Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Deputado Bolsonaro ajuda PMs

A processarem autor de charge exposta no TJ-RJ...

Do UOL, no Rio

  • Charge de Carlos Latuff/Reprodução Facebook
    Após a polêmica sobre a charge afixada no gabinete da 1ª Vara de Órfãos e Sucessões do TJ-RJ, o cartunista Carlos Latuff divulgou em sua página no Facebook a arte original. Na imagem, um homem negro crucificado é alvejado por um PM Após a polêmica sobre a charge afixada no gabinete da 1ª Vara de Órfãos e Sucessões do TJ-RJ, o cartunista Carlos Latuff divulgou em sua página no Facebook a arte original. Na imagem, um homem negro crucificado é alvejado por um PM
O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP-RJ) divulgou em seu site oficial um modelo de ação indenizatória para os policiais militares do Rio que eventualmente se sentirem ofendidos com uma gravura do cartunista Carlos Latuff. A imagem --um policial fardado atirando contra um homem negro crucificado-- foi afixada na parede do gabinete do juiz João Batista Damasceno, da 1ª Vara de Órfãos e Sucessões do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro).
O deputado reclama que a charge estava no local durante uma audiência pública realizada "sob o pretexto da desmilitarização da política de segurança". Para ele, a imagem "retrata uma cena de cunho difamatório não somente à instituição", em referência à Polícia Militar, "mas inclusive à sua própria honra objetiva e subjetiva".

O parlamentar, que é filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), sugere que a ação indenizatória seja protocolada contra artista e magistrado.

 Ele também enviou à presidente do TJ, a desembargadora Leila Mariano, um pedido para que a obra seja retirada do gabinete de Damasceno.
"No quadro vislumbra-se a imagem de um policial militar sendo autor de um disparo de arma de fogo em um homem preso à uma cruz, fazendo alusão à crucificação de Jesus Cristo. (...) A obra pretende fazer crer que todos os policiais militares são pessoas que vestem suas fardas para cometer os mais perversos crimes contra a humanidade, em referência, ainda que indireta, à morte de Jesus Cristo", afirma a petição.
O deputado estadual propõe ainda que o valor a ser pago por uma hipotética condenação dos réus seja de R$ 28 mil.
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Violência no Rio de Janeiro80 fotos

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2.jul.2013 - Projeto educacional "Mão na Lata" faz intervenção em memória aos mortos na operação policial que aconteceu no Complexo da Maré, Rio de Janeiro, no mês passado Marcio Luiz Rosa/Agência O Globo
Procurado pela reportagem do UOL, o Tribunal de Justiça afirmou que o caso será levado à Sessão Especial, cujas reuniões ocorrem toda segunda-feira. Na próxima semana, segundo o órgão, a permanência ou não do quadro será discutida internamente.
Em sua página no Facebook, Latuff defendeu a livre exibição da charge e relatou supostas ameaças que teriam sido feitas por policiais militares, também na rede social, contra Damasceno. "Juiz João Batista Damasceno já recebe ameaças de morte por pendurar quadro com minha charge sobre a violência policial em seu gabinete", escreveu ele.
Já o magistrado, em artigo publicado pelo jornal "O Dia" nesta quarta-feira (28), afirmou que "a obra do cartunista Carlos Latuff, retratando um homem negro pregado numa cruz e alvejado no peito pelo disparo do fuzil de um policial, colocada na sala de audiências da 1ª Vara de Órfãos e Sucessões do Fórum Central, evoca a violência do Estado contra o povo ao longo da história".
Damasceno também se disse favorável ao conceito de desmilitarização. "A política de segurança pública militarizada tem como alvo os pobres e excluídos, 'inimigos eternos' sujeitos ao extermínio", afirmou.

