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sábado, 10 de março de 2018

Policiais Militares serão julgados pela morte de suspeitos de integrar Facção Criminosa no Paraná

(Foto: João Carlos Frigério/Arquivo) - PM serão julgados pela morte de suspeitos de integrar facção criminosa
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Doze policiais militares irão a julgamento no próximo dia 4 de outubro, em Curitiba. O julgamento deverá ser o mais longo, até agora, da história do estado. Os doze militares são acusados de executar cinco suspeitos que estavam em um carro roubado, um Gol com placas CMU-9672, na madrugada do dia 11 de setembro de 2009, na região do Alto da Glória, próximo ao Estádio Couto Pereira. Os cinco mortos, segundo os policiais, ignoraram ordens de parada, furaram bloqueios policiais e, após baterem o Gol, desceram do carro já tirando contra os policiais.  Dois foram baleados no início do confronto, outros três, minutos depois, após nova troca de tiros. Os cinco foram levados ao Hospital do Cajuru, pelas próprias equipes da PM. Todos morreram ao dar entrada no Hospital.
Entre os policiais que vão a julgamento, está o Tenente Otávio Lúcio Roncaglio, oficial condecorado com atos de bravura e que era o oficial da ocorrência naquela noite. “Não só o Tenente Roncaglio, mas todos os demais policiais são respeitados e reconhecidamente homens exemplares dentro da corporação. Serão julgados pela morte de cinco marginais que aterrorizavam Curitiba cometendo assaltos, cometendo homicídios e que, naquela noite, acreditavam que poderiam também receber a polícia a bala”, disse o advogado de defesa dos policiais, Claudio Dalledone Junior.
As investigações mostraram que os cinco mortos naquela noite, vinham praticando assaltos há algumas semanas na capital.  O gol em que eles estavam havia sido roubado semanas antes e era usado desde então para os assaltos. No dia 10 de setembro de 2009, horas antes do confronto, pelo menos três assaltos foram praticados pela quadrilha. Todos foram reconhecidos por uma das vítimas. As armas apreendidas pela PM, após o confronto, também foram reconhecidas pela vítima.
Dois dos cinco mortos respondiam por crimes como tentativa de homicídio, outros tinham ligação com o tráfico. Os irmãoS Salatiel Aarão Rosa e Tobias Rosa Lima, foram apontados por moradores da Vila Ana Maria, bairro de Colombo, como membros de uma facção criminosa. Em um trabalho feito pelo serviço reservado da PM, foi possível descobrir que ambos estavam recrutando novos jovens para cometer assaltos nas semanas que antecederam o confronto no Alto da Glória. A morte dos dois, segundo moradores, trouxe alívio e sensação de segurança a comunidade local.

Crimes, fuga e confronto

De acordo com investigações, os cinco criminosos mortos na madrugada do dia 11 de setembro, vinham praticando assaltos com frequência em toda a Curitiba. Diversas denúncias sobre uma quadrilha, ocupando um Gol Branco, que vinha realizando assaltos em Curitiba, chegaram a polícia entre as últimas semanas do mês e agosto e as primeiras semanas do mês de setembro.
Horas antes da sua última investida criminosa, o grupo havia assaltado um mercado e uma panificadora na região do Alto Boqueirão. Uma mulher também foi assaltada pelos marginais. No final da noite do dia 10 de setembro, o Gol que eles ocupavam foi flagrado em um radar na região do Santa Cândia. Um alerta foi emitido aos policiais em patrulhamento nas áreas próximas, e a viatura 8194, da ROTAM, comandada pelo Tenente Roncaglio, se deslocou em busca do veículo e seus ocupantes. 
Na via rápida do Santa Cândida o carro foi localizado e dada a ordem de parada. O motorista acelerou e começou uma intensa perseguição que só terminaria quilômetros à frente, já no Alto da Glória. Após baterem o carro contra uma mureta de proteção, na Rua Nicolau Maeder, os bandidos desceram do carro já atirando. Houve revide, dois assaltantes foram baleados próximos ao carro, outros três em um terreno baldio, próximo ao local do primeiro confronto. 
Com os criminosos, os policiais apreenderam armas, dinheiro, mais de R$ 900 em cheques, uma toca balaclava, além de seis celulares.  Investigações posteriores revelaram que todos os cinco estavam envolvidos com a criminalidade, sendo os mesmos, suspeitos de integrarem uma facção criminosa. “Eram criminosos que vinham cometendo crimes há mais de um mês, com o mesmo veículo roubado, empregando violência e terror por onde passavam. Estavam numa nítida escalada de violência, não temiam nada nem ninguém. Cruzaram a região norte inteira de Curitiba em fuga naquela noite, colocando em risco não somente a vida dos policiais, mas de dezenas de pessoas que trafegavam pelas ruas por onde a perseguição seguiu. Só pararam porque bateram e mesmo assim, não se deixando pegar, atiraram nos policiais para matar. Os laudos, a perícia, as testemunhas comprovam isso, não há o que se discutir, não foi execução, foi legítima defesa dos policiais, agentes de segurança, contra cinco marginais perigosos”, concluiu o advogado Claudio Dalledone Junior.

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