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General Mourão: os fatos polêmicos da carreira do militar gaúcho

Assunto nacional após fazer afirmações envolvendo intervenção militar, o general Antonio Hamilton Mourão é um personagem reconhecido por declarações polêmicas. Assim como no caso mais recente, suas opiniões não costumam ser dadas publicamente, mas acabam repercutindo pelo teor.
ZH relembra os casos emblemáticos que marcaram a carreira do general que comandou o maior efetivo do Exército do país — o Comando Militar do Sul (CMS) soma um quarto dos militares, com organizações no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul — e que justamente perdeu o cargo devido às suas declarações e atitudes polêmicas
Veja as polêmicas que marcaram a carreira de Mourão:
Críticas ao governo Dilma


 

PORTO ALEGRE , RS , BRASIL , 28-04-2014-Comando Militar do Sul troca de comando nesta segunda-feira, 11h. Sai o general de Exército Carlos Bolivar Goellner para o General de Exército Antônio Hamilton Martins Mourão, que exercia o cargo de Vice-Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército, no Rio de Janeiro.   (FOTO : DIEGO VARA / AGENCIA RBS )
Em uma conferência no dia 17 de setembro de 2015, no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) de Porto Alegre, três meses antes do ex-deputado Eduardo Cunha dar inicio ao processo de impeachment de Dilma Rousseff, Mourão fez uma polêmica palestra, na qual pediu "o despertar de uma luta patriótica".
Aos presentes, disse, ainda, que a eventual substituição da presidente não alteraria de fato o "status quo" e que "a vantagem da mudança seria o descarte da incompetência, má gestão e corrupção”. O general chegou a traçar cenários possíveis para o país, ante o enfraquecimento do governo Dilma: sobrevida, queda controlada, renovação ou caos.
Depois de que o teor da palestra foi divulgado por ZH, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Mourão disse que as falas estavam fora de contexto: "era destinado a um determinado público e não era algo para ser divulgado. Era uma coisa fechada e não para se tornar uma coisa política", afirmou à época, quando ainda estava à frente do maior efetivo do Exército do país.
Homenagem ao coronel Brilhante Ustra


Convite Ustra
No mês seguinte às declarações polêmicas sobre o governo, Mourão permitiu uma homenagem póstuma ao coronel Brilhante Ustra, ex-comandante do DOI-Codi, em São Paulo, um dos principais centros de repressão da ditadura. Dilma foi presa e torturada em um quartel chefiado por Ustra durante o regime militar.
O evento ocorreu no dia 26 de outubro de 2015 no pátio da 6ª Brigada de Infantaria Blindada em Santa Maria, cidade natal do ex-comandante recém-falecido, e teria sido organizado por subordinados de Mourão.
Na época, a informação era de que o general teria autorizado a homenagem, mas que ela não chegasse ao conhecimento público — o que acabou acontecendo. Grupos de direitos humanos repudiaram o ato publicamente e mensagens pipocaram nas redes sociais.
Exoneração de Mourão repercute 


Poucos dias depois, ainda em outubro de 2015, Antonio Hamilton Martins Mourão foi exonerado do Comando Militar do Sul pelo comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, e transferido para Brasília, para um cargo burocrático, sem comando sobre tropas armadas.
Quando soube da transferência, o general teria dito a um interlocutor:
— Essa é a minha mochila.Na gíria militar, mochila também é sinônimo de missão. Aquilo que cada tem que carregar, não importa o peso.Já naquela época, Mourão virou um símbolo da crítica dentro das Forças Armadas.
— Não importa pra onde ele vá. Ele disse o que tinha de ser dito — comentou, internamente, um outro oficial ao colunista de ZH Tulio Milman.
Nas redes sociais, a mobilização contra a remoção de Mourão do CMS foi grande. Correntes na internet e no Facebook se formaram em apoio ao oficial, afastado do cargo após os dois episódios anteriores. 
Troca de comando com presença de Bolsonoro


 

PORTO ALEGRE, RS, BRASIL, 26-01-2016 : Posse do novo comandante militar do Sul. Deputado Federal jair Bolsonaro participa de solenidade. (Foto: ANDRÉ ÁVILA/Agência RBS, Notícias)
Em janeiro de 2016, Mourão entregou o cargo de chefe do CMS, órgão máximo do Exército nos três Estados do Sul, ao general Edson Leal Pujol.
Apesar da constelação nos ombros dos generais presentes, a grande estrela da festa foi um capitão da reserva, o deputado federal Jair Bolsonaro (então PP-RJ) — é que ele e o general Pujol foram colegas de turma na Academia Militar das Agulhas Negras, no Rio de Janeiro.
Na cerimônia ocorrida em Porto Alegre, Mourão seguiu o protocolo e deu um fraterno abraço em seu sucessor. A única alfinetada sobre política foi quando lembrou a data em que assumiu o CMS, 31 de março de 2014.
— 31 de março, grande data — disse Mourão.
Muitos viram a declaração como uma referência indireta ao movimento militar que derrubou o então presidente João Goulart, em 1964.
Sugestão à intervenção militar 
Quase dois anos depois de ser afastado do CMS e sem atrair os holofotes da mídia — a exceção foi quando recebeu das mãos do governador José Ivo Sartori, em janeiro de 2016, a Medalha Negrinho do Pastoreio — Mourão voltou a ser assunto nacional quando fez polêmicas afirmações sobre intervenção militar.
Em palestra realizada na sexta-feira (15), em uma loja maçônica de Brasília, após o presidente Michel Temer ser denunciado pela segunda vez pela PGR, o general falou por três vezes na possibilidade de intervenção militar diante da crise enfrentada pelo país. Numa delas, disse que a tomada de poder pelos militares pode ser adotada no país caso o Poder Judiciário "não solucione o problema político".
Ainda segundo Mourão, seus "companheiros do Alto Comando do Exército" entendem que essa "imposição não será fácil" e avaliam que ainda não é o momento para a ação, mas admitem que ela poderá ocorrer.
A atitude do general causou desconforto em Brasília. Oficiais-generais criticaram a afirmação de Mourão, considerada desnecessária neste momento de crise. Procurado no domingo (17), o general disse que "não defendeu (a tomada de poder pelos militares), apenas respondeu a uma pergunta". Mas não negou o que havia dito: "se ninguém se acertar, terá de haver algum tipo de intervenção, para colocar ordem na casa".
O general permanece no serviço ativo no Exército até março do ano que vem, quando passará para a reserva. Ao jornal O Estado de S.Paulo, ele disse que não vai se candidatar, apesar de existir página nas redes sociais sugerindo seu nome para presidente da República. 

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Paulo Henrique
Em um discurso na tribuna da Câmara, em dezembro de 2002, Bolsonaro confessa que votou no Lula, recomenda dois esquerdistas para o Ministério da Defesa e chama os petistas de COMPANHEIROS 3 vezes! (goo.gl/Tdp3Vm). Disse em uma entrevista, em 1999, que NÃO ERA ANTICOMUNISTA e que Hugo Chávez era "uma esperança para a América Latina".

Ficou contra o Plano Real e as privatizações de FHC, bem como a reforma da Previdência de Temer. Bolsonaro vota frequentemente JUNTO com a esquerda.

Será que o General Mourão não sabe de nada disso? Eu nunca votei no Lula, fundador do PT e um dos criadores do Foro de São Paulo. Eu sou de direita. Bolsonaro é um FARSANTE!

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