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quinta-feira, 25 de abril de 2013

A MORTE DO CORONEL UBIRATAN



A MORTE DO CORONEL UBIRATAN
 Ao contrário do que concluiu o inquérito policial, o promotor Luiz Fernando Vaggione afirmou ontem que o motivo do assassinato do coronel Ubiratan Guimarães, não foi ciúmes. Vaggione disse que não vai usar essa hipótese na denúncia à Justiça, por homicídio doloso (com intenção), que prepara contra a advogada Carla Cepollina, indiciada (acusada formalmente) pela polícia. Para o promotor, Carla foi a autora do crime, ocorrido no dia 9 de setembro --tese também defendida pela polícia. A motivação, porém, teria sido outra, segundo o promotor. "O crime não foi praticado por ciúmes. Existem outros elementos como motivadores do delito." Vaggione não quis falar qual a motivação do crime que será usada na sua denúncia, a ser concluída em dez dias. Se a Justiça aceitá-la, o caso vira processo criminal. Carla passa, então, à condição de ré. O motivo do crime é importante para se definir a qualificadora (circunstância que faz aumentar a pena). No inquérito, Carla é indiciada por homicídio doloso e os policiais citam duas qualificadoras: motivo fútil (por ciúmes) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A polícia diz que Carla atirou em Ubiratan após uma discussão provocada pelo telefonema de uma amiga do coronel. Mas o entendimento da polícia pode ou não ser seguido pelo promotor. Ao rejeitar a tese de ciúmes, o Ministério Público segue a versão dos filhos de Ubiratan de que o coronel não teria um relacionamento amoroso com Carla. "Carla já sabia que Ubiratan tinha outras namoradas. Ele não queria o vínculo", disse Vaggione.
Segundo o promotor, o ciúme não pode ser apontado como a motivação para o crime porque não havia um relacionamento estável. O advogado da família de Ubiratan, o deputado federal Vicente Cascione (PTB-SP), concorda com a avaliação do promotor. Para ele, o motivo do crime seria vingança. "Eu não a denunciaria por ciúme. Eu acho que o motivo que levou Carla a matar foi vingança, motivo torpe. Ela se sentiu desprezada. Uma coisa é ter ciúmes e o desespero de perder alguém porque ama. Outra coisa é não aceitar perder para outra pessoa e não deixar isso barato, se vingar", falou Cascione. Questionado se a tese da Promotoria seria a de vingança, o promotor desconversou. "Não confirmo nem desconfirmo (sic)", disse Vaggione. Apesar de homicídio qualificado ser considerado crime hediondo, o promotor não vai pedir a prisão de Carla à Justiça. Ele afirma que só mudará de idéia se houver risco de fuga ou coação de testemunhas. "Para a polícia, Carla matou Ubiratan por ciúmes. E entendemos que o
iúme é um motivo fútil. Mas a classificação jurídica é por conta do promotor", falou Armando de Oliveira Costa Filho, delegado do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Carla nega o crime e afirma ter sido namorada de Ubiratan por mais de dois anos.
Publicado em: 11 janeiro2008


Fonte:http://pt.shvoong.com/humanities/1744173-morte-coronel-ubiratan/#ixzz2RTfjgS9g

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