quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Depoimento de delegada detida na Lei Seca é adiado no Rio
Ela estava com habilitação vencida e IPVA atrasado, e poderá ser suspensa.
Corregedora não informou motivo do adiamento, diz assessoria da polícia.
Do G1 RJ
A corregedora Tatiana Losh, da Corregedoria Interna da Polícia Civil do Rio de Janeiro, adiou a audiência da delegada Daniela Rebelo Pinto, da 19ª DP (Tijuca), que na madrugada de domingo (22) foi detida numa blitz da Lei Seca, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Segundo informações da assessoria da Polícia Civil, o depoimento da delegada estava inicialmente marcado para a tarde desta quarta-feira (25).
A assessoria informou ainda que a corregedora não informou o motivo do adiamento. Ainda não foi marcada uma nova data para a audiência.
A Corregedoria abriu sindicância para apurar o comportamento da delegada, flagrada numa blitz da Lei Seca com acarteira de habilitação vencida e o IPVA atrasado.
Mais cedo, aguardando o depoimento da policial inicialmente programado para esta tarde, o corregedor Gilson Emiliano afirmou que a delegada pode ser punida com uma suspensão de até 90 dias. E que o caso também será investigado pela Corregedoria Geral Unificada, em virtude do envolvimento de um policial militar.
"As circunstâncias do fato serão esclarecidas a partir do depoimento da delegada perante o órgão disciplinar, sendo certo que, se for comprovada a inexistência de habilitação para dirigir em virtude do vencimento da CNH, se for comprovado que ela não fez as vistorias regulares no veículo, esse comportamento, por si só, em tese, viola o código de ética, na medida em que compete ao cidadão, ao policial, preservar a confiança e o apreço de seus concidadãos por uma conduta irrepreensível na vida pública e privada", explicou o corregedor. "Esta violação ao código de ética já dá uma punição entre 41 a 90 dias".
Durante a blitz, houve uma confusão entre a delegada e o policial militar que a abordou. Exames comprovaram que ela ficou com escoriações nos pulsos e que havia um arranhão no pescoço do policial.
Em depoimento à polícia, a delegada disse que não havia consumido bebida alcoólica nem tinha se recusado a fazer o teste do bafômetro. O policial militar que participava da ação será investigado por desacato, abuso de poder e lesão corporal, já que a delegada ficou ferida ao ser algemada.
Daniela recebeu duas multas gravíssimas, que somam mais 14 pontos aos 104 pontos de infração que ela já tem em sua carteira de motorista. Uma multa é de R$ 957 por se recusar a fazer o teste do bafômetro e a outra é de R$ 191 por dirigir com a carteira de habilitação vencida.
Segundo o Detran, a carteira de habilitação da delegada venceu em 24 de janeiro do ano passado e o IPVA está atrasado desde 2009.
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