Sônia Maria Lopes de Moraes Angel Jones
Ficha Pessoal | |
Dados Pessoais | |
Nome: | Sônia Maria Lopes de Moraes Angel Jones |
Cidade:
(onde nasceu)
| Santiago do Boqueirão |
Estado:
(onde nasceu)
| RS |
País:
(onde nasceu)
| Brasil |
Data:
(de nascimento)
| 9/11/1946 |
Atividade: | Professora |
Universidade | Universidade de Vincennes |
Dados da Militância | |
Organização:
(na qual militava)
| Ação Libertadora Nacional ALN Brasil |
Nome falso:
(Codinome)
| Maria, Esmeralda Siqueira Aguiar |
Prisão: | 1/5/1969 Rio de Janeiro RJ Brasil Praça Tiradentes 0/11/1973 São Vicente SP Brasil |
Morto ou Desaparecido:
| Morto 30/11/1973 São Paulo SP Brasil Clandestinidade |
Dados da repressão | |
Orgãos de repressão
(envolvido na morte ou desaparecimento)
| Departamento de Operações Internas - Centro de Operações de Defesa Interna/RJ DOI-CODI/RJ RJ Brasil |
Médico legista:
(envolvido na morte ou desaparecimento)
| Antônio Valentini, Harry Shibata |
Biografia | |
Documentos | |
Artigo de jornal
Legistas identificam ossadas de militantes. Diário Popular, São Paulo, 10 jul. 1991. p. 3. Artigo sobre a identificação de algumas ossadas encontradas no Cemitério Dom Bosco, em Perus, São Paulo, SP, pela equipe chefiada pelo legista Fortunato Badan Palhares, da Universidade de Campinas (UNICAMP). Foram identificados os desaparecidos Dênis Casemiro, Antônio Carlos Bicalho Lana e Sônia Maria Lopes de Moraes. Houve uma cerimônia na qual participaram a prefeita Luíza Erundina e o secretário de Segurança Pública, Pedro Franco de Campos, entre outras autoridades. Segundo o delegado Jair Cesário da Silva, que conduz o inquérito sobre a vala comum em Perus, esses fatos são novos e podem levar à responsabilização criminal dos envolvidos nos crimes políticos da ditadura. A família de Sônia pretende processar a União, lembrando que os torturadores continuam impunes. Em Perus podem estar também as ossadas de Dimas Antonio Casemiro, Flávio Carvalho Molina, Francisco José de Oliveira, Frederico Eduardo Mayr e Grenaldo de Jesus Silva. Para isso, as ossadas foram divididas em cinco grupos, conforme as condições de identificação, e a UNICAMP está solicitando verbas para a compra de equipamento para a realização de exames de DNA. As informações dadas pelas famílias dos desaparecidos foram fundamentais para a identificação das ossadas, pois seus laudos necroscópicos não descreviam todas as lesões sofridas pelas vítimas. Luíza Erundina voltou a exigir que os arquivos do DOPS fossem liberados pela Polícia Federal, passando para o Arquivo do Estado de São Paulo, lembrando a importância dessas informações para as investigações da UNICAMP. Artigo de jornal Chega segunda a ossada de membro da ALN. Hoje em Dia, Belo Horizonte, 10 ago. 1991. Os despojos de Antônio Carlos Bicalho Lana, morto em 1973 pelo DOI-CODI/SP, foram encontrados e identificados no Cemitério Dom Bosco em Perus, São Paulo, SP, e estão sendo transportados para Ouro Preto, cidade natal de Antonio. Ele e sua companheira Sônia Maria Lopes Moraes, também encontrada na vala comum de Perus foram presos em 30/11/73, e sujeitos a tanta violência acabando por morrerem horas depois da prisão. No entanto, a versão oficial foi de que ambos morreram em um tiroteio em Santo Amaro, São Paulo, SP. Antônio participava do movimento estudantil em Minas Gerais e, com o golpe militar, acabou entrando na clandestinidade, indo para o Rio de Janeiro e São Paulo. Artigo de jornal