Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Apoiar a polícia que mata bandido pode ser um tiro pela culatra

26 jul, 2012 Direitos HumanosHumanismoQuestões polêmicasReflexõesVideos

Em campanha, o ex-comandante da Rota e candidato a vereador pelo PSDB em São Paulo, Adriano Lopes Lucinda Telhada, vem usando sua página no Facebook para fazer apologia à violência policial nas periferias da capital. Como resultado, seus seguidores têm deixado comentários do tipo: “bandido tem que ir pra cova” ou então “vamos arrancar o pescoço desses vagabundos”. Uma das “pérolas” de Telhada diz sem rodeios: “que chore a mãe do bandido, porque hoje o bote é certo”.
O ex-comandante Telhada tenta angariar votos de uma população com uma “Síndrome Capitão Nascimento”. Ela quer ver “pé-na-porta e soco-na-cara” dos bandidos. Não é correto, contudo, por parte dos defensores dos direitos humanos apontar o dedo na cara destas pessoas e acusa-las de desumanas ou coisa do tipo. Ainda que muitas vítimas da violência tenham um senso de justiça e compaixão, não podemos esperar e nem exigir que todas se comportem assim. Estamos, afinal, falando de emoções, algo por vezes fora do alcance da razão.
Diga para uma pessoa que teve um ente querido assassinado que ela deve ter compaixão pelo assassino – uma pessoa que teve uma vida sofrida e é resultado de um meio violento e sem oportunidades dignas. Ainda que muitos realmente consigam perdoar, outros não conseguirão e não é justo desconsiderar o sentimento deles por aquilo que a lei e a razão estabelecem ser o tratamento justo para o bandido. Particularmente, não sou a favor da pena de morte, mas nunca consegui me incomodar com bandido que morre em troca de tiro durante um assalto. Simplesmente não consigo. Não tenho empatia suficiente por alguém que se presta a pegar uma arma e atirar em policiais quando vê sua tentativa de assalto frustrada. Ainda assim, uma vez rendido, não sou favorável a pena de morte. E tem uma razão para isso.
Recentemente, vi o filme “O Pacto (Seeking Justice – 2011)”. Nele, a esposa do protagonista é assaltada e estuprada violentamente, precisando ser internada no hospital com o rosto desfigurado. Enquanto estava no lobby do hospital, um misterioso homem oferece ao protagonista a chance de matar o bandido. Era um jeito de fazer justiça de verdade, já que o sistema penal não condenaria o bandido a uma pena justa e severa. Vendo sua mulher naquele estado deplorável, o protagonista aceita a proposta. Não pagaria nenhum centavo por nada e apenas precisaria fazer algum favor simples para aquela misteriosa organização quando eles requisitassem no futuro.
Até aqui, muitos ficariam satisfeitos ao ver que o bandido é realmente morto. Ficamos com aquela sensação de que a coisa certa foi feita, que o mundo tornou-se algo um pouco “menos pior”. Mas aí é que começamos a ver o problema de uma terra onde a lei e a vida não são respeitadas. Aquela organização, que antes parecia lutar pela justiça, começa a eliminar cidadãos de bem que por alguma razão estavam atrapalhando seus planos.
Relatórios da Polícia revelam que PM está matando a mando do PCC Publicado em 28 de mar de 2012 Documentos, entretanto, são arquivados por determinação da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, sem que os crimes sejam investigados. Suspeitas recaem até sobre a Rota, a tropa de elite da Polícia de São Paulo. Este vídeo também pode ser visto no portal band.com.br ou no canal da Band aqui no Youtube. Reportagem de Sandro Barboza Edição de Juliana Maciel Imagens de Josenildo Tavares, Claudinei Matozão, João Ricardo e arquivo




