Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Bolsonaro defende generais em ministérios e diz que presidentes anteriores nomearam terroristas

Daniel Carvalho
Marina Dias
Aplaudido dez vezes em discurso a empresários, deputado disse não entender de economia e que economistas são responsáveis por crise

A empresários que o aplaudiram dez vezes durante discurso nesta quarta-feira (4), o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ) defendeu a escalação de militares para ocupar alguns dos 15 ministérios que pretende ter em um eventual governo dele, já que, afirmou ele, presidentes anteriores nomearam terroristas e corruptos.
"Vou botar alguns generais nos ministérios caso eu chegue lá [à Presidência da República]. Qual o problema? Os [presidentes] anteriores botavam terroristas e corruptos e ninguém falava nada", disse Bolsonaro em evento promovido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) com pré-candidatos ao Planalto.
"Quando falam da Dilma, ela botou terrorista. É o meio dela", disse depois, em entrevista coletiva, onde antecipou que pretende colocar militares em pastas como Defesa, Transportes e Ciência e Tecnologia.

Indagado especificamente sobre o Ministério da Educação, respondeu que "tanto faz ser civil ou militar".

"Não é general por ser general. É pela competência", afirmou, dizendo que a possibilidade de um general ser corrupto é menor.
Já no início de sua fala aos empresários, o deputado justificou sua falta de conhecimento em economia, fez a primeira das críticas à imprensa e culpou economistas pela crise atual vivida no país.
"Quando falei que não entendia de economia, entendi que a grande mídia fosse levar para o lado da humildade. Será que temos que entender de tudo para se apresentar a um cargo tão importante como este [presidente]? Quem botou o Brasil nesta situação, se não foram os economistas? Um presidente é como um técnico. Não vai jogar bola, não vai entrar em campo. Precisa ter discernimento, humildade, força para buscar solução para os problemas", afirmou.
Em diversos momentos, disse frases como "não quero falar aquilo que não domino com grande propriedade", "tenho muito mais a aprender do que ensinar" ou afirmou que quem deveria responder algumas questões era o economista Paulo Guedes, que presta consultoria econômica em sua pré-campanha.
Ressaltando que "ninguém quer o mal do meio ambiente", propôs fundir os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente e disse que o país está inviabilizado por questões ambientais, indígenas e quilombolas.
Ele também criticou aquilo que chamou de "fosso ideológico" e afirmou que "mais ou tão grave que a corrupção é a questão ideológica".
As críticas do presidenciável chegaram ainda ao STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo Bolsonaro, o país ficará ingovernável com este Supremo.
"A gente precisa de um presidente que evite que o nosso Supremo Tribunal Federal continue legislando, bem como o Conselho Nacional de Justiça legisla também", afirmou Bolsonaro.
O pré-candidato falou brevemente sobre a Lava Jato. Em tom de brincadeira, disse querer encontrar o juiz federal Sergio Moro "em qualquer lugar do Brasil, menos em Curitiba". Também citou o empresário Léo Pinheiro, da OAS, questionando se o delator não foi chantageado pelos investigadores.

