Thuane dos Santos Pimenta foi levada para Bangu.
Policiais que prenderal coronel serão ouvidos nesta quarta.
Suspeita de ter entregue uma criança de dois anos para o coronel reformado da Pm Pedro Chavarry, preso acusado de estupro de vulnerável, Thuane dos Santos Pimenta, de 23 anos, foi encaminhada na manhã desta quarta feira (14) da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima, no Centro, para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
A suspeita passará ainda pelo IML antes de chegar ao presídio. Chorando, ela não respondeu às perguntas dos jornalistas sobre porque entregou a criança para o oficial. Segundo a delegada Cristiana Bento, ela é coautora do crime por ter entregue a criança a Chavarry. A prisão temporária de Thuane é de 30'dias
A Polícia Civil do Rio vai colher nesta quarta-feira (14) o depoimento dos policiais militares que prenderam o coronel reformado da PM Pedro Chavarry Duarte, de 63 anos, encontrado com uma menina de 2 anos nua na Zona Norte do Rio. Os agentes prestarão depoimento na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima, no Centro do Rio, segundo a Globonews. Após a prisão, o coronel foi flagrado tentando intimidar oferecer vantagens para os dois policiais.
Como mostrou o Bom Dia Rio desta quarta, a mãe da menina de 2 anos está abalada e com medo. Ela e a família começaram a receber atendimento médico e psicológico do governo do estado.
A mãe da menina disse que conhecia Thuane. Após prestar depoimento na delegacia, ela contou como Thuane pegou a criança em casa.
A mãe da menina disse que conhecia Thuane. Após prestar depoimento na delegacia, ela contou como Thuane pegou a criança em casa.
"Ela teve a cara de pau de chegar lá na minha casa, minha filha estava brincando, minha filha estava se divertindo, e ela chegou lá e pediu a minha filha para tirar uma foto, e tenho certeza de que ela vendeu minha filha para esse homem", disse.
A família está muito abalada, segundo a mãe. "Ele é um monstro. Uma pessoa que faz isso com uma criança não é uma pessoa. A minha família tá desmoronada, sem chão", desabafou.
Outras mulheres depõem
Também nesta terça, a polícia prosseguiu na investigação do caso. Três mães que vivem na comunidade Uga Uga, perto do Complexo da Maré, na Zona Norte, onde também mora a família da menina, estiveram na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima. Elas espontaneamente falar sobre a relação que tinham com o coronel, para colaborar com a investigação.
Também nesta terça, a polícia prosseguiu na investigação do caso. Três mães que vivem na comunidade Uga Uga, perto do Complexo da Maré, na Zona Norte, onde também mora a família da menina, estiveram na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima. Elas espontaneamente falar sobre a relação que tinham com o coronel, para colaborar com a investigação.
Segundo os relatos, o coronel frequentava a comunidade Uga Uga há pelo menos 20 anos. As mulheres contaram que eram contratadas para pequenos serviços e faxinas na casa do militar. Ainda segundo as três, ele se oferecia para ficar com as crianças enquanto elas trabalhavam.
"Aí não sei onde que ficava porque ele pegava as crianças com a gente na porta da nossa casa e levava. A gente vinha para a faxina", disse uma delas.
"Dois filhos meus já foram ficar com ele. Ninguém imaginava que aquele rosto, aquela pessoa boa, aquela pessoa amiga, aquela pessoa ali ajudando estava ajudando a gente, mas por causa disso", explicou outra mulher na delegacia.
Pedro Chavarry Duarte está em prisão preventiva no Batalhão Prisional, em Niterói, na Região Metropolitana. O G1 não conseguiu contato com a defesa do coronel reformado.
Juiz explica
O Juiz Sérgio Luiz Ribeiro de Souza, da 4ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital, explicou em entrevista ao Bom Dia Rio desta quarta-feira (14) o que acontece em alguns casos de pedofilia. Segundo ele, é muito difícil identificar esse crime pois, normalmente, a pessoa que o comete está acima de qualquer suspeita.
“Os crimes sexuais acontecem, em regra, sem a presença de testemunhas, e esse abusador ele é, em regra, uma pessoa do ciclo de confiança dessa família”, disse o juiz.
Sérgio Luiz Ribeiro de Souza também aconselhou que os pais conversem com seus filhos para explicar o que pode ou não acontecer e estar atento aos sinais e a fala dessa criança.
Entre sinais corporais e comportamentais que a criança pode apresentar o juiz explica que ela pode demonstrar medo dessa pessoa e, até mesmo, ficar deprimida.
“Ela começa a ficar muito retraída, ela começa a ficar deprimida, ela começa a ficar muito triste e, às vezes, quando ela sabe que vai estar nesse ambiente que a pessoa vai estar ela já não quer ficar, ela demonstra um sentimento de medo (...). Temos muitos processos contra crianças e adolescentes praticados por padrastos, pais, às vezes mães, irmãos, de todas as classes sociais. Não há classe social para isso, não há questão de nível de escolaridade, até porque a pedofilia é classificada como uma doença", completou o juiz.
O Juiz Sérgio Luiz Ribeiro de Souza, da 4ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital, explicou em entrevista ao Bom Dia Rio desta quarta-feira (14) o que acontece em alguns casos de pedofilia. Segundo ele, é muito difícil identificar esse crime pois, normalmente, a pessoa que o comete está acima de qualquer suspeita.
“Os crimes sexuais acontecem, em regra, sem a presença de testemunhas, e esse abusador ele é, em regra, uma pessoa do ciclo de confiança dessa família”, disse o juiz.
Sérgio Luiz Ribeiro de Souza também aconselhou que os pais conversem com seus filhos para explicar o que pode ou não acontecer e estar atento aos sinais e a fala dessa criança.
Entre sinais corporais e comportamentais que a criança pode apresentar o juiz explica que ela pode demonstrar medo dessa pessoa e, até mesmo, ficar deprimida.
“Ela começa a ficar muito retraída, ela começa a ficar deprimida, ela começa a ficar muito triste e, às vezes, quando ela sabe que vai estar nesse ambiente que a pessoa vai estar ela já não quer ficar, ela demonstra um sentimento de medo (...). Temos muitos processos contra crianças e adolescentes praticados por padrastos, pais, às vezes mães, irmãos, de todas as classes sociais. Não há classe social para isso, não há questão de nível de escolaridade, até porque a pedofilia é classificada como uma doença", completou o juiz.
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