Em MG, policiais civis acusados de chacina são absolvidos
Policiais não serão levados a júri popular por falta de provas. Eles estavam na Casa de Custódia em BH e foram soltos.
19/06/2015 09h58 - Atualizado em 19/06/2015 09h59
Quatro policiais civis de Ipatinga, Ronaldo de Oliveira Andrade, Jimmy Casseano Andrade, José Cassiano Ferreira Guarda e Leonardo Alves Corrêa, acusados e processados pela Chacina de Revés do Belém, foram absolvidos pelo juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Caratinga(MG). O crime aconteceu em outubro de 2011. Quatro jovens de Ipatinga foram encontrados mortos no distrito de Revés do Belém.
Com a decisão do juiz Walter Zwicker Esbaille Júnior, os acusados não irão a júri popular e deveriam ter sido soltos imediatamente na quarta-feira (17), da Casa de Custódia da Polícia Civil de Belo Horizonte, onde estão detidos. Segundo Silvestre Antônio, que é advogado do acusado Ronaldo de Oliveira Andrade, a documentação para a liberdade dos réus foi concluída somente na tarde desta quinta-feira (18), e os quatros policiais foram libertados durante a noite.
De acordo com o advogado, os indícios conseguidos pela acusação não foram provas suficientes na conclusão do processo, e o juiz decidiu pela impronúncia do caso.
Silvestre Antônio explicou ainda, que na conclusão do processo, o juiz sentenciou que os policiais devem ocupar novamente seus cargos na corporação.
A assessoria da Polícia Civil não confirmou quando os policiais estarão de voltas às atividades.
Entenda o Caso
De acordo com investigações feitas pela Polícia Civil de Belo Horizonte, os quatro jovens assassinados na Chacina do Revés do Belém foram vistos pela última vez no dia 24 de outubro de 2011, quando foram conduzidos à Delegacia de Ipatinga.
Após serem liberados, os adolescentes teriam apedrejado uma viatura da PC e foram novamente apreendidos e desde então nunca mais vistos com vida. Os corpos das vítimas foram localizados seis dias depois no distrito de Caratinga, nus e com perfurações de arma de fogo na nuca.
O caso foi investigado pelo Departamento de Homicídios da capital mineira, que apontou quatro policiais civis como sendo os responsáveis pelo crime.
Os agentes foram presos entre os meses de abril e maio de 2013 e se encontravam desde então, custodiados na Casa de Custódia da Policial Civil, em BH. Um mês depois eles foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáveres.
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