Bolsonaro fez afirmações como "jamais quero ser patrão no Brasil com esta legislação", "temos que valorizar os senhores porque sem patrão não há empregado" e "os senhores são os nossos patrões".
Sem entrar em detalhes, falou em manter a inflação baixa e a taxa de juros e em ter um dólar "que não atrapalhe" sem aumentar impostos.
Defendeu desregulamentação, desburocratização e que o governo não fique "no cangote dos empresários".
"O governo [tem que] entender que ele é o empregado, não o patrão", afirmou.
Em questões sociais, disse ser contra o sistema de cotas (e foi aplaudido), repetiu que "tem que entrar com lança-chamas para queimar Paulo Freire", numa crítica à metodologia de ensino do educador, e foi irônico ao falar dos homossexuais.
"Nada contra quem é feliz com seu parceiro semelhante. Vá ser feliz. Quem sabe amanhã eu seja também? É problema ou solução para mim", indagou provocando risos.
Em entrevista, disse que as pessoas acham que ele é um troglodita, mas que evoluiu e que participará de todos os debates. Ele também reclamou que, no Brasil, "estão tirando nossa alegria de viver" por não se poder contar mais piadas preconceituosas sobre gaúchos, cearenses e goianos. Disse que, em anos passados, fazia pelada "dos brancos com os afrodescendentes sem problema nenhum".
"Vamos fazer um Brasil diferente, resgatar os nossos valores, comemorar o Dia das Mães. Todo mundo veio do ventre de uma mulher. Comemorar o Dia dos Pais, falar 'ah, meu filho nasceu macho, vai ser igual ao Neymar'. 'Não, ele vai decidir o sexo dele quando tiver 13 anos de idade'. Vamos acabar com isso."
No evento, foi novamente aplaudido ao dizer que a mídia e a população em geral deveriam parar de olhar para os empresários como se fossem bandidos.
Na área política, agradou a plateia ao dizer, sem especificar, que não conversaria com "três, quatro partidos" e que não colocaria "um busto do Che Guevara no Planalto". Afirmou que, eleito, irá fazer negociações individuais.
Aos jornalistas, afirmou que "se ficarem obcecados em me destruir, não vão conseguir" e criticou o que classificou como uma tradição do Brasil: "eleger presidentes corruptos, de esquerda e inimigos dos americanos".
Ele ainda defendeu a política de imigração do presidente dos EUA, Donald Trump.
"Entra qualquer um na casa de vocês? Não. Por que no país dos outros pode entrar qualquer um?", indagou. 
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), divulgou nota nesta quarta (4) em protesto contra a decisão da CNI de não convidar um representante petista para a sabatina com pré-candidatos ao Planalto.
"Ao excluir um representante do ex-presidente Lula, a CNI deixa de conhecer as ideias e propostas de quem reúne as melhores condições de pacificar o país e retomar o caminho do desenvolvimento", diz o texto.

Preso em Curitiba desde abril, Lula deve ficar inelegível pela Lei da Ficha Limpa e o PT terá que indicar um nome para substitui-lo nas urnas. Até lá, porém, insistirá que o ex-presidente é candidato e reivindicará que um representante dele participe das sabatinas e debates.
Bolsonaro defende generais em ministérios e diz que presidentes anteriores nomearam terroristas - 04/07/2018 - Poder - Folha

Discurso de bolsonaro e só para otário...



Coronel da PM flagrado com menina de 2 anos é acusado também de desvio de verba pública

Pedro Chavarry teria se apropriado de dinheiro recebido do governo estadual para pagamento de diversos tipos de benefícios devidos a militares no Rio de Janeiro.

