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Ex-PM preso por chacina na Pavilhão 9 era amigo de 6 das vítimas
Por Luís Adorno/RedeTV!
Rodney Dias dos Santos tem vários amigos da torcida organizada no Facebook e é torcedor fanático do Corinthians
Rodney Dias dos Santos, no momento de sua detenção
(Foto: obtida pelo portal da RedeTV!)
O ex-policial militar Rodney Dias dos Santos, preso na quinta-feira (7) por suspeita de participação na
chacina da sede da torcida organizada Pavilhão 9, do Corinthians, é amigo, no Facebook, de seis das oito vítimas do crime, que ocorreu na noite de 18 de abril. Pelas suas publicações, o ex-militar é um torcedor fanático do clube paulista.
De acordo com o DHPP (Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa), o ex-agente já tinha passagem por tráfico de drogas e é acusado de ser o mandante dos assassinatos. Além dele, o soldado da PM Walter Pereira da Silva também foi detido sob a suspeita de ser o comparsa de Santos. A polícia investiga a participação de outras pessoas no crime.
Rodney tem várias pessoas ligadas à Pavilhão 9 no Facebook. As seis vítimas que ele tem como amigo no Facebook são: Jhonatan Fernando Garzillo Massa, de 21 anos; Mydras Schmidt Rizzo, 38; Ricardo Júnior Leonel do Prado, 34; Matheus Fonseca de Oliveira, 19; Marco Antônio Corassa Júnior, 19; e André Luiz Santos de Oliveira, de 29 anos.
Jonathan Rodrigues do Nascimento, de 21 anos, e Fábio Neves Domingos, de 34, que também morreram na chacina são os únicos que não são amigos do ex-agente na rede social. Quando foram atacadas, as vítimas preparavam bandeiras que seriam levadas para o jogo contra o Palmeiras, no domingo (19), na Arena Corinthians, em Itaquera, zona leste de São Paulo.
Câmeras de segurança de um posto de gasolina que fica ao lado da sede da torcida gravaram algumas pessoas fugindo do local. De acordo com relato de dois dos cinco sobreviventes, os assassinos chegaram ao local gritando, por volta das 23h, “aqui é polícia!”. Em seguida, mandaram os oito torcedores se ajoelhar e atiraram em suas cabeças.
A polícia chegou a afirmar que a ordem para executar os corintianos partiu da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, tinha afirmado que não havia a menor possibilidade de um policial estar envolvido no caso, mas, depois, voltou atrás.
“O policial militar que realiza qualquer crime, esse é um crime mais grave porque é uma chacina. Ele é bandido, ele não é policial militar. E assim será tratado”, afirmou o secretário da pasta. O governador Geraldo Alckmin (PSDB), disse que “um já foi expulso da PM e o outro vai ser punido exemplarmente”
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