Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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terça-feira, 27 de novembro de 2012

PF prende 33 em operação contra quadrilha


De espionagem


 Polícia Federal começou a desarticular nesta segunda-feira duas organizações criminosas, uma especializada na venda de informações sigilosas e outra voltada à prática de crimes contra o sistema financeiro nacional. A Operação Durkheim já prendeu 33 pessoas, e 87 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos Estados de São Paulo, Goiás, Pará, Pernambuco e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal.
Entre os investigados, está o presidente da Federação Paulista de Futebol e vice-presidente da CBF, Marco Pelo Del Nero. Ele já prestou depoimento e foi liberado em seguida.
O inquérito policial teve início em setembro de 2011 para investigar os desdobramentos da investigação do suicídio de um policial federal na cidade de Campinas (SP) em dezembro de 2010, o que apontou a possível utilização de informações sigilosas, obtidas em operações policiais, para extorquir políticos, suspeitos de envolvimento em fraudes em licitações.
Durante as investigações, os agentes identificaram dois grupos criminosos. Eles atuavam em paralelo, de modo independente e tinham como elo a mesma pessoa investigada. Conforme a Polícia Federal, foi descoberta uma grande rede de espionagem ilegal, composta por vendedores de informações sigilosas que se apresentam ao mercado como detetives particulares, e por seus fornecedores, pessoas com acesso aos bancos de dados, como funcionários de empresas de telefonia, bancos e servidores públicos. Dentre as vítimas há políticos, desembargadores, uma emissora de televisão e um banco.
A outra organização tinha como atividade principal a remessa de dinheiro ao exterior por meio de atividades de câmbio sem autorização do Banco Central.
Cerca de 400 policiais federais participam da operação. Além das prisões, os agentes devem cumprir 34 mandados de coerção coercitiva (quando a pessoa é levada para prestar depoimento e liberada em seguida). Conforme a PF, 67 pessoas serão indiciadas.
Os investigados responderão a uma lista de crimes: divulgação de segredo, corrupção ativa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, interceptação telefônica clandestina, quebra de sigilo bancário, formação de quadrilha, realização de atividade de câmbio sem autorização do Banco Central, evasão de divisa e lavagem de dinheiro. As penas variam entre 1 e 12 anos de prisão.
Em nota, Marco Polo disse que foi surpreendido pela operação da Polícia Federal nesta madrugada em sua casa, segundo ele "em busca de documentos não relacionados à sua atividade na entidade (FPF) e de seu escritório de advocacia".
Durkheim
A Polícia Federal explica que a operação foi batizada de Durkheim em alusão ao intelectual francês, um dos pais fundadores da sociologia, que escreveu o livro O Suicídio, fato que deu início à operação.
Terra



Policial de UPP é preso por sequestrar comerciante


26/10/2012 - 12:00

Rio de Janeiro

PM agia com comparsa para extorquir 7.000 reais de vítima pela segunda vez em um mês. Acusado está lotado na unidade de onde foram afastados 30 policiais acusados de receber mesada do tráfico de drogas

Leslie Leitão, do Rio de Janeiro
A UPP do Fallet, de onde foram afastados 30 policiais militares acusados de corrupção: crise arranha imagem do programa
A UPP do Fallet, de onde foram afastados 30 policiais militares acusados de corrupção: crise arranha imagem do programa (Paulo Jacob/Agência O Globo)
Uma equipa da Polícia Civil prendeu em flagrante na tarde de quinta-feira, no Rio de Janeiro, um policial militar acusado de sequestrar e exigir 7.000 reais de um comerciante. O PM Rafael Barbosa Leonel, segundo informam policiais da 6ª DP (Cidade Nova) atuava auxiliado por Renato Raposo da Silva, também preso. O comerciante, do bairro do Estácio, já tinha sido sequestrado no dia 18 deste mês, e na ocasião chegou a pagar 6.000 reais de resgate.

O PM Barbosa Leonel é lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do morro do Fallet, na região central da cidade. Ou seja: ele deveria fazer parte da nova forma de policiamento que consiste em afastar o poder armado dos traficantes, aproximar-se da população e contribuir para o aumento da credibilidade da corporação. Em vez disso, é acusado de integrar o crime que, no momento, ameaça a imagem das polícias no Rio: os sequestros cometidos por policiais.
UPP do Fallet tem um histórico de problemas. Em setembro do ano passado, foram afastados 30 policiais - entre eles oficiais - acusados de receber uma mesada de traficantes, para não atrapalhar o movimento da venda de drogas. Em junho deste ano, 12 policiais da UPP da Mangueira também foram afastados. A acusação: extorsão contra traficantes.
Barbosa Leonel é o quinto preso em duas semanas. Os outros quatro policiais foram presos em São Gonçalo, e integravam o 7º BPM – o mesmo de onde partiram os assassinos da juíza Patrícia Acioly, no ano passado. Patrícia investigava exatamente os policiais acuados de extorsão e de cometer execuções disfarçadas de autos de resistência. Em São Gonçalo, os policiais fizeram dois reféns. Os dois foram presos pela Corregedoria da Polícia MIilitar.

