Um delegado que foi preso, acusado de matar a esposa e a enteada, teria acesso a sistemas da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR). A denúncia foi feita nesta sexta-feira (11) pelo Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol).

“Mesmo preso, o delegado Erik Wermelinger Busetti, mantinha acesso indevido aos sistemas da SESP/PR”, disse o Sinclapol, em postagem nas redes sociais. “O acesso por parte do delegado acontecia do interior do Complexo Médico Penal (CMP), onde ele se encontra preso após o assassinato covarde da esposa, a Escrivã da Polícia Civil Maritza Guimarães e da enteada Ana Carolina de Souza”.

O Sinclapol ainda afirmou que, após pedido do Ministério Público do Paraná, a Celepar encaminhou relatório dos dados confirmando que Busetti teve privilégios indevidos na Unidade Penal em questão. Os relatórios apontam acessos a informações sobre pessoas que estão presas no Paraná.

“O Sinclapol-PR reforça sua satisfação perante a confirmação da denúncia, tendo em vista que a credibilidade da entidade foi colocada em cheque na época. Este sindicato anseia que as devidas providências sejam tomadas, bem como que o acesso do delegado às informações seja bloqueado.
Além disso, espera-se uma manifestação efetiva e segura do Departamento da Polícia Civil e do Secretário de Segurança Pública”.

Segundo o Governo do Estado, a Polícia Penal abriu inquérito para investigar o ocorrido.

O CRIME

Busetti é acusado de matar Maritza Guimarães de Souza, escrivã da Polícia Civil, de 41 anos, e Ana Carolina de Souza, filha dela de 16 anos. O crime ocorreu em 4 de março de 2020. O delegado está preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Segundo a denúncia do MPPR, Busetti não aceitava os termos do fim da relação com Maritza. Ele foi autuado em flagrante por feminicídio.