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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

EX-COMANDANTE DA PM DE TOLEDO FOI OUVIDO PELA POLÍCIA FEDERAL EM LONDRINA DURANTE A "OPERAÇÃO FERRARI"


EX-COMANDANTE DA PM DE TOLEDO FOI OUVIDO PELA POLÍCIA FEDERAL EM LONDRINA DURANTE A "OPERAÇÃO FERRARI"

Quatro pessoas investigadas pela Polícia Federal pela suspeita de envolvimento com o tráfico internacional de drogas estão foragidas nesta terça-feira (16). Os investigados tiveram a prisão preventiva decretada durante a Operação Ferrari, deflagrada na segunda-feira (15). De acordo com a Polícia Federal os suspeitos são de Mundo Novo (MS), Salvador (BA) e Indaiatuba (SP). A operação ocorreu simultaneamente em cinco estados do país. Foram expedidos 49 mandados judiciais - 20 de prisão preventiva, 22 de busca e apreensão e sete de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. Ao todo, 16 pessoas foram presas e as sete prestaram depoimento. Entre as pessoas que prestaram depoimento à PF está o Tenente-Coronel da Polícia Militar Mauro Rolim de Moura, que já comandou a Polícia Militar de Toledo. Após comparecer à delegacia da PF em Londrina, no norte do Paraná, Moura foi indiciado por corrupção passiva. “O tenente-coronel foi chamado para esclarecer a relação que mantinha com um dos chefes da organização criminosa. Descobrimos que ele mantinha contato com esse preso com certa frequência. Ele (Tenente-Coronel Mauro Rolim) não tem relação com o tráfico de drogas, mas como é amigo de uma pessoa com uma extensa ficha criminal foi chamada para prestar depoimento”, explica o delegado Elvis Secco. O G1 tentou entrar em contato com o Tenente-Coronel Mauro Rolim de Moura, porém o 2°Comando Regional , onde ele atua, informou que Moura saiu de férias nesta terça-feira (16), e que não seria possível localizá-lo. Entretanto, o Comando Geral da PM informou, por meio de nota, que afastou Moura do cargo e ainda determinou a abertura de uma sindicância para apurar os fatos.
Na operação, a PF ainda apreendeu mais de R$ 1 milhão, 42 veículos de luxo, dois reboques, 27 caminhões, duas motos importadas de luxo, 37 celulares, 91 relógios, joias e uma arma de fogo. Mesmo com o cumprimento dos mandados judiciais, as investigações devem continuar por pelo menos mais dois meses. “Essa organização criminosa é muito bem estruturada, era uma empresa criminosa. Por isso, as investigações foram muito minuciosas, tínhamos que ter provas além do monitoramento telefônico. Os policiais vigiaram a quadrilha diariamente, em todos os lugares, inclusive quando os chefes do bando faziam viagens. Agora precisamos analisar os documentos apreendidos e os depoimentos”, detalha o delgado da PF.
Operação Ferrari
A Polícia Federal investigava o grupo há 14 meses, e durante as investigações, a polícia descobriu que o patrimônio da quadrilha ultrapassava os R$ 40 milhões. Conforme a PF, a quadrilha importava pasta base de cocaína do Paraguai, refinava a droga em laboratórios localizados em Indaiatuba (SP) e em Salvador (BA), e depois revendia o entorpecente no interior de São Paulo e na Bahia. Ainda conforme as investigações, o núcleo fornecedor da quadrilha se estabelecia em Mundo Novo (MS), os chefes do bando moravam em Londrina e em Hortolândia (SP), e os revendedores em Salvador e no interior de São Paulo.
Em Londrina, os chefes da organização se passavam por empresários e mantinham diversos tipos de comércio. Era através desses estabelecimentos que o grupo lavava o dinheiro que vinha do tráfico de drogas. Segundo a PF, a organização chegou a emprestar dinheiro de uma instituição bancária para conseguir lavar o dinheiro. “Londrina foi escolhida pelo grupo por três fatores. Primeiro, é uma cidade que está próxima da fronteira com o Paraguai e de São Paulo; segundo porque os empresários não têm o costume de perguntar da onde veio o dinheiro utilizado para comprar imóveis e veículos, e terceiro porque não eram conhecidos na cidade. Situações que facilitam a vida deles na cidade”, pontua Secco. As cidades alvo da operação foram Londrina, Cambé, Arapongas, São Jerônimo da Serra e Porecatu, no Paraná. Em São Paulo – Osasco, Indaiatuba, Hortolândia, Salto, Sumaré, Araçoiaba da Serra e Campinas. Mundo Novo, em Mato Grosso do Sul, Salvador, na Bahia, e Aquidabã, no Sergipe. Ao todo, 300 policiais federais e 28 servidores da Receita Federal participaram da ação.

Fonte: G1 Parana







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