Nos últimos dois anos a PM prendeu, com base no Art. 244 do Código Penal Militar (extorsão mediante sequestro), 26 policiais.

A edição de VEJA desta semana mostrou como agem os grupos de policiais que sequestram traficantes e parentes de criminosos presos para extorquir grandes somas de dinheiro.

LEIA TAMBÉM:

Polícia prende, em dois anos, 26 policiais sequestradores


Policiais do Pará presos por formação


Outubro 9, 2012

De milícias foram colocados em liberdade

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    Arquivo
Os soldados da Polícia Militar do Estado do Pará Wanderson Vieira de Sousa, 29 anos; Francivaldo do Amaral Dias, 28 anos; e Werberson Moura Araújo, 24 anos, presos na madrugada do último domingo (7), foram colocados em liberdade por determinação da Justiça.
Os três policiais foram presos acusados de formação de milícias. Conduzidos para o Plantão Central da 10ª Delegacia Regional de Imperatriz, foram autuados em flagrante delito por formação de milícias e porte ilegal de arma.
Os três soldados foram presos quando faziam abordagens no povoado Água Viva, no município de Davinópolis, e segundo informações estariam a serviço de um candidato daquela cidade. Eles teriam abordado as pessoas porque suspeitaram que elas estariam comprando voto para o candidato adversário.
Aos policiais, foi concedida liberdade provisória pela juíza Cristiana de Sousa Ferraz Leite, do plantão judiciário. Eles foram soltos no início da noite dessa segunda-feira.

 
Mais Polícia

Candidatos contratam policiais de fora


Para intimidar eleitores do MA....

7 de outubro de 2012 às 15:49
O secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, confirmou hoje (7) a existência de espécies de milícias atuando em vários municípios do estado durante as eleições. Mais de 10 policiais, agentes penitenciários ou bombeiros foram presos – atuando na intimidação de eleitores, a serviço de candidatos – e podem ser punidos com prisões que variam de quatro a oito anos.
As primeiras prisões aconteceram ontem (6), quando quatro policiais de São Paulo foram presos em Santa Inês (a 245 km de São Luís). Eles faziam a segurança de um candidato a prefeito da região.
A mesma situação aconteceu em São Raimundo Doca Bezerra, na microrregião do Médio Mearim (a 385 km de São Luís), onde dois agentes penitenciários do Piauí foram autuados em flagrante, também ontem, durante uma blitz, fazendo a segurança pessoal de um candidato a prefeito de Esperantinópolis, município vizinho. Um bombeiro militar também foi preso em Santa Inês.
As últimas prisões aconteceram em Davinópolis (cidade localizada a 696 km de São Luís, na região tocantina), onde quatro policiais militares do Pará foram detidos após denúncias, hoje.
“É uma situação nova, mas que será coibida com bastante rigor. O que não pode acontecer é a existência dessas milícias particulares, compostas por pessoas que deveriam trabalhar para dar tranquilidade à população”, disse o secretário de Segurança Aluísio Mendes. (Redação do JP, com informações do G1 Maranhão)






Policiais militares detidos por extorsão


Em São Gonçalo......

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Ruy Machado 10/10/2012

Três envolvidos pertencem ao 7º Batalhão da Polícia Militar do município e segundo a acusação, eles teriam capturado suspeitos e exigido R$ 50 mil para libertá-los

