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sábado, 20 de dezembro de 2014

Chefe do COE é exonerado da PM-RJ e Rogério Leitão será substituto

Leitão esta à frente do 1ª CPA e tem sob seu comando 12 batalhões.

Subcomandante do COE, outro preso em operação, também foi exonerado.

Do G1 Rio

Coronel Rogério Leitão é o novo chefe do COE (Foto: Divulgação / Polícia Militar)Coronel Rogério Leitão é o novo chefe do COE (Foto: Divulgação / Polícia Militar)
Um dos 25 presos na megaoperação de combate a uma quadrilha de policiais que cobrava propinas na Zona Oeste do Rio, o coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira foi exonerado do cargo de chefe do Comando de Operações Especiais (COE) da PM. Segundo informou nesta terça-feira (16) a assessoria da Polícia Militar, o coronel Rogério Leitão vai assumir até sexta (19) o posto, que é o terceiro mais importante na hierarquia da PM.
O major Edson Alexandre Pinto de Góes, subcomandante do COE, também foi exonerado. Até as 15h30, ninguém havia sido nomeado para o seu lugar, segundo a PM.
Atualmente, o coronel Leitão esta à frente do 1ª Comando de Policiamento de Área (CPA) e tem sob seu comando 12 batalhões da capital responsáveis pelos bairros das Zonas Norte, Sul e Centro.

Operação
Nesta segunda-feira (15), a polícia fez uma operação para prender 24 policiais militares suspeitos de participarem de um esquema de propinas na Zona Oeste do Rio. A ação teve como objetivo cumprir ao todo 25 mandados de prisão (apenas um denunciado não era PM) e 43 mandados de busca e apreensão. Um dos presos foi o ex-comandante coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira, que é o chefe do Comando de Operações Especiais (COE) da PM.
A Operação Amigos SA foi comandada por agentes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e contou com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar, e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
Alexandre Fontenelle é considerado o terceiro homem na hierarquia da PM e foi preso em casa no Leme, Zona Sul. Outro oficial que teve a prisão confirmada é o major Carlos Alexandre de Jesus Lucas, também lotado no COE. Na casa de outro oficial, o major Edson Alexandre Pinto de Góes (coordenador de Operações), os agentes encontraram uma grande quantia em dinheiro. O major se entregou na manhã desta terça-feira (15).

'Balcão de negócios'
De acordo com a denúncia, baseada em depoimentos de testemunhas, documentos e diálogos telefônicos interceptados com autorização judicial que compõem mais de 20 volumes de inquérito, “o 14° BPM foi transformado em um verdadeiro ‘balcão de negócios’, numa verdadeira ‘sociedade empresária S/A’, em que os ‘lucros’ eram provenientes de arrecadação de propinas por parte de diversas equipes policiais responsáveis pelo policiamento ostensivo, sendo que a principal parte dos ‘lucros’ (propinas) era repassada para a denominada 'Administração', ou seja, para os oficiais militares integrantes ‘Estado Maior’, que detinham o controle do 14º BPM, o controle das estratégias, o controle das equipes subalternas e o poder hierárquico”.
O MP informou que os acusados responderão na 1ª Vara Criminal de Bangu pelo crime de associação criminosa armada, que não consta do Código Penal Militar. A pena é de dois a seis anos de reclusão. Os integrantes da quadrilha também serão responsabilizados pelo Ministério Público pelos diversos crimes de concussão, que serão apurados pela Auditoria de Justiça Militar estadual.



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