Marcelo AhmedDo Rio de Janeiro para a BBC Brasil

GNews - Coronel acusado de pedofilia (Foto: Reprodução/GloboNews)Coronel reformado é acusado de pedofilia
(Foto: Reprodução/GloboNews)
Livre de dois processos no passado, um deles relacionado a maus-tratos contra crianças, o coronel reformado Pedro Chavarry Duarte, preso no último domingo ao ser flagrado com uma menina de dois anos seminua dentro de um carro, terá agora duas investigações pela frente.
Além da prisão preventiva decretada pela Justiça por acusação de estupro de vulnerável e corrupção ativa (por ter tentado subornar os policiais), ele é alvo de investigação no Ministério Público do Rio, que apura denúncia de suposto desvio de verba pública na Caixa Beneficente da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBPMERJ), da qual era presidente até ser preso.
A denúncia que chegou ao Ministério Público no início deste mês é de que Chavarry teria se apropriado de dinheiro recebido do governo estadual para pagamento de diversos tipos de benefícios devidos aos militares e que, para isso, se utilizaria de empresas abertas em nome de laranjas. A apuração deverá ficar a cargo de uma das promotorias de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital.
O advogado Davi Elmôr, que defende o coronel, disse que o oficial alega inocência. "Está sendo feito agora um prejulgamento muito pesado do coronel Chavarry. É preciso respeitar o contraditório, a ampla defesa e a presunção da inocência", afirmou o defensor.
Suspeita de tráfico de crianças
Nos anos 1990, Chavarry havia sido acusado de envolvimento na lista de propina do jogo do bicho. Parte da investigação do caso esteve a cargo do também coronel Valmir Alves Brum, considerado o "xerife" da PM na época e que chegou a prender Chavarry 23 anos atrás.
Outra acusação contra Chavarry também foi apurada por Brum na época.
No dia 18 de março de 1993, Brum, então chefe da 1ª Delegacia de Polícia Judiciária, enviou uma equipe de dois oficiais e dois soldados para verificar denúncia repassada pelo então deputado estadual Paulo Melo (PMDB): de que numa casa em um conjunto residencial de Bangu, zona oste do Rio, crianças ficavam abandonadas durante horas.

Nesse dia, o então capitão Pedro Chavarry foi preso em flagrante ao chegar nessa residência, onde havia um bebê de três meses chorando, sozinho, em um colchonete no chão.
Suspeito de tráfico de crianças não comprovado pela polícia, o oficial foi condenado a um ano de detenção por abandono e maus-tratos. Não cumpriu a pena, por ser réu primário, e posteriormente acabou sendo absolvido na Primeira Câmara do Tribunal de Alçada Criminal, que acatou recurso da defesa.
Um ano mais tarde, em 30 de março de 1994, a fortaleza do contraventor Castor de Andrade, na Rua Fonseca, 1.040, em Bangu (zona Oeste do Rio), foi estourada em uma operação conjunta do Ministério Público e da polícia.
Nela, foram encontradas listas com nomes de agentes públicos, primordialmente policiais, que receberiam propina para fazer vista grossa ao jogo do bicho. Entre as centenas de nomes constava o de Chavarry.
Em maio daquele ano, Chavarry e outros 42 oficiais da PM, entre eles o então capitão Álvaro Lins, que posteriormente foi chefe de Polícia Civil e deputado cassado, foram processados por corrupção passiva. Quase quatro anos depois, foi realizada a primeira audiência de instrução e julgamento, quando 21 dos acusados foram absolvidos por insuficiência de provas e 22, incluindo Chavarry, condenados por unanimidade de votos.
A decisão foi alvo de recurso tanto do Ministério Público, que pediu a condenação dos absolvidos e uma pena maior para os condenados, quanto da defesa, que tentou estender a absolvição ao restante dos envolvidos.
Na argumentação, entre outros fatos, os defensores destacaram que o julgamento havia ocorrido em sessão secreta. A alegação foi acolhida pela Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, que anulou o julgamento, em sessão realizada em 25 de março de 2004.
Um novo julgamento foi marcado para novembro de 2009, mas acabou suspenso por determinação da ministra Laurita Vaz, à época na 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que apreciou também um pedido de reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva estatal. Como já havia passado mais de 16 anos desde o ajuizamento da ação, foi declarada extinta a punibilidade dos réus e todos foram absolvidos.
Julgamento suspenso
Antes de ganhar notoriedade nesta semana pela acusação de estupro de vulnerável, e depois de passar incólume pelos dois processos anteriores, Pedro Chavarry Duarte foi promovido junto com outros 53 tenentes-coronéis com base em lei que lhes dava esse direito após 32 anos de serviços prestados à corporação.
Foi para a reserva com currículo que o habilitava a presidir a Caixa Beneficente da Polícia Militar, atividade agora também investigada por outras autoridades.
Se antes o currículo de Pedro Chavarry era anunciado com pompa e circunstância no site da Caixa Beneficente - entidade que oferece aos associados "benefícios e serviços diferenciados, pensados especialmente para atender à família policial militar" -, atualmente seu nome não consta mais no expediente. A presidência é interinamente ocupada por Robson de Almeida Paulo, que acumula o cargo de vice.
A Caixa Beneficente não quis se pronunciar sobre as denúncias de fraude levadas ao MP. Em nota, o presidente em exercício da entidade, Robson de Almeida Paulo, lamentou o ocorrido com o presidente licenciado e informou que "os fatos noticiados pela mídia serão apurados na instrução criminal, respeitados os princípios constitucionais da presunção da inocência, do devido processo legal e o contraditório".
O coronel reformado de 62 anos preso no último fim de semana com a criança seminua no estacionamento de uma lanchonete em Ramos, zona norte do Rio, está respondendo também por corrupção ativa, acusado de tentar subornar os policiais militares que deram-lhe voz de prisão. Agora, a Polícia Civil investiga a existência de outras vítimas de crimes associados a pedofilia.
Defesa
Além de dizer que seu cliente alega inocência, o advogado Davi Elmôr disse que Chavarry realiza ações sociais em várias comunidades carentes com crianças no Rio de Janeiro e que, por isso, não seria um "fato isolado ele estar com uma criança", referindo-se ao episódio do estacionamento.
Sobre os processos anteriores, principalmente o referente aos maus-tratos e abandono do bebê, o advogado afirma que não devem ser considerados no caso presente: "Não podemos trazer à tona esse fato porque ele foi absolvido no passado, então, essa é uma questão que não merece ser desdobrada. O Judiciário não vai analisar o que é o coronel Chavarry durante toda a vida dele. Um processo penal é um processo penal dos fatos, e não do autor, então, nós vamos desdobrar apenas essa conduta pontual dele"
G1 - Coronel da PM flagrado com menina de 2 anos é acusado também de desvio de verba pública - notícias em Rio de Janeiro






