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sábado, 3 de agosto de 2013

Chega a sete o número de policiais presos

Chega a sete o número de policiais presos suspeitos de participação em crimes no Vale do Aço Mais um policial civil foi preso, desta vez em Nova Lima. Outros cinco, um deles militar, permanecem detidos, enquanto outro foi solto por determinação da Justiça
Daniel Silveira
Publicação: 10/05/2013 19:10 Atualização: 10/05/2013 21:37

Entre os crimes investigados estão as mortes do Fotógrafo Walgney Carvalho (Esq.) e do jornalista Rodrigo Neto (Dir.)
Entre os crimes investigados estão as mortes do Fotógrafo Walgney Carvalho (Esq.) e do jornalista Rodrigo Neto (Dir.)

Já chega a sete o número de policiais - seis civis e um militar - presos suspeitos de envolvimento na série de assassinatos em Ipatinga e outros municípios do Vale do Aço. Nesta sexta-feira foi preso um policial civil em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, por meio de um mandado de prisão expedido pela Justiça. Já a corregedoria da Polícia Militar cumpriu mais um mandado de prisão, cujos detalhes não foram divulgados. Foram pelo menos 23 mortes na região. Entre as vítimas, estão os jornalistas Rodrigo Neto, de 38 anos, e Walgney Carvalho, de 43, supostamente executados por denunciar a possível atuação de um grupo de extermínio.
Na última quarta-feira, uma operação foi desencadeada pela Polícia Civil para cumprir 12 mandados de busca e apreensão relacionados às investigações dos crimes no Vale do Aço. A ação terminou com três homens presos por porte ilegal de armas. A corporação não confirmou se o trio tem relação direta com as mortes na região.

Detalhes das investigações são mantidos em sigilo para, segundo o chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DIHPP), Wagner Pinto, não prejudicar os trabalhos. Ao todo, o DIHPP investiga 14 crimes cometidos no Vale do Aço nos últimos anos.

Reestruturação da delegacia de Ipatinga

Diante das denúncias de envolvimento de policiais nos assassinatos cometidos no Vale do Aço, a Polícia Civil promove mudanças no efetivo que atua na Delegacia Regional de Ipatinga.Neste mês, três investigadores foram deslocados do 11º Departamento para reforçar a unidade e mais um delegado deve ser designado para a delegacia. Em abril, o chefe da Polícia Civil em Minas, Cylton Brandão, substituiu o então chefe do Departamento, delegado José Walter da Mota Matos, pelo delegado-corregedor Elder Dângelo, que passou a acumular os cargos. Na mesma ocasião a delegada Irene Angélica Franco e Silva Guimarães assumiu a delegacia regional, substituindo Gilberto Simão de Melo.

As hipóteses sobre a participação de policiais civis e militares na série de assassinatos começaram a ser levantadas quando o jornalista Rodrigo Neto foi assassinado no Bairro Canaã, em Ipatinga. Dois homens passaram em uma moto e atiraram contra ele, que chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu. O repórter denunciava uma série crimes cometidos por um suposto grupo de extermínio formado por policiais.

Esquadrão da morte

A Polícia Civil nega a existência deste grupo, chamado pelo jornalista de esquadrão da morte. No entanto, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais defende que a afirmação de Rodrigo Neto é verdadeira. Isso porque a entidade já havia recebido denúncias sobre a atuação do esquadrão.

Segundo a Comissão, Neto preparava uma série de reportagens especiais sobre assassinatos não resolvidos nos quais um esquadrão da morte formado por policiais militares e civis da região figurava como principal suspeito. O material contava com fotografias registradas pelo Walgney Assis Carvalho, de 43, que acabou assassinado pouco mais de um mês depois do amigo. O material produzido por Neto seria um dossiê inédito sobre a série de crimes e está nas mãos da Policia Civil, que apreendeu o notebook do jornalista após sua morte.

Ministério Público entra nas investigações

Cinco promotores de Justiça foram designados pela Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) para acompanhar as investigações. sobre o caso. A coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa dos Direitos Humanos e de Apoio Comunitário, Nívia Mônica da Silva, o promotor Rodrigo Gonçalves Fonte Boa, de Belo Horizonte, Juliana da Silva Pinto, de Coronel Fabriciano, Bruno César Medeiros Jardini, de Ipatinga; e Kepler Cota Cavalcante Silva, de Timóteo, terão acesso às apurações da Polícia Civil. Porém, como os trabalhos correm em segredo de Justiça, não poderão se pronunciar a respeito.
em.com.br





 
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