Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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domingo, 31 de março de 2013

Oito anos depois, passeata lembra 29


Mortes na Chacina da Baixada (RJ)

Carolina Farias
Do UOL, no Rio

Entidades de direitos humanos, familiares e amigos dos 29 mortos na Chacina da Baixada relembram neste domingo (31) os oito anos da série de assassinatos que começou em Nova Iguaçu e terminou em Queimados, na Baixada Fluminense. Em uma caminhada, os participantes vão refazer o trajeto que os assassinos fizeram pelas ruas dos dois municípios na noite de 31 de março de março de 2005. Os acusados pelos crimes são 11 policiais militares.
Na noite do dia 31 de março de 2005, quando se completavam 41 anos do golpe militar de 1964, policiais militares atiraram contra 30 pessoas - somente uma conseguiu sobreviver. Entre os mortos, havia crianças, estudantes, comerciantes, desempregados e funcionários públicos.
A partir da mobilização da sociedade civil, especialmente dos familiares das vítimas e de organizações defensoras dos direitos humanos, foi realizada uma investigação e alguns culpados foram identificados. Dos 11 policiais diretamente envolvidos, cinco foram julgados e, até este ano, quatro foram condenados. Em dezembro de 2006, eles foram expulsos da PM.
Os familiares das vítimas fazem a manifestação também para cobrar providências contra o aumento da violência na região, principalmente contra os jovens - em setembro do ano passado, seis adolescentes da favela da Chatuba, em Mesquita, foram assassinados no parque Gericinó por traficantes que atuam na área.
A concentração do ato será no número 15.380 da via Dutra, em Nova Iguaçu, às 15h. Em seguida, haverá uma missa em lembrança das vítimas, na Igreja Sagrada Família, também em Nova Iguaçu.
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Jovens são mortos na Baixada Fluminense; PM ocupa favela37 fotos

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11.set.2012 - Polícia Civil procura os autores da chacina que matou seis jovens na favela da Chatuba, em Mesquita (RJ), no sábado (8) Leia mais Christophe Simon/AFP

sexta-feira, 29 de março de 2013

Ex-chefe do esquadrão da morte queria incluir

Apelido “Bruno” em seu nome verdadeiro..
De acordo com advogado, nome acompanhada o ex-policial desde a infância




Vinte dias antes de sua morte, o ex-chefe do esquadrão da morte, o ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira, pediu ao seu advogado para incluir o seu apelido infância “Bruno” em seu nome verdadeiro. De acordo com Flávio Tondati Ferreira Jorge, a solicitação seria feita no próximo mês. O ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira foi assassinado com 18 tiros em Pindamonhangaba, no interior paulista, no final da noite de quarta-feira. Segundo a polícia, ele chegava em casa com a família, após voltar de um culto religioso.

— O apelido Bruno vem da infância dele. Quando o Florisvaldo estava com uns sete anos, os coleguinhas dele o chamavam de Bruno porque ele tinha sardas no rosto iguais as de um homem que vivia bêbado próximo a casa deles. Alguns dos colegas de seus colegas de infância também foram com ele a academia militar. E lá, então, em vez de chamarem Florisvaldo de cabo Oliveira chamavam de cabo Bruno. O nome ficou.

De acordo com advogado, o cabo Bruno nunca comentou que estaria sendo perseguido ou recebendo ameças. Mas afirmou que o ex-policial tinha um certo "receio".

 — A morte dele foi surpresa. Ninguém esperava.

Testemunha
Uma testemunha que estava dentro do carro do cabo Bruno, quando ele foi executado na noite de quarta-feira (26), disse à polícia que ouviu apenas os tiros contra o ex-policial e duas pessoas fugindo a pé, logo após o crime. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Vicente Lagioto, do 1º Distrito Policial de Taubaté.

— A testemunha afirmou que o crime foi inesperado, já que Florisvaldo nunca reclamou que estava sofrendo ameças.