 UOL Notícias
 Cotidiano


 http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/08/29/deputado-bolsonaro-ajuda-pms-a-processarem-autor-de-charge-exposta-no-tj-rj.htm

Conflito na manifestação do Papa


Publicado em 22/07/2013 

Tumulto na Manifestação da visita do Papa em Laranjeiras palácio Guanabara

Policial é morto por outro PM

- Por Band News

  Após discussão em igreja...

Um policial militar aposentado foi morto por outro PM, durante um culto em uma igreja em Diadema na Grande São Paulo. Os dois trocaram tiros, após uma discussão.

Narração de Igor Duarte



http://tvuol.tv/brc8QN


Manifestantes São Agredidos Por Policiais

Manifestantes São Agredidos Por Policiais Após Manifestação Publicado em 06/03/2013 Hematomas, ferimentos, alguns sofrem sangramentos... Motivo foi que estudantes da Universidade federal de Mato Grosso manifestaram por moradia... 06/03/2013 Cuiabá-MT

Índio preso e agredido por policiais

Índio preso e agredido por policiais na manifestação de 15/08/2013 RJ
Publicado em 15/08/2013

 Um índio foi preso em uma ação truculenta e covarde da PMERJ. Para deter o índio vários policiais fizeram uso da força para imobilizar o rapaz que não estava fazendo nada de errado. A prisão do índio ocorreu poucos instantes após a saída do carro com um menor de idade que foi detido pelos policiais. O fato ocorreu nas imediações do MAR - Museu de Arte do Rio, na Praça Mauá, Centro do Rio, quando um grupo de manifestantes que estava concentrado na Cinelândia resolveu seguir em direção ao MAR onde estavam o Eduardo Paes e o Sérgio Cabral participando de um evento que ocorria no local. Apesar de toda negociação dos manifestantes e de outro índio que estava no local e era primo do que foi preso, ele foi levado para a delegacia e ainda não temos notícias de sua situação neste momento.

PMs que agrediram jovem após manifestação no Rio



São afastados......

Paula Bianchi
Do UOL, no Rio


  • Reprodução
    Um vídeo postado no YouTube mostra uma mulher sendo agredida por policiais militares durante protesto realizado no Rio na noite de terça (27) Um vídeo postado no YouTube mostra uma mulher sendo agredida por policiais militares durante protesto realizado no Rio na noite de terça (27)
A Polícia Militar do Rio afastou os dois PMs que agrediram a estudante de cinema Rani Messias, 19, durante um protesto no centro do Rio na noite desta terça-feira (27). Em um vídeo postado no YouTube na quarta-feira (28) é possível ver a estudante caída no chão sendo atingida por socos, chutes e cassetetes pelos policiais.
Segundo a PM, o comando da corporação não concorda com esse tipo de conduta, e os policiais já foram identificados e afastados do policiamento nas manifestações. Também foi aberta uma sindicância para avaliar a responsabilidade penal e disciplinar de cada um dos agentes, que serão submetidos a uma avaliação psicológica.  
A PM, no entanto, afirma que no vídeo fica "evidente" que há um grupo de "vândalos com paus e pedras agindo tão e somente com intuito de depredar patrimônio público, privado e atacar policiais militares" e que é dever da polícia atuar "sempre que houver ameaça à vida ou ao patrimônio".
Nas imagens é possível ver alguns dos manifestantes, que tentavam impedir a agressão, serem afastados pela polícia, ao que um dos PMs retrucou: "Não atrapalha o trabalho da polícia".
 



