Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

domingo, 30 de maio de 2010

Sargento briga com dono de bar...

Sargento da PM é encaminhado a delegacia depois de briga com dono de bar
04 Mar 2010 - 10h05min
Um sargento da Polícia Militar foi encaminhado ao 34º Distrito Policial, no Centro de Fortaleza, depois de se envolver em discussão, na manhã desta quinta-feira, 4, em um bar na avenida José Bastos. Populares acionaram a Polícia depois de ouvirem disparos no local.

O sargento Pedro Monteiro da Costa Júnior discutiu com o dono do bar, André Luis Batista de Melo, e iniciou uma troca de tiros. Ambos estavam armados, mas ninguém saiu ferido.


Sargento da PM é encaminhado a delegacia depois de briga com dono de bar | O POVO Online - Cidades

IGREJA UNIVERSAL

VÍDEO DA UOL SOBRE IGREJA UNIVERSAL QUE FALA DE POLÍCIA “BANDIDA” E DE BANDIDOS CAUSA POLÊMICA
15 04 2010

A polêmica foi instalada!

Houve suposta distorção e preconceito, segundo Marco Antônio Araújo, um dos blogueiros oficiais do R7.

No começo, constatações se misturaram com acusações e informações foram direcionadas a policiais, moradores de comunidades e presídios.

Até aí tudo bem (ou quase)! O Problema foi o postado pelo site UOL:
No final das contas entraram dois vídeos, que segundo o blogueiro do R7 foram manipulados. Veja abaixo:

O QUE EU E VOCÊ TEMOS A VER COM ISSO?

Não vou entrar na seara do que é certo ou errado, de como os membros da igreja foram ou são orientados. Isso não é problema meu. Não é problema nosso!

O que repudio e questiono é o fato de sabermos que a Igreja Universal do Reino de Deus passou a ser formadora de opinião. Dessa forma, afirmar que por conta de um tipo de arma de fogo e um tipo de capuz ficam preenchidos todos os requisitos de que os agressores são policiais, é complicado.

Menos, né?

Nossa Sorte? O final do segundo vídeo do Pastor Romualdo, que fala sobre as Polícias de novo.





Fonte:
VÍDEO DA UOL SOBRE IGREJA UNIVERSAL QUE FALA DE POLÍCIA “BANDIDA” E DE BANDIDOS CAUSA POLÊMICA
Polícia "bandida" tenta atropelar com cavalos os manisfestante em protesto contra Arruda

Polícia tenta jogar Spray de pimenta até em cima dos jornalista não há dúvidas sobrê a força desnecessária contra manifestantes que pedem a saída do governador José Roberto Arruda (DEM) entraram em confronto no início da tarde desta quarta-feira dia (9) em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo local. O conflito acabou interditando parte do Eixo Monumental, uma das principais vias de Brasília. A Polícia Militar informou que 3.000 pessoas estavam no local por volta das 12h. O clima é muito tenso.

Os manifestantes, que começaram a chegar ao local por volta das 10h, pedem a saída do governador Arruda e do vice-governador, Paulo Octávio. Os dois são acusados de participarem do chamado mensalão do DEM, um esquema de pagamento de propina do qual também são acusados deputados distritais e secretários do governo do DF.

Governo Arruda além de corrupto mostrou sua cara de ditador.

Participam do protesto integrantes da várias entidades entre elas os corajosos da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas.

A polícia esta agindo a mando do governo típico de "comunista-neonazista".

O Governador Arruda disse que fará como "Sarney" de lá ele não sai...
Veja vídeo de corrupção no Brasil.
Espalhe por ai.

Polícia bandida

Polícia bandida
Assaltantes do Banco Central em Fortaleza são seqüestrados e extorquidos por policiais de São Paulo. Eles serão pegos?
ISTOÉ Independente - Brasil

Polícia Federal redescobriu uma velha inimiga: a polícia estadual de São Paulo. Nos últimos meses, agentes da PF empreenderam uma verdadeira caçada ao bandido Raimundo Laurindo Barbosa, um dos participantes do assalto de R$ 164,7 milhões à sede do Banco Central, em Fortaleza. A Interpol tomou parte nas investigações, escutas telefônicas foram plantadas e agentes disfarçados entraram em campo. Ele foi preso em setembro, mas só na semana passada os federais descobriram que por duas vezes seguidas ele fora seqüestrado por policiais civis paulistas. E, em ambas, para ser libertado do cativeiro teve de pagar R$ 450 mil aos policiais. “A polícia bandida, infelizmente, ainda é uma instituição brasileira”, disse um agente federal a ISTOÉ.

Entre os 23 assaltantes que limparam o cofre do BC, Raimundo foi o nono a ser extorquido por policiais mediante seqüestro. Na matemática dos federais, os assaltantes já gastaram cerca de R$ 10 milhões para pagar seus próprios resgates. Outros R$ 30 milhões foram endereçados à contabilidade do PCC. De volta ao Banco Central chegou, apenas, 20% do dinheiro roubado. O caso de Raimundo é emblemático. Ele era uma espécie de coordenador dos comparsas, sempre com celulares à mão. Seqüestrado por policiais paulistas – a PF já tem dois suspeitos –, Raimundo foi preso quando geria seus “negócios” a partir de uma fazenda comprada com o dinheiro do roubo ao BC.

Para chegar até ele, os federais realizaram escutas telefônicas que foram divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo. No dia 20 de abril, Raimundo ligou para seu irmão Jeovan para avisar que estava preso num cativeiro e pedir R$ 300 mil, a fim de comprar sua liberdade com os policiais. Logo em seguida, Raimundo ligou para sua mulher, Liduína Barbosa, e pediu que ela arrumasse R$ 50 mil. À noite, R$ 300 mil foram entregues por enviados de Raimundo aos responsáveis por seu cativeiro, numa operação concluída em São Bernardo do Campo. Antes disso, ele já havia pago R$ 100 mil.

A primeira denúncia do envolvimento de policiais paulistas com o bando criminoso do BC ocorreu em novembro de 2005. Fernando Ribeiro, o Fê – que teria ficado com R$ 25 milhões do furto –, foi levado por dois homens da porta de uma boate, na zona sul de São Paulo, assim que desceu de sua caminhonete cabine dupla. O bandido ficou seqüestrado até que sua família depositou o resgate de R$ 2 milhões aos agentes paulistas. É este o setor policial que deveria investigar a quadrilha. O assaltante foi encontrado morto dias depois. Um inspetor de polícia e um escrivão foram presos e encaminhados para a penitenciária da Polícia Civil Ataliba Leonel.
Lá, podem receber visitas a qualquer hora, usam laptops de última geração, têm televisores tela plana e alimentação vinda dos principais restaurantes paulistas. Coisa para gente fina.

Tráfico, Milícia e “Polícia Bandida. Há diferença?

24/07/2008 - 10h38
Tráfico, Milícia e “Polícia Bandida. Há diferença?
Vejam a semelhança entre estas três forças do crime no Rio de Janeiro
Vamos procurar demonstrar de maneira direta que não há nenhuma diferença entre estas três “categorias” de agentes do crime. Exemplos concretos não faltam e então, vamos lá.

Na comunidade da Carobinha, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, palco de uma série de ações recentes da Polícia Civil no combate à milícia “Batman”, o cenário serve para ilustrar um exemplo.

O primeiro, em 2004, quando a facção criminosa Amigos dos Amigos, o ADA, dominava o tráfico de drogas na comunidade um amigo deste jornalista foi verificar a possibilidade de uma candidata a vereadora fazer campanha na comunidade. E lá foi ele encontrar-se com o que ele acreditava serem as lideranças do local.

Este amigo, ao chegar ao local e perguntar pela pessoa a quem ele devia procurar foi surpreendido ao ser informado por uma pessoa da Associação de Moradores: “ Ah... ele é gente boa... é PM...”. E levou – o até uma casa.

Meu amigo então se viu em meio a uma reunião com cinco pessoas que se apresentaram como PMs e ex-PMs e que dominavam o tráfico de drogas, pedágio de kombis, venda de gás e que cobraram um preço para que a candidata pudesse fazer campanha eleitoral na Carobinha.

Nosso amigo , o mais rápido que pode, desvencilhou-se daquela reunião sinistra e foi embora, mas não sem antes ouvir: “Aqui é super tranqüilo. O antigo presidente da associação... nós cortamos a cabeça dele e colocamos em cima de uma mesa de sinuca na entrada da favela para todo mundo ver quem manda aqui...”. É assim que age a “Polícia Bandida”.

