Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Policial acusado de matar Taciana Barbosa, grávida de oito meses, irá a júri popular

 Definido »
Publicação: 18/05/2010 16:03 Atualização:

O policial Marco Antônio de Medeiros Silva, acusado de assassinar, em maio de 2008, a corretora Taciana Barbosa de Carvalho, grávida de oito meses, irá a júri popular. Nesta terça-feira, a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), decidiu, por unanimidade, manter a sentença de pronúncia da juíza Maria Segunda, que manda para júri popular o acusado. O réu, que se encontra preso, está sendo acusado dos crimes de homicídio triplamente qualificado, seqüestro, aborto provocado por terceiro, furto qualificado, ocultação de cadáver e coação no curso do processo. O relator do caso é o desembargador Alexandre Assunção. A defesa ainda pode recorrer da decisão.
 
O relator afirma, em seu voto, que as provas sobre o caso são evidentes, principalmente no quesito testemunhal. “Apesar de Marco Antônio negar, inúmeras testemunhas ouvidas no curso do processo confirmaram que ele e a vítima Taciana tiveram um relacionamento amoroso do qual resultou a gravidez da última, motivo de discórdia entre ambos.” O desembargador também levou em consideração que, momentos antes do desaparecimento de Taciana, a vítima foi ao encontro do acusado, a pedido deste. 
 
Segundo o desembargador, até o álibi do acusado se mostrou falso. “Marco Antônio disse que, no momento do crime, estava na companhia dos amigos na Pizzaria Lazer, no município de Olinda. Inicialmente, algumas testemunhas confirmaram o álibi do acusado. Ouvidas por uma segunda vez, todavia, apresentaram nova versão, deixando claro que prestaram falso testemunho, porque foram ameaçadas, que, inclusive, distribuiu-lhes um documento com modelos de respostas a serem dadas à autoridade policial”, ressaltou.
 
Ainda de acordo com o relator, há registros de que, logo após o desaparecimento da vítima, o acusado substituiu o chip telefônico do aparelho celular de Taciana, marca Nokia, inserindo um de sua propriedade, do qual fez ligações.  “Por fim, na noite do desaparecimento de Taciana, as testemunhas Cristiano e Edmilson, pescadores, afirmam que o acusado esteve na ilha de Itamaracá. Com o auxílio de Edmilson (Quita), coagido, e após o furto de uma âncora, levou o recorrente um corpo humano a alto mar, envolto num lençol e acorrentado, dele se desfazendo em dado momento”, explicou o relator. 

Por fim, o desembargador conclui que inegavelmente, todos esses elementos reunidos são suficientes à formação de um juízo de suspeita sobre o recorrente. Posto isso, o relator votou de acordo com o parecer da Procuradoria de Justiça e seu voto foi acompanhado pelos desembargadores Marco Maggi e Gustavo Lima, que também integram a 4ª Câmara.
 
O caso –
 Taciana Barbosa desapareceu no dia 11 de maio de 2008. De acordo com a mãe da vítima, por volta das 20h20, ela saiu de casa para se encontrar com Marco Antônio Medeiros Silva, com quem mantinha relacionamento amoroso. Taciana estava grávida de oito meses e, ainda de acordo com sua mãe, recebeu um telefonema da parte de Marco Antônio, o qual a convidava para receber o presente de dia das mães. Até hoje, o corpo da vítima não foi encontrado. A movimentação processual pode ser acompanhada através do site do TJPE (www.tjpe.jus.br), no link Consultas/Processos de 2º grau, pelo número NPU 0019018-47.2009.8.17.0000.
Da Redação Do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

Nenhum comentário:

Postar um comentário