Ossada de preso político chega a BH na segunda. Estado de Minas, Belo Horizonte, 10 ago. 1991. Após dezoito anos de sua morte, a ossada de Antônio Carlos Bicalho Lana será enterrada em Ouro Preto, MG. Sua ossada foi encontrada, junto com a de sua companheira Sônia Maria Lopes Moraes, na vala comum do cemitério Dom Bosco em Perus, São Paulo, SP, identificadas pela equipe da UNICAMP chefiada pelo legista Badan Palhares. Eles foram presos em 30/11/73 por agentes do DOI-CODI/SP, torturados e mortos no mesmo dia, mas a versão oficial foi a de que eles morreram em tiroteio em Santo Amaro, São Paulo, SP. Antônio participou do movimento estudantil em Minas Gerais e, com o golpe militar, passou para a clandestinidade, seguindo para o Rio de Janeiro e São Paulo. Artigo de jornal Ex-militante é sepultado em Ouro Preto. Estado de Minas, Belo Horizonte, 13 ago. 1991. p. 26. Os restos mortais de Antônio Carlos Bicalho Lana foram enterrados em Ouro Preto, em 12/08/91, dezoito anos após sua morte. Sua namorada, Sônia Maria Lopes Moraes, também teve sua ossada identificada na vala comum do cemitério Dom Bosco em Perus, São Paulo, SP. Eles foram presos em 30/11/73, em São Paulo, por agentes do DOI-CODI/SP, torturados e mortos no mesmo dia, mas a versão oficial foi de que haviam morrido em tiroteio no bairro de Santo Amaro, em São Paulo, SP. As famílias das duas vítimas irão processar a União, pedindo que se punam os responsáveis pelas mortes, para que acabe a impunidade. Antônio militava no movimento estudantil mineiro e, com o golpe militar, entrou na clandestinidade, seguindo para o Rio de Janeiro e São Paulo. Artigo de jornal Família de 'Cauzinho' quer apuração pela justiça. Hoje em Dia, Belo Horizonte, 13 ago. 1991. p. 14. No dia 12/08/91 foram enterrados os restos mortais de Antônio Carlos Bicalho Lana, em Ouro Preto, MG. Ele foi preso pelo DOI-CODI/SP em 30/11/73, torturado e morto no mesmo dia e enterrado na vala comum do cemitério Dom Bosco em Perus, São Paulo, SP. A equipe de legistas da UNICAMP identificou sua ossada e a de outros desaparecidos. A prefeita Luíza Erundina mandou representante para o enterro. Os restos chegaram no aeroporto de Confins, MG, onde várias pessoas prestaram sua homenagem cantando o hino nacional e carregando cartazes com os dizeres de 'ditadura nunca mais'. Os familiares lutam agora para que os arquivos dos órgãos de repressão sejam abertos, para conseguir informações sobre outros desaparecidos e pedem também que os responsáveis pelas torturas e mortes sejam punidos. Antônio iniciou sua militância no movimento estudantil mineiro e, com o golpe militar, passou a viver na clandestinidade. Foi para Belo Horizonte, MG, onde começou suas atividades guerrilheiras e seguiu para o Rio de Janeiro e São Paulo, onde foi preso junto com sua namorada, Sônia Maria Lopes Moraes, que também teve sua ossada encontrada em Perus. Artigo de jornal Dom Luciano: 'Uma lembrança amarga'. Estado de Minas, Belo Horizonte, 13 ago. 1991. Dom Luciano Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana, MG, esteve presente na recepção no aeroporto de Confins, MG, onde desembarcou a família de Antônio Carlos Bicalho Lana trazendo seus restos mortais. O arcebispo pediu para que uma lição de vida fosse aprendida com essa situação. Várias pessoas presentes trouxeram cartazes e foram lembrados os nomes dos cinqüenta e dois desaparecidos políticos mineiros. Antônio será enterrado em Ouro Preto, MG. Ele