Pulamos daqui para Copacabana, em pleno coração da charmosa Zona Sul carioca. Ali, tempos atrás o traficante conhecido por “Caju”, oriundo da favela do Dique, na Baixada, mas que dominava o tráfico no Complexo do Pavão/Pavãozinho/Cantagalo manda seus “soldados” capturarem um usuário de drogas da classe média do bairro que vendia drogas para ele em uma “estica” nas ruas do bairro e que lhe devia dinheiro e manda que o corpo do jovem de 21 anos seja esquartejado e espalhado pelas ruas da “Princesinha do Mar”... . É assim que age o tráfico.

E para terminarmos, vamos às tristemente famosas milícias. O cenário agora é a favela Kelson’s em Bonsucesso (aliás, hoje sob o domínio do tráfico). Ali a milícia auto-intitulada “Liga da Justiça” tinha entre seus integrantes uma figura conhecida pelo prosaico e temido apelido de “Jorginho Moto-Serra”... . O motivo? Óbvio. O “Senhor Moto-Serra” era o encarregado pela milícia, composta em sua maioria por PMs ( hoje já ex-PMs porque foram expulsos da Corporação), de esquartejar os traficantes, assaltantes e desafetos da milícia que fossem capturados na favela Kelson’s. É assim que age a milícia.

Viram alguma diferença? Eu não.

Hoje é indefensável a presença de qualquer um destes braços do crime nas comunidades de baixa renda no Rio. A única solução aceitável pela sociedade é a presença do Estado por inteiro, mas..., por enquanto quem manda lá são eles.

Diferentes, mas nem tanto... .
Fonte:
Tráfico, Milícia e “Polícia Bandida. Há diferença? - Coluna por Segadas Vianna - VoteBrasil

Policial Bandido ou Bandido Policial?

Policial Bandido ou Bandido Policial?

Bandido Policial ou Policial Bandido? Às vezes me pergunto se somente eu sofro com esse dilema. Serei só eu? Acredito sinceramente que não e mais me assustam os que possuem essa resposta: serão oportunistas ou enganados como nós.

Mais um caso de violência na bela São Sebastião do Rio de Janeiro, mais um de proporções internacionais, mais dois com vítimas, mais três com requintes de crueldade, mais quatro que criam revolta, mais cinco sem resolução, mais seis sem explicação, mais um. Será que no primeiro dia de Março de hum mil seiscentos e sessenta e cinco se imaginava que aquela vila que estava sendo fundada no belo litoral brasileiro passaria por tamanha humilhação? Continuo acreditando que não. Bandido Policial ou Policial Bandido?

O brasão imponente da cidade traz o saudosismo de uma época que não faço a mínima idéia de como foi. A coroa remete ao status de cidade-capital, o escudo português em campo azul é o símbolo da lealdade os ramos são vitória e força, os golfinhos são o mar, o barrete frígio é o símbolo dos republicanos, além das setas que suplicaram São Sebastião. Não nos deixam dúvidas de que essa cidade não nasceu para viver em vida (me perdoem a redundância) o pesadelo de noites mui mal dormidas. Bandido Policial ou Policial Bandido?

Deflorar palavras sobre os bandidos de carteirinha não me agrada, mas em relação a polícia bandida me pergunto: qual foi o capítulo que perdi? Um policial bandido quando ingressa na corporação jura: “(...) preservação da ordem pública (...)”, me permitam os policiais bandidos militares por utilizar frases da sua própria missão. Chama-me muito a atenção: “(...) aumentando a sensação de segurança da população (...)”. Mais uma vez, qual capítulo eu perdi? “(...) Criando com os cidadãos uma relação de confiança e respeito mútuo, em conformidade com os princípios éticos e legais”.

Para mim pouco importam quanto ganham, seus problemas de infância, seus chefes corruptos, a insalubridade do seu serviço e ainda os plantões de duzentas horas. O que me importa é uma resposta simples e objetiva: foram obrigados a serem policiais? Se a resposta for negativa, o mínimo que se espera é o cumprimento do juramento e da missão aos quais se propõem e se não o fizerem, que sofram as penalidades devidas. Só isso.

Entre os valores da corporação temos: “Orgulho de ser policial”, “Uso gradativo da força”, “cordialidade” etc. Nunca fui parado cordialmente em uma blitz, aliás, morro de medo de blitz. Bandido Policial ou Policial Bandido?

Noite de terça-feira (vinte e nove de novembro), linha de ônibus 350 – Passeio / Irajá – motivados pela ação de policiais bandidos, bandidos policiais entram em um ônibus e jogam gasolina nas pessoas e no ônibus, matam cinco e saem rindo e desafiando os policiais bandidos. Enquanto a policia bandida chega ao local do crime, que de tão hediondo traz a revolta de outros bandidos policiais. A comunidade vibra com a reação ao crime. Reação de quem? Policiais bandidos ou bandidos policiais?

A ação de proteger a população está na mão de quem? Policiais Bandidos ou Bandidos Policiais?

E o judiciário... Outro capítulo.
Fonte:
Rumo ao Cap: Policial Bandido ou Bandido Policial?

Por que a polícia bate e espanca qualquer cidadão?


Por que a polícia bate e espanca qualquer cidadão?

Abaixo, postei o teor de um e-mail que recebi através do formulário de contato. Sugiro que todos leiam e façam uma reflexão. Se quiserem, podem usar o campo de comentários no final da postagem para opinar sobre o assunto.

Senhor José Ricardo Supérbi Monteiro,

Eis que descobri o seu blog Por que a polícia bate e espanca qualquer cidadão?nas minhas andanças pela Internet.Por que a polícia bate e espanca qualquer cidadão? Resolvi então fazer alguns comentários, principalmente baseado na sensibilidade que a sua pessoa demonstra ter através da sua página. Já tenho quase setenta anos e durante toda a minha vida me questiono sobre um comportamento policial que me mantém com verdadeiro pavor de polícia: Por que a polícia bate e espanca qualquer cidadão?

Veja, graças à Deus sou uma pessoa que nunca em minha vida tive qualquer envolvimento com policiais, mas já presenciei cenas que me tiram o sono. Por acaso a polícia tem procuração do Estado para tal?

Não tenho ligação com nenhum órgão ligado à Direitos Humanos, que por sinal os considero verdadeiros hipócritas, mas, sinceramente, eu não me conformo com essa postura policial em, por qualquer motivo, agredir fisicamente qualquer cidadão, seja lá por que for. A polícia não tem esse direito, afinal, nós os cidadãos de bem é que lhes damos emprego, que, quando aceitos, os fazem conscientes da realidade que os esperam.


Sei que vou morrer e não vou ter o privilégio de ouvir que essa maldita cultura terminou, mas, confesso, tremo de medo quando vejo um policial vir em minha direção, porque logo imagino: Será que vou ser a próxima vítima?

O assunto é extremamente polêmico, eu sei, e se eu fosse escrever tudo que penso sobre o assunto, talvez mil páginas seriam pouco. Não me queira mal, estou sendo tão somente sincero e gostaria de terminar com meu principal e pessoal pensamento sobre polícia no Brasil, que infelizmente jamais será aceito.

O NOSSO PAÍS SÓ TERA PAZ POLICIAL QUANDO ESTA FOR ÚNICA!

O CONFLITO ENTRE AS VÁRIAS POLÍCIAS SÓ PREJUDICA O CIDADÃO!

O EXCESSO DE VAIDADE ENTRANHADO NA MENTE DAS VÁRIAS POLÍCIAS É EXTREMAMENTE NOCIVO.

Um abraço, M.J.S
Fonte:
UNIVERSO POLICIAL

quarta-feira, 19 de maio de 2010

chacina da Candelária...


Dez anos da chacina da Candelária
Por Artigo (Maria Eduarda Mattar) Cartum (Latuff) 23/07/2003 às 20:07

Artigo escrito por Maria Eduarda Mattar. Visite também
"A Polícia Mata!", ensaio de cartuns hospedado pelo Movimento Tortura Nunca Mais de Pernambuco:
http://www.torturanuncamais.org.br/mtnm_mil/mil_eventos/latuff/eve_latuff01.htm
CMI Brasil - Dez anos da chacina da Candelária

Chacina da Candelária

CANDELÁRIA, 10 ANOS DEPOIS


Maria Eduarda Mattar
Brasil, junho de 2003.


