Polícia agride e prende professores em protesto da categoria no Distrito Federal
Professores da rede pública de ensino do Distrito Federal foram agredidos pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar, a mando do governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), nesta quarta-feira (28). Cerca de 400 servidores públicos, a maioria educadores, protestavam contra o GDF pelo não pagamento do reajuste salarial, aprovado por lei para a categoria, quando foram atacados com balas de borracha, spray de pimenta e gás lacrimogêneo.
Os servidores interditaram as saídas Sul e Norte do Eixo Monumental de Brasília, simultaneamente, interrompendo o trânsito de veículos. Quatro professores e dois rodoviários foram detidos durante a manifestação, o que gerou mais protestos. Trabalhadores fecharam os acessos da rodoviária do Plano Piloto em repúdio às detenções.
Testemunhas contam que a polícia chegou atirando com balas de borracha e usando spray de pimenta, causando tumulto e desespero, inclusive nas pessoas que estavam nos carros parados por conta do ato.
Segundo o diretor do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), Júlio Barros, a manifestação tinha o objetivo de denunciar à sociedade o descaso do governador com a educação e fazer com que o mesmo apresentasse uma proposta respeitosa e justa em assembléia.
O reajuste dos professores foi aprovado em lei no ano passado, para ser pago em três parcelas. A primeira deveria ter sido paga em setembro e as demais, em novembro e dezembro deste ano. No entanto, em uma assembleia na terça-feira (27), com a categoria, Rollemberg propôs o pagamento do reajuste somente para outubro do ano que vem. Os servidores recusaram a proposta, considerada absurda, e decidiram seguir com a greve.
Apesar da Justiça considerar a paralisação ilegal e determinar multa de R$300 mil aos funcionários em greve, cerca de 30 mil servidores, entre médicos, técnicos, auxiliares, especialistas em saúde e odontologistas decidiram voltar às atividades somente quando houver uma proposta satisfatória à classe.
O servidor público e presidente da CTB/DF, Aldemir Domício, disse que a central é solidária aos professores e repudia a atitude truculenta do governador. “No momento em que deveríamos estar comemorando o Dia do Servidor Público, nos deparamos com a imposição
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