De acordo com o delegado, a testemunha era uma pessoa próxima ao cabo e foi quem levou o ex-policial a um culto em Aparecida, interior de São Paulo, para dar testemunhos em uma igreja evangélica. Segundo Lagioto, a testemunha contou que não ficou com o cabo durante o culto. Apenas levou até o local e foi buscá-lo ao final.

corpo do ex-policial militar cabo Bruno chegou por volta das 13h desta quinta-feira (27) ao Velório Municipal de Pindamonhagaba, cidade a 156 km de São Paulo. Ainda não se sabe se para qual cemitério ele será levado

O crime
Confira também



A execução aconteceu na rua Inácio Henrique Moreira, no bairro Quadra Coberta, por volta das 23h45. Cabo Bruno estava dentro de um carro Astra e retornava da cidade de Aparecida. Dois homens se aproximaram do veículo do ex-policial e atiraram. Os criminosos correram em direção a um carro, onde um terceiro bandido os aguardava. O trio fugiu sem roubar nada.

Cabo Bruno foi morto cerca de um mês depois de deixar o presídio de Tremembé. Ele estava preso por cometer vários homicídios.

Liberdade
Quando era soldado da Polícia Militar, no começo dos anos 80,
 Cabo Bruno virou um dos justiceiros mais famosos de São Paulo. Ele recebia dinheiro de comerciantes para matar jovens criminosos em bairros da periferia da zona sul da capital paulista. Cabo Bruno admitia ter matado mais de 50 pessoas. O ex-PM estava em liberdade desde o dia 23 de agosto, quando deixou o presídio de Tremembé por ter cumprido a maior parte de sua pena com bom comportamento. Condenado a 117 anos, quatro meses e 13 dias de prisão por envolvimento com o esquadrão da morte, Cabo Bruno passou menos de 30 anos na cadeia.

Ele foi preso em 26 de setembro de 1983 e fugiu três vezes da cadeia. A última recaptura, segundo o Tribunal de Justiça (TJ), foi em 29 de maio de 1991. Ele cumpriu, portanto, 20 anos ininterruptos de pena.
 Cabo Bruno foi libertado com base no artigo 1º, do inciso 5, do decreto 5.648/2011, assinado pela presidente Dilma Rousseff. Segundo a norma, todo preso que passou mais de 20 anos seguidos na cadeia deve ganhar a liberdade caso tenho tido um bom comportamento.
Assista ao vídeo:

Esquadrão da Morte


Esquadrão da Morte...




Um esquadrão da morte é uma esquadra militar armada, polícia, insurgentes, terroristas que conduzem execuções extrajudiciais, assassinatos e desaparecimentos forçados de pessoas como parte de uma guerra, campanha de insurgência ou terror. Essas mortes são muitas vezes conduzidas de forma significativa para garantir o sigilo das identidades dos assassinos, de modo a evitar a prestação de contas.[1][2]
Os esquadrões da morte são frequentemente, mas não exclusivamente, associados com a violenta repressão política sob ditaduras, estados totalitários e regimes similares. Normalmente têm o apoio tácito ou expresso do Estado, como um todo ou em parte (terrorismo de Estado). Esquadrões da morte podem incluir uma força policial secreta, grupo paramilitar ou unidades oficiais do governo, com membros oriundos dos militares ou da polícia. Eles também podem ser organizados como grupos justiceiros.
Execuções extrajudiciais e esquadrões da morte são mais comuns no Oriente Médio (principalmente nos Territórios Palestinos e Iraque ),[3][4][5][6][7] América Central,[8][9][10] Afeganistão, Bangladesh ,[11] Paquistão e parte de Jammu e Caxemira que ocupa, Sri Lanka ,[12][13][14][15][16][17] várias nações ou regiões na África Equatorial, [18][19][20] Jamaica,[21][22][23] Kosovo, [18][19] muitas partes da América do Sul, [24][25][26] Uzbequistão, partes da Tailândia[27][28] e nas Filipinas.[28][29][30][31][32][33] Devemos nos lembrar, que os esquadrões da morte em certos paises da America do Sul, são chamados de milicias como na Colômbia e Brasil, onde as ações desses grupos ultrapassam a barreira da justiça. Hoje em dia esses grupos não apenas são envolvidos com mortes, mas também com o tráfico, a cobrança de pedágio a comerciantes, a venda de produtos desviados, a segurança de políticos e personalidades,no controle do transporte alternativo, empréstimos, etc. No Brasil o movimento de esquadrões da morte data desde a ditadura Getulista,em contra partida os grupos chamados milicianos no Brasil se constituiram a partir do enfraquecimento do poder público em controlar a violência que se instalou no paìs a partir dos anos 1990.

