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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Polícia tortura e mata rapaz em Bauru


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19 de dezembro de 2007
tortura_choque“Eles chegaram às 3h e foram embora às 4h11, levando o meu irmão daquele jeito e, durante todo esse tempo, eu e minha mãe ficamos na sala, impedidas de sair. Protestamos quando ouvimos gritos e gemidos, mas um dos policiais mandou-nos calar a boca e nos ameaçou.” Esse é um dos trechos do relato feito ontem na Polícia Civil de Bauru (SP) por Débora Rodrigues, irmã do menor Carlos Rodrigues Junior. O jovem morreu na madrugada de sábado, segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), em razão de choques elétricos aplicados por policiais militares.

Na manhã de ontem, Débora e a mãe, Elenice Silveira Rodrigues, também fizeram o reconhecimento dos policiais por meio de fotografias. Inconformadas, ambas pediram “pena máxima” aos policiais agressores, justificando que a família delas já sofreu a perda, mas toda a sociedade continuará em risco se fatos como esse não forem exemplarmente punidos. Os PMs estiveram na casa do adolescente por suspeitarem de que ele teria participado do roubo de uma moto.
Eles também justificaram o ato dizendo ter encontrado maconha no quarto do rapaz, declaração que Débora questiona. Quanto à moto, Débora comentou que, quando ela e a mãe já estavam dormindo, um garoto, amigo de Carlos, teria pedido para guardá-la. “Nós estamos procurando saber quem é para esclarecer tudo”, disse.
Segundo Débora, mesmo com todo o dano, a ação dos policiais não chamou a atenção dos vizinhos pois nem ela nem a mãe puderam pedir ajuda. A rua onde moram, de pequeno movimento, permanece deserta e os vizinhos não falam com estranhos sobre o caso, principalmente porque a polícia está procurando identificar os autores dos atos de vandalismo no bairro durante a manifestação pela morte do rapaz, ocorrida na noite do sábado.
O comando do 4º BPM proibiu ontem que policiais levem pertences pessoais nas viaturas. Eles terão que deixar no quartel suas mochilas ou armas particulares, passar por revista a cargo de seus superiores para só depois embarcarem no veículo de trabalho. Com isso, pretende-se evitar casos como o do menor Carlos Rodrigues Junior, no qual um policial foi surpreendido guardando um fio desencapado na viatura, e do mecânico Jorge Lourenço Filho, morto pela polícia em abril. Neste último caso, policiais foram acusados de forjar provas de confronto, colocando uma arma na mão do cadáver.
fonte: Correio Braziliense

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