Coronel da PM flagrado com criança nua já foi acusado de tráfico de bebês na década de 90, diz secretário

Paulo Melo participou de investigação quando oficial trabalhou em batalhão de Bangu








Coronel flagrado com criança nua há respondeu por tráfico de bebês; secretaria questiona promoção do oficial na Polícia Militar


Coronel flagrado com criança nua há respondeu por tráfico de bebês; secretaria questiona promoção do oficial na Polícia Militar

Reprodução/CBPMERJ
A Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos vai acompanhar a prisão do coronel reformado da PM Pedro Chavarry Duarte, flagrado no último sábado à noite (10) com uma criança de 2 anos nua. De acordo com secretário Pedro Melo, na década de 90, o suspeito havia sido preso por envolvimento com tráfico de bebês, mas teria conseguido arrastar o processo na Justiça e saiu impune.



O próprio secretário afirmou que participou da investigação porque, à época, era deputado.
— À época, fui procurado por uma associação de moradores de Bangu, que relatou o envolvimento de um PM na venda de crianças. Montamos uma operação com a ajuda do 14º BPM (Bangu) e ficamos esperando no local usado pela quadrilha como cativeiro, onde os bebês eram deixados de manhã, sob efeito de tranquilizantes, e, à noite, transportados pelo bando. Quem da quadrilha chegou para pegar o bebê, de apenas quatro meses, foi o então capitão Pedro Chavarry. Foi preso e autuado em flagrante.
Para o secretário, os dois casos podem mostrar envolvimento sistemático do PM em casos de abusos e tráfico de menores desde a década de 90.
— Quantas crianças ele pode ter molestado neste período. Desde aquela época, ele já demonstrava um desvio de conduta incompatível com a atividade policial e de servidor público. O então capitão era ardiloso. Ele se aproximava das mães, geralmente de comunidades muito carentes, e dizia que trabalhava para a igreja, que iria arrumar uma creche. Até colocava os bebês em creches, mas, em seguida, convencia as mães de que elas não tinham condições de criá-las e, o melhor, seriam doá-las. Aproveitava da fraqueza, da necessidade. Depois, estas crianças eram vendidas pelo oficial.
Em nota, a secretaria também afirmou que irá apurar como ocorreram as promoções do oficial da PM sem levar em consideração o histórico criminal.
A Polícia Civil prendeu no começo da manhã desta segunda-feira (12) uma mulher suspeita de entregar a criança de dois anos para o coronel reformado. Thuane Pimenta dos Santos, de 23 anos, foi presa no bairro de Ramos, zona norte. De acordo com a Polícia, as provas reunidas ajudaram a identificá-la e conseguir o mandado de prisão com a Justiça na noite deste domingo (11).
Coronel da PM flagrado com criança nua já foi acusado de tráfico de bebês na década de 90, diz secretário - Notícias - R7 Rio de Janeiro