Ver Também...

Agências:

  • DINA
  • DIM
  • SNI
  • SIDE
  • ZOMO
  • Securitate
  • Stasi
  • KGB
  • PIDE
  • Operação Condor
  •  
  •  

    Esquadrão da Morte (Brasil)

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    Ir para: navegação, pesquisa
    O Esquadrão da Morte foi uma organização paramilitar surgida no final dos anos 1960 cujo objetivo era perseguir e matar supostos criminosos tidos como perigosos para a sociedade.[1]
    Começou na cidade de São Paulo comandado pelo policial Astorige Correa,aclamado pela população e pela mídia da época
    No Rio, a mais famosa organização foi a "Scuderie Le Cocq", cujo nome homenageava o detetive Milton le Cocq, que foi perdendo importância ao longo da década de 1990 no estado do Rio de Janeiro devido a ação de membros que agiam sem controle, bem como faziam a segurança de contraventores.
    Há indícios de que atue, ainda, no estado do Espírito Santo, mais precisamente na região da Grande Vitória.

    Ver também...

  • Grupo de extermínio
  • Eu Matei Lúcio Flávio
  • Ditadura Militar
  • Justiçamento
  • Linchamento
  • Astorige Correa
  • Hélio Bicudo
  • Dirceu de Mello
  •  
  •  
  • Esquadrão Da Morte
    (PERCIVAL DE SOUZA)



    O PCC E O COMANDO VERMELHO FORAM CRIADOS JUSTAMENTE PARA ENFRENTAR O ESQUADRÃO DA MORTE, preconiza o máximo da crueldade implantada pela ditadura no Brasil no século XX, nos anos de 1970 e seguintes. A polícia de São Paulo era controlada pelo Exercito Brasileiro que nomeara um dos seus generais para ser o comandante máximo da força pública paulista bem como da polícia civil bandeirantes, alguns órgão de repressão atuavam juntos, ora na legalidade, ora na clandestinidade, foi justamente essa atuação em parceria, extraída de órgãos como o Doi-Codi que funcionava na região do Parque do Ibirapuera, junto ao 36. Delegacia de Polícia, mais precisamente na Rua Tutoia, que forneceu o maior numero de efetivo para a criação do atgé então desconhecido e pouco atuante ESQUADRÃO DA MORTE, amparado pela Scuderie Le Coc, que viria a ser o braço armado dos interesses pessoais dos servidores do estado, mais temido que já se ouvira falar até os dias de hoje. A indignação da polícia paulista com relação a morte de alguns dos seus componentes, sem que os mesmos fossem condenados pela Justiça apesar de terem sido presos, levou a corporação policial, a criar o esquadrão ,como uma forma de protesto e indignção a ser demonstrado junto a população. O seu chefe máximo era o Delegado do DEOPS Dr. Sergio Paranhos Fleury, para o qual até as forças armadas deviam favores, pelas execuções que engendrava. Alguns famosos bandidos da época foram emboscados e mortos pelo Esquadrão, caso mais conhecido foi o de LUCIO FLÁVIO, morte em 1970 nos dias da Copa do Mundo, sem que ninguem desse atenção ao ocorrido, pois a patria estava de chuteira. Inúmeras pessoas foram vítimas das execuções sumárias, desde a perigosos malfeitores até simples comerciantes que insistiam em cobrar dívidas dos homens do estado. O Congresso Nacional e seus deputados e senadores tinham dívidas com o Esquadrão da Morte e com seu Lider Drf. Fleury, tanto é verdade que nas vésperas de ser preso e condenado por vários assassinatos, o Congresso Brasileiro criou a chamada Lei Fleury, que beneficiava diretamente ao Delegado, possibilitando que as pessoas com residencia fixa, bons antecedentes continuassem em liberdade mesmo respondendo ao inquérito policial, que era o caso do lider do esquadrão. Sergio Paranhos Fleury morreu de forma muito estranha, quando fazia um passeio de lancha com seus amigos do esquadrão, escorregou no convés e bateu a cabeça fraturando-a, tendo morte imediata. Na época do esquadrão não havia nenhuma petulância por parte dos bandidos, que jamais ousaram atirar contra um policial ou se organizarem em facções, mas essa é outra história.

