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segunda-feira, 12 de março de 2018

CPI vai investigar condições das UPPs implantadas nas favelas do Rio

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CPI vai investigar condições das UPPs implantadas nas favelas do Rio

07/03/2018 21h41
Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil
A situação das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e as condições de trabalho dos policiais militares que atuam neste programa serão investigadas por Comissão Parlamentar de Inquérito instalada hoje (7) pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
O presidente da CPI, deputado Bruno Dauaire (PR), disse que um dos objetivos é ajudar o interventor federal, general Walter Braga Netto, a redimensionar as unidades, que vêm sendo alvo de críticas de especialistas em segurança, moradores de favelas onde estão instaladas e das próprias forças policiais. Com o redimensionamento, garante, policiais poderão voltar às ruas.
“Junto com a intervenção federal, a CPI quer auxiliar no redimensionamento das UPPs para que os policiais que hoje ocupam as unidades possam fazer o trabalho ostensivo nas ruas. Como a maioria deles é do interior, defendemos que o interior seja contemplado com aumento de efetivo desses policiais”, disse.
A estrutura das UPPs e os equipamentos dos policiais também serão alvo de investigações. Muitas unidades ainda funcionam em contêineres de metal, que esquentam muito, sem banheiro, mantendo policiais em situação precária. Outro problema é o estado dos equipamentos, como as armas.
Segundo o deputado, sem condições de trabalho e equipamentos adequados, os policiais têm atuado em um perímetro cada vez menor, sem alcançar o objetivo do projeto, que era a ocupação e a pacificação das comunidades onde há atuação violenta de milícias ou tráfico de drogas.
Há suspeita de que os recursos destinados às UPPs pelo Poder Público e pela iniciativa privada tenham sido mal administrados, afirma Bruno Dauaire. “A segurança pública tem sido uma das pastas que mais receberam verbas nos últimos anos, mais até que da educação. Chegamos a 2018 com o governo insistindo no projeto, mas sem destinar verbas de manutenção”.
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