De acordo com Leslie Messias, mãe da estudante, Rani estava nos arredores da 5ª DP (Centro) filmando e fotografando o protesto para um projeto para a faculdade que cursa em Londres quando foi agredida pelos policiais. A estudante passou por exame de corpo de delito ainda na quarta-feira. A família pretende processar os policiais que cometeram a agressão.
O protesto contra o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), o bairro de Laranjeiras, na zona sul do Rio, terminou com onze pessoas sendo levadas por policiais militares para a 5ªDP, na Lapa, Centro, entre eles um menor. Segundo a Polícia Civil, três delas foram autuadas, uma por lesão corporal e resistência e as outras por desacato.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, os três manifestantes assinaram o termo circunstanciado e foram liberados em seguida. O adolescente, que foi conduzido à delegacia por recusa de dados de identificação e resistência, estava com um estilingue, bastão e touca ninja, e foi entregue aos responsáveis. Também foram realizados três registros de ocorrência de lesão corporal contra policiais militares, na 9ªDP, no Catete, zona sul. A polícia afirmou que as denúncias estão sendo investigadas. 
Entre os feridos, há uma mulher, ainda não identificada, que foi atingida na cabeça por volta das 19h, no Largo do Machado, de onde saíam cerca de 150 pessoas em direção ao palácio Guanabara, sede do Governo Estadual.


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Protestos no Rio de Janeiro200 fotos

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28.ago.2013 - Um vídeo postado no YouTube nesta quarta-feira (28) mostra uma mulher sendo agredida por policiais militares durante protesto realizado no Rio de Janeiro na noite desta terça (27). O episódio ocorreu nos arredores da 5ª DP, no centro do Rio. Segundo a informação de familiares que conversaram com o UOL, a vítima chama-se Rani Messias e estaria no local gravando imagens para um documentário. Em nota, a PM informou que a Coinpol (Corregedoria Interna de Polícia) vai analisar as imagens para identificar os policiais Reprodução

Mulher sendo agredida por policiais militares...
Publicado em 28/08/2013 

 Uma mulher foi agredida por policiais militares na Lapa, no Centro do Rio, após um ônibus ter sido depredado no protesto desta quarta-feira (28) contra o governador Sérgio Cabral. Imagens postadas na internet mostram dois PMs chutando a jovem. Outros policiais chegaram e acabaram com a confusão. Ainda não se sabe se ela participou do ato de vandalismo contra o coletivo. As informações são do RJTV. Segundo o comentarista de Segurança Pública do RJTV, Rodrigo Pimentel, uma vez que a pessoa já está imobilizada no chão ela deve ser encaminhada para a delegacia. Pimentel afirmou que esta é uma prática criminosa e que a Polícia Militar não está punindo adequadamente estes policiais. Confusões durante protesto O protesto "Fora Cabral", contra o governador do Rio, teve nova confusão por volta das 20h30 desta terça-feira (27) em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do Estado, em Laranjeiras, na Zona Sul da cidade. Manifestantes tentaram forçar passagem pela barreira da polícia na Rua Pinheiro Machado rumo ao palácio e foram reprimidos. Pedras foram jogadas e a PM chegou a usar balas de borracha. Do outro lado, foram arremessados explosivos caseiros. Pelo menos três manifestantes ficaram feridos. Uma mulher foi atingida por uma bala de borracha na testa e atendida por socorristas voluntários que acompanhavam a manifestação. Dois policiais alegaram ter sido feridos no braço. Outro, ferido na cabeça, foi levado a um hospital. Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança informou que dez pessoas foram detidas e um menor foi apreendido.A poucos metros dali, no Largo do Machado, onde o grupo se concentrou para o ato, também houve confronto, por volta de 18h45. O tumulto começou quando um manifestante foi detido pela Polícia Militar por estar sem documentos. Neste momento, ativistas fizeram um cordão para tentar impedir que o jovem fosse levado. Quando a polícia forçou passagem com armas de choque, manifestantes responderam atirando pedras e vasos de uma floricultura na tropa, que logo respondeu com balas de borracha e bombas de efeito moral. Por volta de 21h30, manifestantes vindos do Cosme Velho mostraram para membros da imprensa cápsulas de armas letais, de balas que teriam sido disparadas por PMs. O confronto fez com que o grupo se dispersasse. Alguns ativistas feridos foram para a 5ª DP (Lapa), para onde mascarados seguiram. No meio do caminho, houve novo confronto, por volta de 23h. Outras centenas de manifestantes se concentraram em frente à 9ª DP (Catete), pedindo a liberação de detidos. Como nos outros protestos, o bairro ficou marcado por um rastro de violência, com lixo queimado nas ruas e agências bancárias depredadas. Percurso Por volta de 19h20, os manifestantes saíram do Largo do Machado e seguiram em direção ao Palácio Guanabara, sede do poder estadual, em Laranjeiras na Zona Sul. Às 19h50, estavam na Praça São Salvador, outro ponto de concentração da manifestação. Às 20h, a Rua Pinheiro Machado foi fechada para a ida dos manifestantes para a porta do Palácio Guanabara.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Manning pagará por terapia hormonal



