10/12/14 12:0310/12/14 18:42
PM é preso e confessa ter matado o amante de sua mulher em São Gonçalo
Um policial do Grupamento Aero-Marítimo (GAM) foi preso na manhã desta quarta-feira suspeito de ter matado o homem que seria amante de sua mulher, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. O crime ocorreu na Rua Tenente Carlos Augusto, no bairro Jardim Alcântara, na confecção onde a vítima, Lucas Truta de Paula, de 18 anos, trabalhava. Segundo informações de policiais do 7º BPM (São Gonçalo), um vizinho acionou a polícia e informou sobre o ocorrido.
O PM foi para casa, que fica ao lado da confecção, trancou a mulher e os três filhos menores de idade do casal no imóvel e ficou na porta à espera dos agentes. Cléber foi levado para a Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo. Segundo o delegado titular da DH, Wellington Vieira, o policial confessou o crime:
— Ele foi preso em flagrante e já prestou depoimento confessando o crime. Cleber disse que já estava desconfiado e foi até a confecção tirar satisfação com o rapaz. Chegando lá, Lucas disse “que estava pegando mesmo a mulher dele”. Foi aí que Cleber fez os disparos. Será solicitado uma escolta policial para encaminhar o PM para o Batalhão Especial Prisional (BEP).
Ainda segundo o delegado titular, os familiares da vítima que estavam na confecção e a mulher de Cleber prestarão depoimentos na DH.
— Nós apreendemos a arma do policial com sete projéteis. Também pegamos o celular da vítima e posteriormente vamos verificar se existe troca de mensagens entre ele e a mulher do PM. Nossa principal linha de investigação é de que o crime seja passional — disse o delegado Wilson Ferreira, que esteve no local.
O crime ocorreu por volta das 8h30m. Segundo vizinhos, o policial já estava desconfiado de que sua mulher, de 38 anos, estivesse tendo um caso com Lucas, 20 anos mais novo.
— O Cleber estava desconfiado. Ele pegou o telefone da esposa e trocou mensagens com o rapaz, fingindo ser a mulher. Foi assim que ele descobriu a traição. Cleber saiu de casa e foi direto para a fábrica onde a vítima trabalhava. Ele passou pelos funcionários e atirou seis vezes em Lucas — contou um dos PMs que esteve no local do assassinato.
A confecção onde Lucas foi morto pertence ao cunhado do policial. Uma equipe de peritos da Polícia Civil permanece no imóvel. Segundo relatos de testemunhas quando a mãe da vítima descobriu o que havia acontecido, começou a gritar dentro de casa que tinha perdido a coisa mais preciosa de sua vida.