OPERAÇÃO FERRARI - Londrina era base de organização criminosa
Operação da PF em cinco estados desarticula bando ligado ao narcotráfico e à lavagem de dinheiro
PF apreendeu carros de luxo e bens avaliados em R$ 40 milhões: chefes da organização moravam em condomínio de luxo na zona sul de Londrina
Entre os bens apreendidos estava uma lancha: só em Londrina foram cumpridos oito mandados de prisão
Londrina – Empresários de fachada foram presos pela Polícia Federal em Londrina durante a chamada Operação Ferrari que desarticulou uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro. Ao todo, 49 mandados de prisão, busca e apreensão e de condução coercitiva foram emitidos pela 14ª Vara de Lavagem de Dinheiro de Curitiba. A operação desencadeada simultaneamente nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Sergipe resultou na apreensão de 100 veículos de luxo, dinheiro em espécie, joias e outros itens que faziam parte do patrimônio dos integrantes do grupo, avaliado em R$ 40 milhões. Um dos 17 indiciados pela PF é o tenente-coronel Mauro Rolim de Moura, chefe do Estado-Maior do 2º Comando Regional, responsável por cinco batalhões e três companhias independentes na Região Norte. Ele foi indiciado devido a sua suposta estreita ligação com um dos líderes do narcotráfico residentes em Londrina, conforme escutas telefônicas realizadas pela PF.
As investigações foram conduzidas nos últimos 14 meses e envolveram mais de 100 policiais. Segundo o coordenador da operação, delegado da Polícia Federal Elvis Secco, a organização criminosa era coordenada por dois empresários de fachada que moravam em um condomínio de luxo na zona sul de Londrina. "A cidade de Londrina só era a base de tudo. Aqui eles se instalaram, instalaram as suas famílias , instalaram as suas empresas e faziam todo o processo de lavagem de dinheiro. Eles se passavam por empresários e gostavam de gastar com lanchas e lazer", destacou. Dos 20 mandados de prisão preventiva expedidos, oito foram cumpridos em Londrina. Apenas quatro pessoas permaneciam foragidas até o fim da edição. Os nomes dos integrantes da quadrilha não foram divulgados pela Polícia Federal.
Conforme a investigação, a escolha do grupo por Londrina se deve pela localização estratégica da cidade, com fácil acesso à fronteira com o Paraguai, e com os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A pasta base de cocaína era adquirida no Paraguai em pequenas porções para não despertar a atenção dos agentes de fiscalização. A droga era repassada semanalmente ou a cada 15 dias para o grupo ligado ao tráfico.
Do Paraguai, a pasta base era refinada em laboratórios que eram desativados conforme o avanço das investigações. Os últimos laboratórios foram encontrados na cidade de Indaiatuba, no interior de São Paulo, e em Salvador, na Bahia. A droga era comercializada nos dois Estados e o dinheiro retornava a Londrina e a outros integrantes por meio de malotes transportados em voos comerciais.
"Eles transportavam de R$ 500 mil a R$ 600mil nas malas. Até a primeira apreensão de R$ 520 mil no aeroporto de Viracopos [em Campinas], aguardávamos o momento adequado para que a operação não fosse prejudicada", explicou o delegado. A partir da apreensão, o dinheiro passou a ser transportado via terrestre. Além disso, uma arma de fogo, 91 relógios e joias foram apreendidas durante a operação.
Ao todo, cinco núcleos montados pela organização criminosa foram identificados pelos policiais. Empresas que atuam de forma regular eram utilizadas na lavagem de dinheiro. "O dinheiro do tráfico de drogas era utilizado para pagar boletos de combustível ou, outro esquema que eles faziam, pegavam a transportadora e usavam os caminhões para obter grandes financiamentos em instituições bancárias", detalhou Secco.
Entre as empresas identificadas durante a investigação estão três postos de combustíveis: o Auto Posto Ferrari em Cambé (Região Metropolitana de Londrina), que deu nome à operação, outro em São Jerônimo da Serra (Norte) e um no município de Hortolândia (SP). Uma transportadora de Arapongas (Região Metropolitana de Londrina) também era utilizada no esquema. O proprietário de uma boate na zona oeste de Londrina também foi preso. Conforme a Polícia Federal, o local era utilizado no esquema de lavagem de dinheiro por meio da troca de cheques, da transferência de valores e da intermediação de compra de imóveis e de veículos.