Diz advogado...

Em Nova York




  • Montagem/Arquivo/Exército dos EUA
    Montagem de imagem fornecida pelo Exército dos EUA mostra o soldado Bradley Manning, usando batom e peruca e de uniforme militar. Condenado a 35 anos de prisão por vazar documentos confidenciais do Exército ao site Wikileaks, o militar disseque é uma mulher e pediu para ser chamado de Chelsea Montagem de imagem fornecida pelo Exército dos EUA mostra o soldado Bradley Manning, usando batom e peruca e de uniforme militar. Condenado a 35 anos de prisão por vazar documentos confidenciais do Exército ao site Wikileaks, o militar disseque é uma mulher e pediu para ser chamado de Chelsea
O ex-soldado norte-americano Bradley Manning, condenado a mais de 30 anos de prisão por revelar segredos do Exército ao site WikiLeaks, vai pagar pela terapia hormonal a qual se submeterá para trocar de sexo, informou seu advogado, David Coombs.

Logo após anunciar sua orientação sexual, surgiu uma polêmica nos Estados Unidos se o governo pagaria seu tratamento, uma vez que Manning, que anunciou que gostaria de ser chamado de Chelsea, encontra-se na prisão de Fort Leavenworth, no Kansas.
Ainda de acordo com seu advogado, o ex-soldado não pensa em se submeter a uma cirurgia e permanecerá em uma prisão para homens.   
"Quero ser submetido a uma terapia de hormônios o mais rápido possível. Eu espero que vocês apoiem minha transição. Peço que a partir de hoje vocês me chamem com meu verdadeiro nome feminino, Chelsea", afirmou Manning, em uma declaração ao Today Show da emissora norte-americana NBC, no último dia 22.



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Caso Wikileaks86 fotos

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Cena do filme " O QUINTO PODER", de Bill Condon. O filme mostra como uma iniciativa da internet, o WikiLeaks, se transformou em uma das organizações mais debatidas do mundo ao revelar documentos secretos dos governos. A história começa quando o fundador, Julian Assange (Benedict Cumberbatch), e seu colega Daniel Domscheit-Berg (Daniel Brühl) se juntam para se tornarem cães de guarda secretos dos privilegiados e poderosos Divulgação/Dreamworks


WikiRebels - O Documentário do WikiLeaks - Leg PT - [Du101]
Enviado em 27/03/2011

 Descubra como o Wikileaks tornou-se um dos principais institutos de defesa pela verdade e pela justiça através dos vazamentos de informações secretas. Instalado nos servidores do Pirate Bay, o site está protegido pelas estritas leis suecas que protegem o direito de expressão. Julian Assage, jovem ativista, que luta pela paz mundial, tornou-se uma das principais dores de cabeça dos EUA. Muitos políticos querem que ele seja preso ou executado, mas o que ele realmente fez de errado foi mostrar os meios imperialistas e desumanos que o país aplica. O Wikileaks faz o papel que a mídia tradicional não faz justamente por esta estar ligada aos interesses políticos dos setores oligárquicos que ditam as regras mundias. Este vídeo, apresentado pela TV estatal sueca (SVT), relata a criação e revela o modo de agir do Wikileaks, esclarecendo em especial como opera sua rede de colaboradores. É permeado por excelentes entrevistas em que o fundador do site, Julian Assange, expõe o que o animou ao projeto. O Quinto Poder (filme sobre WikiLeaks) - 

Imagens do TRAILER (HD) The Fifth Estate Official Trailer 2013) [HD] Benedict  Cumberbatch
 

domingo, 25 de agosto de 2013

EUA ESCONDEM SEUS MILHARES DE MORTOS

segunda-feira, 5 de março de 2012

  NO IRAQUE E AFEGANISTÃO....


