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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Delegado preso em Penápolis é transferido para presídio na capital

Delegado é suspeito de desviar veículos apreendidos e outros crimes.

Investigações começaram em janeiro deste ano pelo Gaeco.

Do G1 Rio Preto e Araçatuba









O delegado Nivaldo Martins Coelho, preso nesta sexta-feira (21) em Penápolis (SP), foi transferido no fim da tarde para um presídio da capital. Promotores do Gaeco revelaram detalhes do esquema que seria mantido por ele envolvendo despachantes e revenda de carros. Para o Ministério Público, ele recebia propina para liberar veículos com documentos irregulares e até teria vendido carros que estavam no pátio da Ciretran.
Nivaldo passou o dia prestando depoimento na delegacia seccional de Araçatuba (SP). Ele é suspeito de corrupção passiva, peculato, falsidade ideológica e formação de quadrilha. As investigações começaram em janeiro deste ano pelo Gaeco, Grupo de Combate ao Crime Organizado.
Em entrevista coletiva, os promotores responsáveis pelo caso falaram sobre os crimes que teriam sido cometidos pelo delegado no período que foi responsável pela Ciretran de Penápolis, de 2007 até maio deste ano. Segundo o Ministério Público, escutas autorizadas pela Justiça revelaram que Nivaldo teria autenticado documentos de caminhões roubados e que tinham os chassis adulterados. Ele também teria liberado carros apreendidos por irregularidades, tudo mediante o pagamento de propina.
O delegado teria ainda entregue a uma revenda, carros roubados que estavam no pátio da Ciretran e recebia comissões. “Conseguimos comprovar que pelo menos dois veículos haviam sidos desviados indevidamente, apreendidos em posse do estado, os valores variavam de R$ 300, a R$ 2 mil, e situações até de R$ 10 mil”, afirma o promotor de Justiça Marcelo Sorrentino Neira.
Nivaldo Martins Coelho é delegado titular de Birigui e diretor da cadeia de Penápolis. Ele foi preso de manhã numa chácara onde mora na cidade. “Apuramos nas investigações que ele tem relações estreitas com pessoas com antecedentes criminais significativos, como tráfico, receptação de veículos, furto, roubo de veículos”, diz o promotor Gabriel Marson Junqueira.
Segundo os promotores do Gaeco, há cerca de quatro meses o delegado começou a desconfiar das investigações e dos grampos telefônico. Desde então, as negociações eram apenas marcadas pelo telefone, e feitas pessoalmente.
Delegado irá prestar depoimento na sede do Ministério Público  (Foto: Thais Luquesi / TV TEM)Delegado prestou depoimento na sede do MP
(Foto: Thais Luquesi / TV TEM)
Ainda de acordo com os promotores, Nivaldo começou a fazer ameaças a pessoas envolvidas no esquema, além de orientá-las a mentir caso ele fosse descoberto. O dono de uma revenda de veículos de Penápolis também foi preso. “Essa pessoa conseguiu várias vezes liberação e desvio de veículos de forma irregular, feitos pelo delegado mediante pagamento de propina”, afirma Sorrentino.
A polícia cumpriu nove mandados de busca e apreensão e mais de mil documentos foram recolhidos na casa do delegado, na Ciretran e em um despachante de Penápolis, que também faria parte do grupo. O Tem Notícias tentou contato com o advogado do delegado, mas ele não retornou as ligações. De acordo com os promotores do Gaeco, em depoimento, Nivaldo negou as suspeitas.
Delegado dirigiu a Ciretran de Penápolis por vários anos (Foto: Reprodução/ TV TEM)Delegado dirigiu a Ciretran de Penápolis por vários anos (Foto: Reprodução/ TV TEM)


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