De um total de 72, oito morreram. Os tiros foram disparados por policiais militares - em sua maioria - e civis que pertenciam a grupos de extermínio. As vítimas dormiam e, por isso, não tinham como reagir. O motivo certo não se sabe, mas existem sérias indicações de acerto de contas ou de eliminação pura e simples. A data era 23 de julho de 1993. Foi nessas condições que aconteceu a chamada Chacina da Candelária, crime que chocou a opinião pública nacional e internacional, não só pelo fato de ter sido cometido contra crianças e adolescentes - algo que por si só assusta e deflagra a ação de defensores dos direitos humanos -, mas pela crueldade e frieza dos assassinos, que atiraram enquanto as vítimas dormiam, nas proximidades da Igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completava, então, três anos de existência, e se a nova lei - marco na defesa dos direitos da infância e da adolescência - ainda estava sendo devidamente assimilada e incorporada por organizações da sociedade civil e por educadores, não chegava nem perto de ser entendida pelos policiais que agiram na noite de 23 de julho. Para uma polícia pouco preparada, noções sobre direitos de crianças e adolescentes - ainda mais quando estes são pobres, alguns infratores, e vivem nas ruas - são como língua estrangeira. Ainda hoje as polícias não estão preparadas para lidar com os conceitos que a lei estabelece para o atendimento à infância e à adolescência.

A verdade é que pouco se sabe sobre o motivo exato pelo qual oito meninos morreram naquela noite. Poderia ter sido puro extermínio endereçado àqueles que cometiam algum tipo de infração, por parte de policiais descontentes. Pode, também, ter sido represália pelo fato de um dos garotos ter atirado pedras contra um policial militar (versão que foi a aceita e considerada durante o processo judicial que se seguiu ao crime). Mas o que a grande mídia se furtou de dizer é que a corrupção policial teve grande peso no que aconteceu. "Eu sempre falei, mas ninguém nunca noticiou. A grande verdade é que os policiais foram lá matar um dos meninos - um dos mais velhos - que não havia repassado para um dos PMs a porcentagem do que ele tinha vendido de drogas", acusa a artista plástica Yvonne Bezerra de Mello, que ficou conhecida como uma das únicas pessoas a dar apoio aos meninos antes e depois da chacina.

Ela acusa com conhecimento de causa: já vinha realizando atividades com eles três anos antes dos assassinatos. "Eu vinha denunciando diversas coisas, antes mesmo da chacina, mas ninguém nunca fez nada", relata. Hoje, Yvonne lidera o Projeto Uerê, o qual classifica como um lugar "onde se faz revolução mental para mudar o Brasil". A intenção do espaço é proporcionar uma educação alternativa e especial, preventiva do ato infracional e da violência doméstica voltada para crianças e jovens em situação de risco social.

Seja por drogas, por ódio, por dinheiro ou por pura intolerância, o fato é que naquela noite morreram oito crianças e adolescentes - que podiam ou não ter a ver com o motivo do crime, que podiam ou não estar envolvidas com venda de drogas ou outros delitos. Embolados que estavam - afinal, era pleno inverno - foi atingido quem estava na frente. Morreram sem julgamento e sem possibilidade de defesa. É isso que faz do caso um claro e direto atentado aos direitos humanos e aos direitos das crianças e adolescentes que o ECA tanto queria consolidar na sociedade.

Um dos meninos foi atingido e sobreviveu. Wagner dos Santos, que hoje em dia vive na Suíça, protegido depois de receber ameaças, chegou a testemunhar no processo criminal que indiciou sete policiais, entre militares e civis. Logo após a chacina, foram alvo de processo o ex-PM Marcos Vinícius Emmanuel e os policiais militares Jurandir Gomes de França, Cláudio Luiz de Andrade dos Santos e Marcelo Cortes. Mais tarde, em 1996, Nelson Oliveira Cunha confessou ter participado do crime e acusou Marco Aurélio Dias Alcântara, Arlindo Lisboa Afonso Júnior e Maurício da Conceição, conhecido como "Sexta-Feira 13". Hoje em dia, o ex-PM Marcos Vinícius Emmanuel cumpre pena de 300 anos de reclusão, em regime fechado. O último julgamento que recebeu, no 2º Tribunal do Júri do Estado do Rio, aconteceu em 27 de fevereiro deste ano. Nelson Oliveira dos Santos Cunha foi condenado por tentativa de homicídio, pela qual cumpre 18 anos de reclusão. Arlindo Afonso Júnior ainda não foi julgado pelo Júri Popular. Marcos Aurélio Dias Alcântara foi condenado por oito homicídios e cinco tentativas de homicídio e cumpre pena de 204 anos. Marcelo Ferreira Cortes, Cláudio Luiz Andrade dos Santos e Jurandir Gomes de França foram julgados e absolvidos por tribunal de júri popular. Sexta-Feira-13 foi assassinado antes do julgamento e posteriormente seria comprovada sua participação no crime.

Apesar de aparentemente a Justiça ter feito sua parte, alguns erros são apontados. Um deles, levantado por Yvonne, é o fato de que dois rapazes que assistiram ao crime não foram usados como testemunhas de acusação. Motivo: eram homossexuais e isso os desabonou. Outro ponto que poderia ser melhor apurado: a própria Yvonne não testemunhou. Ela que, pela familiaridade e pelo tempo de trabalho com os meninos, tinha muitas informações, coletadas junto a eles próprios, para repassar. Para a pedagoga Cristina Salomão, da Associação São Martinho - entidade que atua em diversas frentes para ressocializar e prevenir que mais crianças vão para as ruas -, as falhas no processo judicial deste caso servem para "perpetuar certas questões, como a impunidade que está presente em todas as esferas da sociedade brasileira". Na época da chacina, Cristina coordenava a Casa das Meninas, programa do governo estadual voltado especificamente para garotas que viviam nas ruas. Cristina conta que a primeira sensação é a de "dor, por ver crianças e adolescentes tão maltratados". Já Yvonne relata a perspectiva dos meninos envolvidos diretamente no episódio. "Eles estavam revoltados, pois todos sabiam que mais dia, menos dia aquilo ia acontecer", diz.

Lições não aprendidas

A chacina serviu para trazer à tona uma triste realidade da época: a preparação, técnica ou conceitual, das polícias não era compatível para lidar com as crianças e os adolescentes que viviam nas ruas. E o atendimento a esses meninos e meninas por parte dos governos municipal e estadual era ineficiente - afinal, eles continuavam preferindo ficar nas ruas a fazer uso das poucas alternativas que existiam.

O mais triste: hoje em dia, pouca coisa mudou. Nos primeiros dois a três anos após o crime, com a atenção da mídia, de ONGs de direitos humanos e da opinião pública, algumas iniciativas foram tomadas, como a criação de abrigos. Porém o choque geral da famosa Chacina da Candelária não se traduziu em mudanças práticas e eficientes. Tanto que agora, quase dez anos depois do ocorrido, muitas são as possibilidades de que aconteça algo nos mesmos moldes, com a mesma dimensão. Para se ter uma idéia, Yvonne Bezerra de Mello contou informalmente, há duas semanas, o número de meninos dormindo nas ruas do Rio de Janeiro, desde a Central do Brasil (no Centro) até o Leblon (zona sul). "Havia mais de 250; só nas imediações da Candelária estavam cerca de 45", relata.

Talvez a única transformação positiva tenha sido apenas a maior mobilização da sociedade civil. Diversas ONGs surgiram neste contexto, algumas especificamente para tratar da questão da infância e da adolescência ou para tentar botar o ECA em prática. Além disso, atualmente existe, no âmbito municipal, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), que conta com representantes de instituições da sociedade civil ligadas ao tema. Os novos membros do CMDCA estão tomando posse nesta sexta-feira, dia 27.

Cláudia Cabral, diretora-executiva da Associação Brasileira Terra dos Homens (ABTH) e uma das pessoas eleitas, ao comentar sobre o pouco aprendizado retirado do episódio trágico da Candelária, tece críticas à atuação que os governantes vêm tendo há décadas. "A cultura política, a forma como os nossos políticos gerenciam as ações nessa área, deveria ter mudado e não aconteceu como deveria. É uma questão cultural muito difícil. A escolha das pessoas que ficarão a cargo dos programas na área é muito mais política do que baseada na competência da pessoa para tratar daquele tipo de assunto", aponta ela. Isso, segundo Cláudia, faz com que, primeiro, as políticas implementadas não sejam elaboradas por indivíduos que conhecem as necessidades reais e, segundo, provoca falta de continuidade das ações, modificadas a cada novo governo. Para Cristina, da São Martinho, "não temos política de segurança e de atendimento eficazes. A lição mais dura é que nada mudou".

