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Vídeo mostra homens armados onde cabo do Bope é acustar matar ex-namorada
A defesa do cabo do Bope Adriano José de Souza Santos, de 37 anos - preso acusado de tentar matar a ex-namorada - anexou ao processo ao qual o policial militar responde um vídeo feito no local onde teria acontecido o crime. Nas imagens, homens armados de fuzil circulam pelos arredores da Estrada do Taquaral, na Vila Aliança, Zona Oeste do Rio. Foi na região que a guarda municipal Juliana da Silva Roos, de 25, foi atingida por cinco tiros, nos ombros, na mão e no tórax, em janeiro do ano passado.
De acordo com o advogado de Adriano, a mídia comprova que seria "impossível" a entrada de um homem, sobretudo um PM, na região dominada por criminosos. Juliano Pereira Rosa irá entrar com um habeas corpus pedindo a liberdade do cabo - preso, desde agosto, no Batalhão Especial Prisional da PM, em Benfica - nos próximos dias.
Mulher do militar, a estudante Carolina de Souza, alega que, na dia do atentado, o casal estava em um churrasco, em Guaratiba - a cerca de 25 quilômetros da Vila Aliança. E que Adriano não tinha contato com Juliana - nem motivos para tentar matar a ex-namorada. Em depoimento na 34ª DP (Bangu), onde o caso foi investigado, a guarda municipal chegou a contar que mantinha relacionamento com um traficante da região, chamado de Coraçãozinho.
Carolina afirma ainda que Juliana insistia em reatar com o cabo do Bope, a quem mandava mensagens e até ameaçava. Também em depoimento na delegacia, a mãe da vítima contou que ela a ajudasse a "voltar com Adriano". Heloísa Silva contou ainda que o PM chegou a lhe telefonar para pedir que sua filha não o procurasse mais.
Procurada pelo EXTRA, a guarda municipal reafirmou as acusações contra Adriano e garantiu que o policial militar tinha livre acesso a comunidade:
- Se o crime tivesse sido praticado por traficantes, eu estaria viva e ainda morando no mesmo lugar? Vivi com ele por cinco anos e ele entrava e saía da comunidade quantas vezes fosse necessária.