PM é flagrado em vídeo agredindo mulher na Serra
Agressão foi registrada por morador. Foto: Divulgação
Um policial militar agrediu uma mulher neste final de semana, no bairro Feu Rosa, na Serra, com o que parece ser um cassetete. A violência foi registrada em vídeo, que ganhou grande repercussão nas redes sociais. Um outro PM aparece no vídeo, ao lado da briga, mas só observa.
Segundo testemunhas, a confusão teria iniciado antes da chegada dos policiais, com uma briga de vizinhos. A mulher cobrava uma dívida de R$ 50 de um morador do bairro, que se recusava a pagar. Por isso, a polícia foi acionada.
No vídeo, o policial é flagrado atingindo a mulher com um objeto semelhante a um cassetete. Além de golpeá-la nas pernas e nas costas, ele também dá um forte tapa no rosto da vítima. Ambos trocam xingamentos. O PM pede para a mulher deixar o local, mas ela se recusa.
Tanto o soldado da PM quanto a mulher sabiam que estavam sendo filmados por um vizinho com um celular.
Afastamento
Diante do vídeo em que um soldado da Polícia Militar aparece agredindo uma mulher, a Corregedoria da PM decidiu afastar o policial de seu local de trabalho.
De acordo com o corregedor da PM, coronel Ilton Borges, o soldado estava lotado na 2ª Companhia (Feu Rosa) do 6º Batalhão (Serra), mas será transferido para outro município enquanto durar a investigação do caso.
Já o colega do soldado, que também aparece na gravação, não será afastado. “Nós entendemos que o outro soldado foi omisso, mas não participou diretamente das agressões”, explicou o coronel.
Borges disse que foi aberto um inquérito para apurar o caso e que a Corregedoria pretende ouvir outras pessoas, inclusive a mulher que foi vítima das agressões.
O coronel afirmou que o inquérito deve ser concluído em até 40 dias. “Mas acredito que devemos concluir o caso antes do prazo máximo”, destacou.
Após a conclusão do inquérito na Corregedoria, segundo o coronel, o processo será encaminhado para a Justiça para que o policial possa ser processado criminalmente. Ele também, segundo Borges, pode sofrer um processo administrativo disciplinar (PAD).
O coronel acrescentou que a Corregedoria irá apurar como o soldado conseguiu um facão para agredir a mulher. “Há um grande estranhamento sobre a utilização desse artefato. Um facão não faz parte dos objetos de trabalho de um policial”, explicou.
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