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Corrupção no Detran de Pernambuco

MP denuncia 10 pessoas por suspeita



03/04/2012 20h12 - Atualizado em 03/04/2012 20h13



De corrupção no Detran-RJ


Entre os denunciados, há três funcionários do posto de Itaboraí.
Nesta terça (3), agentes cumpriram mandados de busca e apreensão.

Do G1 RJ

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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou dez pessoas ao Juízo da Vara Criminal de Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O grupo é acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistema de informações, falsidade ideológica, advocacia administrativa e corrupção ativa qualificada. A informação foi confirmada pelo próprio MP-RJ.
De acordo com o MP-RJ, entre os denunciados estão três funcionários do Detran de Itaboraí. Nesta terça-feira (3), cerca de 30 agentes da Corregedoria do Detran e do Grupo de Apoio aos Promotores (GAP) do MP-RJ participaram da Operação Deslize.
Eles cumpriram 13 mandados de busca e apreensão, nos municípios de MagéDuque de Caxias, Itaboraí, São GonçaloNiteróiCachoeiras de Macacu e Rio de Janeiro. Dentre as irregularidades estava a utilização do resultado do teste de aferição de gases poluentes de um veículo aprovado em laudo de outro que não seria aprovado.
InvestigaçãoA investigação começou após denúncias chegarem à sede da Corregedoria relatando esquema que consistia na aprovação de veículos (caminhões, ônibus, táxis e vans), sem condições mínimas, na vistoria regular obrigatória, mediante pagamento em dinheiro a funcionários do posto de vistoria de Itaboraí.
A quadrilha contava, ainda, com a participação de um funcionário que atuava na Coordenadoria do Renavam, localizada em um prédio no Centro do Rio. O funcionário detinha a chamada “senha master”, o que lhe permitia promover alterações cadastrais de veículos automotores, ainda segundo a denúncia.

Médico do Detran permanece no Presídio




21/03/2012 12h15 - Atualizado em 21/03/2012 13h49



De Santa Rita do Sapucaí..

Profissional foi preso por suposta corrupção passiva.
Ele teria cobrado propina para passar cliente em exame oftalmológico.

Do G1 Sul de Minas
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O médico de uma clínica de oftalmologia que foi preso por cobrar propina de um homem em Santa Rita do Sapucaí (MG) permanece no presídio da cidade. Segundo o delegado regional Flávio Tadeu Destro, o médico teria cometido o crime de corrupção passiva, já que prestava serviço para o Detran, que é um órgão público. Ainda conforme o delegado, há indícios de que ele realmente cometeu o crime e por isso ele foi preso em flagrante.
Na tarde desta terça-feira (20), ainda na delegacia, o médico tentou se matar usando agulhas para cortar os pulsos. Ele sofreu apenas ferimentos superficiais e foi medicado no local.
O Caso
O médico de 48 anos foi detido na manhã desta terça-feira (20) em Santa Rita do Sapucaí (MG) por suspeita de corrupção passiva. Segundo a Polícia Militar, o médico, que presta serviços para um clínica credenciada pelo Detran, tentou cobrar R$ 50 de propina de um homem que foi renovar a carteira de habilitação para que ele fosse aprovado em um exame oftalmológico.
Ainda conforme a polícia, o mesmo homem já havia sido reprovado por duas vezes na clínica. Ele então procurou um médico particular que constatou que ele não tinha nenhum problema de saúde. O homem voltou a marcar novo exame na clínica do Detran e preparou o flagrante. De acordo com a polícia, ele gravou toda a conversa que teve na clínica e ainda tirou uma fotocópia da cédula de R$ 50 supostamente pedida pelo médico como propina.
O médico foi levado para a delegacia, onde prestou depoimento. A delegada que investiga o caso informou que não vai se pronunciar sobre o assunto.
 
