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segunda-feira, 12 de março de 2018

Brasil deve denúncia do Esquadrão da Morte a dom Paulo, afirma Helio Bicudo


Wellington Ramalhoso
Do UOL, em São Paulo

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  • Folhapress
    Dom Paulo deu apoio a perseguidos políticos e denunciou crimes da ditadura
    Dom Paulo deu apoio a perseguidos políticos e denunciou crimes da ditadura

Nascido na década de 1920 como dom Paulo Evaristo Arns, morto nesta quarta-feira (14), o jurista Helio Bicudo só veio a conhecer o cardeal nos anos 1970, durante a ditadura, quando atuava como procurador de Justiça em São Paulo e tentava denunciar o Esquadrão da Morte, grupo de extermínio formado por policiais. "Eu não tinha apoio nenhum [na investigação]. Aí ele me mandou um cartão e se colocou à disposição para ajudar", conta o jurista.
O Esquadrão tinha entre seus integrantes o delegado Sergio Paranhos Fleury, um dos mais famosos torturadores da ditadura. Bicudo acabou coletando material suficiente para publicar um livro sobre a atuação criminosa do grupo. Em uma época de repressão e censura, o assunto era pouco conhecido.
"Eu não conhecia uma editora para publicar o livro. Então, me aconselhei com dom Paulo, e ele recomendou algumas editoras. Fui a elas e só recebi respostas negativas. Diziam que eram empresas comerciais e não poderiam mexer com esse assunto. Depois de fazer esse périplo, voltei ao cardeal, e ele me disse: vamos publicar pela Comissão Justiça e Paz."
A comissão fora criada em 1972 pelo próprio arcebispo na Arquidiocese de São Paulo. O livro "Meu depoimento sobre o Esquadrão da Morte", de autoria de Bicudo, foi publicado em 1975 pela comissão. "Foi pelas mãos de dom Paulo que o livro foi lançado. Devo isso a ele. E a sociedade brasileira deve isso e muito mais", relembra.
Karime Xavier/Folhapress
Helio Bicudo tornou-se amigo de dom Paulo e lamentou a morte do arcebispo emérito
"Dom Paulo foi um marco importante na atividade da igreja, em São Paulo e no Brasil. Foi um ponto importante de reação à ditadura militar. Ele não teve medo nenhum de enfrentar os generais. Para fazer o que ele fez no tempo da ditadura precisava ser uma pessoa de muita coragem, além de ter um pensamento moral e ético", prossegue Bicudo.
Quando o cardeal decidiu criar o Centro Santo Dias de Defesa dos Direitos Humanos, designou o jurista como presidente. Santo Dias foi um operário morto em 1979, durante a ditadura, em São Paulo. "Dom Paulo não tinha medo, visitava presos políticos e enfrentava a ditadura com serenidade. Ele foi uma peça importante para a ruptura do sistema ditatorial", diz Bicudo, ex-integrante do PT e um dos responsáveis pela autoria do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Dom Paulo morreu hoje, na capital paulista, aos 95 anos.

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  1. Avatar de Visitante

    Visitante

    1 anos atrás
    A morte de qualquer pessoa deve ser lamentada. No mais, o Cardeal Arns utilizando a sua posição episcopal foi o grande defensor desta esquerda que saqueou o Brasil enquanto esteve no governo. Em sua ultima foto pública no TUCA em cerimônia em sua homenagem, foi fotografado com um boné do MST. Enfim, um religioso cuja atuação tornou este país um lugar pior.
  2. Avatar de Camilo Filho

    Camilo Filho

    1 anos atrás
    Padreco comuna, já foi tarde para encontrar o Fidel...
  3. Avatar de VERDUG0

    VERDUG0

    1 anos atrás
    Um pilantra comunista acoitador de terroristas.
  4. Avatar de Fabinho

    Fabinho

    1 anos atrás
    protetor de bandido, ladrão e corrupto, ja foi.
  5. Avatar de svendsenbezerra

    svendsenbezerra

    1 anos atrás
    Este Hélio Bicudo vive metendo o Bico aonde não deve...
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