A organização criminosa atuava há mais de 10 anos. "O fato é:e como pessoas com crimes como homicídio, roubo, corrupção, associação para o tráfico, podem estar vivendo como empresários ricos na cidade de Londrina e nunca cumpriram pena? A nossa investigação foi em cima disso. Alguma coisa não estava correta", declarou Elvis Secco, se referindo aos investigados. Todos os presos durante a operação seriam levados de avião para a sede da Polícia Federal de Curitiba.
As investigações foram conduzidas nos últimos 14 meses e envolveram mais de 100 policiais. Segundo o coordenador da operação, delegado da Polícia Federal Elvis Secco, a organização criminosa era coordenada por dois empresários de fachada que moravam em um condomínio de luxo na zona sul de Londrina. "A cidade de Londrina só era a base de tudo. Aqui eles se instalaram, instalaram as suas famílias , instalaram as suas empresas e faziam todo o processo de lavagem de dinheiro. Eles se passavam por empresários e gostavam de gastar com lanchas e lazer", destacou. Dos 20 mandados de prisão preventiva expedidos, oito foram cumpridos em Londrina. Apenas quatro pessoas permaneciam foragidas até o fim da edição. Os nomes dos integrantes da quadrilha não foram divulgados pela Polícia Federal.
LOCALIZAÇÃO
Conforme a investigação, a escolha do grupo por Londrina se deve pela localização estratégica da cidade, com fácil acesso à fronteira com o Paraguai, e com os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A pasta base de cocaína era adquirida no Paraguai em pequenas porções para não despertar a atenção dos agentes de fiscalização. A droga era repassada semanalmente ou a cada 15 dias para o grupo ligado ao tráfico.
Do Paraguai, a pasta base era refinada em laboratórios que eram desativados conforme o avanço das investigações. Os últimos laboratórios foram encontrados na cidade de Indaiatuba, no interior de São Paulo, e em Salvador, na Bahia. A droga era comercializada nos dois Estados e o dinheiro retornava a Londrina e a outros integrantes por meio de malotes transportados em voos comerciais.
"Eles transportavam de R$ 500 mil a R$ 600mil nas malas. Até a primeira apreensão de R$ 520 mil no aeroporto de Viracopos [em Campinas], aguardávamos o momento adequado para que a operação não fosse prejudicada", explicou o delegado. A partir da apreensão, o dinheiro passou a ser transportado via terrestre. Além disso, uma arma de fogo, 91 relógios e joias foram apreendidas durante a operação.
NÚCLEOS
Ao todo, cinco núcleos montados pela organização criminosa foram identificados pelos policiais. Empresas que atuam de forma regular eram utilizadas na lavagem de dinheiro. "O dinheiro do tráfico de drogas era utilizado para pagar boletos de combustível ou, outro esquema que eles faziam, pegavam a transportadora e usavam os caminhões para obter grandes financiamentos em instituições bancárias", detalhou Secco.
Entre as empresas identificadas durante a investigação estão três postos de combustíveis: o Auto Posto Ferrari em Cambé (Região Metropolitana de Londrina), que deu nome à operação, outro em São Jerônimo da Serra (Norte) e um no município de Hortolândia (SP). Uma transportadora de Arapongas (Região Metropolitana de Londrina) também era utilizada no esquema. O proprietário de uma boate na zona oeste de Londrina também foi preso. Conforme a Polícia Federal, o local era utilizado no esquema de lavagem de dinheiro por meio da troca de cheques, da transferência de valores e da intermediação de compra de imóveis e de veículos.
A organização criminosa atuava há mais de 10 anos. "O fato é:e como pessoas com crimes como homicídio, roubo, corrupção, associação para o tráfico, podem estar vivendo como empresários ricos na cidade de Londrina e nunca cumpriram pena? A nossa investigação foi em cima disso. Alguma coisa não estava correta", declarou Elvis Secco, se referindo aos investigados. Todos os presos durante a operação seriam levados de avião para a sede da Polícia Federal de Curitiba.
Viviani Costa-Reportagem Local-folha de londrina
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