Policiais civis da Delegacia de Homicídios da Baixada participam de ação para tentar prender Jaquinha, chefe de uma das milícias de Belford Roxo: escondido numa área pobre explorada por criminosos, ele conseguiu escapar Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Em 2019, foram 93 milicianos (dos quais pelo menos dez policiais) acusados de assassinatos, contra 58 traficantes
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As ações brutais explodem em Queimados. O promotor Fábio Corrêa, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), diz que, em 2016, ao mesmo tempo que esses grupos criminosos se expandiam no município, os homicídios davam um salto. A cidade foi para o topo do ranking do Atlas da Violência no país, realizado pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com 134,9 homicídios a cada 100 mil habitantes.
— O tráfico avançava quando a milícia chegou vendendo “segurança”. O número de homicídios foi elevadíssimo. Depois de certo tempo, com a milícia já consolidada, esse índice começa a se estabilizar — afirma Corrêa, lembrando que a cidade da Baixada ainda é a quinta mais violenta do país. — Em Queimados e em Belford Roxo, a milícia é o maior causador de homicídios, muitas vezes, com a aproximação com políticos. A Baixada é um caldeirão.
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