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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Policiais militares detidos por extorsão


Em São Gonçalo......

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Ruy Machado 10/10/2012

Três envolvidos pertencem ao 7º Batalhão da Polícia Militar do município e segundo a acusação, eles teriam capturado suspeitos e exigido R$ 50 mil para libertá-los

Três policiais do 7º BPM (São Gonçalo) foram presos por agentes da 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), no fim da tarde de terça-feira, no bairro do Mutuá, acusados de extorsão mediante sequestro. Segundo informações, dois homens suspeitos, que estavam num carro, foram capturados por dois policiais. Um deles teria ficado algemado dentro da viatura, enquanto o outro teria sido autorizado a ir buscar R$ 50 mil. Esse valor teria sido pedido pelos PMs para que os suspeitos fossem libertados.
Segundo o tenente coronel Medeiros, chefe da 4ª DPJM, a ação foi desencadeada depois que uma testemunha denunciou o esquema. De acordo com ele, no local estavam apenas dois policiais, o outro estava no batalhão.
“Nós recebemos uma denúncia e averiguamos. Pelo sistema de GPS foi possível comprovar a localização da viatura e mandamos uma equipe para o local. Chegando lá, constatamos os policiais e o preso algemado na caçapa. Ouvimos esta pessoa que nos relatou a história. Ele contou que uma outra pessoa que estava com ele havia sido liberada para buscar R$ 50 mil. Os militares, ao serem ouvidos, disseram que os homens capturados eram traficantes da Nova Brasília, em Niterói e do Menino de Deus, em São Gonçalo. Puxamos a fixa deles, mas nada foi constatado. Não havia flagrante na ação, então demos voz de prisão aos PMs. O outro militar, que fazia parte da equipe, foi preso no batalhão”, disse.
A Polícia Militar, através de assessoria de imprensa, informou que os PMs foram presos em flagrante e encaminhados para o Batalhão Especial Prisional (BEP), onde irão aguardar julgamento. 
O comandante do 7º BPM, tenente-coronel Luiz Eduardo Freire, disse que a ação dos agentes da corregedoria foi pontual e que qualquer desvio de conduta não será tolerado.
“O 7º Batalhão não compactua com este tipo de conduta. É isso que será defendido pela PM, tolerância zero para qualquer desvio”, disse.

Suspeitos – Agentes da 72ª DP investigam o envolvimento de outros três policiais do batalhão de São Gonçalo em um homicídio, no último domingo, no bairro Lindo Parque. Segundo investigação, um suposto confronto entre os militares e traficantes teria facilitado a fuga de um criminoso.
De acordo com a Polícia Civil, eles foram ouvidos e contaram que foram chamados para atender uma ocorrência. E ao chegar no local houve troca de tiros e dois criminosos em uma moto conseguiram fugir. Porém, uma testemunha contou que os policiais teriam dado suporte para fuga destes criminosos, forjando um suposto confronto. 

Batalhão com histórico negativo...........
Em dezembro de 2011 o ex-comandante do 7º BPM, tenente-coronel Djalma Beltrami, foi preso depois que escutas telefônicas feitas pela Polícia Civil encontraram supostas evidências de que PMs do batalhão recebiam “arrego” do tráfico. A acusação não foi comprovada e Beltrami foi inocentado.
Três meses antes, 10 policiais lotados no batalhão foram presos acusados de terem planejado e executado a morte da juíza da 4ª Vara Criminal do município, Patrícia Acioli. A magistrada foi morta em 11 de agosto em frente a sua residência, no bairro de Piratininga, em Niterói, com mais de 20 tiros, quando chegava em casa. Na ocasião, o ex-comandante do batalhão, tenente-coronel Cláudio Oliveira, foi preso também como suspeito de participar do crime.
A juíza já tinha pedido a prisão de alguns policiais do batalhão por suspeita de fraudes em autos de resistência na cidade.
A Polícia Federal também realizou no ano de 2011 a “Operação Martelo de Ferro”. A ação desarticulou uma quadrilha de traficantes de drogas que atuava no Rio a partir do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, com apoio e participação de 22 policiais do 7º BPM, 20 dos quais já estavam presos preventivamente e alguns tinham participação na morte da juíza. Na comunidade, as denúncias informavam que os policiais cobravam propina de até R$ 30 mil para não realizar operações na região.

O FLUMINENSE

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