Telma Elorza
Pelo menos 100 policiais militares podem ter sido indiciados nos Inquéritos Policiais Militares (IPMs) que estavam sendo realizados no 5º Batalhão da Policia Militar de Londrina (BPM). A Folha apurou que em apenas um dos IPMs - que investigou a manifestação dos policiais durante um palestra no Com-Tour, em maio -, 63 policiais foram indiciados, 37 deles por crime militar. Esses podem vir a ser julgados por um tribunal militar, entre eles alguns oficiais.
Os inquéritos foram encerrados esta semana, exatamente 60 dias após a abertura, determinada pelo comando geral da PM. Os relatórios foram encaminhados ao Serviço de Justiça e Disciplina da PM na terça-feira e, somente após checagem contra possíveis irregularidades, será encaminhado ao comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Gilberto Foltran. O processo deve levar uma semana para chegar às mãos de Foltran.
Segundo o oficial responsável pelo IPM que investigou a manifestação dos policiais no Com-Tour, coronel Gilberto Kummer, durante o inquérito foram ouvidas cerca de 120 pessoas entre testemunhas e suspeitos. Mas as principais provas foram as imagens de televisão e fotos publicadas nos jornais sobre a manifestação, quando 350 policiais viraram as costas e vaiaram o então comandante do 5º BPM, tenente-coronel Robenson Máximo Fim. ''Através de análise de frames (quadros de imagem dos filmes), pudemos identificar apenas 63 pessoas que aparecem se manifestando de forma mais contudente'', explicou.
Segundo ele, o relatório aponta indícios de transgressões disciplinares - cuja alçada de punição é do comando geral - e crime militar - que será analisado por uma auditoria. ''A auditoria deve encaminhar o processo ao promotor militar, que pode apresentar denúncia ou pedir arquivamento. Se apresentar denúncia, os indiciados vão a julgamento em tribunal militar'', explicou.
De acordo com Kummer, alguns oficiais que estavam no Com-Tour, durante a manifestação, também foram indiciados por ''estarem em atitudes incorretas ou por não terem agido como deveriam''. Um dos principais questionamentos dos soldados do 5º BPM sobre os inquéritos era justamente a punição aos oficiais. De acordo com os soldados, se houve crime militar na manifestação, os oficiais também cometaram o crime de prevaricação, ao não darem voz de comando no ato.
De acordo com o coronel Kummer, todo o inquérito foi conduzido ''de forma meticulosa e responsável''. Segundo ele, o relatório não apresenta culpados, apenas indícios. ''Agora é a justiça militar que vai apontar culpabilidade ou não'', afirmou.
O segundo IPM, conduzido pelo capitão Fábio Rincoski, hoje comandante da 3 Companhia de Polícia Metropolitana do 5º BPM, de Cambé (13 quilômetros a oeste de Londrina), apurou participação de soldados na manifestação das esposas de policiais militares, em maio, quando fecharam por cinco dias o quartel da PM em Londrina. A Folha não conseguiu entrar em contato com o capitão durante todo o dia de ontem.
Os inquéritos foram encerrados esta semana, exatamente 60 dias após a abertura, determinada pelo comando geral da PM. Os relatórios foram encaminhados ao Serviço de Justiça e Disciplina da PM na terça-feira e, somente após checagem contra possíveis irregularidades, será encaminhado ao comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Gilberto Foltran. O processo deve levar uma semana para chegar às mãos de Foltran.
Segundo o oficial responsável pelo IPM que investigou a manifestação dos policiais no Com-Tour, coronel Gilberto Kummer, durante o inquérito foram ouvidas cerca de 120 pessoas entre testemunhas e suspeitos. Mas as principais provas foram as imagens de televisão e fotos publicadas nos jornais sobre a manifestação, quando 350 policiais viraram as costas e vaiaram o então comandante do 5º BPM, tenente-coronel Robenson Máximo Fim. ''Através de análise de frames (quadros de imagem dos filmes), pudemos identificar apenas 63 pessoas que aparecem se manifestando de forma mais contudente'', explicou.
Segundo ele, o relatório aponta indícios de transgressões disciplinares - cuja alçada de punição é do comando geral - e crime militar - que será analisado por uma auditoria. ''A auditoria deve encaminhar o processo ao promotor militar, que pode apresentar denúncia ou pedir arquivamento. Se apresentar denúncia, os indiciados vão a julgamento em tribunal militar'', explicou.
De acordo com Kummer, alguns oficiais que estavam no Com-Tour, durante a manifestação, também foram indiciados por ''estarem em atitudes incorretas ou por não terem agido como deveriam''. Um dos principais questionamentos dos soldados do 5º BPM sobre os inquéritos era justamente a punição aos oficiais. De acordo com os soldados, se houve crime militar na manifestação, os oficiais também cometaram o crime de prevaricação, ao não darem voz de comando no ato.
De acordo com o coronel Kummer, todo o inquérito foi conduzido ''de forma meticulosa e responsável''. Segundo ele, o relatório não apresenta culpados, apenas indícios. ''Agora é a justiça militar que vai apontar culpabilidade ou não'', afirmou.
O segundo IPM, conduzido pelo capitão Fábio Rincoski, hoje comandante da 3 Companhia de Polícia Metropolitana do 5º BPM, de Cambé (13 quilômetros a oeste de Londrina), apurou participação de soldados na manifestação das esposas de policiais militares, em maio, quando fecharam por cinco dias o quartel da PM em Londrina. A Folha não conseguiu entrar em contato com o capitão durante todo o dia de ontem.
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