Filho de Bolsonaro pede que suas fotos ao lado de Coronel pedófilo não sejam divulgadas.


Pedro Chavarry Flávio Bolsonaro coronel
Flávio Bolsonaro e Pedro Chavarry


Filho de Bolsonaro ameaça quem divulgar fotos suas ao lado de Coronel flagrado com uma menina de 2 anos nua em seu carro. A tentativa de intimidação surtiu efeito contrário e as imagens viralizaram. O militar, além de pedófilo, responde por desvio de dinheiro público

flávio bolsonaro coronel pedofilia



O candidato à Prefeitura do Rio Flávio Bolsonaro (PSC) divulgou um vídeo nas redes sociais pedindo que os internautas não compartilhem fotos suas ao lado do coronel reformado da PM Pedro Chavarry Duarte, de 63 anos, preso neste domingo acusado de estupro de vulnerável após ser flagrado com uma menina de 2 anos nua em seu carro. Mas o apelo teve efeito contrário.
O político chegou a ameaçar aqueles que não atenderem sua solicitação. A ameaça, no entanto, parece não ter sido levada a sério nas redes sociais e a imagem acabou se tornando viral.
Flávio Bolsonaro foi flagrado ao lado do coronel pedófilo não apenas uma, mas duas vezes. A primeira foto é de uma edição de 2012 do jornal de uma associação de policiais aposentados, noticiando um evento de que os dois participaram. A origem da segunda foto ainda é desconhecida.


Pedro Chavarry

Flagrado com uma menina de dois anos nua dentro do seu carro, Pedro Chavarry tem um longo histórico dentro da Polícia Militar. Foi promovido junto com outros 53 tenentes-coronéis com base em lei que lhes dava esse direito após 32 anos de serviços prestados à corporação.
Foi para a reserva com currículo que o habilitava a presidir a Caixa Beneficente da Polícia Militar, atividade agora também investigada por outras autoridades.
Em 2014, Pedro Chavarry tentou entrar para a política. O oficial da reserva concorreu ao cargo de deputado federal pelo Partido Social Liberal (PSL). Ele teve 1.948 votos e não foi eleito. Durante a campanha, o coronel prometia “respeito, segurança e oportunidades” aos seus eleitores.
Além de responder por estupro de vulnerável e corrupção ativa (tentou subornar os policiais que lhe deram voz de prisão), Pedro Chavarry é alvo de investigação no Ministério Público do Rio, que apura denúncia desvio de verba pública na Caixa Beneficente da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, da qual era presidente até ser preso.
A denúncia que chegou ao Ministério Público no início deste mês é de que Chavarry teria se apropriado de dinheiro recebido do governo estadual para pagamento de diversos tipos de benefícios devidos aos militares e que, para isso, se utilizaria de empresas abertas em nome de laranjas.
A apuração deverá ficar a cargo de uma das promotorias de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital.
Filho de Bolsonaro pede que suas fotos ao lado de Coronel pedófilo não sejam divulgadas