[OBS deste blog ‘democracia&política’:

Em várias postagens, já mencionamos o artifício utilizado pelo governo dos Estados Unidos para driblar as leis internacionais e agir abusivamente pelo mundo. Um desses artifícios é o Pentágono contratar, sem licitação e por centenas de milhões de dólares, empresas de mercenários militares/“civis” . Muita corrupção e súbitos enriquecimentos estratosféricos de altas autoridades acontecem nas esteiras desses contratos. Uma das principais é a “Blackwater”, ligada a Dick Cheney [Richard Bruce "Dick" Cheney], vice-presidente dos EUA no governo Bush e um dos principais promotores da invasão norte-americana no Iraque.

De um texto da agência norte-americana de notícias “Associated Press” de janeiro de 2007, com o título “EUA renovam contrato com Blackwater”, extraímos a seguinte informação:
Blackwater is a subsidiary of Halliburton, on whose Board Lynne Cheney [esposa de Dick Cheney] sits, through whom the Vice President still profits from stock holdings and to whom he will probably return after his term in office”.
"Dick" Cheney foi “Chairman and Chief Executive Officer” da Halliburton Company de 1995 a 2000.
A Halliburton foi a principal articuladora da invasão militar norte-americana no Iraque e a principal beneficiada [mais de um bilhão de dólares] com aquela “guerra” pelo domínio das reservas de petróleo iraquiano. Invasão que, segundo instituição da Inglaterra, já causou a morte de mais de um milhão de iraquianos. Um crime de guerra. Um genocídio em prol do lucro particular de altos políticos-empresários. Além disso, muitos mercenários norte-americanos também continuam morrendo por conta dessa ganância.
Esses assuntos vieram-me à memória ao ler hoje (5) na “Folha de São Paulo” a transcrição do seguinte artigo do “The New York Times”]:
EUA TERCEIRIZAM OS RISCOS DA GUERRA
Por Rod Nordland, no “The New York Times”

CABUL, Afeganistão - ATÉ A MORTE É TERCEIRIZADA AQUI.

“Esta é uma guerra em que os
empregos militares tradicionais, de cozinheiros a guardas de base e motoristas de comboios são cada vez mais transferidos para o setor privado. Muitos generais e diplomatas americanos têm guarda-costas empregados de empresas terceirizadas. E junto com os riscos vieram as consequências: no ano passado, pela primeira vez, mais funcionários civis de empresas americanas do que soldados morreram no Afeganistão.
Os empregadores americanos aqui não têm a obrigação de relatar publicamente a morte de seus funcionários e frequentemente não o fazem. Enquanto os militares anunciam os nomes de todos os seus mortos na guerra, as empresas privadas notificam apenas os membros da família. A maioria dos terceirizados morre sem anúncio e sem contagem -e em alguns casos deixam seus familiares sem indenização.

"Ao continuar terceirizando empregos de alto risco que antes eram ocupados por soldados, os militares na verdade estão privatizando o sacrifício máximo", disse Steven L. Schooner, um professor de direito na Universidade George Washington em Washington, que estudou a questão das baixas de civis.