Não só as políticas públicas e sistemas de atendimento precisam de aprimoramento. A própria atitude da sociedade para com as crianças e adolescentes recrudesceu. Em parte por que a violência, de uma maneira geral, aumentou no país, e o Rio de Janeiro não ficou atrás. Em parte porque muitos meninos e meninas são, sim, autores de pequenos delitos e infrações. Porém podem ainda ser recuperados, e é isso que a sociedade não enxerga com clareza. Não vê que a sua atitude - a de alijar essas crianças - só contribui para que eles acabem ficando cada vez mais à margem da sociedade. Ou seja, em outras palavras, a atitude das pessoas frente aos adolescentes e às crianças que moram nas ruas contribui, sim, para o agravamento da situação.

Pedro Roberto Pereira, advogado do Centro de Defesa da São Martinho, enxerga isso como um hiperdimensionamento. "Na maioria das vezes, os garotos são mais vítimas do que autores. Você pode ver isso nas estatísticas. Aqueles que cometem crimes não cometem, na maioria das vezes, crimes mais graves. Normalmente são delitos menores, como roubos e furtos", explica Pereira. De acordo com dados de um levantamento feito pelo IPEA, em parceria com outras entidades, nas instituições de privação de liberdade, roubo foi o delito praticado por 29,5% dos 10 mil meninos; furto foi a infração de 14,8% dos garotos e 8,7% traficaram drogas. Somadas as porcentagens destes três tipos de delitos, que não atentam contra a pessoa, representam 53% das infrações.

Cláudia acredita que, por desconhecerem esses dados, as pessoas tem reações extremadas. "A população tem reagido de duas formas: ou dá esmola, ou fecha o vidro do carro. Em outras palavras, ou têm pena ou medo", define Cláudia. Para ela, seria preciso que a sociedade se engajasse mais, entendesse melhor a situação, pois a mazela acaba sendo de todos e atingindo o conjunto. Cristina, da São Martinho, acredita que parte da responsabilidade por essa atitude fria da sociedade é da mídia, que não mostra que existem alternativas, que há projetos para essas crianças e esses adolescentes.

Enquanto a maior parte da sociedade não muda e os governos tampouco, essa conjunção de fatores vai formando, em silêncio, condições para que as tensões se acirrem e novos confrontos aconteçam, com uma característica tão previsível quanto desanimadora: os motivos, os métodos e os desfechos continuam os mesmos de dez anos atrás. Assim, novas "chacinas da Candelária" poderiam acontecer? Cristina acredita que sim, e vai além: "Já estão acontecendo, de forma silenciosa, talvez não com o volume e o impacto daquela, mas estão ocorrendo". Ela exemplifica contando o caso do garoto Wallace, que era atendido pela São Martinho. Em janeiro, ele foi assassinado na Lapa com um tiro pelas costas, disparado por um PM que queria o dinheiro que Wallace levava consigo. Yvonne também acredita na ocorrência de mortes silenciosas e inexplicadas de crianças e adolescentes que vivem nas ruas. "Acontecem pequenas chacinas a todo momento. E elas são vítimas em igual intensidade, tanto de policiais quanto de bandidos".

Ou seja, a situação precária e desamparada na qual meninos e meninas de hoje se equilibram para chegar pelo menos até o dia seguinte é praticamente a mesma que os garotos que dormiam na Candelária experimentavam em 1993. Talvez os meninos e as meninas de agora pudessem contar com aqueles que há dez anos eram crianças e adolescentes e que hoje poderiam dar conselhos sobre como sobreviver não a dias, mas a anos nas ruas. Ou, quem sabe, poderiam aconselhar sobre como sair delas. Porém, a vida não reservou sorte para a maioria dos meninos que sobreviveram àquela noite de sangue em frente à igreja: um levantamento feito por Yvonne há dois anos revelou que 39 deles já haviam morrido, todos por morte violenta, nas avenidas e vielas da cidade. Talvez o mais espetacular desfecho tenha sido o de Sandro do Nascimento, que seqüestrou o ônibus 174, no bairro do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, no dia 12 de junho de 2000. Ele terminou o dia morto dentro do camburão que deveria levá-lo para a delegacia. O episódio também recebeu grande atenção da mídia, e de novo se discutiu a formação e as perspectivas apresentadas a crianças e adolescentes que vivem nas ruas, as formas para saírem dessa situação e para exercerem sua cidadania. Mais uma vez esses debates ficaram esquecidos pela sociedade poucos anos depois do que o fato ocorreu. E vão continuar esquecidos até que um novo episódio aconteça na cidade que não soube cuidar ou rezar pelos mortos em frente à igreja.

http://www.torturanuncamais.org.br/mtnm_mil/mil_eventos/latuff/eve_latuff01.htm

http://www.torturanuncamais.org.br/mtnm_mil/mil_eventos/latuff/eve_latuff01.htm

policia assassina um professor em Roraima!



http://passapalavra.info/?p=13593

3 de Outubro de 2009

Não dá para acreditar na versão da polícia e da imprensa. Temos plena convicção de que eles próprios atiraram nele. Não acreditamos que o professor Chrystian Paiva tenha cometido suicídio. Por Moésio Rebouças e Adriana Gomes

“Nem o governo, nem pistoleiros, nem esses bandidos todos não vão conseguir acabar com a gente. Nosso povo nasceu índio, nasceu cheio de coragem, nasceu guerreiro!”
Tumbalalá

De coração partido informamos que o companheiro e amigo Chrystian Paiva, que tive a oportunidade de conhecer em Santos (SP), em meados da década de 90, de conviver, trocar idéias, compartilhar sonhos e lutas, morreu neste domingo (18), aos 34 anos, sob circunstâncias mui suspeitas, num balneário na cidade de Boa Vista, em Roraima, estado onde a taxa de mortalidade por homicídio é uma das mais altas do Brasil. Deixou dois filhos, Lennon e Gaia. E vários companheiros e companheiras, amigos e amigas. Foi enterrado ontem (20) em São Paulo, na capital.

Segundo a versão da polícia divulgada nos jornais locais ele se suicidou. Mas sua companheira, Adriana Gomes, diz que não acredita na versão oficial de que Chrystian tenha cometido suicídio.

Hoje (21) pela manhã, por telefone, ela disse indignada e aos prantos: “Nós simplesmente saímos para nos divertir com uma amiga dele que havia vindo de São Paulo nos visitar. Saímos todos juntos (Chrystian, sua amiga e eu). Nenhuma de nós duas estávamos próximas dele [na hora da morte uma estava dormindo e a outra estava tomando banho no rio]. Entramos em estado de choque, fomos maltratadas [moralmente] pela polícia, ela mais do que eu, pois ela chegou antes de mim e ficou detida. Não dá para acreditar na versão da polícia e da imprensa. Tenho plena convicção de que eles próprios atiraram nele, ele estava machucado no rosto, a mão esquerda estava machucada também. As testemunhas falam coisa com coisa e ninguém diz o que aconteceu, outros falam que os policiais atiraram nele. Não sei direito o que fazer, eu morri junto com ele, tudo um grande desastre, mas queria que me ajudassem. Estou meio transtornada”.

Em 15 de fevereiro de 2009, Chrystian comentou no blog do Movimento de Organização dos Trabalhadores em Educação (MOTE): “Componho e apoio o MOTE. Apesar de afastado por motivo de saúde, e não poder participar ativamente da luta. Tenho sofrido perseguição, desconto de salário indevido, humilhações, enfim, tudo aquilo que sofre um professor nesse estado. E tudo depois de ter lutado com unhas e dentes em uma greve que resultou nesse aumentozinho miserável e não mudou a estrutura do sistema em nada… Sinto vergonha quando encontro colegas do interior que me informam que a situação está pior, muito pior… Alguns me cobram, confundindo minha figura com a do sindicato… cansei de ouvir “vocês esqueceram-se da gente… e aquele monte de coisa, ar condicionado, melhoria das escolas, etc, etc…”. Um companheiro de Mucajaí recentemente afirmou que as escolas que fotografamos continuam na mesma, acrescido, agora, da infestação por ratos… Pois bem, as escolas de ficção continuam, a merenda ruim ou inexistente continua, o assédio moral continua, a ditadura dos diretores e sua incompetência continuam, as doenças do trabalho continuam, as salas com 45 graus continuam, as progressões mal pagas continuam. Até quando agüentaremos calados todo esse inferno? Será que lutar por mais 10 ou 15% é o que basta?”.