começou sua militância no movimento estudantil mineiro; com o golpe militar, entrou na clandestinidade, indo para o Rio de Janeiro e São Paulo. Nesta cidade, ele e sua namorada, Sônia Maria Lopes Moraes, foram presos, torturados e mortos, tendo seus corpos enterrados na vala comum do Cemitério Dom Bosco em Perus, São Paulo, SP. Sônia teve sua ossada trasladada e enterrada no Rio de Janeiro, por seus familiares. Artigo de jornal Terroristas morrem em tiroteio com agentes da segurança. Diário da Noite, 1 nov. 1973. O artigo relata que Antônio Carlos Bicalho Lana foi reconhecido por agentes de segurança, na região de Santo Amaro, São Paulo, SP. Ao receberem voz de prisão, Antônio e sua companheira iniciaram tiroteio, acabando feridos, e morrendo a caminho do hospital. A companheira de Antônio foi identificada como Esmeralda de Siqueira Aguiar, nome falso de Sônia Maria de Moraes Angel Jones e Antônio portava documento falso em nome de Jair da Silva. Possui o carimbo do arquivo do DOPS. Artigo de jornal Quadro publicado em artigo do jornal O Estado de S. Paulo, São Paulo, 7 set. 1990. Traz os nomes, organização a qual pertenciam e data da morte de militantes, cujos corpos foram encontrados na década de 80 no Cemitério Dom Bosco, em Perus. Entre eles: Luís Eurico Tejera Lisboa, Iuri Xavier Pereira, Alex Xavier Pereira, Sônia Maria Lopes de Moraes Angel Jones, Joaquim Alencar de Seixas, Antônio Benetazzo, Carlos Nicolau Danielli e Gelson Reicher. Também traz as mesmas informações de militantes, cujos corpos podem estar nesse cemitério: Aylton Adalberto Mortati, Hioraki Torigoi, José Roberto Arantes de Almeida, Dimas Antônio Casemiro, Denis Casemiro, Devanir José de Carvalho, Frederico Eduardo Mayr, Flávio Carvalho Molina, José Roman, Honestino Monteiro Guimarães e Virgílio Gomes da Silva. Artigo de jornal Livro relembra tragédia de Sônia Angel. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 1 abr. 1994. Caderno 2. Trata da publicação do livro "O calvário de Sônia - uma história de terror nos porões da ditadura" resultado das buscas pela verdade sobre morte de Sônia feita pelo coronel de RESERVA, seu pai, José Luiz de Moraes. O artigo também traz informações sobre a atuação política de Sônia. Artigo de jornal IML explica laudo de Sônia Maria. Folha da Tarde, São Paulo, 17 maio 1980. Traz explicação do IML por ter expedido certidão de óbito em nome de Esmeralda Siqueira Aguiar. O documento é do arquivo do DOPS. Artigo de jornal Novo IPM para a morte de uma terrorista. Folha da Tarde, São Paulo, 23 nov. 1982. Trata da requisição da instauração de inquérito policial-militar feita pelo advogado do tenente-coronel da RESERVA João Luiz de Moraes contra os médicos legistas Harry Shibata e Antônio Valentini, sob acusação de "crime de falsa perícia". Segundo o advogado do queixoso, a filha do tenente-coronel, Sônia Maria Lopes de Moraes, havia morrido sob tortura e não em tiroteio e que a ossada não apresentava as perfurações condizentes com o que foi apresentado na autópsia. Sônia Maria foi esposa de Stuart Edgard Angel Jones, desaparecido, e morreu em companhia de Antônio Carlos Bicalho Lana. O documento é do arquivo do DOPS. Artigo de jornal Sepultados no Rio os restos mortais de Sônia Angel Jones. O Globo, Rio de Janeiro, 13 ago. 1991. Trata do sepultamento dos restos mortais de Sônia, realizado em 12/08/91, no cemitério da Saudade, em Marechal Hermes, Rio de Janeiro. Artigo de jornal Sepultadas as ossadas de Sônia e Lana. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 13 ago. 1991. Trata do sepultamento dos restos mortais de Sônia, realizado em 12/08/91, no cemitério Jardim da Saudade, no Rio de Janeiro, e do sepultamento de Antônio Carlos Bicalho Lana em Ouro Preto, MG. Artigo de jornal Bernadette, Scheila. CNBB apela para responsabilidade civil. Sem fonte, 25 mar. 1992. Dom Luciano, presidente da CNBB, afirmou à Comissão Externa dos Desaparecidos Políticos que a lei da anistia não significa o desconhecimento dos fatos, cabendo ao Estado esclarecer e indenizar os ascendentes e descendentes dos torturados. Com as declarações do ex-sargento Marival Chaves, tomou-se conhecimento de vários nomes de desaparecidos políticos que de fato estariam mortos, vítimas de torturas, entre eles Elson Costa e Sônia Maria Lopes Moraes. Seu pai, João Luiz Moraes, pretende processar o Exército pelo seqüestro, tortura, estupro e morte de sua filha. Foto Foto original e preto e branco de rosto. Foto Foto original e preto e branco de rosto do cadáver, encontrada no DOPS/SP. Possui cópia com informação de que Sônia foi presa, torturada e assassinada, em 30/11/73, nas dependências da Operação Bandeirantes (OBAN/SP). Foto Foto do sepultamento de Sônia, publicada pelo Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, em 13/8/91. A foto está pouco visível. Foto Foto do sepultamento de Sônia, publicada pelo jornal O Globo, do Rio de Janeiro, em 13/8/91. A foto está pouco visível. Relatório Parte de relatório confidencial de atividades do DOI-CODI/SP do II Exército. Entre outros, informa que durante ronda em 30/11/73, na região de Santo Amaro, São Paulo, SP, foi dada voz de prisão a um casal suspeito, que reagiu iniciando tiroteio, onde foram feridos e faleceram a caminho do hospital. O homem portava documentos em nome de Jair da Silva e a mulher de Esmeralda Siqueira Aguiar, sendo posteriormente identificados como Antônio Carlos Bicalho Lana e Sonia Maria Lopes Moraes. Possui carimbo do arquivo do DOPS. Relatório Documento do DOPS/SP, sem data, relatando o tiroteio de Sônia e Antônio Carlos Bicalho Lana com a polícia, em que vieram a falecer a caminho do hospital. Relatório Cópia de página do livro de cemitério em São Paulo. Apresenta dados de Esmeralda, nome falso de Sônia. Relatório Documento da Comissão Especial - Lei 9.140/95, em 08/02/96. Relatora: Suzana Keniger Lisboa. Referente ao requerimento de Adalgisa Bicalho Lana, mãe de Antônio Carlos Bicalho Lana, e de Cléa Lopes de Moraes, mãe de Sônia Maria Lopes de Moraes, para o reconhecimento das mortes e inclusão dos nomes nos termos da Lei 9.140/95. Traz as circunstâncias das mortes, comparadas com os laudos de necrópsia e com parecer realizado pelo legista Fortunato Badan Palhares, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e a conclusão de Suzana favorável ao deferimento do pedido. Termo de declarações Depoimento de João Luiz de Moraes, pai de Sônia, à Comissão de Justiça e Paz de São Paulo, em 16/10/90. Ele relata as torturas sofridas por Sônia, em 1973, e por seu marido Stuart Edgar Angel Jones, em 1971, no Exército. Sônia foi presa quando viajava em companhia de Antônio Carlos Bicalho Lana. O corpo de Sônia não foi entregue a família, nem sua certidão de óbito. Com a localização de diversas ossadas no Cemitério Dom Bosco em Perus, São Paulo, SP, João Luiz espera por fim à busca dos restos mortais de sua