No ano passado, pelo menos 430 empregados de empreiteiras americanas foram relatados mortos no Afeganistão: 386 que trabalhavam para o Departamento da Defesa, 43 para a Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA e 1 para o Departamento de Estado, segundo dados fornecidos pela embaixada americana em Cabul e disponíveis ao público no Departamento de
Trabalho.
Em comparação, 418 soldados americanos morreram no Afeganistão no ano passado, segundo o Departamento da Defesa compiladas por “icasualties.org”, uma organização independente que monitora as mortes na guerra.

Essa tendência tem crescido nos últimos anos no Afeganistão e se equipara à semelhante no Iraque, onde as mortes de terceirizados superam as de militares desde 2009. No Iraque, porém, isso ocorreu enquanto o número de soldados americanos era drasticamente reduzido, até sua retirada completa no final do ano passado.

Especialistas que estudaram o fenômeno dizem que como muitas empreiteiras não cumprem as atuais exigências mínimas de informação, o verdadeiro número de mortes de funcionários privados pode ser ainda maior.

"Ninguém acredita que estamos relatando menos mortes de militares", disse Schooner. "Todo mundo acredita que estamos relatando menos mortes de terceirizados."

Sob a “Lei Básica de Defesa dos EUA”, as empreiteiras de defesa americanas são obrigadas a relatar as mortes e ferimentos em zona de guerra de seus empregados -incluindo terceirizados e trabalhadores estrangeiros- ao Departamento do Trabalho, e a ter seguros que forneçam cuidados médicos e indenização aos empregados.

No caso de empregados estrangeiros, como eram muitos dos mortos, os sobreviventes recebem um benefício equivalente à metade do salário do funcionário por toda a vida; os empregados americanos recebem ainda mais.

Havia 113.491 empregados de empreiteiras de defesa no Afeganistão em janeiro de 2012, comparados com cerca de 90 mil soldados americanos, segundo estatísticas do Departamento da Defesa. Destes, cerca de 22% dos empregados eram cidadãos americanos, 47% de afegãos e 31% de outros países.

Ao todo, segundo o Departamento do Trabalho, 64 companhias americanas perderam mais de sete empregados cada uma nos últimos dez anos.

A maior empreiteira em termos de mortes em zona de guerra é aparentemente a gigante da defesa “L-3 Communications”. Se a “L-3” fosse um país, teria a terceira maior perda de vidas no Afeganistão, assim como no Iraque; somente os EUA e o Reino Unido a superariam em baixas.

Para cada funcionário terceirizado morto, muitos outros são seriamente feridos. Segundo o Departamento do Trabalho, 1.777 americanos terceirizados no Afeganistão foram feridos ou seriamente feridos a ponto de perder mais de quatro dias de trabalho no ano passado.

Marcie Hascall Clark começou o blog “Indenização da Lei Básica de Defesa” ["Defense Base Act Compensation Blog"] depois que seu marido, Merlin, um ex-perito em explosivos da marinha, foi ferido em 2003 enquanto trabalhava para uma empreiteira americana. Ela e o marido passaram os últimos sete anos lutando por centenas de milhares de dólares em pagamentos por incapacidade e em indenização médica.

"Foi um choque saber como o corpo, a mente e o futuro de meu marido valiam pouco", disse.”

FONTE: artigo de Rod Nordland, no “The New York Times”. Transcrito na “Folha de São Paulo”  (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/newyorktimes/29334-eua-terceirizam-os-riscos-da-guerra.shtml) [Título, imagens do Google e introdução em azul e entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

Revelações sobre Iraque

WikiLeaks | 31/07/2013 19:26

Teria deixado exército perplexo...