Além da luta na educação, dos professores, eles também estavam envolvidos no movimento contra a implantação da indústria da cana-de-açúcar em Roraima, pela Biocapital, empresa paulista recém-instalada naquele estado e que deseja montar a maior usina de etanol da região amazônica. Esta empresa possui uma grande usina de biodiesel em Charqueada (SP), no interior paulista, que funciona exclusivamente com sebo bovino e tem sua cadeia produtiva manchada por crimes trabalhistas e ambientais.

Na floresta amazônica, terra cobiçada por grandes interesses obscuros e inescrupulosos - um conluio de fazendeiros, empresas e políticos -, há anos o poder promove a violência, reprime e assassina, indígenas, populares, trabalhadores sem terra, ecologistas, todos e todas que lutam incansavelmente pela Vida Plena. Há anos o capital explora e destrói a Natureza, a diversidade da Vida naquela região. São anos de ganância, arrogância, humilhações, imposições, impunidades, injustiças… São tantos anos de “terrorismo” democráticodemercadomidiático!

Não tenho mais palavras, só dor. Até mais, companheiro!

Passe a voz… selvagem e afiada… no fazer e no andar.

Moésio Rebouças

* * *

Não acreditamos que o professor Chrystian Paiva tenha cometido suicídio. Meu nome é Adriana Gomes, sou Professora efetiva do Estado de Roraima, e era companheira do historiador formado pela Universidade de São Paulo (USP), professor, poeta, escritor, musico, compositor e anarquista Chrystian Paiva. Desde fevereiro de 2009, durante os quase dois anos que esteve no Estado de Roraima lutamos juntos no Sindicato dos Professores (SINTERR).

No dia 17 de outubro, sábado, saímos com uma amiga libertária que veio do estado de São Paulo nos visitar, e fomos ao balneário Caçarí que fica um pouco isolado na cidade de Boa Vista, capital do Estado de Roraima. Tínhamos uma arma utilizada para nos defendermos, levamos para o passeio dentro de uma mochila, o estado é isolado e o poder está nas mãos dos latifundiários, as relações são coronelistas, e esses coronéis fazem suas próprias leis, eles são a lei, então usávamos a arma como precaução e auto-defesa. Passamos a noite do dia 17 e quando amanheceu, domingo (18), percebemos que havíamos trancado a chave dentro do carro e começamos a pedir ajuda. Enquanto esperávamos ajuda conversávamos com várias pessoas e o Chrystian estava bem, aproximadamente às 10h me afastei alguns metros do local e deitei embaixo de uma árvore a fim de descansar e dormi.

chrys-1Aproximadamente às 11h, o Chrystian foi bruscamente abordado por uma guarnição da Polícia Militar, sob o comando do Subtenente Machado, e sem nenhum indício anterior que tivesse intenção de cometer suicídio em um balneário movimentado, em plena luz do dia. A polícia em sua versão disse que o mesmo cometeu suicídio. As testemunhas são controversas, Chrystian era destro e a bala que perfurou a sua cabeça entrou do lado esquerdo, a mão esquerda estava machucada, assim como estava com hematomas e arranhões no rosto. Tudo leva a crer que não teve como se defender, e se tivesse como se defender com uma arma de fogo não atiraria na própria cabeça na frente de policiais militares. Não acreditamos na versão oficial da imprensa e da polícia de que Chrystian tenha cometido suicídio.

O Professor Chrystian era anarquista aguerrido, com quase dois anos residindo em Roraima mobilizou os professores do Estado para lutar contra as más condições da Educação, o coronelismo autoritário implantado pelo Estado nas escolas e a política pelega do Sindicato dos Professores.

Passávamos noites juntos com ele enviando e-mails, criamos o MOTE, e como todo bom anarquista era apaixonado pelos seus ideais e ação direta. Colecionava um grande histórico de lutas de repercussão nacional e internacional empreendida no estado onde nasceu, São Paulo, e era punk desde os 12 anos. Ficamos indignados em saber que um companheiro de luta tão importante para o movimento tenha sido vítima de uma ação de policiais truculentos, e queremos vingança.

Vamos lutar o mais que pudermos para responsabilizar os verdadeiros culpados, pedimos a ajuda de todos os amigos e companheiros de luta para divulgação regional, nacional e internacional do ocorrido.

Adriana Gomes (Professora formada na Universidade Federal de Roraima (UFRR), especialista em História Regional)
Quarta-feira, 21 de outubro de 2009, Boa Vista, Roraima, Brasil

* * *

Quando morre um anarquista
Se quebra uma lança
Uma flor seca
Choram os homens íntegros

Quando morre um anarquista
Algo se apaga
O ar desaparece
Se reúnem as estrelas
E o acompanham
Na última viagem

Quando morre um anarquista
A liberdade perde força
A justiça se afasta
A poesia se quebra
Adoece a esperança.

Quando morre um anarquista
Todos os párias do mundo
Morrem um pouco

A. Jimenez
agência de notícias anarquistas

Rosas
Umas rosas distantes
Nasciam pelo concreto
E como erva - dano se perdiam
A um tempo em que se esbanjavam os dias

Estas flores, mortas de há muito
Cuidam de estar vivas, moribundas
Em determinado lugar defunto
Que nada sabe sobre tempo

Ontem apaguei certas luzes,
Definitivamente,
E elas vieram atrás de mim,
Ignorantes,
Não sabiam que eu não mais era jovem

As luzes se apagaram de vez
As rosas se retorceram secas
O tempo tornou ao seu lugar
E busco incrédulo crer
Que rosas defuntas não vivem
Assim como luzes queimadas
Não se acendem

Chrystian Paiva (2007)
policia assassina um professor anarquista em Roraima! - louvadeusa - Software Livre Brasil

http://www.outubrovermelho.com.br/



Chega de chacina, polícia assassina!


Janeiro, 2009
Por Ali Rocha e José Andery, pelo Tribunal Popular

tribunal-popular_logoEm pleno processo de Fórum Social Mundial (FSM) a violência estatal contra jovens pobres e negros da região metropolitana de Belém (PA), só fez crescer. Conversamos com a ouvidora do Sistema de Segurança Pública do Estado do Pará, Cibele Kuss, que está à frente do órgão desde meados de 2007, e vem notando um aumento expressivo na letalidade policial desde o início deste ano. Entre as causas do problema ela aponta a política de enfrentamento defendida abertamente pelas autoridades de segurança do estado, a apologia a essa prática feita pela grande imprensa e o apoio da sociedade ao uso da violência no combate à criminalidade.

A ouvidoria está acompanhando em torno de 13 homicídios ocorridos nas primeiras seis semanas de 2009 e 90% dos casos apresentam características de execuções sumárias. Cibele vê uma verdadeira criminalização da pobreza já que todas as vítimas executadas moram em bairros de periferia. Ela defende que os órgãos de controle, a sociedade civil e os movimentos sociais trabalhem em conjunto para que um outro mundo seja, de fato, possível.

Você disse que o número de denúncias teve um aumento expressivo desde que assumiu o cargo na ouvidoria?

“Sim, tivemos um aumento de 300% nas denúncias, mas o que mais nos assusta é o aumento dos casos de letalidade. Você tem gerações inteiras de policiais militares e civis formados nessa perspectiva de que bandido bom é bandido morto. Aí vem os secretários de segurança pública, os comandantes, os delegados gerais, falando abertamente que a nossa política é repressiva e de tolerância zero. Imagine o que um praça com uma arma na mão, recém saído de seu treinamento, vai fazer com essas armas. Ele está ouvindo tolerância zero, repressão ao crime, imagina… a primeira oportunidade que ele tiver, por uma questão até mesmo de falta de preparo, ele vai acabar cometendo homicídios. Então essa é uma preocupação muito grande.”

Qual o caso recente que você considera mais emblemático?

