RJ: comandante do Choque é exonerado após mensagens nazistas
Coronel Fábio de Souza, interlocutor de um grupo de mensagens no WhatsApp de cunho nazista, deixou o comando do Batalhão de Choque após ordem do secretário de Segurança Pública
atualizado às 13h12
O secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, confirmou nesta segunda-feira (5) a exoneração do coronel Fábio Almeida de Souza do cargo de comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar. A decisão vem depois que mensagens de cunho nazista de um grupo do WhatsApp do qual ele era interlocutor vieram à tona em publicação da revista Veja.
“Fiquei horrorizado”, disse Beltrame em entrevista ao diário O Globo sobre as mensagens do grupo fechado. Além da exoneração, o coronel e outros policiais membros do grupo já depuseram na qualidade de testemunha ao Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado para averiguar a denúncia.
Em 2013, ano de manifestações por todo o Brasil, Fábio de Souza, na época à frente do Bope, foi acusado de incitar a violência contra os manifestantes. Em uma das mensagens compartilhadas no grupo, teria dito para atirar em um black bloc “para matar”.
Após deixar o cargo em função disso, ele foi substituído pelo tenente-coronel Márcio Rocha e passou a chefiar a guarda pessoal do secretário Beltrame - que diz que a conduta do oficial, até então, era ímpar e não existia nenhum tipo de inquérito sobre sua atuação.
Em janeiro do ano passado, a casa de Rocha foi atingida por diversos disparos de arma de fogo. Nesta investigação, o coronel exonerado também é investigado, uma vez que Rocha era muito criticado pelo mesmo grupo fechado de mensagens online.
Terra
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