Segundo general da reserva, Exército ficou perplexo quando o WikiLeaks publicou mais de 700 mil documentos vazados pelo soldado Bradley Manning

Tom Ramstack, da
Saul Loeb/AFP
Bradley Manning deixa o tribunal após ouvir o veredito
Bradley Manning deixa o tribunal após ouvir o veredito: soldado foi condenado por 19 acusações referentes às revelações de 2010
Fort Meade - O Exército dos EUA ficou perplexo quando o WikiLeaks publicou mais de 700 mil documentos oficiais sigilosos vazados pelo soldado Bradley Manning, disse um general da reserva em depoimento durante a fase de definição da sentença contra ele.
"Os que foram um golpe na nossa cara foram os registros do Iraque", disse o general da reserva Robert Carr no quartel Fort Meade, em Maryland, onde ocorre a corte marcial de Manning. "Ninguém nunca havia tido de lidar com esse número de documentos." Na terça-feira, o soldado foi condenado por 19 acusações referentes às revelações de 2010, maior vazamento de informações sigilosas na história dos EUA. Manning havia tido acesso a esse material quando trabalhava como analista de inteligência de baixo escalão no Iraque.
O promotor militar Ashden Fein disse na audiência que os vazamentos "impactaram todo o sistema" de concessão de acesso a informações sigilosas para os analistas de defesa de baixa patente.
Manning, de 25 anos, foi absolvido da acusação mais grave, a de auxiliar o inimigo, que poderia levá-lo à prisão perpétua. Mesmo assim, ele pode passar décadas numa prisão militar.
Advogados do soldado devem argumentar que o objetivo dele ao divulgar o material não era colocar em risco a segurança dos EUA. Manning não depôs pessoalmente no processo.
Entre os materiais entregues por Manning ao WikiLeaks está um vídeo de 2007 que mostra o ataque de um helicóptero Apache dos EUA que matou 12 pessoas em Bagdá, incluindo dois funcionários da Reuters.

 Havia também milhares de comunicados diplomáticos, e detalhes secretos sobre prisioneiros detidos na base naval norte-americana de Guantánamo, encravada em Cuba.
Analistas dizem que a condenação de Manning pode desestimular outras pessoas de colaborarem com o WikiLeaks. Ativistas alegam que Manning prestou um serviço relevante ao ajudar a revelar as práticas obscuras dos militares dos EUA no Iraque e Afeganistão.











Brasileiro vai atrás do sonho (Maluco)

De lutar numa guerra e chega ao Afeganistão

DEPOIMENTO A...
LEANDRO VIEIRA
DO "AGORA"
Ouvir o texto
Depois de não conseguir entrar na Aeronáutica, Rafael Vieira, 28, deixou o Brasil em 


2007 para ir atrás do sonho de ser soldado. Ele entrou no Exército dos Estados Unidos e 

passou pela guerra do Afeganistão duas vezes. Da primeira, ficou concentrado em ações de engajamento com a população. Da segunda, teve de enfrentar de frente os ataques que eram realizados pelo movimento radical islâmico Taleban.

*

Arquivo pessoal
Rafael Vieira, brasileiro que combateu ao lado dos Estados Unidos, no Afeganistão em duas ocasiões, em 2010 e 2012
Rafael Vieira, brasileiro que combateu ao lado dos Estados Unidos, no Afeganistão em duas ocasiões, em 2010 e 2012
Em dezembro de 2007, ao embarcar rumo à minha primeira missão, não conseguia acreditar que o sonho de ser soldado se tornava realidade. Isso só foi possível nos EUA. No
Brasil, tentei entrar na Aeronáutica, mas não consegui. 