“Um deles é a Chacina de Curuçambá. A poucos dias do início do FSM um cabo da policia militar foi assassinado durante um assalto em Ananindeua, bairro da periferia de Belém. A PM montou uma operação na área para encontrar os assassinos do policial. Cinco pessoas acabaram mortas na operação, que recebeu o nome de “Reação”. Eles não conseguiram nem mascarar o propósito dessa operação”.

Como a imprensa se posiciona em relação a essas mortes?

“Aqui no nosso estado esses jornais aqui cujas páginas policiais são um derramamento de sangue extremamente sensacionalistas, fazem uma apologia diária à letalidade porque as manchetes são sempre positivas no que diz respeito a letalidade, dizendo coisas como “Mais um bandido fora de circulação”. Então dá a entender que a única forma de acabar com o crime é através da letalidade. E a imprensa acaba reforçando essa tese de que quando um policial mata uma pessoa, se ela for assaltante ou se ela tiver antecedentes criminais, está legitimado.

Esses criminosos, na verdade, deveriam ser presos e julgados…

“Sim, isso só aumenta a violência, pois se alguém que tem envolvimento com o crime sabe que não vai passar por um processo jurídico normal, que não vai ser preso, que não vai responder um processo, é óbvio que a letalidade deles também vai aumentar. Você tem um fogo cruzado com um tentando matar o outro. O bandido querendo matar o policial e o policial tentando matar o bandido. E no meio estão todas as outras pessoas.”

E como é a investigação desses casos?

“Esses confrontos que aparecem diariamente nos jornais, que nós muitas vezes suspeitamos que aja envolvimento de policiais, raramente são investigados, porque os inquéritos quando saem das delegacias colocam normalmente um auto de resistência seguida de morte, então quando chega no judiciário o judiciário arquiva, porque o réu está morto. Não sai como homicídio… deveria sair como homicídio! Auto de resistência é uma coisa, tem um embasamento legal, mas auto de resistência seguida de morte é uma invenção da policia para realmente mascarar as execuções ocorridas e isso é realmente muito comum. Para impossibilitar a perícia e dificultar ainda mais as investigações os policiais violam a cena do crime, retirando o corpo mesmo quando a pessoa já está morta, colocam dentro da viatura e levam para o hospital e desaparecem com as armas e balas.”

E qual o papel da sociedade civil nisso tudo?

“Primeiro nós temos que conscientizar a sociedade em geral de como funciona esse jogo das execuções sumárias, e de como nós somos coagidos também e de como nós somos levados a acreditar que aquilo realmente foi um confronto porque como aparece muitas vezes na imprensa é que foi um confronto, mas, as pessoas em geral não sabem como funciona isso. O outro grande desafio está nesse processo de monitoramento dos casos de letalidade. Esse monitoramento é responsabilidade da sociedade civil também. Ela deve se organizar e dizer pros corregedores, pro judiciário, “Olha, nós estamos aqui acompanhando estes casos e nós queremos que essa investigação seja feita com transparência”.

E as vítimas dessa letalidade policial são em geral homens pobres e negros…

“E muito jovens, na adolescência ou início da fase adulta. E é realmente esse extermínio da população negra que é impressionante, esse eixo da cor é taxativo. Você identifica que são essas pessoas que estão mais distantes das políticas públicas de inclusão social. Elas são realmente as maiores vitimas. E são as mulheres que ficam viúvas, que ficam órfãs de filho, que vem procurar a ouvidoria. Na maioria das vezes são as mães que já tiveram outros filhos também assassinados pela policia ou mortos em algum outro tipo de crime, mas que é consecutivo, a historia dessas famílias é marcada por essa violência, por essas tragédias. É impressionante.”

Você acredita que o mesmo aconteceria se as vitimas fossem da classe média?

“Quando houve o assassinato agora recente de algumas pessoas cujas referências profissionais eram publicas – médico, procurador, você teve um apelo e um direcionamento muito grande da classe média – imprensa chamava para caminhadas, para passeatas pela paz, havia realmente uma pressão eu diria até financeira sobre o governo para que tomasse providências porque pessoas de bem morreram. Enquanto que todas as mobilizações que nós fazemos, quando há casos de violência contra crianças e adolescentes ou assassinatos de jovens da periferia, você tem realmente um abandono total. Aí a sociedade se manifesta mesmo com indiferença ou publicamente dizendo que estão ai defendendo os bandidos novamente.”

A nossa sociedade então está dividida em cidadãos de 1a e 2a classe?

“Isso ficou muito explicito. Muito explicito o quanto a classe média é hipócrita, e como as elites ainda tem o poder de conduzir os comandos da segurança publica no nosso estado. Devemos falar mais abertamente sobre essa hipocrisia de poder dizer que esses mandos e desmandos estão ligados a uma classe social muito branca, muito rica, muito detentora dessas cotas na política e que isso tem um reflexo muito grande mesmo na sociedade, a estigmatização de grupos, de pessoas, da juventude, principalmente da juventude negra e trabalhar mesmo em processos de formação, de capacitação da juventude”.

Como funciona o corporativismo na policia?

“É uma situação muito difícil também para os próprios policiais militares e civis que ainda possuem um pouco de dignidade e amor a farda, porque manter-se digno e fiel a essa profissão é um exercício diário de resistência, e nós temos que dar todo apoio para aqueles policiais que tem um envolvimento nesse compromisso. Nós tivemos casos aqui de policiais que nos procuraram dizendo que estavam sendo ameaçados pelos próprios colegas. Teve um policial militar cujo afilhado de 16 anos foi morto por policiais. Ele foi até o local do crime e por ter se recusado a cumprimentar os policiais que ali estavam, imediatamente depois passou a sofrer ameaças. Ele confessou que hoje tem mais medo da policia do que de bandidos e isso me chocou muito. Em outro caso, policiais foram acionados para impedir um linchamento de dois assaltantes por moradores da comunidade. Quando foram atender a ocorrência, descobriram que os dois rapazes haviam assaltado uma mercearia onde seus colegas de farda faziam bico de segurança e que teriam sido os próprios policiais a incitar o linchamento. Depois disso, passaram a ser perseguidos por esses colegas.”

O judiciário também contribui para a impunidade dos policiais?

“Os inquéritos já saem das delegacias com muita fragilidade e o judiciário não se manifesta em relação a isso, então obviamente nós vamos ter um resultado muito ruim. Muitas vezes a gente encontra promotores que solicitam no processo já de investigação que mude delegado, que fazem algumas articulações para que se coloque lá um delegado ou uma delegada que possa presidir esse inquérito, que seja uma pessoa menos comprometida, que tenha mais autonomia. Mas aí depende muito do comprometimento do promotor que está acompanhando aquele caso. E a isso a gente precisa dar valor. Mas na maioria dos casos não tem, o judiciário está completamente absorvido com a quantidade de processos que tem e devolve esses inquéritos para que aja uma melhor investigação. Muitas vezes nem identifica as falhas no inquérito. E acaba absolvendo os policiais.”

policiamata

E como o que a ouvidoria pode fazer sobre isso?

“A ouvidoria tem que ter um papel mais ativo no monitoramento da investigação dos casos. Em muitos casos que estamos acompanhando, estamos em diálogo direto com o promotor justamente pra fazer um trabalho em conjunto, para verificar como foi construído esse inquérito, quais foram as falhas encontradas e o que a gente ainda pode voltar atrás para verificar. Acho que esse é um trabalho fundamental da ouvidoria, se nós conseguirmos sistematicamente fazer esse tipo de coisa pelo menos nos casos mais emblemáticos, teremos um avanço.”

O que dizer de uma ouvidoria que recebe uma denúncia e simplesmente a encaminha para a corregedoria, sem fazer nenhum acompanhamento?

Aí vamos fechar as portas! Se a ouvidoria se reduzir a mandar um documento para a corregedoria, pode fechar a porta porque, para isso não precisa ter ouvidoria, pra isso qualquer pessoa pode fazer, se é só pra mandar um oficio solicitando, não tem função nenhuma. Nós temos que realmente monitorar. Isso significa sentar com o corregedor, isso significa ir até a delegacia, conversar às vezes com o delegado, perguntar que tipo de investigação é essa, porque muitas vezes a gente vai até a corregedoria e a pessoa encarregada pelo casos diz, “Não, mas eu fui lá, eu investiguei, eu fui lá, eu verifiquei”. Mas como é que as outras quatro pessoas viram coisas diferentes? Aí você fazendo contato com as pessoas envolvidas, vai tendo intuições e vai descobrindo coisas no decorrer dessa aproximação. A ouvidoria tem que ter proximidade das pessoas, dos casos, para conseguir contribuir.”