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Justiça afasta funcionários do Detran-RJ



27/09/2012 17h39 - Atualizado em 27/09/2012 17h39



RJ suspeitos de corrupção...

Operação prendeu 38 pessoas por vistoria e emissão de documento ilegais.
Ao todo, 53 funcionários e despachantes foram denunciados.

Bernardo TabakDo G1 Rio
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Operação policial prendeu suspeitos de integrar quadrilha acusada de receber propinas em troca de vistorias e emissão de documentos irregulares no Detran (Foto: Bernardo Tabak)Operação policial prendeu suspeitos de integrar quadrilha acusada de receber propinas em troca de vistorias e emissão de documentos irregulares no Detran (Foto: Bernardo Tabak)
Todos os 53 funcionários do Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran-RJ) e despachantes, públicos e privados, denunciados pela Operação Asfalto Sujo foram afastados provisoriamente das funções pela Justiça. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (27) pelo promotor Daniel Braz, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MP-RJ). Eles são acusados pelo MP-RJ de fazer vistoria ou emitirem documentos ilegalmente em postos do Detran-RJ em 12 municípios do estado.
De acordo com Braz, o principal objetivo é impedir que os suspeitos possam interferir no andamento das investigações. “Com o afastamento temporário, os funcionários e despachantes ficam impossibilitados de ir ao trabalho e continuar realizando os crimes, ou desaparecer com provas importantes”, ressaltou o promotor. Até esta quinta-feira, 38 pessoas (leia os nomes no fim da página) haviam sido presas. Outros três suspeitos de participar do esquema ilegal estão foragidos.
Motoristas podem responder por corrupção ativa
Braz afirmou que os motoristas que tiverem oferecido propina aos funcionários públicos e despachantes presos pela Operação Asfalto Sujo vão responder por corrupção ativa. De acordo com Braz, as investigações vão continuar para descobrir quais motoristas ofereceram propina.
“Conscientemente, eles (os motoristas) podem ter dado dinheiro sabendo que se destinava à propina”, afirmou Braz. “Contra esses motoristas, o Ministério Público vai mover ações individuais por corrupção ativa, que pode resultar na prisão deles”, acrescentou. Entretanto, segundo o promotor, outros motoristas podem ter pagado pelo serviços de despachantes sem saber do esquema de propinas. “A gente tem que fazer essa separação”, ressaltou Braz.

