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quarta-feira, 6 de abril de 2016


05 abril 2016 - 16:25
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Comandante da BM é detido com arma de investigado pelo MP em Pelotas

Operação deflagrada nessa manhã teve como alvo empresa de zeladoria que agia como milícia armada, torturando suspeitos de crimes

A Polícia Civil deteve, na tarde de hoje, o comandante da Brigada Militar em Pelotas, tenente-coronel André Luis Pithan, dentro do quartel da corporação. Levado à Delegacia de Pronto-Atendimento do município, ele pagou fiança e foi liberado. A detenção decorre da operação Braço Forte, deflagrada hoje pelo Ministério Público para investigar um esquema de milícia envolvendo uma empresa de portaria e segurança que, conforme os promotores, cometia tortura contra suspeitos de crimes. Um dos investigados detido de forma provisória relatou que Pithan tinha em casa uma das armas dele.
O MP deixa claro que não foram os promotores do caso que fizeram a detenção. Consultado, o comandante do Comando Regional de Policiamento Ostensivo da região Sul (CRPO), tenente-coronel Nelson Minuzzi, negou que Pithan tenha sido preso e disse que a corporação “apresentou o oficial”, a pedido da corregedor-geral da Brigada Militar, tenente coronel Jefferson Jaques, que participou da operação, em Pelotas. Já a assessoria de imprensa da BM confirmou que Pithan vai ser trocado de cidade e de função. Hoje, ele entregou a arma à Polícia Civil.
Pela manhã, a operação Braço Forte prendeu 15 pessoas, recolheu 21 veículos e apreendeu armas de fogo, facas, porretes, algemas, celulares e computadores, entre outros equipamentos supostamente pertencentes à Nasf Portaria e Segurança, de propriedade do tenente da reserva da BM Nelson Antônio Silva Fernandes, um dos presos temporariamente.
Conforme o Ministério Público, a empresa cometia crimes como tortura, milícia armada, lesões corporais, danos patrimoniais e incêndio sob o pretexto de impor respeito às residências e estabelecimentos comerciais que tinham a placa da empresa afixada. De acordo com as investigações, criminosos eram sequestrados, agredidos e torturados, assim como pessoas sem vinculação com os crimes. Além disso, pessoas e empresas eram supostamente forçadas a contratar a empresa. Para isso, residências e estabelecimentos eram arrombados pela milícia.
O corregedor-geral da BM informou que a corporação vai investigar a participação de policiais da ativa, seja agindo no apoio às atividades da empresa ou se omitindo da função. Além do tenente da reserva Nelson Antônio Silva Fernandes, foram presos hoje dois integrantes do Exército Brasileiro. De acordo com o MP, as investigações duraram três meses.
Fonte:Rádio Guaíba

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