Muitas pessoas não fazem denúncias por receio de que nada será feito.

“É que essa situação se parece tão institucionalizada que as pessoas se vêem desestimuladas a denunciar, ou desistem no meio do processo, por acreditar que será uma perda de tempo. Mas um bom monitoramento dos órgãos de controle é essencial para trazer bons resultados. Temos que acreditar que é possível mudar esse quadro e apontar os erros e manipulações. É fundamental que a gente consiga identificar ao final do processo todo, que aquilo aconteceu porque essa ainda é uma prática, por esse ou aquele motivo. Se nós não dermos pelo menos visibilidade a isso, de que aconteceu esse resultado porque houve uma série de comprometimentos no decorrer, aí nós estaremos totalmente omissos”.

Você acha que uma polícia comunitária ajudaria a resolver o problema?

“Sim, eu acredito que esse programa de formação de segurança comunitária, de segurança cidadã, de policia comunitária tem um eixo temático muito interessante, eu acho que é realmente fundamental. Você inverte realmente a lógica daquele policial frenético, enlouquecido, com armas na mão dentro de um carro enlouquecidamente, sem se relacionar com ninguém, para um policial que realmente caminha, para tal da policia de proximidade. Mas pra que isso realmente aconteça você tem que ter uma conjuntura, um contexto preparado para isso, porque nas periferias e em algumas áreas as pessoas não querem essa policia. A classe média não quer essa policia, a elite não quer essa policia. A elite quer a policia que afaste as pessoas de perto delas, que afaste os pobres, que afaste aquele que chega para pedir alguma coisa, porque ela morre de medo de que alguém que bate no vidro do seu carro, vai assassiná-lo.

Os policiais continuam matando porque sabem que continuarão impunes?

“Temos que fazer uma série histórica de punições aos policiais violadores de direitos humanos. As punições exemplares são fundamentais porque repercutem internamente dentro das corporações. Elas tem uma força enorme de criar novos referenciais, de realmente instaurar uma política pautada na ética. Na maioria das vezes policiais infratores não são punidos nem administrativamente. Quando o são, uma semana depois já estão soltos e duas semanas depois já estarão divididos em outros lugares. Acho que esse é um grande desafio nosso, verificar que tipo de punição exemplar eles estão realmente fazendo.

O que se verifica aqui e acolá é alguma punição noticiada por algum órgão de imprensa, para afirmar que a o estado está punindo seus filhos. Mas e depois? Essas manchetes não tem fundamentação, são apenas manchetes para aquietar a sociedade civil organizada e para nos enganar.”

Alguma consideração final?

A classe média, a elite, tem medo das crianças nos faróis, nas paradas por ai pedindo. Acho que a gente tem que ter coragem de falar mais abertamente sobre isso. E de trabalhar mais pra autonomia dos nossos órgãos, para que eles realmente possam trabalhar mais numa perspectiva de que a política de segurança publica tem que ter equidade. Uma política de segurança publica que não tiver equidade, sempre vai matar mais juventude negra e fazer cada vez mais segurança privada e segurança nos bairros ricos.

Artigos semelhantes:

1. HELICÓPTERO CAI E POLÍCIA PROMETE O “TROCO” No sábado à tarde uma notícia dominou a imprensa:...
2. POLÍCIA VIOLA DIREITOS HUMANOS EM ACAMPAMENTOS DO MST NO PARÁ Divulgamos nota da Pastoral da Terra do Pará sobre violência...
3. Problema de Educação, problema para a Polícia Mais uma vez o governo Serra mostra como se deve...
4. SOBRE A INVASÃO DA PM NA USP! Hoje, dia 09 de junho de 2009, estudantes, funcionários e...
5. CARREFOUR E PM RACISTAS Divulgamos aqui o caso de racismo e violência que atingiu...

http://www.outubrovermelho.com.br/


HELICÓPTERO CAI E POLÍCIA PROMETE O “TROCO”

POLÍCIA VIOLA DIREITOS HUMANOS EM ACAMPAMENTOS DO MST NO PARÁ

Problema de Educação, problema para a Polícia

SOBRE A INVASÃO DA PM NA USP!

CARREFOUR E PM RACISTAS

Mais mortes brutais na regiao de Goiania

Policia Assassina
Por FODA-SE A POLICIA 03/07/2003 às 11:39

Mais mortes brutais na regiao de Goiania.Texto ripado de um jornal da cidade.


Weimer Carvalho

Suely e a filha Enili com Jônathas Silva: pedido de segurança
VIOLÊNCIA

Familiares
acusam PMs por
assassinato de jovens

Rapazes foram mortos a tiros e
pancadas quando voltavam para casa,
em Senador Canedo. Policiais foram
afastados e caso está sendo apurado

Os dois rapazes encontrados mortos na segunda-feira à tarde, na região do Vale das Pombas, próximo a Senador Canedo, foram identificados . Warleyson Mendes Fernandes, de 21 anos, e William Elias da Silva, 18, que trabalhavam como lavadores de carro, foram mortos a tiros e pancada. Os suspeitos são cinco policiais militares de Senador Canedo.

Os policiais militares foram retirados na terça-feira do serviço operacional e recolhidos ao quartel do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cefap), na cidade. O comando do Cefap abriu sindicância na terça-feira para apurar a ação de duas equipes que fizeram operação na noite de domingo na Vila Matinha, próximo ao Jardim das Oliveiras. Ontem, a Secretaria de Segurança Pública e Justiça instaurou processo administrativo e disciplinar para apurar o caso, que ficará a cargo da Corregedoria da Polícia Militar e terá o acompanhamento do Ministério Público Estadual.

Brutalidade
A mãe de William, Regina de Fátima da Silva Cardoso, e um irmão de Warleyson, Paulo Franco, denunciaram os policiais militares pelo duplo crime. Segundo eles, os dois jovens voltavam para casa, pouco depois da meia-noite de domingo, acompanhados de outras pessoas. Vinham de uma choperia na Vila Matinha, local em que, segundo Regina e Paulo, momentos antes os policiais militares teriam espancado muitos jovens que freqüentavam o bar.

Durante as abordagens, contou a mãe de William, os policiais teriam avisado que se encontrassem alguém na estrada iriam matar. Mesmo assim, seu filho disse aos companheiros que iria para casa, no Jardim das Oliveiras, pois não tinha feito nada de errado. As bicicletas que os jovens pilotavam ficou no caminho. William morreu espancado e Warleyson com cinco tiros pelas costas.

Regina de Fátima contou que na segunda-feira cedo a família procurou por William em delegacias e no Instituto Médico-Legal, mas não teve notícias dele. No meio da manhã, dois rapazes apareceram na casa da família contando sobre a violência policial da noite anterior e informando que tinham achado a bicicleta de William no meio do mato.

Só na terça-feira a família de William soube que ele estava morto, quando reconheceram o corpo dele no IML, após verem reportagem na imprensa sobre os corpos de dois rapazes mortos que haviam sido encontrados. Segundo a mãe, seu filho e o amigo morreram de forma brutal. Regina disse que William ficou tão machucado que a pele dos braços e das costas foi arrancada. Por causa do estado do corpo, o sepultamento teve de ser feito na noite de terça-feira. ?O que fizeram com meu filho foi uma injustiça?, lamentou a mãe.

Os familiares das vítimas garantiram que elas não tinham qualquer problema com a polícia. ?Meu filho era um menino que não se envolvia com drogas nem nada de errado?, desabafou Regina de Fátima. O lavador de carros Vone da Costa Silva que trabalhava com William em frente ao Colégio Estadual Lyceu de Goiânia, disse que ele era um rapaz muito trabalhador e seu único vício era o cigarro. Vone, que mora no Jardim das Oliveiras, afirmou que Warleyson era um rapaz correto que batalhava o sustento lavando carros na rua.