No total, de acordo com o MP-RJ, cerca de cem proprietários de veículos vão ser chamados para realizar novas vistorias nos veículos deles, e novas emissões de documentos. Deste total, serão identificados os que cometeram o crime de corrupção ativa.
Os suspeitos são acusados, de acordo com a denúncia, de receber propina para realizar vistorias de licenciamento anual, transferências de propriedade de veículos e emissão de documento de maneira irregular. O valor cobrado aos proprietários dos veículos dependia do local da vistoria e do tipo de fraude, podendo variar de R$ 50 a R$ 1,2 mil. A promotoria diz que a quadrilha movimentou, entre julho de 2009 e maio de 2012, R$ 200 mil por mês com propinas.
A ação conjunta da Corregedoria do Detran-RJ, do Gaeco do MP-RJ e da Polícia Civil apreendeu computadores e documentos em escritórios de despachantes. Foram expedidos 67 mandados de busca e apreensão. Os agentes também recolheram pelo menos R$ 4 mil em dinheiro. No posto de vistoria de São Gonçalo, a polícia revistou armários e carros de funcionários. Entre os crimes praticados pelo grupo estão formação de quadrilha, supressão de documento, usurpação de função pública, inserção de dados falsos, corrupção passiva e corrupção ativa.
Segundo o Ministério Público, entre os denunciados estão o policial militar, João Acácio Filho, que era o chefe do Posto de Campos dos Goytacazes, e o subchefe do Posto de Itaboraí. Dos 38 presos, 25 são mulheres.
Megaoperação no Rio de Janeiro combate irregularidades no Detran (Foto: Urbano Erbiste/Agência O Globo)Ação conjunta cumpre mandados de prisão contra
suspeitos de integrar quadrilha que agia no Detran
do Rio (Foto: Urbano Erbiste/Agência O Globo)
Fraudes identificadas
A polícia e a Corregedoria do Detran identificaram cinco principais fraudes cometidas pelo grupo. A mais comum é a chamada "vistoria fantasma", em que despachantes pagavam a funcionários os postos pela liberação dos documentos da vistoria, sem que ao menos o carro fosse trazido ao posto.
A investigação constatou que os funcionários cobravam para deixar que carros sem condições de rodar, com pneus carecas ou vidros quebrados, por exemplo, fossem aprovados na vistoria.
A quadrilha também fraudava, de acordo com a polícia, documentos de transferência de veículos. A investigação apontou ainda que o grupo destruiu documentos para evitar a constatação da fraude pela Corregedoria do Detran-RJ.
InvestigaçõesAs investigações começaram há cerca de seis meses, após denúncia de que a quadrilha agia desde julho de 2009 e tinha lucro mensal em torno de R$ 200 mil, com fraudes como a "vistoria fantasma". No golpe, documentos referentes a vistorias de veículos eram emitidos sem que  fossem levados ao posto do Detran. Além disso, os criminosos realizavam vários outros crimes.
Integrantes da Operação Asfalto Sujo apresentam fotos dos detidos  (Foto: Matheus Giffoni/G1)Integrantes da Operação Asfalto Sujo apresentam fotos dos presos na ação contra quadrilha que agia dentro do Detran do Rio e movimentava, segundo a investigação, até R$ 200 mil por mês (Foto: Matheus Giffoni/G1)
De acordo com a Polícia Civil, os presos até esta terça foram: Renata Vargas Monteiro Carvalho, Roberta de Oliveira Pereira, Amanda Nunes da Silva, Sérgio Lopes Rangel, Angélica Araújo de Sá, Anny Cláudia Borges da Silva, Cibele Coutinho Amaral França, Cinélia Monteiro da Costa, Ferdinando de Azevedo Silva, Clebson Conceição da Silva, Daiany Ramos Fonseca Serrano dos Santos, Gabriella Henrique Lemos, Gerson Gonçalves da Silva Filho, Gesiana Areas Sampaio, Gilberto da Conceição Torres, Gilberto Luiz Pereira, Helenice Neves de Azevedo, Ianna paula ribeiro de Almeida Barboza, Ilma de Jesus Barrozo Lopes, Eletiene Gabriel Watarai, Vanessa Moreira Perestrelo, João Acácio Filho, Tereza Cristina Nascimento Queiroz, Juliana Andrade Soares, Suzana dos Santos da Silva, Luiz Armando Franco Alves , Luiza Helena de Alvear Souza, Maurício Ribeiro Areas, Maurílio dos Santos Barros, Maycon Martins Jiquiriçá, Mirele Barbosa Conceição, Monique Peixoto Teixeira Coutinho, Sandra Cristina de Souza Blanco dos Santos, Marco Antônio, Ozilene dos Santos Ribeiro Silva, Pablo Felipe Milão Costa, Stanay Borges dos Santos, e Rayza de Mattos Felizardo.
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