Suspeitos de integrar grupo de milicianos são presos no Rio
Policiais civil e militar foram presos com R$ 60 mil e notas promissórias. Grupo comanda ações criminosas num condomínio em Campo Grande.
30/06/2015 09h02 - Atualizado em 30/06/2015 12h37
Mais de R$ 100 mil foram apreendidos na casa dos policiais presos (Foto: Matheus Rodrigues/ G1)
Agentes da Corregedoria Interna da Polícia Civil e da 9ª DP (Catete) prenderam, na manhã desta terça-feira (30), o policial civil Alexandre Castilho Gouvêa de Oliveira, o Castilho, e o PM Lucas Nunes de Oliveira, o Goiano, suspeito de integrar a milícia conhecida como Liga da Justiça, que controla condomínios em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Mais de R$ 100 mil foram apreendidos na casa de policiais.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público estadual, obteve a decretação de prisão preventiva de Castilho e Goiano e de Sidney Carvalho da Silva, o Lacraia, que está foragido. No documento, os promotores pedem ainda busca e apreensão em mais de 20 endereços, a maioria no número 3000 da Estrada da Posse, onde se localiza o Condomínio Flor do Campo. No local, a milícia cometeu diversos crimes, entre eles homicídios.
A denúncia contra os milicianos foi feita no dia 15 de junho e o pedido de prisão preventiva aceito pela 16ª Vara Criminal da capital. Segundo os promotores, Castilho assumiu o controle do condomínio onde atua a milícia em 2011, ao mesmo tempo em que exercia a função de policial civil.
Sidney, homem de confiança de Castilho, foi o responsável pela condução de motocicletas utilizadas para a prática dos homicídios ordenados pelo chefe, segundo os promotores. E Goiano é quem executa estes homicídios, geralmente da garupa da motocicleta conduzida por Sidney.
Além dos policiais civil e militar que foram presos, outros dois PMs podem estar ligados à milícia que atuava na Zona Oeste do Rio, especificamente dentro de um condomínio. De acordo com o delegado Marcelo Ambrósio, que acompanhou as investigações, o grupo liderado pelo policial Castilho cobrava taxas de segurança e instalação de televisão a cabo clandestina.
Além dos policiais civil e militar que foram presos, outros dois PMs podem estar ligados à milícia que atuava na Zona Oeste do Rio, especificamente dentro de um condomínio. De acordo com o delegado Marcelo Ambrósio, que acompanhou as investigações, o grupo liderado pelo policial Castilho cobrava taxas de segurança e instalação de televisão a cabo clandestina.
"A investigação começou com várias ligações para o disque denúncia. O policial civil Castilho conseguiu se tornar presidente da associação de moradores do condomínio após tentar matar a presidente da época. Ele praticava ações criminosas desde que assumiu o cargo. Ele cobrava taxas, com valores variados, de 352 apartamentos para fornecer segurança e serviço de gato para os moradores", afirmou.
Durante a operação, outro policial militar foi preso em flagrante por estar com um carro clonado. Além dele, um PM foi conduzido para a delegacia para prestar esclarecimentos sobre cerca de RS 50 mil apreendidos em sua casa. O grupo é suspeito de participar de três homicídios e uma tentativa de homicídio na região.
A delegada da Corregedoria de Polícia Civil, Adriana Mendes, afirmou que é triste fazer prisões de funcionários da segurança pública. "É um sentimento de tristeza quando a gente vê qualquer policial envolvido com o crime. Nós temos ações preventivas, mas nem todas são suficientes. A gente corta na carne, não é uma alegria, mas se faz necessário", disse.
Durante a operação, outro policial militar foi preso em flagrante por estar com um carro clonado. Além dele, um PM foi conduzido para a delegacia para prestar esclarecimentos sobre cerca de RS 50 mil apreendidos em sua casa. O grupo é suspeito de participar de três homicídios e uma tentativa de homicídio na região.
A delegada da Corregedoria de Polícia Civil, Adriana Mendes, afirmou que é triste fazer prisões de funcionários da segurança pública. "É um sentimento de tristeza quando a gente vê qualquer policial envolvido com o crime. Nós temos ações preventivas, mas nem todas são suficientes. A gente corta na carne, não é uma alegria, mas se faz necessário", disse.
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