Três policiais do 7º BPM (São Gonçalo) foram presos por agentes da 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), no fim da tarde de terça-feira, no bairro do Mutuá, acusados de extorsão mediante sequestro. Segundo informações, dois homens suspeitos, que estavam num carro, foram capturados por dois policiais. Um deles teria ficado algemado dentro da viatura, enquanto o outro teria sido autorizado a ir buscar R$ 50 mil. Esse valor teria sido pedido pelos PMs para que os suspeitos fossem libertados.
Segundo o tenente coronel Medeiros, chefe da 4ª DPJM, a ação foi desencadeada depois que uma testemunha denunciou o esquema. De acordo com ele, no local estavam apenas dois policiais, o outro estava no batalhão.
“Nós recebemos uma denúncia e averiguamos. Pelo sistema de GPS foi possível comprovar a localização da viatura e mandamos uma equipe para o local. Chegando lá, constatamos os policiais e o preso algemado na caçapa. Ouvimos esta pessoa que nos relatou a história. Ele contou que uma outra pessoa que estava com ele havia sido liberada para buscar R$ 50 mil. Os militares, ao serem ouvidos, disseram que os homens capturados eram traficantes da Nova Brasília, em Niterói e do Menino de Deus, em São Gonçalo. Puxamos a fixa deles, mas nada foi constatado. Não havia flagrante na ação, então demos voz de prisão aos PMs. O outro militar, que fazia parte da equipe, foi preso no batalhão”, disse.
A Polícia Militar, através de assessoria de imprensa, informou que os PMs foram presos em flagrante e encaminhados para o Batalhão Especial Prisional (BEP), onde irão aguardar julgamento. 
O comandante do 7º BPM, tenente-coronel Luiz Eduardo Freire, disse que a ação dos agentes da corregedoria foi pontual e que qualquer desvio de conduta não será tolerado.
“O 7º Batalhão não compactua com este tipo de conduta. É isso que será defendido pela PM, tolerância zero para qualquer desvio”, disse.

Suspeitos – Agentes da 72ª DP investigam o envolvimento de outros três policiais do batalhão de São Gonçalo em um homicídio, no último domingo, no bairro Lindo Parque. Segundo investigação, um suposto confronto entre os militares e traficantes teria facilitado a fuga de um criminoso.
De acordo com a Polícia Civil, eles foram ouvidos e contaram que foram chamados para atender uma ocorrência. E ao chegar no local houve troca de tiros e dois criminosos em uma moto conseguiram fugir. Porém, uma testemunha contou que os policiais teriam dado suporte para fuga destes criminosos, forjando um suposto confronto. 

Batalhão com histórico negativo...........
Em dezembro de 2011 o ex-comandante do 7º BPM, tenente-coronel Djalma Beltrami, foi preso depois que escutas telefônicas feitas pela Polícia Civil encontraram supostas evidências de que PMs do batalhão recebiam “arrego” do tráfico. A acusação não foi comprovada e Beltrami foi inocentado.
Três meses antes, 10 policiais lotados no batalhão foram presos acusados de terem planejado e executado a morte da juíza da 4ª Vara Criminal do município, Patrícia Acioli. A magistrada foi morta em 11 de agosto em frente a sua residência, no bairro de Piratininga, em Niterói, com mais de 20 tiros, quando chegava em casa. Na ocasião, o ex-comandante do batalhão, tenente-coronel Cláudio Oliveira, foi preso também como suspeito de participar do crime.
A juíza já tinha pedido a prisão de alguns policiais do batalhão por suspeita de fraudes em autos de resistência na cidade.
A Polícia Federal também realizou no ano de 2011 a “Operação Martelo de Ferro”. A ação desarticulou uma quadrilha de traficantes de drogas que atuava no Rio a partir do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, com apoio e participação de 22 policiais do 7º BPM, 20 dos quais já estavam presos preventivamente e alguns tinham participação na morte da juíza. Na comunidade, as denúncias informavam que os policiais cobravam propina de até R$ 30 mil para não realizar operações na região.

O FLUMINENSE

Policiais militares presos em Rio Preto, SP,


22/11/2012 07h46 - Atualizado em 22/11/2012 13h32

Serão Transferidos


Prisões foram feitas durante a Operação Divisas, em Bady Bassit.
Eles são suspeitos de furto, receptação, contrabando e tráfico de drogas.

Eles são suspeitos de furto, receptação, contrabando e tráfico de drogas.

