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sábado, 20 de dezembro de 2014

Investigados por esquemas de corrupção, oficiais da PM têm prisões revogadas e são soltos

O coronel Alexandre Fontenelle quando foi preso em setembro - Pablo Jacob / Agência O Globo (15/09/2014)

Entre eles, estão o coronel Alexandre Fontenelle e o tenente-coronel Dayzer Corpas. Ao todo, 26 PMs obtiveram o benefício

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O coronel Alexandre Fontenelle quando foi preso em setembro - Pablo Jacob / Agência O Globo (15/09/2014)
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RIO — Vinte e seis policiais militares presos por participação em esquemas de corrupção na corporação foram soltos na noite desta sexta-feira. A informação foi confirmada pela PM neste sábado. Entre os agentes libertados, estão o coronel Alexandre Fontenelle, ex-chefe do Comando de Operações Especiais (COE), e o tenente-coronel Dayzer Corpas Maciel, que comandava o 17º BPM (Ilha do Governador). Os PMs estavam presos no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica, Zona Norte do Rio.
Beneficiado por um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça do Rio, Fontenelle tinha sido preso em setembro na Operação Amigos S/A. Ele é acusado de chefiar uma quadrilha de PMs do 14º BPM (Bangu) que receberia propinas de mototaxistas, comerciantes e empresários. A decisão do desembargador Paulo de Oliveira Lanzellotti Baldez, da Quinta Câmara Criminal, foi estendida a outros 21 envolvidos. Durante a operação, em setembro, 24 PMs foram presos.
Na decisão, o desembargador Paulo de Oliveira alega que, “para garantir a eventual aplicação da lei penal, em se tratando, como dito, de réus primários, de bons antecedentes e com residência fixa”, é necessário que os acusados compareçam periodicamente ao Fórum e não se ausentem do Rio por mais de oito dias sem autorização judicial.
Pelas investigações de promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o grupo achacava mototaxistas, donos de empresas de ônibus, cooperativas de vans e fornecedoras de gás em Bangu. As extorsões teriam ocorrido em 2012 e 2013, quando os acusados atuavam no 14º BPM. A quadrilha exigia propinas entre R$ 50 e R$ 10,4 mil. As cobranças eram feitas semanalmente. Há provas obtidas por meio de interceptações telefônicas e documentos
Entre os PMs acusados de pertencer à quadrilha, há, além de Fontenelle, seis oficiais. Os presos incluíam ainda os majores Carlos Alexandre Lucas, Nilton João dos Prazeres Neto e Edson Alexandre Pinto de Góes, que também foram soltos. O coronel Alexandre Fontenelle ocupava o terceiro posto mais alto na hierarquia da PM. O COE é responsável pelo Bope, pelo Grupamento Aeromarítimo e pelo Batalhão de Choque.
Já Corpas é suspeito de receber propina de traficantes da Ilha do Governador, para não reprimir o tráfico de drogas. Ele estava preso desde outubro, quando foi deflagrada a Operação Ave de Rapina. A prisão dele foi revogada pela Justiça Militar nesta sexta-feira. Segundo a juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, não existem evidências de que o mesmo “traz riscos à ordem pública ou à conveniência da instrução criminal”, porque não há relatos de testemunhas que temem coação por parte do oficial. Segundo as investigações, 16 PMs da unidade são acusados de terem aceitado R$ 300 mil para liberarem dois traficantes numa abordagem em dia 16 de março.

Investigados por esquemas de corrupção, oficiais da PM têm prisões revogadas e são soltos - Jornal O Globo


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