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quarta-feira, 4 de março de 2020
Justiça reconduz a Londrina soldado que fez denúncia
15 DE FEVEREIRO DE 2001
De Londrina
O 5º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Londrina cumpriu anteontem liminar concedida pela 3ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, obrigando o retorno do soldado Marco Antonio Marton a essa corporação. Em janeiro do ano passado, Marton foi transferido para Guarapuava depois de denunciar maus tratos por parte do comando do Batalhão. Ele informou ao Comando de Policiamento do Interior que os soldados do esquema de segurança dos Jogos Pré-Olímpicos ficavam sem almoço até o meio da tarde.
Três dias após a reclamação, foi aberto um processo administrativo pelo 5º BPM que, segundo informações do escritório do advogado Rui Santos de Sá, encarregado da defesa de Marton, durou apenas um dia. Logo depois o policial foi punido com oito dias de reclusão no 5º BPM. Nos meses que se seguiram, Marton trabalhou sem folga, fazendo a guarda da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL). A defesa classificou isso como punição ao soldado.
Em escala de serviço datada de 15 de abril de 2000, uma anotação na parte inferior da página relaciona alguns soldados, entre eles Marton, que seriam submetidos a várias escalas extras – que não são remuneradas. Embaixo de cada nome foi escrita a palavra ‘‘castigo’’.
Finalmente, no dia 17 de janeiro deste ano, o soldado Marton foi transferido para Guarapuava, sob a alegação ‘‘por interesse do serviço’’. A defesa do policial tentou barrar a transferência com um recurso administrativo, que foi arquivado pela PM. A saída foi o mandado de segurança com pedido de liminar, acatado pelo juiz João Domingos Kuster Puppi.
Ontem, a Folha procurou o comandante em exercício do 5º BPM, major Manoel da Cruz Neto, mas até as 20 horas ele não retornou as ligações.
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