Do G1 Rio Preto e Araçatuba
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Equipes da Polícia Militar de Goiás devem comparecer nesta quinta-feira (22) a São José do Rio Preto (SP) para levar os quatro PMS do Estado que foram presos numa operação na região noroeste paulista. Eles são suspeitos de furto, receptação, contrabando e tráfico de drogas.
As prisões foram feitas durante a Operação Divisas, onde mais de 100 policiais rodoviários federais e agentes de todo o país foram enviados a São Paulo. Primeiro, dois policiais militares, um soldado e um cabo, foram presos pela Polícia Rodoviária Federal em um posto de combustíveis na BR-153. Eles estavam em uma caminhonete que tinha sido furtada em setembro. Outros dois policiais foram liberados pois estavam com documentação em dia.
Mas, a Polícia Federal de São José do Rio Preto (SP) determinou a prisão dos outros dois policiais depois que eles, um tenente e um major, foram até a Polícia Federal saber como estavam os outros presos e foram considerados suspeitos.
Os quatro policiais de Goiás passaram a tarde na sede da Polícia Federal. O soldado e o cabo já tinham sido detidos e levados à delegacia de Bady Bassitt (SP). “Eles são policiais militares da ativa, um fato atípico. Não é uma coisa comum isso acontecer”, afirma o delegado Éricson Salles Abufares.
Com eles foram encontradas munição contrabandeada e cartelas de comprimidos com venda proibida no Brasil. Os policiais vinham do Paraguai com destino a Goiânia. O tenente e o major estavam em outro veículo e tinham sido liberados porque a polícia não encontrou provas de crime no carro deles.
Na região, a fiscalização está sendo realizada de forma ostensiva, principalmente nas cidades que fazem divisa com outros estados: Icém (SP), com Minas Gerais e Rubinéia (SP), com o Mato Grosso do Sul.
O comando da polícia de Goiás informou que uma sindicância será aberta e todos podem ser expulsos da corporação.
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Com os policiais, foram apreendidas munições e comprimidos (Foto: Reprodução / TV Tem)Com os policiais, foram apreendidas munições e comprimidos (Foto: Reprodução / TV Tem)
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Mais dois policiais são presos em Rio Preto, SP


Na Operação Divisas


Tenente e major foram ver outros policiais presos e também foram detidos. 

Quatro policiais de Goiás passaram a tarde na sede da Polícia Federal.

Do G1 Rio Preto e Araçatuba
A Polícia Federal de São José do Rio Preto (SP) prendeu na tarde desta quarta-feira (21) mais dois policiais militares na Operação Divisas, medida de combate ao crime. Um tenente e um major foram até a Polícia Federal saber como estavam os outros dois policiais militares presos no início da manhã e também acabaram presos.
Os quatro policiais de Goiás passaram a tarde na sede da Polícia Federal. O soldado e o cabo já tinham sido detidos e levados à delegacia de Bady Bassitt (SP). “Eles são policiais militares da ativa, um fato atípico. Não é uma coisa comum isso acontecer”, afirma o delegado Éricson Salles Abufares.
A dupla estava em uma caminhonete que tinha sido furtada em setembro. Eles foram presos pela Polícia Rodoviária Federal em um posto de combustíveis na BR-153. “A placa e o chassi constavam de um veículo que não havia problemas, mas alguns indícios denunciavam que era furtado”, diz o policial rodoviário federal Flávio Catarucci.
Com eles foram encontradas munição contrabandeada e cartelas de comprimidos com venda proibida no Brasil. Os policiais vinham do Paraguai com destino a Goiânia. O tenente e o major estavam em outro veículo e tinham sido liberados porque a polícia não encontrou provas de crime no carro deles.
As prisões foram feitas durante a Operação Divisas, onde mais de 100 policiais rodoviários federais e agentes de todo o país foram enviados a São Paulo. Na região, a fiscalização está sendo realizada de forma ostensiva, principalmente nas cidades que fazem divisa com outros estados: Icém (SP), com Minas Gerais e Rubinéia (SP), com o Mato Grosso do Sul.
Os policiais presos vão responder pelos crimes de furto, receptação, contrabando e tráfico de drogas. O comando da polícia de Goiás informou que uma sindicância será aberta e todos podem ser expulsos da corporação. Por enquanto, os quatro ficarão presos na carceragem da DIG de Rio Preto.
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Com os policiais, foram apreendidas munições e comprimidos (Foto: Reprodução / TV Tem)Com os policiais, foram apreendidas munições e comprimidos (Foto: Reprodução / TV Tem)
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veja também