filha. Ficha pessoal Documentos do DOPS, sem data, com vários nomes utilizados por Sônia, citando informação referente ao traslado de seus restos mortais. Possui códigos das pastas de onde foram retiradas as informações de cada parágrafo. Ficha pessoal Documento do DOPS, sem data, com dados pessoais, foto de rosto e impressões digitais. O documento apresenta carimbo do DOPS. Ficha pessoal Documento do IML/SP de 05/12/74, com dados da morte de Sônia, data em que foi solicitada exumação de seu corpo e pedido de retificação e suprimento de assentamento de óbito para o nome de Sônia Maria Moraes Angel Jones. Laudo de exame de corpo delito Laudo de exame do IML/SP, de 30/11/73, realizado por Harry Shibata e Antônio Valentin. Laudo de exame de corpo delito Laudo de exame do IML/SP, de 06/12/90, com informações prestadas pelo Dr. Geraldo Modesto de Medeiros, referente ao laudo dos restos mortais de Sônia. Laudo de exame de corpo delito Laudo de exame de exumação do IML/SP, de 29/04/83, indicando o nome de Esmeralda Siqueira Aguiar e Sônia Maria de Moraes Angel Jones, realizado por Geraldo Modesto de Medeiros, Alfredo Roberto Netto, Daniel Romero Munhoz. Laudo de exame de corpo delito Laudo de exumação com finalidade de identificação dos restos mortais de Sônia Maria Lopes de Moraes. Não possui fonte e data. Informa que, além de Sônia, foram exumados também os restos mortais de Antônio Bicalho Lana e Hiroaki Torigoi, cujos restos mortais foram encontrados em uma vala comum no Cemitério de Perus. Possui descrição do local onde as ossadas foram encontradas, em que estado estas se encontravam e comparação de dados fornecidos por familiares com os encontrados no material. Certidão de óbito Documento emitido pelo Cartório do Registro Civil do Jardim América, em São Paulo, SP, de 07/08/91, em nome de Sônia Maria de Moraes Angel Jones. Certidão de óbito Documento emitido pelo Cartório do Registro Civil do Jardim América, em São Paulo, SP, de 05/12/73, em nome de Esmeralda Siqueira Aguiar. Auto de exibição e apreensão Documento descrevendo o material apreendido no aparelho de Antônio Carlos Bicalho Lana e Sônia Maria Lopes de Moraes, pelo II Exército, em 21/01/74. São citados vários livros e revistas sobre teorias comunistas e revoluções, esquemas para fabricação de armas e bombas, entre outros documentos. Interrogatório Documento do II Exército, de 03/12/73. Depoimento prestado pelo pai de Sônia. Ele reconheceu Esmeralda como sendo sua filha Sônia através de documentos de identificação falsos, afirma que ela deixou o país em 1969, morou na França e Chile retornando ao Brasil em 02/1973 e que a última vez que a viu foi em 2/11/73. O documento tem carimbo do DOPS. Requisição de exame de cadáver Requisição de exame ao IML/SP, solicitada pelo DOPS/SP, em 30/11/73, indicando morte em decorrência de tiroteio com os agentes dos órgãos de segurança nacional. O laudo está em nome de Esmeralda. Ofício Documento do II Exército, de 18/12/73, sobre a remessa de informações sobre Sônia. Possui o carimbo do arquivo do DOPS. Ofício Documento do DOPS/SP, de 03/01/75, com números do laudo necroscópico de Lana e Sônia informa que, na ocasião de sua morte, Sônia usava documentos falsos em nome de Esmeralda Siqueira Aguiar. Ofício Documento da Delegacia Seccional Oeste da Capital/SP, de 07/08/91, autorizando o traslado dos despojos exumados de Sônia para o Rio de Janeiro. Depoimento Biografia de Antônio Carlos Bicalho