Ontem à tarde, cerca de 30 moradores de Senador Canedo, inclusive os familiares dos dois rapazes, estiveram na sede da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Justiça. Entre eles estava Suely Rodrigues de Almeida, mulher de Warleyson, e a filha Enili. Em reunião com o secretário Jônathas Silva, eles contaram como havia sido o crime, denunciaram o abuso dos policiais e pediram providências
>>Adicione um comentário

CMI Brasil - Policia Assassina

Polícia do Rio é a que mais mata no mundo...


quarta-feira, 9 de julho de 2008
Polícia do Rio é a que mais mata no mundo já desde 2003

No domingo, o taxista Paulo Roberto Amaral, pai de João, o menino de 3 anos metralhado no Rio por dois PMs, fez um comovente desabafo e questionamento: “Que polícia é esta?”

Esta polícia, a do Rio de Janeiro, é a que mais mata do mundo, informa hoje o Estadão. E não se trata de um fato recente: o aparelho policial fluminense está nesse macabro pódio desde 2003.

Neste ano, morreram em conseqüência da ação policial 1.195 pessoas. Mortes ocorridas em confrontos, pelos critérios da própria polícia. No jargão policiais, trata-se de “autos de resistência”.

A cada cinco homicídios, um é de autoria da polícia.

O jornalista Bruno Paes Manso apurou que nem mesmo a polícia sul-africana, tida como a violenta, faz páreo para os policiais fluminenses. Na África do Sul, em 2003 as mortes decorrentes de confrontos deram o total de 681.

Os Estados Unidos, pais onde também prospera a violência, passam longe do pódio macabro: naquele ano, registraram-se 370 vítimas de ações policiais. Esse total, ressalta-se, refere-se à soma das ocorrências de todas as regiões daquele país.

No Estado de São Paulo, o total dos “autos de resistência” é menor do que o do Rio, mas ainda assim são significativos: houve naquele ano 756 mortes.

A violência da polícia do Rio e de São Paulo se revela o quanto é absurda quando comparada com a de alguns países Europeus. Na Franca, em 2003 duas pessoas morreram em tais circunstâncias. Em Portugal, só uma.

Tais comparações, claro, têm de ser analisadas com certa reserva, porque os critérios de registro de mortes em confronto variam de uma cidade para outra. Além disso, por interesse da própria corporação policial, os registros podem ser manipulados (os dados dos Estados Unidos, por exemplo, não me convencem muito).

Também é preciso levar em conta que a maioria das cidades de países pobres não mantém registros dessa causa de morte. O que não nos serve de conforto.

O fato é que, independente das possíveis comparações que possam ser feitas, a violência urbana no Brasil vem num crescendo, só se agrava, e já passou há muito tempo do limite estatisticamente aceitável.

Índices de homicídios.

Policial mexicano é atingido por bumbo

O video é de 2008, mas a gente ainda não o conhecia.
YouTube - Policial mexicano é atingido por bumbo jogado pela torcida
Numa partida de futebol no México entre as equipes de Veracruz x Pumas se inicia um distúrbio entre os torcedores do time da casa, o Veracruz. Em menor número e de maneira dispersa, os policiais aparecem no meio da confusão até que um torcedor arremessa o bumbo (tambor) contra um dos policiais que é atingido na cabeça, fazendo com que “voe” algumas arquibancadas abaixo, para delírio da torcida.

Alguns policiais, sem saber o que fazer, recuam pensando em se proteger e esquecem o colega no chão. Desnorteados os policiais ainda permitem que um torcedor vá até eles e recupere o objeto arremessado, numa clara demonstração de ousadia. Uma pequena amostra de que confusão em estádios não é exclusividade brasileira.

Nos link abaixo, o mesmo caso visto de outro ângulo.

Cagada policia nos (ESTADOS UNIDOS)...




Incidentes de tiros são comuns – infelizmente. Por mais que se tome inúmeras precauções, não raro acontece alguma fatalidade gerada por negligência, imprudência ou imperícia dos responsáveis pelo manuseio de armas de fogo. O video acima foi mais um caso de disparo acidental.

Durante a imobilização de um suspeito, uma policial esquece uma regra básica de quem manuseia armas de fogos: dedo no gatilho somente se for efetuar o disparo. E o exemplo do video demonstra claramente porque devemos seguir esse procedimento. Sem querer, ela quase vitima o homem que já está dominado e seus colegas policiais. Tudo registrado pelas câmeras.

As imagens provavelmente são antigas e devem ter sido gravadas em Las Vegas, Estado de Nevada nos Estados Unidos.

Rapaz da olê na policia do rio de janeiro...



Essa reportagem repercutiu durante toda a semana nas editorias de polícia dos jornais brasileiros. Durante uma operação no Rio de Janeiro, policiais detém um suspeito e resolvem conduzi-lo à delegacia para verificar se existia algo contra o abordado. Como ele não ofereceu resistência, nem ameaçou a integridade física dos PMs, os policiais seguiram o que o STF recomenda, ou seja, optaram por não algemá-lo e levá-lo no banco de trás do carro, confiando apenas na trava de segurança do veículo (que impede que a porta seja aberta por dentro).

O erro: confiaram no suspeito. Apesar dele não oferecer resistência, ainda é suspeito e como tal devemos ter sempre “um pé atrás”. Para ser mais exato, nesse caso deveria haver pelo menos um policial no banco de trás (de preferência atrás do motorista). É improvável que o indivíduo tentasse alguma fuga com alguém ao lado o vigiando. Isso não substitui o uso das algemas, mas pelo menos inibiria alguma investida. Até porque o policial perceberia a tempo o sujeito abaixando o vidro do carro.

O acerto: algumas pessoas acreditam que a polícia deveria ter atirado no homem porque ele estava fugindo da polícia. Mas sabemos que o uso da força letal só é justificado em caso de legítima defesa sua ou de terceiros, além disso o risco de atingir inocentes no local era grande.

Prudência: dois policiais perseguirem o jovem favela adentro (ainda mais no RJ) parece uma missão suicida. O que justifica a apatia dos PM após o ocorrido, afinal uma busca desenfreada no momento seria extremamente arriscada.

Fica o alerta aos policias. Vamos aprender também com os erros dos outros. Sempre que julgar necessário algeme o suspeito. Caso decida por não utilizar as “pulseiras”, redobre a atenção. Afinal, sua vida também está em jogo.

Equipe da PCPA passar por vexame

Suspeito de roubo faz equipe da PCPA passar por vexame




Suspeito de roubo faz equipe da PCPA passar por vexame

Policiais Civis do Estado do Pará tentam prender um homem acusado de roubar uma bicicleta. Eles cercam o suspeito e… Sinceramente, não sei nem o que comentar sobre esse vídeo. Só posso dizer que senti uma tremenda vergonha alheia.

Acho que um dos policiais não vai tirar o brucutu (balaclava) nem tão cedo.

Isso é sério e cômico.

As imagens são do Diário do Pará, fiquei sabendo disso pelo Kibeloco e no Abordagem Policial.

Abordagem Policial

Equipe da PCPA passar por vexame

Suspeito de roubo faz equipe da PCPA passar por vexame




Suspeito de roubo faz equipe da PCPA passar por vexame

Policiais Civis do Estado do Pará tentam prender um homem acusado de roubar uma bicicleta. Eles cercam o suspeito e… Sinceramente, não sei nem o que comentar sobre esse vídeo. Só posso dizer que senti uma tremenda vergonha alheia.

Acho que um dos policiais não vai tirar o brucutu (balaclava) nem tão cedo.

Isso é sério e cômico.

As imagens são do Diário do Pará, fiquei sabendo disso pelo Kibeloco e no Abordagem Policial.

Policial é flagrado bêbado durante o serviço




Bebida e direção não combinam. Isso todo mundo sabe, apesar de inúmeras pessoas ignorarem esse fato e arriscar suas vidas e a de inocentes nas estradas mundo afora. Campanhas educativas são desenvolvidas para conscientizar a população e as polícias vem fiscalizando cada vez mais os motoristas irresponsáveis. Ou ao menos deveria ser assim.

Nesse video, uma equipe de reportagem na Romênia flagra um policial dentro da viatura com características de embriaguez. Vergonhoso, pois como um agente representante da Lei ele deveria ser exemplo. No caso, além de não cumprir com seu dever, ele arranjou trabalho para seus colegas – que tiveram de realizar o teste do bafômetro e constataram a ingestão de bebida alcoólica pelo policial.

Sem falar no risco que o policial sozinho e dormindo na viatura correu. Pensando por essa ótica… Ainda bem que foram repórteres que o encontraram.

Mais um policial que caiu na net. Que sirva de lição!