Investigador responderá processo em liberdade e outros 38 policiais continuam na Casa de Custódia em Belo Horizonte; procedimento administrativo foi instaurado
Por Bárbara Almeida, G1 Triângulo Mineiro
Um policial civil preso na Operação "Fênix", do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), foi solto após liberação judicial do Superior Tribunal de Justiça. O investigador lotado em Uberlândia, denunciado por corrupção passiva, foi liberado da Casa de Custódia em Belo Horizonte no último dia 29 de dezembro e responderá o processo em liberdade.
Durante a operação realizada em dezembro de 2017, foram presos 39 policiais civis, dos quais dez são delegados, e 38 continuam detidos. De acordo com a sentença da presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o investigador liberado após dez dias preso não pode se ausentar da comarca de Uberlândia sem autorização até o julgamento.
Segundo os advogados do réu, Rogério Inácio de Oliveira e Heitor Rodrigues de Souza Leão, o MPMG denunciou o policial após delação premiada por ter recebido a importância de R$ 330 em novembro de 2013 e que a defesa mostra que esse valor não foi de corrupção
Por nota, a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que o caso está sendo acompanhado pela Corregedoria da instituição e já foi instaurado procedimento administrativo por desvio de conduta do servidor. Se comprovada a participação do servidor ele será removido de local de trabalho, por conveniência da disciplina, obedecendo às regras insertas na lei orgânica da Instituição.
A reportagem também questionou sobre como a polícia está funcionando após os desfalques. Foi informado que todas as remoções e exonerações foram publicadas do Diário Oficial do Estado. E também que investigadores excedentes de concursos já realizados estão passando por curso de preparação na Academia da Polícia Civil e, após isto, serão designados às Delegacias de Polícia Civil, observando as necessidades de cada unidade.
A assessoria de comunicação do MPMG disse que não tem a atualização sobre a operação devido ao recesso, que segue até dia 6 de janeiro.
A Operação "Fênix" foi deflagrada pela Promotoria, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia, no dia 19 de dezembro. A megaoperação culminou no cumprimento de mandados contra corrupção, associação criminosa, roubos, falsidade ideológica e outros crimes em Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná.
No dia seguinte, a Polícia Civil publicou no Diário Oficial do Estado a dispensa de alguns delegados presos na operação e nomeação dos novos responsáveis pelos departamentos de Uberlândia, Araguari, Patos de Minas e Pouso Alegre.
Uma nova publicação foi feita no dia 27 de dezembro nomeou o delegado regional de Uberlândia, Edson Rogério de Morais, como novo delegado-chefe do 9º Departamento de Polícia Civil. A função de delegado regional da cidade ficou a cargo de Luís Gustavo Oliveira.
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