Lana, de 1991, por ocasião da descoberta de seus restos mortais e seu traslado de São Paulo a Ouro Preto, MG. Conta que iniciou sua militância no movimento estudantil na década de 60, em Minas Gerais. Com o golpe militar de 1964 entrou para a clandestinidade, indo para o Rio de Janeiro, militando na Ação Libertadora Nacional (ALN), e em seguida para São Paulo, como dirigente dessa organização. Foi preso em 30/11/73 juntamente com sua companheira Sônia Maria Lopes Moraes, pelo DOI-CODI/SP. Ambos sofreram intensas torturas, vindo a falecer no mesmo dia. A versão oficial divulgada pelo órgão foi de que ao receberam voz de prisão, Antônio e Sônia iniciaram tiroteio, onde foram atingidos, falecendo a caminho do hospital. Com o auxílio da Prefeitura de São Paulo, administrada por Luíza Erundina, foi descoberta a vala comum no cemitério Dom Bosco em Perus, São Paulo, em 1990. Os restos mortais de Antônio e de Sônia foram identificados pela equipe da UNICAMP. Evento/ Homenagem Convite para a inauguração dos viadutos do Complexo João Dias em São Paulo, em 19/09/92, cujos nomes fazem homenagem a três mortos políticos: Honestino M. Guimarães, Sônia Moraes Angel e Frederico Eduardo Mayr. Evento/ Homenagem Convite do Comitê Brasileiro pela Anistia para missa, em 16/05/81, em homenagem aos dez anos de desaparecimento de Stuart Edgard Angel Jones e por ocasião do traslado do corpo de Sônia Maria Lopes de Moraes do cemitério de Perus, em São Paulo, para o Rio de Janeiro. Evento/ Homenagem Feghali, Jandira. Fazendo Justiça. 15 ago. 1991. Texto lido no Pequeno Expediente da Câmara dos Deputados, por ocasião da CPI das Ossadas e do sepultamento dos restos mortais de Sônia Maria Moraes Angel Jones, Antônio Carlos Bicalho Lana e Dênis Casemiro. Evento/ Homenagem Coletânea de textos em homenagem a Sônia, por ocasião da transferência de seus restos mortais para o Rio de Janeiro. Os textos são de julho e agosto de 1991. Evento/ Homenagem Convite do Grupo Tortura Nunca Mais/RJ e dos pais de Sônia para o Ato Ecumênico em sua homenagem, no dia 12/08/91, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, e para o sepultamento, no mesmo dia, de seus restos mortais no Jardim da Saudade. Evento/ Homenagem Folheto de missa, realizada em 16/05/81, em homenagem a Sônia Maria de Moraes Angel Jones, por ocasião do traslado de seus restos mortais. Também foi homenageado seu marido Stuart Edgard Angel Jones. Evento/ Homenagem Homenagem aos desaparecidos políticos por meio de ato de oficialização dos nomes das ruas do Jardim da Toca, em São Paulo, SP, em 04/09/91, contando com a presença da prefeita Luíza Erundina, do vereador Ítalo Cardoso, dos familiares dos homenageados e de representantes da sociedade. Homenageados: Ana Rosa Kucinski Silva, Antônio Carlos Bicalho Lana, Antônio dos Três Reis Oliveira, Aluísio Palhano Pedreira Ferreira, Aylton Adalberto Mortati, Elson Costa, Hiran de Lima Pereira, Honestino Monteiro Guimarães, Ieda Santos Delgado, Maria Lúcia Petit da Silva e Sônia Maria de Moraes Angel Jones. Acompanha convite para a solenidade. Parte de livro Teles, Janaína (org.). Mortos e desaparecidos políticos: reparação ou impunidade? São Paulo: Humanitas - FFLCH/USP, 2000. p.172-176. Lista de nomes dos presos políticos cujas famílias receberam indenização do governo por este ter assumido a responsabilidade pela morte ou desaparecimento dos mesmos. |
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