Tudo que sabemos sobre o caso do coronel da PM acusado de abuso sexual infantil

Pedro Chavarry Duarte, de 62 anos, foi preso em flagrante no Rio de Janeiro depois de se encontrado dentro do carro com uma criança nua de dois anos de idade



Esta matéria foi atualizada na segunda-feira, dia 19, às 14h.
O Brasil é um país de pedófilos? Antes de responder prontamente à pergunta, é preciso lembrar que pedofilia é um diagnóstico clinico da psiquiatria e identificar uma pessoa portadora da doença não é tão simples assim. Paralelo a isso, dados dão conta de que o Brasil, no entanto, é um país com grande incidência do caso — segundo a Fundação Abrinq, só em 2015, o Disque 100 recebeu 19.275 denúncias de violência sexual.
Mais um caso engrossa as estatísticas quando, na noite de sábado (10), no Rio de Janeiro, o coronel reformado da Polícia Militar, Pedro Chavarry Duarte,de 62 anos foi preso após ser flagrado com uma criança de dois anos nua em seu carro. A Polícia abordou o coronel após ser acionada por pessoas que estavam próximas ao carro, estacionado em um posto de gasolina em Ramos, na Zona Norte da cidade, que ouviram uma criança chorando.
Em vídeo gravado pelos políciais, Duarte, que é coronel aposentado, aparece falando com os policiais durante a abordagem de maneira arbitrária, usando seu cargo para intimidá-los: "Segunda-feira eu resolvo. Vou acabar com essa ocorrência. Qual a sua escala?", diz ele. O coronel foi encaminhado ao Batalhão Especial Prisional (BEP), em Niterói. Ele foi autuado em flagrante pelos crimes de estupro de vulnerável e corrupção ativa. Segundo a Polícia Militar, Pedro Chavarry será submetido a um Processo Administrativo Disciplinar e poderá ser expulso da corporação.
Já no domingo (11), Thuane Pimenta dos Santos, de 23 anos, prestou depoimentona Central de Garantias da Cidade da Polícia após um mandado de prisão temporária. Thuane acompanhava Duarte na noite de sábado e, em seu relato, revelou ter entregue a criança a Pedro Chavarry — ela companharia a menor até uma lanchonete da região, mas informou que teve que voltar para casa pra buscar o celular. Na manhã de segunda-feira(12), a delegada Cristiana Bento, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) declarou que Thuane foi encontrada em casa e presa sob o crime de estupro e suposto envolvimento com tráfico de crianças.
A criança foi encaminhada aos responsáveis e a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) está investigando o caso. A Polícia Civil encaminhou cópias do procedimento ao Conselho Tutelar, para garantir a assistência à criança, e à 21ª Delegacia de Polícia de Bonsucesso. A mãe da criança e testemunhas serão ouvidas pela Polícia durante esta semana.
Na manhã desta segunda (19), a irmã de Thuane Pimenta dos Santos, Izabela Pimenta de Souza foi presa — segundo a Polícia Civil, a participação de Izabela no crime será investigada, "já que ela foi a primeira a chegar ao local onde o coronel estava com a criança. Ela teria dito aos policiais que o pai da criança estava morto, e a mãe presa, com o objetivo de ludibriar a polícia".
Izabela prestou depoimento à Polícia na semana passada assim que Thuane foi presa. Cumprindo o mandato de prisão temporária de 30 dias, Izabela nega envolvimento no crime e revela que já deixou seus filhos por pelo menos um dia com o coronel.
Também sobre o caso, na semana passada, Flavio Bolsonaro, atual candidato a prefeitura do Rio de Janeiroameaçou entrar com uma ação judicial contras as pessoas que compartilhassem a foto em que o candidato aparece ao lado do coronel acusado de crimes de estupro de vulnerável e corrupção ativa. Não deu em outra e a foto viralizou pelas redes social. Ops!
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