Guarda envolvido em morte de adolescente


Em Heliópolis foi expulso da PM

LEONARDO GUANDELINE, O GLOBO; SPTV




Policiais agem em Heliopolis Foto de Sergio Barzaghi, Diário de S.Paulo


Policiais agem em Heliopolis Foto de Sergio Barzaghi, Diário de S.Paulo
SÃO PAULO - Um dos guardas municipais de São Caetano do Sul envolvidos no tiroteio que resultou na morte da adolescente Ana Cristina de Macedo, de 17 anos, em Heliópolis, zona sul de São Paulo, havia sido expulso da Polícia Militar de São Paulo. A Secretaria de Segurança Pública confirmou que Édson Damião Estevam, de 43 anos, fora expulso da PM em setembro de 1997. Ele trabalhou na corporação por 4 anos.
Estevam foi expulso da Polícia Militar por manter relações sexuais com uma mulher dentro do quartel do 8º Batalhão da PM, no Tatuapé, zona leste de São Paulo. De acordo com a PM, os encontros de Estevam com aconteciam dentro do horário de expediente.
Pelas normas da Guarda Civil Municipal de São Caetano do Sul, o fato de Estevam ter sido expulso da PM implicaria imediata desclassificação dele no concurso público para a guarda civil. O motivo da presença deles nos quadros do órgão, no entanto, ainda não foi esclarecido pela Prefeitura de São Caetano do Sul. A contratação do guarda aconteceu em 2006.
Estevam é um dos três guardas municipais da cidade vizinha que perseguiram um carro roubado e trocaram tiros com os bandidos dentro da Favela de Heliópolis. Ana Cristina voltava da escola quando foi atingida pelos disparos. A adolescente morava com a mãe a filha, de um ano e oito meses, em um alojamento da Prefeitura de São Paulo no bairro, à espera de um imóvel do CDHU destinado a famílias removidas. Elaplanejava formar família até o fim deste ano e ir morar com o namorado, que é pai da criança.
A morte de Ana Cristina gerou protesto e conflito entre manifestantes e a PM por dois dias consecutivos. No começo da noite desta terça-feira,cerca de 600 moradores colocaram fogo em nove veículos, entre ônibus, carros e micro-ônibus, e fizeram barricada nas ruas de Heliópolis, que é a maior favela de São Paulo. (Veja fotos do conflito)
Testemunhas disseram que Ana Cristina chegou a se esconder atrás de um veículo durante o tiroteio e teria sido confundida com um dos ladrões pelos guardas. O tiro que a matou acertou na cabeça e teria saído da arma de um dos guardas. Os três portavam revólver calibre 38, que foram recolhidos para perícia. Os guardas foram afastados dos serviços de rua e receberão apoio psicológico até o fim do inquérito.
Além de Estevam, participaram da ocorrência os guardas Luziel Pereira da Costa, de 48 anos, e Vicente Pereira Passos, de 45.
No boletim de ocorrência registrado no 95º Distrito Policial (Cohab Heliópolis), Estevam afirmou ter tentado atirar contra o pneu do Ford Ka vermelho, roubado, que estava sendo perseguido. Os dois ladrões do veículo fugiram. Uma mulher foi presa e é apontada como comparsa da dupla.
Segundo o boletim, foi Estevam quem abordou a mulher, que estaria no banco traseiro do automóvel, na Estrada das Lágrimas, próximo à Rua Cônego Xavier, onde Ana Cristina foi encontrada morta.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, somente após a troca de tiros, a prisão da mulher e a fuga dos ladrões de carros é que os guardas civis perceberam que a adolescente estava caída, vítima de disparo de arma de fogo.
A adolescente foi enterrada no começo desta tarde, no Cemitério de Vila Alpina, na zona leste de São Paulo.Confronto em Heliópolis dura 6 horas
O protesto da noite desta terça gerou confronto com a polícia, que foi recebida a pedradas. Os policiais revidaram com balas de borracha e bombas de efeito moral. Um deles levou uma pedrada na cabeça e ficou ferido. A PM informa que ele teve traumatismo crânio-encefálico e segue internado.
Segundo a PM, o protesto foi convocado por um bilhete que prometia cesta básica a quem participasse da manifestação. Em São Paulo, tem sido cada vez mais comum o confronto entre a polícia e moradores de favelas. Na semana passada, no Jaçanã, a morte de um adolescente gerou tumulto e confronto com a Tropa de Choque da PM. A polícia diz que o rapaz era traficante e reagiu a uma abordagem de rotina. Os moradores dizem que ele não era traficante, apenas usuário de drogas. A mãe afirmou que ele "correu como todos correm" quando viu a polícia chegar.
- O panfleto foi escrito à mão, xerocado e distribuído à população. Ele concitava a população a participar do protesto às 18h em troca de uma cesta básica - disse o capitão Maurício de Araújo, porta voz da PM, em entrevista nesta quarta-feira
Mesmo assim, ele disse que a PM não tem a intenção de ocupar Heliópolis, assim como aconteceu em fevereiro com a Favela de Paraisópolis. A Tropa de Choque da PM ocupou a favela até a 1h. Depois disso, um total de 15 viaturas com 45 homens patrulhou a favela durante toda a noite.
Vinte e uma pessoas foram detidas durante o tumulto. Três ônibus, dois microônibus e quatro carros foram queimados. Duas viaturas da PM e duas do Corpo de Bombeiros foram danificadas.





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