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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

TJ nega recurso e ex-policial Igor Gabriel deve ir a Júri Popular

O acórdão da 2ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí é de 24 de março deste ano.

BRUNNO SUÊNIO
TERESINA
 - atualizado 
A 2ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí decidiu, por unanimidade, negar recurso em sentido estrito impetrado pela defesa do ex-policial Igor Gabriel de Oliveira Araújo contra sentença do juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto que determinou que ele vá a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri acusado de homicídio qualificado. O acórdão é de 24 de março deste ano e o relator foi o desembargador Sebastião Ribeiro Martins.
Igor Gabriel deve ir a Júri Popular pelo assassinato de Alan Lopes Rodrigues durante uma confusão em um posto de combustíveis da Avenida João XXIII, zona leste de Teresina, em fevereiro do ano passado. Alan era filho de um oficial de justiça.
Igor Gabriel
Igor Gabriel
Segundo o acórdão: “Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, acordam os componentes da Egrégia 2ª. Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, por votação unânime, em conhecer do recurso interposto, eis que preenchidos os pressupostos legais de admissibilidade, mas para negar-lhe provimento, mantendo incólume a sentença de pronúncia, em conformidade com o parecer do Ministério Público Superior”.
Em junho de 2016, o juiz Antônio Nollêto pronunciou Igor Gabriel como incurso nas penas do art. 121, § 2º, incisos II e IV, do Código Penal (homicídio qualificado por motivo fútil e à traição, de emboscada) para que seja submetido a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri.
Ainda cabe recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça.
Relembre o caso
Igor Gabriel de Oliveira Araújo, 21 anos, matou a tiros o filho de um Oficial de Justiça identificado como Alan Lopes Rodrigues, de 26 anos, no dia 20 de fevereiro de 2016.

Conforme informações, o soldado Igor Gabriel fazia a segurança do filho do prefeito Dióstenes Alves, de Avelino Lopes, identificado como Marcos Alves, quando se envolveu em uma confusão em um bar. Os dois então, na companhia de uma terceira pessoa se deslocaram até a loja de conveniência Yellow, localizado no posto Shell da João XXIII para comprar bebidas.
 Alan Lopes
Alan Lopes
Segundo relatos de uma testemunha a polícia, o proprietário do estabelecimento informou que o local já estava fechado. O policial então, teria mostrado sua carteira funcional da PM e sua arma e afirmado que iria atirar na porta caso não fosse atendido. Nesse momento a vítima, estava saindo do estabelecimento.
Ainda de acordo com o depoimento da testemunha, Alan Lopes foi abordado pelo policial, que tentou obrigá-lo a buscar bebida para eles. Como a vítima se recusou, teria sido agredida fisicamente pelo filho do prefeito.

A testemunha ainda afirmou que policial e o filho do prefeito tentaram entrar a força no estabelecimento, como Alan tentou impedir, acabou sendo morto pelo PM, com cinco disparos.
Expulsão
O soldado Igor Gabriel, que era lotado no 7º BPM em Corrente, foi expulso da corporação pelo comandante geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Carlos Augusto.
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