A vontade de ser soldado vinha desde criança. Toda vez que assistia ao filme "Rambo", dizia à minha mãe que queria ir para uma guerra e ajudar os inocentes que sofriam com os horrores do conflito.
Ela sempre dizia que "o Brasil não declara guerra a ninguém". Essas palavras, que poderiam dar a entender que meu desejo jamais aconteceria, cruzaram minha mente quando o treinamento para infantaria começou. Foram 21 semanas que mudaram minha vida.
E não só consegui ser um soldado, como, pouco tempo após terminar a preparação, entrei numa batalha que ganhou projeções globais: a Guerra do Afeganistão.
Tive duas passagens pelo país. Na primeira, fiquei por três meses na cidade do Kandahar, no sul. Éramos escalados para construir escolas, levar eletricidade às vilas, distribuir sapatos às crianças e dar sementes a plantações.
Nesse período, o Taleban representava uma ameaça fantasma. Estava preparado para enfrentá-lo, mas o perigo pouco se apresentava.
Na segunda, um ano e meio depois da primeira passagem, em 2010, fiquei em Argahndad, perto de Candahar. Daquela vez foi diferente. Nossa missão era do tipo "search and destroy" (procurar e destruir, em inglês), em que entraríamos em conflito direto com o Taleban. Nosso principal objetivo ali era liberar o povo daquela opressão.
Ao chegarmos, encontramos forte resistência da milícia. Nosso pelotão sofria ataques diariamente. Virei líder de uma seção de morteiros, e sob meu comando estavam quatro soldados.
Uma das armas mais temíveis que enfrentamos foram os IEDs (dispositivos explosivos improvisados, na sigla em inglês). Essas bombas não tinham poder para matar, mas conseguiam amputar uma perna ou um braço.
Perder um membro, para um soldado da infantaria, podia ter um efeito pior que a morte -e isso instiga nossos instintos selvagens, aumentando a vontade de matar.
Em casos como esse, quem está cuidando do soldado ferido deve, apesar do medo e da adrenalina, manter-se concentrado e agir calmamente.
Tive essa experiência quando ouvi um chamado de emergência vindo pelo rádio. Numa patrulha, um dos nossos soldados pisou numa IED. Eu havia recebido treinamento para atuar como paramédico, então corri até a enfermaria para esperar pelo meu colega ferido.
A bomba havia decepado a perna dele do joelho para baixo. Mesmo com toda a dor, estava lúcido. Fizemos os procedimentos necessários, e o soldado foi levado, de helicóptero, ao hospital, que ficava na nossa base militar.
O episódio não durou mais do que 15 minutos e, mesmo meia hora depois, quando estava lavando o sangue das mãos, vi que a guerra tinha apenas começado para mim.
Tive a sorte de ter outro brasileiro comigo na mesma unidade, meu grande amigo Tavio. Passamos muitas noites acordados conversando em português e escutando O Rappa -banda que, além de adorarmos, nos ajudava a matar o tempo e a saudade do Brasil.
Nove meses depois da segunda chegada ao Afeganistão, retornei aos EUA. Quando entrei no avião, olhei para trás e, como outros soldados que lutaram na linha de frente, sabia que uma parte de mim havia ficado para sempre perdida na guerra, onde ganhar ou perder é um detalhe que fica esquecido.
Dezoito horas depois, estava abraçando os meus filhos e a minha mulher.
Sabia que começaria a ser preparado para uma nova guerra, caso a paz mais uma vez ceda espaço para um novo conflito. 

 Obs:
 Parabéns à FAB que consegue barrar malucos nas suas fileiras. Até porque os norte-americanos adoram estrangeiros ingênuos que sirvam de bucha de canhão em troca de um green-card. E aí, pra isso, qualquer doido serve pra jogar na frente de batalha

 Até respeito o sonho do cara de querer ser soldado. Lutar numa guerra ? Realmente ele andou assistindo muitas vezes o filmes do rambo, mas é algo que ainda deixo passar. Por outro lado, lutar no exercito americano e ainda acreditar que está libertando os oprimidos ? Por favor... Acredite, você não ajudou a libertar ninguém e ainda lutou do lado errado.

 o rapaz confunde videogame com a realidade e acredita que foi "ajudar as criancinhas" do Afeganistão. É isso que dá ver muito enlatado norte-americano, Rambo, Chuck Norris, Bruce Willys e outras porcarias. Intoxica mais que McDonald's. Alienação sem limites.


Arquivos militares vazados mostram abusos dos EUA na guerra do ..

Dez anos depois, veteranos do Iraque ainda vivem guerra em casa ..