Matéria da TV Bandeirantes sobre a desastrosa Secretaria de Segurança Pública de São Paulo: Relatórios da Polícia revelam que PM está matando a mando do PCC. Documentos, entretanto, são arquivados por determinação da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, sem que os crimes sejam investigados. Suspeitas recaem até sobre a Rota, a tropa de elite da Polícia de São Paulo.
Na vida real, esquadrões da morte deste tipo podem simplesmente sair do controle e matar pessoas completamente inocentes. Aí acontece de você comemorar que polícia matou um bandido hoje, mas amanhã a mesma polícia pode matar um parente seu apenas porque numa blitz qualquer o policial não foi com a cara dele ou porque um amigo do policial tinha alguma rixa com a vítima. Pior ainda: a polícia pode começar a matar desenfreadamente qualquer suspeito, sem prévio julgamento, sem direto a ampla defesa. Tudo porque a instituição começa a ter a sensação de que simplesmente tem o direito de matar.
Foi isso o que aconteceu, por exemplo, na Favela Naval. Sem razão alguma, um policial simplesmente atirou em cidadãos inocentes após liberá-los depois de uma blitz que mais pareceu uma sessão de tortura.
Foi isso o que aconteceu no Amazonas, onde policiais militares foram flagrados agredindo um adolescente. Uma câmera de segurança filmou o momento em que o jovem era baleado por policiais, em agosto de 2010.No vídeo, o adolescente, de 14 anos, está sozinho com policiais. Ele é cercado, torturado e atingido por tiros à queima-roupa.

Policiais atiram à queima-roupa em adolescente de Manaus



Enviado em 24 de mar de 2011 Add no Facebook: https://www.facebook.com/marcilio.alv... militares flagrados agredindo um adolescente, em Manaus, foram presos, na quarta-feira (23), por determinação da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas. Uma câmera de segurança filmou o momento em que o jovem era baleado por policiais, em agosto de 2010.No vídeo, o adolescente, de 14 anos, está sozinho com policiais. Ele é cercado, torturado e atingido por tiros à queima-roupa. Segundo a Procuradoria Geral do Amazonas, o jovem foi atingido por cinco tiros na área do peito. Apesar das As imagens só chegaram ao conhecimento do Ministério Público e das autoridades em fevereiro, quando as investigações foram iniciadas. A família do adolescente foi incluída em um programa de proteção a testemunhas. Um inquérito policial da Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas também apura os fatos, segundo a Polícia Militar. Os policiais envolvidos na agressão foram identificados, afastados dos cargos e ficarão presos por precaução até que as prisões preventivas sejam decretadas. Foi isso o que aconteceu em Santos, onde um motorista sem habilitação furou um bloqueio policial (o que não é um crime monstruoso que mereça a pena capital, certo?), foi perseguido pela polícia, teve o carro alvejado por 25 tiros, alguns dos quais o acertaram e também aos ocupantes do carro. O motorista morreu. Foi isso o que aconteceu em São Paulo, onde um publicitário furou um bloqueio, foi perseguido e encurralado por policiais que atiraram a queima roupa e o mataram. Os policiais dizem ter confundido um celular com uma arma na mão da vítima e que ainda encontraram maconha no carro da mesma. Nem uma coisa, nem outra, justifica sair atirando. Se não era possível ver o que ocorria dentro do carro, onde foi parar o velho e conhecido bordão policial: “Saia com as mãos para cima onde eu possa vê-las”? Infelizmente, a população defende a matança desenfreada perpetrada pela PM paulista. Mas, novamente, se esquece de que um dia pode ser seu amigo, pai, filho ou cônjuge que foi confundido com um bandido e morto sem sequer ter reagido. E com esta sensação de que há apoio da população e com a impunidade no caso de “resistência seguida de morte”, a polícia segue matando. A impunidade, aliás, é uma das principais causas dos abusos praticados pela PM. Há mais de 200 inquéritos contra PMs – a maior parte por homicídio e por agressão – parados no cartório da 1a Auditoria, alguns por mais de 20 anos, até muitos deles prescreverem. Agora, o Ministério Público Federal (MPF) quer entrar com uma ação civil pública pedindo o afastamento do comando da Polícia Militar em São Paulo, alegando a perda do controle da situação. Outra medida que a ação pretende cobrar é a proibição da prisão em flagrante para casos de “desacato à autoridade”. “Muita arbitrariedade tem sido cometida pelas autoridades por causa de supostos desacatos.”. A polícia tem sim muita gente boa trabalhando. Há muitos, inclusive, que agem de forma errônea ainda que com boas intenções. Para estes e todos os demais, há a lei. E não há policial acima dela. É ela que nos rege e protege. Se nossa proteção fosse assegurada por matadores, voltaríamos à era tribal onde só impera a lei do mais forte. Evoluímos e deixamos isso para trás e não podemos regredir agora.
http://www.bulevoador.com.br/2012/07/apoiar-a-policia-que-mata-bandido-pode-ser-um-tiro-pela-culatra/

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