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Delegado e testemunha contestam versão de PMs que espancaram jovem até a morte em Contagem

O delegado Alexandre Oliveira e um amigo do estudante de direito Cristiano Guimarães Nascimento contestam a versão dos policiais militares Jonathas Elvis do Carmo, de 27 anos, e Jonas Moreira Matias, de 28.Eles foram presos nesta sexta-feira suspeitos de terem participado do espancamento que matou Cristiano, na saída de uma boate no Bairro Eldorado, em Contagem. Um terceiro suspeito está foragido. O crime chocou a opinião pública pela crueldade dos agressores.
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Em depoimento na Delegacia de Investigação de Contagem, os militares disseram que o desentendimento começou dentro da boate, depois que o grupo do qual fazia parte Cristiano não permitiu que eles colocassem um balde de cerveja na mesa onde estavam. Os policiais teriam colocado o balde no chão, mas o desentendimento seguiu até a hora de pagar a comanda.
“Um dos PMs afirma que foi agredido e revidou. Porém, não é isso que demonstram as imagens. As imagens demonstram que um dos autores já tentou agredir a vítima dentro da boate. Ele só foi contido pelo segurança porque não tinha pago a comanda. Assim que mostrou que tinha pago, ele já saiu da boate partindo para a agressão em relação à vítima Cristiano”, detalhou o delegado.
Um amigo de Cristiano que estava na boate reforça a explicação do delegado. Com medo, ele pediu para não ser identificado, mas deu detalhes da brutalidade dos militares.
“Não sei o motivo que gerou a briga, porque lá dentro estava tudo muito tranquilo. Quando a gente saiu da boate, o Cristiano saiu logo depois, e falou: 'tem gente querendo me bater'. Passou (sic) cinco, sete segundos e os caras já chegaram batendo nele”, disse o amigo e testemunha. Ele conta ainda que pediu ajuda aos seguranças. “Disseram que não podiam fazer nada e que era para eu chamar a polícia”:
“Depois que o agressor chutou a cabeça dele (Cristiano) no chão, ele fugiu correndo atrás de outro amigo meu, para bater. Várias pessoas tentaram trazer o Cris de volta, mas não teve como”.
Expulsos
Jonathas e Jonas estão presos e podem ser expulsos da PM. Segundo a Polícia Civil, o soldado Jonas já tem passagem por homicídio. Porém, os detalhes sobre o crime não foram informados.
Ouça a cobertura completa com Edilene Lopes, Laura Rezende e Renato Rios Neto
Fonte: Rádio Itatiaia

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