeta com o nome era obrigatória para identificação dos policiais que atuam nas ruas, segundo normas internas da PM.
Leia também:
Blatter diz que segurança na Copa não é problema da Fifa
Força Nacional já está preparada para a repressão de protestos durante a Copa
Para melhorar estatísticas, governo Alckmin conta mecânico e telefonista como policiais de rua
Justiça nega pedido de liminar para proibir "tropa de braço" da PM em protesto
Justiça arquiva processo contra PM acusado de crime e famoso pela frase 'Porque eu quis'
Agora, em vez do nome antecedido pela sigla da função (exemplo: Sd Silva), o que fica exposto na farda é o número do RE (registro estatístico).
A corporação disse à Folha que a medida foi tomada para proteger os PMs de ataques pessoais e evitar confrontos.
"Os manifestantes hostilizavam os PMs, chamando-os pelo nome. Isso cria um clima de tensão propício ao descontrole. Agora não há provocação direta, nominal", disse o capitão Éder de Araújo, do setor de imprensa da PM.
Segundo a polícia, a mudança também evita confusão entre homônimos, facilitando a identificação nos casos de abuso. "Às vezes vinham denúncias contra policiais com o mesmo nome e era difícil chegar ao certo."
DECORAR NÚMEROS
Para ativistas, a decisão só dificulta a denúncia e garante anonimato para PMs que cometem atos ilegais.
"A decisão só prejudica quem é vítima de violência. Se já é difícil fazer as denúncias ir adiante, imagine tendo que decorar uma sequência de letras e números", disse Juliana Machado, do Comitê Popular da Copa, grupos que organizou o ato desta quinta.
Por enquanto, só os PMs do Choque usam a tarja com códigos. A PM avalia se a mudança valerá para os demais policiais do Estado.
Giba Bergamin Jr
Folha de S. Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário