Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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segunda-feira, 3 de agosto de 2015


07/01/15 07:0015/01/15 23:35

No mesmo boletim no qual foi exonerado, ex-comandante do Choque é nomeado para investigar policiais em IPM

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Coronel Fábio: responsável por IPM Foto: O Globo / Eduardo Naddar
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Carolina Heringer
Na última segunda-feira, no mesmo dia em que foi exonerado do comando do Batalhão de Choque, o coronel Fábio Almeida de Souza foi nomeado como responsável por um Inquérito Policial Militar que está em andamento na Corregedoria da corporação. Com a sua saída do Choque, após a divulgação de mensagens nas quais incitava a violência contra manifestantes e fazia alusões ao nazismo, o coronel ainda passou a alvo de uma investigação da Corregedoria Geral Unificada.
A exoneração do coronel Fábio foi publicada no primeiro boletim da PM do ano. Já sua nomeação como responsável pelo IPM saiu na parte reservada do mesmo documento, destinada às questões disciplinares da corporação. De acordo com a publicação, o oficial, ao qual ainda se referem como tenente-coronel, sua antiga patente, assumiu o inquérito no lugar do major André Luiz Caetano Gomes, do 4º Comando de Policiamento de Área (CPA). Segundo a assessoria de imprensa da PM, nesta quarta-feira outro oficial será designado para o lugar do coronel Fábio.

A publicação foi feita no primeiro boletim de 2015 da PM
A publicação foi feita no primeiro boletim de 2015 da PM Foto: Reprodução

Nas mensagens trocadas num grupo do WhatsApp, o ex-comandante do Choque e os outros policiais ainda fazem críticas e ironizam a gestão do tenente-coronel Márcio Rocha, que sucedeu Fábio após sua primeira passagem pela unidade, em agosto de 2013. As conversas foram anexadas ao IPM que apura episódio, de janeiro do ano passado, no qual a fachada do prédio de Rocha foi atingida por 14 tiros. Dois meses depois, em março, o comandante da PM è época, coronel Luís Castro, tomou conhecimento do conteúdo das conversas e exonerou o coronel Fábio do Bope. Castro diz que à época comunicou o fato ao secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, que teria apenas lhe pedido que mandasse o oficial para sua escolta pessoal. Lá, o coronel ficou até novembro do ano passado, quando voltou a comandar o Batalhão de Choque. Anteontem, ao exonerar o coronel Fábio da unidade, Beltrame se disse horrirozado com as conversas pelo WhatsApp, e negou que tivesse conhecimento das mesmas.
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