Autor de homicídio no RN, PM tem liberdade negada; vídeo mostra morte
Assassinato aconteceu no dia 29 de abril, no bairro Recreio, em Caicó.
Na última sexta (27), Justiça liberou vídeo que mostra momento do crime.
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O cabo da Polícia Militar Edwilson Alves de Oliveira, acusado de matar um homem em Caicó, no Seridó potiguar, teve a liberdade negada na última terça-feira (24). A execução aconteceu no dia 29 de abril em frente a um bar no bairro Recreio. Ele se entregou e foi preso preventivamente após o crime. O vídeo, que mostra o momento em que Alan Muricélio de Araújo é morto (veja acima), foi liberado pela Justiça nesta sexta-feira (27).
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A gravação é do circuito de segurança do bar. Alan Muricélio, que também era conhecido como 'Murilo', chega ao estabelecimento em uma motocicleta às 13h26. Às 13h54, o policial Edwilson também chega em uma moto, entra no bar e pega uma cerveja. Ele espera Alan sair e, às 14h23, atira à queima-roupa. Já às 14h31, um carro da Polícia Militar chega ao local.
Sildilon Maia, advogado do policial, alega que o acusado agiu em legítima defesa porque estava sendo ameaçado. "Ele chegou a ser ameaçado pessoalmente por Alan Muricélio, inclusive, na frente de dois policiais", afirmou.
Ainda segundo o advogado, o policial Edwilson era muito ligado ao cabo Edinaldo da Costa Rangel, que foi assassinado na cidade no dia 19 de abril. "Essa morte causou preocupação em todos os policiais. Edwilson achou que seria o próximo a ser executado", ressaltou.
No dia seguinte, quatro homens foram mortos a tiros em um confronto armado com a PM em um sítio na região do bairro Recreio, onde foram apreendidos uma pistola, dois revólveres e drogas. "Ao que tudo indica, o dono da boca de fumo era Alan Muricélio. Ele acreditava que o policial Edwilson teria indicado o local onde a droga era comercializada", afirmou.
O juiz Luiz Cândido de Andrade Villaça rejeitou o pedido de relaxamento da prisão com base no vídeo que mostra o assassinato. "Ora, sendo nítida a existência de indícios no sentido de que o acusado teria premeditado o crime, transparece a sua periculosidade e possível desapego com as normas de condutas da sociedade, sendo a custódia cautelar medida adequada para evitar a propagação criminosa de suas atividades", escreveu em sua decisão.
"As imagens acostadas aos presentes autos são chocantes e demonstram, ao menos em princípio, que a versão contada pelo acusado quando de sua oitiva perante autoridade policial é falsa e que, talvez, tenha se perpetrado verdeiro ato de execução da vítima que, além de estar aparentemente desarmada, não esboçou qualquer reação, tentando se evadir do local a fim de, em vão, salvar sua vida. Evidentemente que isso deverá ser apurado em sede de instrução processual, mas não existe como desprezar o teor do vídeo captado e a frieza aparentemente demonstrada pelo acusado que, após visualizar a vítima no interior do bar onde ocorrera o fato, ficou pacientemente aguardando-a ingerindo bebida alcoólica", relatou o juiz.
De acordo com o advogado, o juiz desconsiderou o contexto e a colaboração do cliente, que se apresentou espontaneamente e entregou a arma, além de ajudar nas investigações. Sildilon informou que a Associação dos Policiais Militares do Seridó vai protocolar um novo pedido de liberdade
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